The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 5
Poção Polissuco




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A aula de historia da magia estava mais chata do que nunca. Lily rabiscava o caderno enquanto repassava mentalmente os planos para a noite. Ela, Sirius e James finalmente colocariam o plano em ação.

Eles já tinham mandado convites falsos para ambos Will Jackson e Yago Gregori, dizendo que eles tinham ganho um jantar no três vassouras. O tempo até os garotos chegarem a Hogsmade e voltarem deveria ser o suficiente para eles arrancarem informação de Lucius.

Narcisa seria um pouco mais complicado. Ela era encargo de Sirius, que enviaria uma caixa de chocolates para a garota. Chocolates obviamente enfeitiçados. Ela dormiria a noite inteirinha, e não os incomodaria des de que comece os chocolates. Eram um risco que tinham que correr, não acharam maneira melhor de tirar a garota do caminho.

Sirius piscou para Lily e indicou o numero sete com os dedos. Sete horas. Era a informação que faltava. Lily assentiu levemente, Sirius voltou a rabiscar no caderno.

Lily tinha conseguido o cabelo de Narcisa um dia antes, e com muita sorte, quando a garota sacudiu os cabelos loiros platinados quando passava por sua mesa na aula de poções. Tudo estava pronto.

*

Lily jogou seus livros na cama e se jogou de barriga para cima, os braços abertos.

– Esses livros ainda vão deslocar minhas costas – ela reclamou.

– Nem me fale – Marlene concordou. – Estou completamente exausta. Tudo o que eu quero é deitar e dormir.

– Somos duas – Disse Lily. Ela não tinha contado as amigas sob o plano, achava muito arriscado as coloca-las no meio de toda essa confusão por nada.

Lily esperou até que suas companheiras de quarto estivessem dormindo para descer as escadas. Ela encontrou James e Sirius sentados no sofá da sala comunal.

– Demorou Evans – disse Sirius.

– Não tenho culpa que Marlene e Alice ficaram tagarelando – ela revirou os olhos – pelo menos você não tem que se preocupar com seus colegas de quarto.

– Não mesmo – James sorriu – Remus sabe de nossos planos, e Peter dorme como uma pedra.

– Vocês não contaram a ele? – Lily perguntou confusa – Pensei que ele fosse seu amigo.

– E é – disse Sirius – Mas se McGonagall perguntar a ele qualquer coisa, ele vai se amarelar e falar tudo pra ela.

– O que pode nos colocar em uma grande encrenca – James completou – Peter é bonzinho, mas não é muito confiável quando está sob pressão.

Lily espiou pela Janela e viu Will e Yago se esgueirando pelo pátio do castelo, indo para Hogsmade. – Parte 1, completa – ela sorriu. – Vamos descer?

– Você está se sentindo dentro de um daqueles filmes trouxas, não está? – Sirius sorriu.

– Um pouco – ela sorriu.

– Esse filmes são horríveis – James disse. Lily revirou os olhos para ele.

*

Prontos? – Lily perguntou.

Eles estavam no banheiro feminino, deserto a essa hora da noite.

– Saúde – disse James, e virou o liquido na boca.

O gosto repudiante da poção lhes desceu cortando a garganta. Lily ficou instantaneamente verde de enjoo e correu para a primeira cabine. James e Sirius se entreolharam. Tentando mantes o estomago sob controle. Sem sucesso, ambos correram para o banheiro a fim de colocar as poções para fora.

Lily, trancada em sua cabine, olhou para as próprias mãos. Onde antes haviam mãos macias e levemente rosadas, agora tinham dedos ossudos e muito brancos, com longas unhas pintadas de vermelho, Lily flexionou os dedos para testá-los. Depois passou as mãos pelos cabelos, com um pouco de repulsa. Ela sempre fora orgulhosa de suas madeixas ruivas. Os cabelos que sua irmã Petúnia tanto invejava, agora se transforavam em cabelos pálidos, tão brancos quanto leite, com exceção de uma mecha preta que descia do alto da cabeça.

Ela saiu da cabine e encontrou James e Sirius, ou melhor, Yago e Will. Sirius abotoava seu sobretudo as Sonserina, enquanto James, que estava só de calção, começava a vestir as calças.

– Ah, por Merlin James! - Lily exclamou - Você não poderia ter se trocado dentro de alguma das cabines?

– Eu sei que você gostou de ver minhas pernas Lily – ele disse subindo as calças. – Se quiser, quando acabarmos isso, posso te mostrar o quão bonito eu sou sem roupa nenhuma.

– Prefiro ver um gigante pelado a ver suas pernas branquelas outra vez James. – ela disse ríspida.

Sirius começou a gargalhar, e James o socou com força no braço.

– Parem de palhaçada meninos – Lily disse – Temos algo a resolver.

*

A Sala Comunal da Sonserina era escura e repugnante. Lily torceu o nariz ao respirar o ar abafado de lá. Escondida atrás das masmorras, o lugar não era o que se podia chamar de arejado.

– Onde Vocês estavam? – Disse uma voz ríspida – Vocês por acaso sabem que horas são? Claro, eu não sou fã das regras, mas idiotas como vocês dois – ele apontou para Will e Yago – podem ser pegos facilmente fora da cama.

– Relaxe, ninguém nós viu. Estávamos só dando uma voltinha – disse Lily e James arqueou as sobrancelhas, surpreso. Lily falou tudo em uma voz sexy e arrastada, igualzinho a Narcisa. Ela tinha praticado, e muito.

Ela sentou-se ao lado de Lucius, que a envolveu com o braço pela cintura. James pode ver um lampejo de nojo cruzar o rosto de Lily antes da perfeita mascara voltar a se formar.

– Vocês viram o profeta diário de hoje? – Lily perguntou – Outra família de bruxos, assassinada – ela disse a voz com quase prazer.

– Já disse e repito – disse Lucius se empertigando – Tiveram o que mereceram. É isso o que se ganha quando se mete no caminho do Lorde das Trevas.

– Qual será o próximo movimento dele – disse Sirius, tentando soar natural.

– Você sabe muito bem que eu não sei Yago – ele disse. – O Lorde das Trevas preferiu manter seus planos em segredo. Eu sei, por hora, quais são suas intenções, mas os planos dele são muito maiores do que imaginamos. Desconfio que ele limpara todo sangue ruim. O mundo bruxo nas mãos dele brilhará novamente.

James e Sirius engoliram seco, Lily sentiu um calafrio. Lucius a olhou com as sobrancelhas cerradas.

– O que foi Narcisa? – ele perguntou.

– Nada, só estou um pouco cansada, minha cabeça está doendo horrores – ela disse. Imitando Narcisa perfeitamente

– Melhor você subir então, nos vemos amanha – ele disse a puxando para um rápido selinho. Lily virou as costas e saiu pela lateral, sem que Lucius a visse. O ultimo lampejo que James teve dela foram seus cabelos ruivos.

– Ruivos – ele sussurrou para Sirius, que se levantou no mesmo instante.

– Acho que vou dar mais uma volta, quer ir? Will, Lucius? – ele sugeriu.

– Eu topo - disse James.

– Eu vou para cama - Lucius disse - Nos falamos amanha.

Essa foi a deixa perfeita para que James e Sirius saíssem as pressas da sala comunal e corressem pelos corredores vazios até o banheiro onde tinham deixado suas roupas.

Eles encontraram Lily debruçada sob a pia, ela ainda usava as roupas da Sonserina, agora grandes demais em seu corpo, e lavava a boca freneticamente.

– O que houve Evans? – Sirius perguntou com o tom de voz caçoando-a – Tirando veneno de cobra dos lábios?

– Isso foi completamente nojento – ela disse entre uma cuspida e outra – Não acredito que aquele asqueroso me beijou.

– Então você teria preferido que fosse eu a te beijar Lily? – James sugeriu.

– Eu estaria lavando minha boca com sabão se esse beijo fosse seu, Potter – ela disse com nojo.

– Chega de flertar, vocês dois – disse Sirius. – Temos assuntos importantes a discutir.

– Melhor que seja na sala comunal – disse James. – Já estamos muito tempo fugidos do dormitório, até para meus padrões. Não podemos abusar da sorte.

– Você trouxe o mapa? – Lily perguntou – Poderiamos ver onde Argus está.

– Não, eu não trouxe. Não poderia deixa-lo no banheiro e muito menos levar comigo para a sala da Sonserina. E além do mais, ele não detectou o gato odioso da ultima vez.

– Espere ai – disse Sirius - Como Lily sabe sobre o mapa?

– Longa historia – disse James revirando os olhos.

– Parece que não temos mais segredos de Lily – disse Sirius – Agora já posso contar a ela como sou bem dotado?

Lily ficou vermelha segurando a risada, enquanto fitava James ficar furioso. Sirius estava na mesma situação de Lily, se segurando para não explodir em gargalhadas no meio dos corredores.

Quando eles finalmente chegaram a sala comunal, Lily e Sirius se olharam e começaram a gargalhar. James os olhou carrancudo. Todas as vezes que eles paravam de rir, se entreolhavam e as risadas recomeçavam. Levaram bons dez minutos para que eles se acalmassem o suficiente para conversar.

– Acabaram com as risadas? – James perguntou ríspido – Ou vocês pretendem acordar o resto de Hogwarts?

– Ah Pontas! – Sirius exclamou – Não seja tão ranzinza!

– Não sou ranzinza, só temos assuntos sérios a tratar. – ele disse.

– Certo – concordou Lily – Detesto dizer isso, mas concordo com Potter. então, aparentemente os assassinatos foram causados por alguém que se intitula “ O Lorde das Trevas”.

– Toda essa matança, causada por um só bruxo?

– É possível – disse uma voz vinda das escadas.Remus estava vindo, os cabelos desgrenhados usando calça de pijama e a cicatriz prateada brilhando a luz da Lua. – Desculpem, estava curioso para saber como tudo tinha ido, e acordei com a risada de vocês.

– Eu disse – James olhou para Sirius e Lily, que olhavam aleatoriamente pela sala, fingindo que não era com eles.

– Bom, voltando ao assunto – disse Remus. – Essas mortes foram causadas pela Maldição da Morte. Um só bruxo... muito poderoso, mas sim, um só, seria capaz de cometer tais atrocidades.

– Sera que deveríamos falar com Dumbledore? – Lily sugeriu.

– Não, o velho tem mais com que se preocupar – disse James – e além do mais, não temos nenhuma prova concreta. O nome do sujeito ou qualquer coisa assim.

– Então continuamos na estaca zero? – disse Sirius.

– Aparentemente – Remus disse sombriamente – Mas temo que devemos nos preparar. Sinto alguma coisa chegando, e não parece ser nada bom.


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Notas finais do capítulo

esse ficou mais curtinho, espero que nao se importem (: por favor comentem o que acharam!