The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 13
A Ordem da Fênix




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– Está com frio? – James perguntou a Lily, que negou com a cabeça, enquanto apertava mais o sobretudo contra si.

A sede a ordem da fênix ficava em Londres, Lily e James pegaram o trem para la, junto de Sirius. Remus e Peter tinham chego dois dias antes. A neve estava alta, e ventava muito, Lily tentava segurar a boina na cabeça enquanto eles caminhavam.

Finalmente eles chegaram a uma casa com cara de abandonada, mas Lily sabia que não passava de um feitiço. Quando eles empurraram a porta, e casa se transformou em algo entre aconchegante e distante.

O fogo crepitava na lareira, e a sala estava cheia de rostos conhecidos, mas o clima no ar era de tensão. Que foi quebrado assim que uma mulher se levantou. Atrás dela, uma garotinha se escondia, envergonhada. Ela tinha o cabelo loiro e rosa, o que Lily achou muito encantador.

– Sirius – disse a mulher sorrindo. Foi só então que Lily a reconheceu. Mas não era possível! Ela tinha mudado tanto! Lily só se lembrava dela de seu primeiro ano de escola.

– Andrômeda – disse Sirius, indo até ela. Ele abraçou a prima. O único membro da família por quem Sirius não sentia ódio. Ela era como ele, as ovelhas brancas da família Black.

– ei garotinha, não vai cumprimentar seu primo? – disse Sirius para a criança, abrindo os braços. – Venha Nymphadora.

– Não me chame de Nymphadora! – ela exclamou irritada, seus cabelos se tornando imediatamente vermelhos, antes de sair correndo emburrada.

– Temperamento da família Black – Andrômeda comentou. Eu pedi tanto aos céus que me dessem uma criança com o temperamento de Ed, mas não tive essa sorte.

– Lily, James, sejam bem vindos – disse uam voz conhecida atrás deles. Alvo Dumbledore apareceu, ele caminhava lentamente, como em suas aulas. E se colocou entre os outros membros. Gostaria de lhes apresentar algumas pessoas.

– Esses são Alastor, ou como todos os chamam. Olho tonto. – O homem levantou a bengala, ele parecia assustador, mas se tornou amigável quando sorriu para eles. – Esse aqui é Kingsley, ele trabalha no ministério, e é ótimo para nós.

Cada um dos rostos desconhecidos foi apesentado a eles, des dos irmãos Prewett até o irmão de Dumbledore, chamado Abeforth. Aos poucos, Lily foi se sentindo mais confortável no local, agora que conhecia os rostos que lhe rodeavam.

Todos começaram a detalhar planos da missão. Aparentemente, Kingsley tinha a informação de que Voldemort tinha planos para atacar uma família de bruxos. O plano era ir lá na noite seguinte, e retirá-los em segurança.

– Eu vou – Lily declarou assim que pode.

– Eu também – disse James.

– Podem contar comigo - Sirius se levantou.

– Então também estou na briga – Remus sorriu.

– Eu vou guiar os novatos – disse olho tonto rabugento, mesmo que seu sorriso de orgulho o entregasse.

– Você vai precisar de ajuda – disse Gideon Prewett se levantando.

– E de mais um toque feminino – disse Emmeline Vance, sorrindo. – não podemos deixar a pobre Lily cercada de garotos.

– Já temos pessoas o suficiente – disse Moody. – se formos em gente demais, eles vão rastrear nossa presença.

– Perfeito – disse Dumbledore batendo as mãos. Lily, James, vocês merecem um banho e algum descanso antes da missão. Há um quarto separado pra vocês, no segundo andar, segunda porta a direita.

– Obrigada – Lily murmurou. – Com licença a todos, foi um prazer conhece-los.

James pegou Lily pela mão, e quando estavam subindo as escadas, Lily pode ouvir – Você viu o anel na mão dela? Acha que eles estão noivos? Ah céus que sortuda! – vindo do andar debaixo.

Depois de tomar um banho relaxante, Lily se jogou na cama. Ela não tinha colocado o pijama, mas estava frio demais fora das cobertas para sair e se trocar. Ela estava de olhos fechados, aproveitando o momento de paz. Lily conseguia ouvir a agua do chuveiro, onde James tomava banho. Ela o ouviu desligar e seus passos até a cama. James se enfiou debaixo também, usando somente samba-canção.

– Temos nosso próprio quarto – ele suspirou maravilhado.

– Sim – ela disse – e cama de casal. Não precisamos mais nos espremer em camas de solteiro.

– E eu posso passar a noite inteira de conchinha com você – ele disse.

– Porque idealizar se podemos fazer tudo isso? – ela disse se virando para ele. A boca de Lily roçando na dele.

James a olhou desafiadoramente, antes de cobri-la de beijos, que a faziam gargalhar. James estava certo. As pessoas eram capaz de encontrar felicidade em meio ao caos.

*

Lily acordou naquela manha se sentindo renovada. James ainda dormia ao lado dela, e ela aproveitou a oportunidade para estudar seu rosto. Lily amava o sorriso de James, mas quando ele não estava sorrindo, estava com o maxilar tenso, sempre preocupado. Agora, vê-lo completamente relaxado, o tornava mais jovem e vulnerável. Lily traçou a linha dos lábios dele com o dedo, e passou a mao em seus sedosos cabelos rebeldes. James sorriu antes mesmo de abrir os olhos.

– Por favor, me diga que não estou sonhando. Me diga que você é mesmo Lily Evans, me diga que você aceitou sair comigo, a namorar comigo, a se casar comigo e até a se deitar comigo. Por favor me diga que isso não é um sonho.

– Não é um sonho – ela disse, lhe beijando lentamente. James abriu os olhos, que demoraram um pouco para focar no lindo rosto de Lily. Ela sorria para ele, os cabelos ruivos, repartidos muito mais de um lado do que do outro, os olhos verdes brilhando para ele. James se sentiu o cara mais sortudo do mundo quando encaixou as mãos na cintura dela e a rolou pela cama mais uma vez.

*

James vestiu um casaco preto, e ajudou Lily a abotoar o dela. Um clima de silencio e tensão se espalhava por toda a sede.

– Sua varinha – Lily disse, entregando o instrumento para James, ele assentiu, guardando-a no bolso do casaco. – Você tem que parar de deixar sua varinha por ai James, nos tempos que vivemos, precisamos estar sempre a postos.

James assentiu, sério.

– Vamos - ele disse segurando a mão dela. Ele deu um aperto firme, antes de descerem as escadas.

Todos que iriam na missão estavam apostos e prontos. Vestidos com roupas discretas. Olho-Tonto Moody estava entre eles, passando instruções.

– O plano é o seguinte – ele disse. – Lily e Guideon, eu vou precisar de vocês cabeças vermelhas atrás da casa, entrem pela porta dos fundos, onde é difícil de ser visto. O cabelo de vocês é no mínimo chamativo demais para a porta da frente.

– Porque eles não mudam a cor do cabelo, então? – disse a pequena Nymphadora, ela estava sentada na escada, e olhava para eles com um sorriso travesso no rosto. Seu cabelo mudou do castanho claro para um rosa chiclete, e depois para o azul.

– Porque nem todo mundo é especial como você gatinha – disse Andrômeda, sorrindo para a filha.

– Quando vamos para casa mamãe? – ela perguntou. – estou cansada daqui!

– Logo, Dora – ela disse – Assim que seu pai voltar da missão.

Andrômeda olhou preocupada ao redor. Seu marido tinha saído em uma missão já há três dias e ainda não tinha voltado. Andrômeda sabia que era uma missão que levava tempo, mas ela ficava mais angustiada a casa segundo.

– Chega de enrolações – declarou Moody – Gideon e Lily, quero vocês cobrindo a parte de trás da casa. James e Sirius, sei que vocês trabalham muito bem juntos, quero os dois na parte da frente. Lembrem-se, os comensais da morte podem estar esperando por nós. Eu ficarei com Emmeline e Remus. A missão é simples. Precisamos checar os arredores, ver se não há comensais por la, entrar na casa, retirar a família em segurança, e trazê-los de volta para a ordem. Sem nenhuma morte, de preferencia.

Um arrepio correu pela espinha de Lily, mas ela se conteve.

Cada um pegou uma vassoura, e eles se lançaram no ar, no mais completo silêncio. Os feitiços de disfarce os protegiam dos olhares trouxas, enquanto eles voavam pela noite estrelada.

*

– Lily – James chamou. Eles já tinham chegado na casa, e tudo estava no mais completo silêncio. As luzes da casa estavam apagadas, como Moody tinha dito que estariam.

– Fique tranquilo James – ela sorriu. – Te encontro em quinze minutos.

Lily se virou para Gideon, que assentiu para ela. ambos caminhando para a parte de trás da casa. James deu meia volta para se encontrar com Sirius.

– Lumos – Lily disse, e um brilho surgiu da ponta de sua varinha.

A mão de Lily estava quase tocando a maçaneta quando Gideon a impediu com o braço.

– Eu vou na frente – ele disse – Não quero o seu namorado bravo comigo logo de cara.

Lily sorriu, e aliviada deixou Gideon tomar a dianteira.

A casa estava completamente apagada, o que dava um toque aterrorizante a luz da varinha. Eles passaram pela cozinha, e quando passaram pela escada, Lily deu um pulo com o susto, colocando as mãos na boca para não gritar.

Uma garotinha se agarrava em suas pernas. Ela não devia ter mais idade do que Dora. Talvez quatro ou cinco. seus cabelos eram loiros platinados, e ela tinha encantadores olhos castanhos, mas cheios de medo.

– Você não parece com um dos caras maus – ela disse, a voz chorosa – Você está aqui para salvar a gente, não está?

Lily fez que sim com a cabeça. – Onde está o resto da sua família? Eles estão bem?

A garotinha fez que sim com a cabeça. – Estão escondidos.

– Gideon – Lily disse, soltando o folego – diga a todos que a barra está limpa, vou trazer o resto para a sala, para podermos partir. Diga a eles para ficarem prontos.

Gideon assentiu e tornou a sair pela porta da cozinha.

– Qual o seu nome? – Lily, perguntou á garotinha, abaixando na altura dela.

– Chiara – ela disse, segurando a mão de Lily.

– Chiara, que nome bonito. – a garotinha sorriu com o elogio – Você pode me mostrar onde estão seus pais?

A garotinha assentiu, séria, e pegou Lily pela mão. Ela conduziu a mulher mais velha escada acima, e empurrou a porta do quarto, que também estava escuro.

– Está tudo bem – ela disse pra quem estivesse no quarto. – As pessoas boas vieram nos salvar.

As luzes se acenderam. Lily viu um homem sentado no chão, para onde a menina tinha corrido. Ele tinha os cabelos castanhos e a barba por fazer. bolsas embaixo dos olhos indicavam que ele não deveria ter dormido muito nos últimos tempos. Uma mulher estava sentada na cama. Ela tinha cabelos loiros desbotados, presos, e segurava um bebe de colo. Que tinha tufos de cabelos castanhos.

– Vamos – Lily disse, convidativa – Vamos levar vocês para um lugar seguro.

A mulher se levantou, com lágrimas nos olhos, e abraçou Lily – Obrigada, Obrigada – ela dizia. Lily sentiu seus próprios olhos marejarem.

– Agora não é tempo para isso – Lily disse – podem me agradecer quando chegarmos em segurança na cede.

Lily desceu as escadas, seguida pela família,que continuava traumatizada e calada. Lily sentiu pena deles, a quanto tempo estariam se escondendo?

– Moody, achei eles – Lily relatou. – Vamos embora antes que notem nossa presença.

– Muito bem – ele disse batendo a bengala no chão.

Nesse exato momento, uma cortina de fumaça negra passou por Lily com uma rasante. Mas duas pareciam danças envolta deles. James correu até Lily, e ficou costas a costas com ela, varinhas apostas. Todos os integrantes da missão se fecharam em um circulo, envolta da família. O bebe imediatamente começou a chorar, e a mãe fazia de tudo para acalmá-lo.

Cinco comensais da morte se materializaram na frente deles. Antes que Lily tivesse tempo de pensar a batalha começou. Luzes voavam de um lado para o outro. A garota lançava seus feitiços quase as cegas. Sua única certeza era James cuidando de sua retaguarda.

– Gideon! Emmeline! – gritou Moody em meio a feitiços. – Tirem a família daqui! AGORA!

Gion e Emmeline se colocaram de forma protetora entre eles, afastando-os lentamente de toda a confusão.

– Estupefaça! – Lily gritou, a varinha de um dos comensais voou longe, e ele ficou completamente desarmado.

– Boa Evans! – Sirius gritou a distancia.

– Impedimenta! – disse Remus, e o comensal caiu duro como pedra no chão.

De repente, Lily sentiu uma dor aguda em seu lado esquerdo. Ela se curvou, com um gemido, caindo de joelhos. Antes que atingisse o chão, ela sentiu as mãos de James a apoiando. Lily respirou fundo, tentando clarear a mente em meio a dor.

– Lily! – Ela ouviu James exclamar.

– Estou bem, estou bem – ela disse, tentando se levantar. Sem muito sucesso. Ela parecia ter perdido toda a força nas pernas, que não eram mais capazes de sustentar o corpo.

O ultimo comensal tinha caído, pela varinha de Olho Tonto.

– Moody! – James chamou, com desespero na voz – Lily foi atingida!

– Leve ela de volta James! – ele gritou. – o mais rápido que puder de volta para a ordem. Precisamos cuidar da bagunça aqui.

Lily sentiu os braços de James em volta dela, ela tentou manter os olhos abertos, mas tudo parecia um borrão, as vozes estavam distantes.

– Lily – ela distinguiu James. – Por favor, segure firme em mim, Não posso aparatar com você, não fraca desse jeito.

Lily passou os braços pelo pescoço de James. Aos poucos a tontura de Lily foi passando e a dor na costela aumentando. Ela colocou a mão e sentiu molhada, voltando completamente vermelha do local do ferimento.

James fitou a mão dela, e seu olhar endureceu. Ele travou o maxilar, nervoso. Lily falava com ele, tentando acalma-lo.

– Eu estou legal James – ela disse. Mas ele não respondeu, seus olhos fitavam o horizonte, enquanto ele acelerava cada vez mais com vassoura.

– Chegamos – disse James com um suspiro de alivio. Mas assim que James encostou os pés no chão, o tranco fez o corpo de Lily sacudir com um solavanco, e a dor ficou insuportável.

Ela viu pontos negros começando a cobrir sua visão, e entre eles, o rosto apavorado de James. Depois, só escuridão.

*

Lily desfaleceu nos braços de James, Ele a segurou firme.

– Lily, Lily, acorde Lily, acorde – ele disse, a sacudindo gentilmente, mas Lily nem sequer se mexeu. Ele então pegou a garota nos braços, apoiando a cabeça dela contra seu peito, e correu para dentro da cede.

James abriu a porta com um chute, o barulho fez com que os membros aparecessem correndo, empunhando as varinhas.

– James! – era a voz de Marlene. – O que aconteceu?

– Fomos cercados, alguém acertou Lily – James disse, ele estava completamente desesperado.

– Leve ela la para cima - disse Marlene – Eu vou chamar Dumbledore.

James correu escada a cima, havia um quarto que era usado de enfermaria, e foi para lá que James a levou. Ele colocou Lily gentilmente em uma das camas, mas logo que o fez, Dumbledore entrou pela porta.

– Professor, ela foi atingida... eu...

– Marlene já me contou o ocorrido James, eu vou tentar ajuda-la, agora, por favor, preciso que você se retire.

– Não! – ele exclamou, com ferocidade nos olhos, se agarrando a beira da cama, os olhos cheios de lágrimas. – Eu vou ficar com ela!

– James, você já fez tudo o que era possível. Precisa me deixar cuidar dela. Você precisa se acalmar. – disse Dumbledore.

– Mas...

– Ela vai ficar bem James, agora vá. – ele disse de uma maneira gentil, mas firme. James se levantou da cadeira, deu um longo beijo na testa de Lily, deixando as lágrimas rolarem, e então deu meia volta, fechando a porta atrá de si.

*

James estava encostado na parede do corredor, a cabeça enterrada nos joelhos. Ao seu lado, havia meia dúzia de xicaras de chá, que as pessoas tinham lhe trazido, dizendo que faria ele se sentir melhor.

Claro que James não tomara nenhuma delas. Ele não precisava de chá. Precisava que Dumbledore saísse daquele quarto, o qual já estava a duas horas, e dissesse a ele que Lily estava bem. Mas isso ainda não tinha acontecido.

– O que você está fazendo aqui? – perguntou uma voz infantil. James levantou a cabeça, e viu uma garotinha de cabelos verdes o encarando. Ela usava maria-chiquinhas tão altas que lhe davam um ar comico.

– Esperando – ele disse.

– Por o que? – ela perguntou, curiosa.

– Pela minha noiva – ele disse indicando a porta – ela está la dentro.

– Ela esta se arrumando? Eu posso ajudar ela. Eu gosto da cor do cabelo dela. – ela disse, a cor de seu cabelo mudou de verde para ruivo alaranjado, a mesma cor dos cabelos de Lily, James sorriu.

– Você fica muito bonita com esse cabelo Dora – ele disse.

– Obrigada. – ela agradesceu com uma reverencia. – então, ela precisa de ajuda?

– Não, ela se machucou, mas Dumbledore está cuidando dela – James disse.

– Ah – Dora fez um bico – então vou esperar aqui com você – ela decidiu, sentando-se ao lado de James.

– Trouxemos uma garotinha da sua idade para a ordem hoje, porque não vai brincar com ela? é muito mais divertido do que ficar sentada daqui com alguém como eu.

– Eu tentei - admitiu Nynphadora – Mas ela ainda está muito assustada e não sai de perto da mãe – ela deu de ombros – eu também fiquei assustada quando cheguei, mas logo me acostumei. E eu gosto de ficar aqui com você, você é legal.

– E porque você acha isso? – ele disse.

– Porque você não me chama de Nymphadora – ela concluiu.

Nymphadora logo se cansou de ficar ao lado de James, e resolveu achar outra coisa para fazer. depois de mais uma hora de tortura emocional para James, a porta se abriu, e lá estava Dumbledore.

– Ela vai ficar bem – ele disse- Agora está dormindo, mas logo vai acordar. Você pode ficar com ela.

James agradesceu a Dumbledore e correu para dentro, Lily estava adormecida, o rosto agora limpo, mesmo os cabelos estando emaranhados. Ela estava com uma faixa que passava através sua barriga e subia pelo ombro, para poder encobrir todo o corte.

James suspirou aliviado, se sentando ao lado dela, com a mão dela entre as suas. O anel de noivado brilhando em seu dedo. Foi só então que ele se permitiu chorar.

*

Lily acordou com um barulho que parecia um soluçar.

James estava sentado ao seu lado, o rosto enterrado nas mãos, enquanto ele soluçava. Lily estendeu o braço, um movimento que le custou uma parcela de concentração e controle da dor, mas ela logo alcançou os cabelos dele.

– Eu estou bem James – ela disse, sua voz saiu roca, com a garganta seca.

– Lily – ele disse com alivio na voz.

– Eu te disse que eu ficaria bem – Lily sorriu. – Agora consiga um pouco de agua para mim, minha garganta está seca como um osso. Mais alguém se machucou.

– Não, estão todos bem – James respondeu de prontidão.

James se levantou e pegou um copo de agua para Lily, ela se ajeitou na cama, com um grunido de dor. James se precipitou para ajeitar os travesseiros dela.

– Pode se acalmar James – ela sorriu.

– Eu sei, me desculpe. – ele disse. – Eu só fiquei... preocupado.

– Eu entendo, me desculpe por isso – ela disse. – Mas agora eu estou começando a me preocupar com você. Você esta todo sujo e surrado. Vá tomar um banho e descansar um pouco, eu vou ficar legal.

James concordou com um aceno de cabeça, de repente se sentindo exausto.

– Chame os garotos aqui, eles podem me fazer companhia – ela sorriu.

Lily ouviu uma batida na porta.

– Pode entrar – ela disse. Uma figura de vestido branco entrou pela porta. A garotinha Chiara a olhava ao longe.

– Você está bem? – ela perguntou.

– Estou ótima, so preciso descansar – Lily disse.

– Obrigada por salvar minha vida – ela disse.

– Oh, isso? Não foi nada. As pessoas precisam se ajudar em tempos difíceis.

A garotinha assentiu, séria. – Eu ainda não posso usar varinha, mas minha mãe diz que eu sou uma curandeira, eu sempre cuido dos ralados do irmão. Eu não posso fazer nada a respeito daquele ali – ela apontou para o grande corta na costela de Lily. Mas posso cuidar de seus arranhões. Você deixa?

– Ah, seria um prazer – Lily sorriu.

A garotinha retribuiu o sorriso e colocou a mão na mão de Lily. Com uma exclamação surpresa, Lily notou que todos os seus cortes e ralados, tudo mais superficial, estava se fechando.

– Isso é incrível – ela disse, o que só fez com que Chiara sorrisse mais.

– Pronto – ela declarou.

– Muito obrigada Chiara – ela disse – Sabe, você deveria oferecer uma magica para os outros, muitas pessoas aqui estão machucadas.

– Sério?

– Sim. Você é uma bruxinha muito abençoada. Deveria usar o dom.

A menina deu um grande sorriso, mostrando os dentes faltando na boca, e saiu pela porta, a procura de alguém para cuidar.

Logo depois, Lily ouviu uma exclamação vinda da entrada.

– ESTOU TÃO ORGULHOSO DE VOCÊ! – exclamou Sirius exageradamente – A maneira como desarmou aquele comensal! Tanto estilo!

Lily riu, o que fez seu ferimento doer. Mas ela não se importou.

– E deixar James preocupado daquela maneira! Você deveria se machucar mais vezes durante os jogos de quadribol. Tenho certeza que ganharíamos a copa das casas com ele voando naquela velocidade.

– Chega de lamurias Black – Lily disse. – Vocês trouxeram o baralho?

– Mas é claro – Peter disse, tirando as cartas do bolso – Você acha que somos inexperientes em leitos hospitalares?

Lily riu mais uma vez, a atmosfera de tenção ia se dissipando. Ela se sentia em casa com eles, de uma maneira que nunca se sentira com a própria irmã.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!! gente, por favor, comentem! não custa nada pra vocês mas vale TANTO para mim!



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