— Bom, a brincadeira é simples. Igual ao verdade ou desafio dos trouxas que já jogamos, na vez da pessoa, ela vai e roda a garrafa e faz uma pergunta ou desafio pra quem a garrafa parar na frente. Mas tem uma diferença. A garrafa é enfeitiçada para ficar verde se for verdade e se for mentira, ela fica vermelha. Quem não cumprir o desafio ou não responder, ira levar um castigo, entenderam? — James explicou.

A maioria dos presentes assentaram. Mas Hugo apenas franziu o cenho:

— Então, basicamente a garrafa sabe se estamos mentindo ou não? Como? — perguntou.

James pegou o vidro da mão de sua irmã.

— Precisamos estar segurando ela. Assim, olhe — segurou de um jeito que todos poderiam ver — eu sou gay — a garrafa ficou completamente vermelha — entendeu agora?

— Certo. Isso vai ser interessante. Muito — o Weasley falou marotamente.

— Mais uma vez, só pra confirmar. Não se esqueçam, a garrafa esta enfeitiçada. Diga uma verdade e ela fica verde, uma mentira e fica vermelha — James falou.

— Ok, vamos testar — Albus disse e segurou a garrafa junto do irmão — James já broxou.

O recipiente começou a ficar verde e algumas pessoas soltaram risadas.

— Ih, olha lá, ta verde, James, James... — zombou Luke.

Nesse momento, vários par de olhos voltaram suas atenções a resposta de do Potter mais velho.

—Cale-se! É mentira, isso nunca aconteceu!

A garrafa em suas mãos começou a ganhar a cor vermelha. Os amigos começaram a rir.

— Agora ta vermelha... — Luke voltou a falar, risonho.

— Ta todo mundo vendo. Não precisa falar — Lily reclamou.

— Ta. Já chega. Vamos logo — Falou Dominique, pegando a garrafa e colocando ela no chão — eu começo.

Os três irmãos Potter se endireitaram na roda e Domi girou a garrafa, parando, após um tempo, com a “boca” virada para Lily.

— Então, priminha, verdade ou desafio? — perguntou, sorrindo maliciosa.

— Depois desse sorrizinho ai, eu vou é escolher verdade.

— Sem graça — Dominique bufou e pensou numa boa pergunta — mas não pense que escapou de mim. É verdade que a primeira pessoa que você beijou esta nessa roda?

— Eu vou te matar — resmungou e segurou a garrafa — sim.

Lily ficou quase tão vermelha quanto seus cabelos. E Luke também, se entregando. Os primos e amigos riram, exceto James e Albus.

— Não gostei disso, dona Lily Luna Potter — falou o mais velho.

— É, nem eu — disse o outro.

— To nem ai — Ela deu de ombros — vamos, o próximo é você Hugo.

Ela entregou a garrafa ao seu primo, que estava do lado de Dominique. A ordem de quem rodava estava indo de acordo com o circulo. Ele girou a garrafa, parando no James.

— Verdade ou desafio?

— Não sei... — ele passou a mão pelos cabelos, pensativo — vamos esquentar isso, desafio.

Hugo olhou sugestivamente para Albus, que assentiu.

— Então, te desafio a lamber o chão — Hugo falou rindo.

— Ah, não. Isso é sacanagem. Não vale — Fred reclamou.

— Ou você faz, ou vai ter um castigo — Lily respondeu, cruzando os braços.

— Deixa de ser idiota, anda maninho — James incentivou.

O Potter do meio fez uma careta e aproximou o rosto do chão devagar. Ele abriu a boca mais lentamente ainda. Nesse momento, Scorpius empurrou o rosto do amigo contra o chão, fazendo ele encostar a língua no lugar.

Algumas das meninas gritaram um sonoro “Eca”, mas a maioria dos estudantes ali começaram a rir da cara do Potter.

— Sua doninha albina, eu vou te matar — ele gritou e saiu correndo atrás de Scorpius, que ria da cara dele.

— Gente, sossega — gritou Roxanne para eles, mas não adiantou.

Ela olhou para Lily. Aquele olhar que só os primos Weasley sabiam o significado. As duas levantaram as varinhas e gritaram juntas o feitiço que fazia os dois levitarem.

Os dois garotos começaram a flutuar, mas, mesmo assim, Albus ainda tentava alcançar Scorpius, que fugia como se estivesse nadando. As gargalhadas dos bruxos aumentaram ainda mais.

— Albus, se você não parar, eu conto pro tio Harry — Hugo falou, o que fez o garoto, finalmente parar. Para felicidade um certo loiro da sonserina.

O feitiço foi retirado dos dois, que caíram no chão. Bem, o Potter caiu primeiro, batendo a barriga no chão, e Scorpius caiu sentado por cima dele.

— Sai de cima de mim, tu é magro, mas pesa que nem um trasgo.

— Deixa de ser chato.

Ele saiu de cima de Albus e os dois se sentaram nos devidos lugares.

Lily pegou a garrafa e deu a garrafa para Luke. Ele pegou com o rosto vermelho. Ele era tímido, totalmente ao contrário dela, mas como dizem, os opostos se atraem.

Ele girou a garrafa e parou em Lorcan.

— Verdade ou desafio? — perguntou.

— Desafio.

Luke pareceu pensar por um tempo, mas o irmão gritou.

— Lembra DAQUILO que a gente tava falando antes.

Ele lembrou e sorriu.

— Te desafio a transformar o Albus num sapo cor de rosa.

O queixo do Potter mais novo foi quase até o chão.

— Por quê vocês sempre querem me ferrar? — perguntou irritado.

— Porquê é engraçado — Tony respondeu — e se tentar fugir, vamos atrás de você.

Lorcan olhou para o Potter de um jeito estranho, quer dizer, ele era estranho mas aquilo foi pior que o normal. Ele pegou a varinha e falou o feitiço, enquanto o outro garoto gritava mais que uma mandrágora.

Albus encolheu e ficou verde, até ficar igual a um sapo. Ele pulou em cima de James e começou a coaxar. O irmão mais velho empurrou ele para o lado.

— Sai de cima e mim, coisa feia. Tá mais feio que antes.

Ele coaxou outra vez e botou a língua para fora para o irmão.

— Sai caramba. Tá, já pode fazer ele voltar ao normal.

Lorcan transformou ele de volta. Albus estava sentado como se estivesse botando olhos no meio da roda. Ele deu um pulinho e fazendo igual a um sapo.

— Buebret — tentou imitar o bicho.

— Albus Severus! Para de, por favor — Dominique reclamou.

— Buebret — ele repetiu.

— Pare de pular, e falar isso, você NÃO é um sapo! — Louis gritou.

— Buebret.

— Lily, Rox, cade as varinhas — disse Domi.

— Tá, tá. Já parei.

Levantou e voltou para o lugar de antes.

— Molly, é sua vez — Tony falou. Ela pegou a garrafa e girou, parando na Lily.

— Quero desafio — a Potter mais nova falou, sem nem pensar direito.

Molly riu alto.

— Lily, eu te desafio a beijar o Scorpius — falou com um sorriso malicioso no rosto.

— O QUE? MAS NEM POR CIMA DO MEU CADÁVER — Rose gritou com o rosto tão vermelho quanto os cabelos. Ela arregalou os olhos quando todos encararam ela — Quer dizer, porquê ela beijaria ele? Os dois nem se falam direito?

— Rose, não adianta mais, todo mundo já entendeu. Faça parte da seita — disse Fred.

— Que?

— A seita que dói menos — respondeu James rindo e bateu na mão de Fred.