The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 12
Começam as Vacas Magras.




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Vamos logo Lily! – exclamou Marlene – o que você tem para nos contar de tão secreto?

– Não é secreto – Lily resmungou – eu só não quero que a escola inteira fique sabendo. Seria o inferno para meu ultimo ano.

– Bom, vamos Lily, desembuche, já estou curiosa! – disse Alice, sentada de pernas cruzadas na cama, segurando os pés.

– Eu vou me casar – Lily soltou de uma vez. Ela fechou os olhos por instinto, como se fosse haver uma colisão. Alice e Marlene se entreolharam, as bocas escancaradas.

– Com quem? – Alice sussurrou?

– Com quem mais seria? Alice sua burra! Ela vai se casar com James! – Marlene exclamou, alto demais.

–Shiiiiiu – advertiu Lily, mas agora ela ria.

– Ah, pelas barbas de Merlin! Lily! Como isso aconteceu? – Alice pergunto.

Lily respiro fundo e narrou os acontecimentos daquela noite na casa de James. Marlene e Alice escutavam com atenção, e deram suspiros esperançosos quando Lily lhes narrou o pedido de casamento espontâneo de James.

– Isso foi tão romântico – disse Alice sonhadora.

– Vocês dormiram juntos depois disso? – Marlene perguntou, as sobrancelhas arqueadas.

Lily ficou em silêncio, segurando a risada.

– Dormiram! – concluiu Marlene com um salto. Lily começou a gargalhar em afirmação - E como foi? É bom?

– Maravilhoso – Lily lhes confidenciou.

*

Vocês dois estão muito sorridentes – Observou Remus, baixando o livro. – Sorridentes... demais. O que vocês estão armando agora?

– Nada, juro solenemente – disse Sirius levantando a palma.

– Não é o que me parece – Remus disse desconfiado. – Vocês geralmente tem mal humor matinal, e a três dias acordam sorrindo. Vocês podem me contar o que houve de tão incrível?

– Bom, estávamos esperando Peter nos dar um tempo – disse Sirius. – Você sabe como ele adora fofocar.

– Lily aceitou casar comigo – disse James. Ele tinha um enorme sorriso cruzando o rosto, como o de uma criança. A mais pura e inocente das alegrias.

*

Lily e James estavam sentados na torre de astronomia. Ele estava encostado na parede, e Liy deitada em seu peito.

– Como se chama aquela constelação? - Lily perguntou, apontando para ao ceu.

– Sirius – ele respondeu.

– Sério? – Lily encarou o noivo

– Sim, quase todos na família de Almofadinhas foram nomeados em homenagem a constelações e estrelas.

– Isso é muito legal – Lily admitiu – e aquela ali?

– Linda Lily – ele disse sorrindo.

– É sério? – ela perguntou, mais ma vez se virando para encara-lo. James começou a rir, e Lily lhe deu um tapinha – Você está inventando!

– Estou, mas poderia muito bem dar uma constelação em seu nome – se bem que seria injusto com você – ele disse.

– E por que? – ela perguntou.

– Porque essas estrelas nem de longe brilham tanto quanto você – ele disse.

– Quem é você e o que fizeram com o sarcástico James Potter? – Lily perguntou.

– Eu estava tentando ser romântico – ele disse.

– Eu gosto do seu “eu” natural. – ela disse.

– Ainda bem – ele disse, beijando-a.

Lily voltou a se deitar no peito de James, e ele brincava com uma mecha de seus cabelos ruivos.

– Nós podíamos morar em Godric’s Hollow – ele disse depois de muito tempo de devaneio.

– Porque lá? – Lily quis saber.

– Não sei. Sempre gostei daquele lugar. É calmo, seguro, poderíamos levar uma vida boa lá.

– Calmo e seguro? – Lily perguntou – Não no mundo que estamos vivendo James – ela disse com pesar.

– Nós encontramos felicidade no meio do caos Lily – ele disse pensativo – é assim que vivemos.

– Você acha que ele vai nos matar? – Lily perguntou – Voldemort, quero dizer. Ele mata todos que se opõe a ele.

– Vamos mata-lo antes – James garantiu, com fúria na voz.

As semanas passavam voando para Lily e para James. Foi em uma noite fria de outono, que James foi acordado no meio da noite, por Remus e Sirius.

– Dumbledore quer nos ver – disse Sirius para James, enquanto Remus acordava rabicho.

Eles caminharam pelos corredores vazios de Hogwarts, com uma estranha sensação de alivio por não estarem fazendo isso ilegalmente. A escada para o escritório de Dumbledore estava acesa, e eles subiram na sala.

Os marotos já tinham se metido em muitas encrencas, mas nada que houvesse os levado para a sala de Alvo Dumbledore. James tinha um pequeno receio ao estar ali, e mil coisas passavam pela sua cabeça, tentando imaginar o motivo de uma convocação tão tarde da noite.

– Ah, lendários Grifinórios – disse uma voz de cima da prateleira – James, Sirius, Remus. Eu me lembro de sua seleção. Esses tem o incontestável espirito da Grifinória. Não me arrependo da escolha que fiz...

O Chapéu Seletor parecia analisá-los mais uma vez. – A não ser ao pequeno Peter. Talvez outra casa teria te encaixado melhor. Agora já é tarde demais – ele suspirou.

– Não ligue para os devaneios de um velho chapéu – disse Alvos Dumbledore, descendo as escadas. – Meninos, fico muito contente que puderam comparecer.

– Sentem-se – Dumbledore convidou, e ofereceu a eles uma tigela de jujubas, que os garotos educadamente recusaram.

– Vocês devem estar se perguntando o motivo de eu ter lhes chamado aqui tão tarde da noite – ele disse – peço perdão por minha falta de tato, mas esse era o único horário seguro para conversarmos sobre isso, quando todos estão na cama. Como sabem, há muitos ouvidos nas paredes dessas escolas.

“ Vocês sabem, como todos os bruxos e bruxas, o eu está acontecendo nesse momento. Voldemort e suas forças estão cada vez mais poderosos, e alguém precisa detê-los. Não há um dia que eu não me arrependa de ter ensinado a magica para aquele garoto Tom, mas agora meu erro já foi feito, e preciso de ajuda para repará-lo.”

“Anos atrás, eu e muitos outros bruxos, alguns importantes e poderosos, se posso dizer, montamos um sociedade, chamada de “Ordem da Fênix” A Ordem consiste em bruxos poderosos e leias, que estão dispostos a combater as forças das trevas. Há anos estamos nos esforçando incrivelmente, tentando impedir que Voldemort se erguesse, mas não éramos em numero o suficiente, e por isso, decidi contatar a vocês. James, eu sei o quanto você tem se esforçado nas aulas de defesa contra as artes das trevas, só para defender aqueles que ama. Remus, eu sei que você da o melhor de si para manter a paz, mesmo nas noites mais difíceis, Peter, eu sei como você é leal a seus amigos e Sirius, eu sei como é difícil para você, ver toda sua família aliada a Voldemort, matando inocentes, e entendo o quanto você quer que isso chegue a um fim.”

“ Vocês não são mais crianças, mas ainda tão jovens ao meu ver, que me dói ter de recorrer a vocês, infelizmente, toda ajuda é necessária. Eu gostaria de lhes convidar para se unir a Ordem da Fênix” – Dumbledore disse solenemente.

Sirius e James foram os primeiros a se levantar, apertando a mão de Dumbledore em concordância, depois seguidos por Remus e por ultimo Peter, que parecia até um pouco relutante.

Dumbledore passou a eles o endereço da sede, uma velha casa, onde haveriam os encontros e que poderiam morar caso necessário. Ele explicou que haveriam missões perigosas, mas James e Sirius pareciam ansiosos pela batalha, Remus era mais controlado, mas seus olhos também brilhavam ao mencionar o fim dessa era tão devastadora.

– Peço que recrutem pessoas de confiança para a Ordem. Vocês não precisam de minha permissão para isso. São membros e agora não me vejam como seu diretor, mas como igual. Tomem cuidado meninos – ele disse, os dispensando.

– Obrigada – James disse, apertando a mão dele mais uma ultima vez. Quando os quatro garotos se viraram para irem embora, Dumbledore falou mais uma vez.

– Ah, James! – ele disse – Parabéns pelo noivado. Lily é uma garota de ouro.

James arregalou os olhos, surpreso. – Como você sabe?

– Como já lhes disse anteriormente – Dumbledore sorriu – as paredes de Hogwarts tem ouvidos.

*

– Eu quero participar da Ordem - disse Lily para James.

– O que? Nem pensar! – ele exclamou.

– Porque não?

– Porque é extremamente perigoso – ele disse.

– Idai, eu sei me cuidar. – ela disse, cruzando os braços.

– Lily, por favor, eu não quero que você se machuque... se alguma coisa acontecer com você... eu nunca vou me perdoar.

– E se alguma coisa acontecer com você James? – ela disse. Eles estavam no vestiário do campo d quadribol. O treino tinha acabado e Lily tinha ido la falar com James, a respeito de sua decisão de participar da Ordem. – Você acha que eu vou me perdoar? Eu posso lutar tão bem quanto você James. Não me trate como porcelana, nós somos iguais. Estamos juntos nessa.

– Você é impossível – ele suspirou, se apoiando nos joelhos.

– Obrigada – ela disse. – Agora vamos James. Temos aula de Herbologia.

– Não obrigada – ele disse despencando no banquinho de madeira.

– James... – ela advertiu. Ele suspirou e se levantou da cadeira, seguindo Lily de volta ao castelo.

O inverno chegou, trazendo consigo camadas ne neve nos telhados de Hogwarts e nos jardins. Onde Lily tanto gostava de ler no verão. Os dias ficaram mais curtos, e as noites, longas e frias. As noticias eram casa vez piores, e James trocava carta com os pais uma atrás da outra, só para ter certeza de que eles estavam bem.

Pessoas próximas começavam a morrer. Foi em uma dessas noites de inverno que Sirius recebera um recado, dizendo que Régulo queria falar com ele. Ele desceu as escadas, e quando voltou para o salão comunal, tremia.

– Almofadinhas, o que foi? – James perguntou, colocando as mãos nas costas do amigo.

– Mortos – ele disse com um sorriso triste no rosto, rindo entre lágrimas da ironia do destino – Ambos os meus pais. Mortos. Morreram em uma missão para Voldemort. – Ele esmurrou a parede, os sentimentos conflitantes gritando dentro do pobre garoto.

Lily foi até ele, colocando a mão nas costas de Sirius, e assentindo para James. O namorado dela sabia que Lily conseguiria acalmar Sirius.

– Venha, vamos tomar um chá – ela disse. Eles desceram as escadas, até a cozinha. Lily passou o braço pela cintura de Sirius, e ele apoiou a cabeça no ombro dela, chorando sem cerimonia. Eles passaram por Minerv, mas ela simplesmente inclinou a cabeça para Lily, com um olhar solidário.

Depois de pedir um chá calmante para um dos elfos da cozinha, Lily e Sirius foram até um dos grandes vitrais, e ficaram observando a neve cair.

– Sempre que eu ficava triste, minha mãe me fazia uma xicara de chá – Lily confessou, enquanto assoprava sua própria – Chá era o melhor remédio para ela.

– Estava certa, sua mãe – Sirius disse, sem tirar os olhos da janela.

– Ela estava, na maioria das vezes. – Lily concordou – Sinto muito por seus pais Sirius.

– O pior – ele confessou – é que eu sei que eles mereciam. Imagine quantos bruxos e bruxas inocentes eles não tiraram a vida antes de perderem a própria. Mas é estranho sabe? Eu sempre achei que eles mereciam a morte, mas nunca que iriam mesmo morrer... eu evitava pensar no assunto.

– Mesmo assim, eles eram seus pais. – ela disse.

– É, eram. – Sirius concordou, colocando a xicara vazia do lado dele. – Vamos voltar Evans, eu já aluguei muito do seu tempo.

*

– Lily! – Alice exclamou – Sente no meu malão, eu não estou conseguindo fecha-lo!

– Meu deus Alice – Lily reclamou – como alguém com tão pequena pode ter tantas roupas?

Lily sentou no malão, e Alice puxou os trincos, com um estalo - Prontinho – ela disse batendo as mãos. – Vai para a casa de James no Natal?

– Vou – Lily sorriu – Os pais dele fizeram questão que fossemos.

– Divirta-se – ela sorriu.

– Uau, não acredito que so falta mais um semente em Hogwarts – disse Marlene.

– Nem eu. Parece que foi ontem que recebi aquela carta pelo correio. Petunia ficou maluca comigo!

– Sua irmã? Como ela vai? – Alice perguntou.

– Não sei. Enviei cartas para ela, mas ela não me respondeu – Lily disse um pouco chateada.

– Ai está você – disse James descendo as escadas do dormitório masculino, ele passou o braço pela cintura de Lily, casualmente. – Todos prontos? Vamos?

– Sim - as meninas dissaram.

– REMUS, SIRIUS, PETER, VAMOS LOGO – James gritou. Lily tapou os ouvidos com os dedos, olhando feio para James.

– Não se estresse Pontas – disse Sirius descendo as escadas.

– Não estou estressado – ele disse – Só não quero ter que andar até a estação por atraso de vocês.

– E quando isso aconteceu? – Sirius perguntou.

– Ano passado, e no ano anterior, e no antes desse – disse Remus, trazendo a mala pelas escadas. Peter vinha logo atrás dele.

– Otimos, vamos – disse James – Já estou com saudades da comida de casa.

*

Lily foi extremamente bem recebida na casa de James. Quando eles entraram, a senhora Potter foi até Lily, segurando a mão dela entre as suas.

– Ah, minha filha, seja bem vinda! – ela disse entusiasmada.

– Oi, o seu filho que ficou seis meses fora está de volta – James disse, enciumado – olha como cresci!

– Ah James, não seja ciumento – ela disse, e foi até Sirius, lhe beijando nas faces. – Seja bem vindo, meus filhos.

– Onde está o papai? – James perguntou.

– Na sala, se aquecendo perto do fogo. – ela respondeu.

James, Lily e Sirius foram até a sala de estar. Que estava aconchegante e quente pelo fogo da lareira. O pai de James se levantou sorrindo, a abriu os braços para recepcionar James de volta a casa, depois incluiu Sirius no abraço, apertando os dois rapazes.

– Você também - Ele disse depois de soltar a James e a Sirius. – O senhor Potter envolveu Lily com os braços, de uma maneira reconfortante, que lembrava muito a Lily de seu velho pai. – A única garota capaz de aguentar meu James – ele disse sorrindo.

– Ei! – James exclamou – As garotas me amam, fui eu quem escolhi a Evans.

– E foi ela quem escolheu aceita-lo – disse Sirius – Não adianta mentir Pontas, todo mundo aqui te conhece.

*

– Acorde Evans – disse Sirius, enfiando o rosto na vão da porta de Lily. – É natal!

Lily se levantou e amarrou o roupão em volta do pijama, depois prendeu os cabelos embaraçados em um coque, lavou o rosto e desceu as escadas.

James e Sirius estavam sentados no chão como crianças. O senhor e a senhora Potter estavam sentados no sofá, de mãos dadas. Lily sentou-se na poltrona e James apoiou as costas em sua perna, enquanto Lily passava os dedos sob seus sedosos cabelos pretos.

– Podemos abrir os presentes agora? – James perguntou, quase infantil.

– Ceus James! Quantos anos você tem? Oito? – Lily perguntou sorrindo.

– Não – ele respondeu, sacudindo uma caixa para tentar adivinhar o que tinha dentro – tenho seis.

– Chega de brincadeiras – decretou a senhora Potter – eu vou começar. Querido, esse é para você.

Ela entregou ao marido uma caixinha, de onde ele tirou um frasco de perfume masculino.

– Esse é para James – ela disse – meu e do seu pai.

Ela pegou um pacote, escondido atrás da arvore. Muito grande, e em formato de cilindro. James desembrulhou, e o pacote se revelou uma nova vassoura de quadribol.

– Obrigado, obrigado, obrigado – ele disse beijando o rosto da mãe e do pai.

Sirius ganhou uma jaqueta de couro, e Lily um gracioso vestido florido.

Sirius presenteou o senhor e a senhora Potter com um porta retratos enormes, com varias fotos que ele tinha pego. Era um presente adorável que tinha dado muito trabalho, e a senhora Potter fez questão de colocar na sala. James ganhou do amigo um pomo de ouro de pelúcia, do tamanho de uma bola de basquete, que James usou barra bater na cabeça do amigo. E para Lily, James deu um bibelô de um cervo, que fez Lily, James e Sirius gargalharem enquanto os Potter se olhavam sem entender.

Lily deu ao senhor e a senhora Potter uma linda escultura de cristal, a Sirius ela deu uma camisa do AC/DC, uma banda trouxa que ambos gostavam. A James, Lily deu um relógio.

– Minha vez! – declarou James, sorrindo. Para a mãe ele deu um novo suéter, para o pai, uma loção pos barba. Para Sirius, ele deu ração de cachorro e um brinquedo de morder, o que provocou mais risadas.

– E para a senhorita – ele disse olhando Lily – Já que nosso noivado foi uma bagunça, e depois foi escondido de toda a escola, eu não tive a oportunidade de te dar um desse – ele abriu uma caixinha, onde continha um lindo anel prateado, com uma pedra brilhante verde na ponta. – Tem a cor dos seus olhos – ele disse sorrindo.

Olhos de Lily, os quais já estavam cheios de lágrimas quando ele foi até ela e colocou o anel em seu dedo. – Agora que toda Hogwarts e o mundo saibam que estamos noivos – ele disse, e a beijou.


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Notas finais do capítulo

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