Ooops! Bebê a Bordo! escrita por AllieC


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

N/A: Capítulo dedicado à Belle_Almmy. Muito obrigada pela recomendação.
Aproveitem o capítulo. Boa leitura.


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BELLA POV

No fim, não foram cowboys nem astronautas.

O tema do quarto do meu filho acabou sendo a selva. Em vez da já comum tinta azul na parede, eu havia escolhido um papel de parede listrado, em tons claros e suaves de marrom, amarelo e verde. Os móveis, todos brancos, haviam sido dispostos pelo pequeno cômodo de maneira a deixar o centro do mesmo o mais espaçoso possível, facilitando a locomoção. Os lençóis do berço, o tapete e as cortinas eram estampados com pequenos leões, girafas, zebras e elefantes.

Uma graça.

Edward vinha me ajudando absolutamente em tudo. Sempre que voltava do trabalho, me levava de carro até o mercado para fazer as compras, nunca me deixando fazer o percurso a pé, além de guardar as compras para que eu não precisasse levantar peso. Nos finais de semana, ia comigo e o sobrinho, Seth, comprar roupas para o bebê, estava cada vez mais parecido com um pai.

Pai.... Algo que ele seria dentro de pouco tempo e que ele jamais saberia. Eu já estava com oito meses de gestação e passava boa parte do dia deitada, pois caminhar já havia se tornado extremamente incomodo, pois minha barriga estava tão grande que eu já nem conseguia enxergar meus próprios pés.

Apesar disso, e totalmente contra a vontade de meu querido vizinho, eu passei a fazer pequenas caminhadas. Era revigorante sair da cama, mesmo que por pouco tempo e dar algumas voltas pelo quarteirão. E o bebê chutava cada vez mais... E só se acalmava quando Edward estava por perto.

Vê-lo agir tão paternalmente, quase como se soubesse que ele era o pai da criança, me fazia ficar com lágrimas nos olhos sempre que estávamos juntos, felizmente, meus hormônios ainda serviam perfeitamente como desculpa.

Meus hormônios, a propósito, haviam me conseguido o empréstimo que por tanto tempo eu havia tentado, Edward fora falar pessoalmente com o Sr. Clearwater e explicara-lhe a minha situação, como ele tinha filhos e sabia as despesas que os mesmos causavam, disponibilizara o dinheiro para mim. Felizmente, a essas alturas, eu já não precisava mais do dinheiro.

Acabei deixando o orgulho de lado e aceitando a ajuda financeira de meu pai. Assim sendo, tive o prazer de dizer ao velho Clearwater que seu dinheiro não me era mais necessário. Adorei vê-lo por a carranca de volta no rosto e sentar-se em sua cadeira emburrado, fui embora do banco feliz.

Minha amiga Angela estava me dando todo o apoio que eu precisava, volta e meia ainda me perguntava sobre o pai de meu filho, mas eu desconversava. Não contaria para ninguém sobre o incidente com Edward.

E justamente por causa da cumplicidade que eu tinha com ela, que fora para ela a ligação que eu fiz quando comecei a sentir algumas contrações.

O quê? Você quer que eu a leve ao hospital? Angela gritara do outro lado da linha telefônica.

Eu posso ir dirigindo se não puder me levar, não tem problema.

Você acha que eu seria louca a ponto de deixá-la ir dirigindo sozinha até a maternidade? Pensei que você fosse mais inteligente que isso.

Cinco minutos depois, ela havia aparecido em minha porta, pronta para me levar ao hospital.

No fim, tudo não passara de um alarme falso. A Dra. Gianna dissera que tudo não passara de movimentos involuntários do meu bebê, muito provavelmente devido ao estresse pelo que eu estava passando. Melhor assim.

Eu ainda não havia decidido que nome constaria na certidão de nascimento. Por o nome de Jacob significaria ter que manter a mentira pelo resto de minha vida, tendo inclusive que mentir para o meu filho, algo que eu detestaria. Por outro lado, colocar Edward como pai significaria trazer toda a verdade à tona de uma maneira bem desagradável, se um dia Edward viesse descobrir essa história, eu preferia que fosse por outros meios.

Por falar no meu charmoso vizinho, eu havia saído correndo de casa e não havia lhe contado o que estava acontecendo. Eu podia imaginar o escândalo que ele faria ao saber do ocorrido...

Você estava em trabalho de parto e não me avisou de nada? ele repetira, perplexo.

Foi um alarme falso. Além do mais, você estava em seu horário de trabalho, não queria incomodá-lo com isso. me justifiquei.

Mas, podia não ter sido um alarme falso. O seu filho podia estar em seus braços à uma hora dessas. Não podia ter se dado ao trabalho de me ligar quando estava a caminho da maternidade? Eu teria largado tudo o que estava fazendo para ir atrás de você.

Desculpe Edward. Juro que avisarei da próxima vez que alguma coisa acontece – disse depois de ter visto a aflição dele ao saber que eu havia sentido contrações, eu havia me sentido mal por não ter ligado quando tudo acontecera.

Eu havia pensado somente em mim e na confusão que eu enfrentaria referente à paternidade do meu filho e ignorei completamente o que seria correto a se fazer, mesmo Edward não sabendo que seria pai, eu não podia negar-lhe o prazer de ver o filho recém-nascido.

Desculpas aceitas ele dissera, sentando-se ao meu lado, no sofá de minha sala.

Como de costume, ele viera me ver depois que retornara do trabalho, trazendo consigo um grande saco e biscoitos para mim.

E quanto ao... Jacob. Alguma notícia dele?

Ainda não. eu sempre respondia a mesma coisa, independente de quem fazia a pergunta.

Criar um filho já é difícil quando se tem alguém. Você sabe que vai ter trabalho em dobro, não sabe?

Eu sei, mas não quero prender ninguém a mim por causa de um filho indesejado respondi.

Angela, tempos atrás, havia me indagado se a razão pela qual eu não falava sobre o pai do meu filho não era orgulho. Seria esse o motivo para eu ter escondido a verdade do homem que amava? Não. Não era orgulho. Apenas, não tinha o direito de estragar a vida de uma pessoa tão maravilhosa quanto Edward só por causa de um descuido.

O pobre homem, além de ter aversão a filhos e à família em geral, nem sequer se lembrava do ocorrido.

Pelo menos você tem a mim. ele dissera, encostando a cabeça em meu ombro, acariciando meu ventre.

Engoli em seco. O que ele queria dizer com aquilo, afinal?

Eu vou sempre estar ao seu lado quando você precisar, Bella, sabe disso. Tanto para você, quanto para o seu filho. ele suspirara ao fim da frase Na verdade, eu...

Sua frase fora interrompida pelo soar do toque de seu celular, que seguia tocando insistentemente, ele pedira licença e dirigira-se para a cozinha.

Enquanto isso, minha cabeça começava a formar teorias malucas. Definitivamente, o Edward que neste instante estava na cozinha falando ao celular não era o mesmo de oito meses atrás. Ele sempre me oferecera ajuda, sempre estivera ao meu lado para tudo o que eu precisasse, mas nunca fora nada parecido com o homem que atualmente insistia em me levar de carro até mesmo para a padaria.

Ele havia mudado, para melhor... muito melhor, mas eu ainda não tinha certeza de como esse novo Edward reagiria ao saber que seria pai em breve. Apesar que já era tempo de pensar no futuro e criar raízes de uma vez por todas. Meu filho merecia. Levantei-me decidida do sofá e marchei até a cozinha, eu lhe contaria tudo, sem enrolações. Era agora ou nunca.

Edward, há algo que preciso lhe dizer. informei-lhe, dotada de confiança e coragem que até hoje eu não fazia a menor idéia que possuía.

Tudo bem, pode falar. ele dissera, sentando-se na ponta da mesa e guardando o celular no bolso traseiro da calça. Senti minha coragem começar a ir embora.

Tudo bem, talvez fosse melhor enrolar um pouco antes de chegar aos ‘finalmente’.

Primeiro, gostaria de pedir desculpas por não ter ligado para você quando achei que estava entrando em trabalho de parto. Na próxima vez, você será o primeiro que eu notificarei quando isso ocorrer.

Ainda bem, eu não perderia a chegada desse garotão por nada neste mundo.

Uma ternura imensa apossou-se de mim. Ele já amava o meu bebê, mesmo sem saber que era seu filho.

E bem... A outra coisa que eu tenho para lhe contar é que... Edward, o que foi? - num átimo, Edward estava de pé e caminhava em minha direção.

Nada, querida, pode continuar falando, mas é que eu me lembrei que eu tenho algo em minha casa que quero lhe dar de presente ele dissera, tomando meu pulso e guiando-me para fora de casa.

Você sabe que não precisa me dar presente nenhum. Além do mais, o que eu tenho para lhe contar é importante... é sobre Jacob. disse, enquanto o seguia de má vontade.

Senti meu filho começar a se revirar em meu ventre. Eu estava estressada de novo, a ponto de um ataque de nervos. Um ataque de pânico talvez fosse mais provável. Eu não iria confessar nenhum assassinato, mas sabe lá que efeito isso teria sobre Edward.

Eu... hã... hã... - tentei respirar enquanto o agarrava por um braço para conseguir apoio.

Vamos entrar e então eu lhe consigo um copo de água. Quem sabe ajude com essa sua falta de ar - ele dissera, colocando a chave na tranca da porta e girando a mesma.

Espere... eu... eu... preciso de...

Naquele momento, a porta se abriu e luzes inundaram o cômodo em minha frente. Os pais e irmãos de Edward, junto com os seus sobrinhos, minha amiga Angela e mais dezenas de amigos saltaram em minha frente, todos cheios de balões e com pacotes de presentes ao fundo.

Surpresa! todos gritaram.

Ar conclui a frase e em seguida o mundo escureceu.

(Continua...)

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Notas finais do capítulo

N/A: Quando a Bella finalmente decidiu contar toda a verdade, isso aconteceu... O que é o karma, hein? haha.
Aguardem capítulo novo. Acho que vocês vão gostar do que vem por aí :)
Beijos, e um feliz ano novo (um pouco atrasado, mas o que vale é a intenção).