The Time of Our Lifes escrita por BlindBandit


Capítulo 11
Be Mine.




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A estação 9 ¾ estava lotada como sempre, Lily saltou do trem, olhando em volta, a procura de sua mãe. Ela viu Petunia parada em um canto mais afastado do grupo de bruxos. Com a boca torcida, visivelmente transtornada.

– Tunia! – Lily exclamou, indo até ela. – Onde está a mamãe?

– Vamos para cas Lily – foi tudo o que Petunia disse, virando as costas.

– Petunia, cade a mamãe? – Lily perguntou, segurando o braço da irmã.

Petunia viu que Lily estava prestes a chorar, então lhe lançou um sorriso de consolo. – Ela está em casa, só não estava se sentindo bem para dirigir, e me pediu para vir busca-la.

Lily soltou um suspiro de alivio, e seguiu Petúnia. Elas entraram no carro e fizeram uma viajem silenciosa de volta para casa.

*

Lily largou seu malão e sua coruja na sala de estar, e correu escada acima. Sua mãe estava deitada na cama, e parecia menor do que nunca.

– Lily – ela disse com a voz rouca – Minha estrela da sorte voltou para casa.

– Mama – Lily disse, como uma criança, e se sentou na poltrona ao lado da cama, onde Petunia provavelmente ficava a maior parte do tempo. Os olhos da filha mais novas estavam cheios de lágrimas. Ela segurou a mão da mãe entre as suas. – Porque você não me contou que tinha piorado?

– Oh Lily, eu estou velha, não queria estragar sua vida. – ela disse solene – e Petunia cuidou muito bem de mim - ela disse, segurando a mão da outra filha.

Penutia olhava para a mãe e para Lily com o coração partido.

– Agora, sem mais demoras, estou esperando a sete anos para isso. Lily, pegue sua varinha e faça para mim a magica mais bonita que souber.

Lily enxugou as lágrimas, tirando a varinha do bolso. Ela respirou fundo, se concentrando, o feitiço que veio a sua mente foi o feitiço que James havia lhe ensinado. Ela proferiu as palavras, e lindas figuras começaram a sair de sua varinha. Elas serpenteavam como fumaça de todas as cores, dançando pelo quarto. A mãe de Lily olhava maravilhada para tudo aquilo, e até Petunia sorriu.

– Você sempre quis saber como é minha vida,agora vou te mostrar – Lily disse. Ela tocou a ponta da varinha em sua têmpora, e um filete dourado saiu dela, Lily sacudiu a varinha e o filete se transformou em uma tela, que começou a ganhar forma e movimento, como um filme. Primeiro era a lembrança de uma Lily bebe, ela via petúnia brincando com uma chaleira de crianças, e sua mãe passando de um lado a outro.

Depois a imagem mudou, e mostrou o pai dela, rindo em sua poltrona, Lily e Petunia estavam sentadas em seus joelhos, e riam. As imagens pareciam ser vistas de fora dos olhos de Lily, como se fossem outra pessoa, observando tudo.

A imagem mudou, e Agora Lily entrava em Hogwarts pela primeira vez, deslumbrada com o castelo. As imagens começaram a ficar mais rápidas, as aulas, o voo de vassoura, os jogos de quadribol, as tardes de sol nos jardins, a grande biblioteca, os incríveis feitiços. Lily não controlava mais as imagens, elas fluíam de si, todas suas boas lembranças. Aos poucos, uma pessoa começou a se repetir na maioria delas. James Potter lhe entregando uma flor, James a segurando pela cintura enquanto Lily esbravejava com ele, James a beijando na torre de astronomia, sob a luz das estrelas.

Assim que Lily abriu os olhos, as imagens sumiram, assim como a fumaça.

– Isso foi lindo Lily – dia mãe disse, os olhos molhados de lágrimas. – E é ele?

Lily assentiu, limpando as próprias lágrimas novamente.

– Ele é muito bonito, e parece cuidar bem de você.

– Ele é o ceu para mim mamãe. – Lily admitiu.

– Você tem seu James, Petunia tem o Valter dela. Bom saber que minhas meninas tem quem cuide delas quando eu partir.

– Mae! – ambas as garotas exclamaram.

– Você não pode falar assim! – Petunia disse, quase desesperada.

– Por favor mamãe, não fale isso. – Lily disse colocando a mão da mãe em seu rosto.

– Não se preocupem garotas, eu ainda estou viva. – ela sorriu – Agora Lily, conte tudo sobre esse semestre.

Lily sorriu, e começou a relatar os acontecimentos. Como sempre fazia ao voltar da escola.

*

As semanas seguintes foram tortura para Lily. Se ela já ficava triste em casa depois que seu pai tinha morrido, agora era ainda pior. A casa era uma tumba de tão silênciosa. Ela nem tinha certeza se a TV ainda funcionava, porque ninguém a ligava. Petunia quase não fala com ela, somente o necessário, mas Lily podia a ouvir chorar no quarto a noite. Ambas cozinhavam para mãe a cuidavam de tudo o que precisavam. Quando ela estava acordada, as duas garotas se sentavam ao lado da cama, e relembravam os bons tempos, Depois a mãe de Lily a enchia com perguntas a respeito de Hogwarsts, e nessas horas Petúnia sempre arrumava algo melhor para fazer.

Todos os dias Lily mostrava uma magica para sua mãe, que assistia a tudo deslumbrada. Uma noite, Lily estava sentada ao lado da mãe, fazendo pequenas espirais com a varinha, quando sua mãe segurou a mao dela.

– Odeio te ver tão triste – ela admitiu – Você sempre foi tão alegre, como seu pai. Petunia puxou mais para mim, reservada. Mas você é como seu pai, um raio de sol na vida de qualquer um que se aproxime de você. Por favor Lily, não deixe esse sua luz se apagar.

Lily assentiu, sem palavras, ela olhava para a mãe com imensa ternura.

A mãe de Lily morreu algumas semanas depois. Lily voltaria para Hogwarts em quinze dias.

Foi uma manha fria, Lily acordou com Petunia parada em sua porta. Ela tinha lágrimas nos olhos, como no dia em que o pai delas morrera. Lily soube imediatamente o que tinha acontecido, e saltou da cama, correndo para os braços da irmã mais velha. Elas choraram por horas a fio, sem dizer uma única palavra. O sol já tinha se posto quando Lily tomou coragem para sair do quarto e se despedir da mãe, que ainda estava deitada, e parecia dormir pacificamente.

Petunia, como sempre, organizada e controlada, organizou todo o velório da mãe. Tudo passou a Lily como um borrão, ela so se lembrava de poucas cenas, como o caixão de sua mãe descendo para a terra. Logo depois disso, ela estava sentada no sofá. Não tocava sua varinha a quase uma semana, e haviam dezenas de cartas de James que ela simplesmente não conseguia responder.

Petunia sentou-se na frente da irmã. O olhar gelado agora tinha se instalado permanentemente no rosto da irmã, e Lily frequentemente se perguntava se as boas memorias que ela tinha com Petúnia não passavam de sonhos.

– Lily – Petunia disse, e Lily levantou os olhos, que estavam vermelhos e inchados a uma semana. – Não sei como te dizer isso mas... Depois que você for embora, eu não quero ficar sozinha nessa casa. Então eu vou me mudar com Valter.

– Mas e eu? – Lily perguntou – Eu sei que não é justo que você fique sozinha aqui, mas para onde vou quando terminar a escola? E nos natais?

– Tenho certeza que você vai arrumar um jeito – disse Petunia friamente. – Eu vou me mudar para a casa de Valter amanha mesmo.

– Mas Túnia....

– Não tem conversa Lily. Boa sorte em seu mundo de mágicas – então Petunia fechou a porta atrás de si.

Lily voltou a desabar no sofá, soluçando. Seu mundo estava caindo aos pedaços, e so havia uma única coisa firme em toda a estrutura. E era a aquilo que ela precisaria recorrer.

*

– James! – a voz da mãe dele gritou do quarto ao lado – a campainha está tocando, vá atender!

– Eu não, pode ser o Lorde das Trevas! – ele exclamou com um meio sorriso – Estamos no meio da noite.

– Não seja bobo! O Lorde das trevas não toca a campainha, e se for ele, você não gostaria que ele visse sua mae de pijama, não é mesmo?

Sirius riu e James revirou os olhos. A noite de verão estava quente, então ele usava somente calças de pijama, e foi assim que ele desceu as escadas para abrir a porta.

Ele tomou um susto quando viu Lily na sua frente. A semanas ela não respondia suas cartas, e ele já tinha uma bem mal educada pronta para mandar, mas assim que viu a garota, toda sua raiva se diluiu. Ela estava com os olhos vermelhos e inchados, suas bochechas e a ponta do nariz estavam corados, e seu rosto estava tingido por lágrimas. Seus cabelos eram uma confusão laranja.

– Lily? – ele disse – O que houve, você não tem respondido minhas cartas, eu pensei...

Mas ele foi interrompido por Lily, que se jogou nos braços dele, o apertando contra si, firmemente. James colocou os braços envolta dela, a consolando. Ele deu algum passos para trás, para poder fechar a porta. Lily ainda o abraçava, e soluçava fortemente.

– James? Quem é? – perguntou a mãe dele do andar de cima. Ela apareceu de robe no topo da escada, e quando viu o filho abraçado com uma garota ruiva, com os ombros tremendo de tanto chorar, ela desceu até eles.

– Oh meu deus, minha filha - ela disse para Lily, que agora tinha se soltado de James, mas ainda chorava. – O que houve com você?

– Ah céus, me desculpem, de verdade... o que eu estava pensando – ela colocou as mãos na cabeça – estamos no meio da noite, e eu vim pra cá... desculpem, não estava pensando direito, eu não tenho dormido, então perdi a noção dos horários... ah meu deus, vocês devem estar achando que eu sou louca.

– Não se iluda Evans – disse James, tentando soar relaxado – Essa reputação é atribuída somente a Sirius e Remus.

– Eu reconheço você – disse a mãe de James – você é a garota nas fotos com meu filho!

Lily sorriu. James parecia incrivelmente transtornado.

– Mãe! – ele exclamou.

– Oh céus querida, sente-se, por favor. Sirius, faça a gentileza de preparar um xicara de chá para a garota.

Sirius assentiu e foi até a cozinha.

– Então, o que houve com você? – ela perguntou, preocupada.

– Minha mãe, ela faleceu semana passada... minha irma se mudou e... eu fiquei sozinha naquela casa enorme... eu não tinha para onde ir, então pensei... me desculpem.

– Oh querida, não há porque se desculpar – disse o Pai de James, ele finalmente tinha descido das escadas. – Você é muito bem vinda em nossa casa.

– Obrigada – Lily disse – se eu puder passar a noite... prometo que saírem amanha cedo, e vou arrumar um lugar para morar.

– Não seja boba – o pai de James sorriu. – Você pode ficar quanto tempo quiser. Já adotamos Sirius, podemos ter mais uma filha.

– Essa é a namorada da James querido- disse a senhora Potter.

– Oh, melhor ainda! – ele exclamou sorrindo – Não precisamos te adotar, você já é da família. Agora que você mencionou querida, eu a reconheço das fotos no quarto de James.

– Você tem fotos minhas espalhada pelo quarto? – ela perguntou, arqueando a sobrancelha.

– Você está brincando?! – Sirius exclamou - ele tem dezenas de fotos suas, des do quinto ano!

Sirius e Lily se entreolharam. James percebeu o que estava rolando tarde demais, Lily e Sirius já tinham se levantado e corriam para o quarto de James. Com sorrisos no rosto.

A senhora Potter acomodou Lily em um quarto no final do corredor. Depois de agradecer milhares de vezes para ela, Lily pegou mais uma xicara de chá e foi até a janela. Ela observava as estrelas, fazia uma noite tão bonita la fora, a lua estava minguante, e ela se perguntou se Sirius e James tinham visitado Remus durante a lua cheia.

Lily ouviu o ruído da porta se abrindo. A silhueta de James se aproximava dela, na mais completa escuridão. Ele se sentou na frente dela, de olhos baixos.

– Você está melhor? – ele perguntou.

– Muito – ela admitiu – Petunia me deixa para baixo, mas estar aqui, deixa a perda mais leve.

– Eu fico muito feliz com isso – ele disse.

Um momento de silêncio se estendeu. James examinava o chão, como se procurasse alguma coisa.

– James? Está tudo legal? – ela perguntou.

– Eu sei que isso é inadequado, e você acabou de perder sua mãe... esse talvez seja o pior momento para isso, mas eu não consigo dormir pensando.... Eu tinha planos tão bonitos para esse momento...

– James, desembuche – ela disse.

– Case comigo Lily – ele disse, a olhando com aqueles olhos brilhantes.

– O que? James...

– Case-se comigo Lily – ele disse se colocando de joelhos. – eu sei que isso é impensado e prematuro, que somos jovens demais... mas tem tanta gente morrendo... eu não quero perder a oportunidade de me casar com você.

– James...

– Não, me deixe terminar. Eu estive pensando. Você não tem para onde ir, podemos morar juntos! Eu tenho dinheiro guardado, podemos comprar uma casa. Eu venho pensando em te pedir em casamento já há algum tempo, mas sempre pensei que você recusaria, por motivos óbvios. Eu estava planejando um pedido elegante e romântico... mas eu nunca quis me casar tanto com você quanto agora. Eu quero te proteger Lily, quero ser sua família. Você aceita se casar comigo?

– Sim James, eu aceito – ela disse sorrindo.

James se levantou e pegou Lily pela cintura, a girando no ar, eles continham as risadas, porque era tarde e todos na casa dormiam.

– Não acredito que vou me casar com você – ele disse sorrindo.

– Nem eu – ela admitiu – Vamos manter isso em segredo até acabarmos a escola, certo? Só conte a Sirius e a Remus.

– E você somente a Marlene e Alice – ele disse.

– Fechado – ela sorriu.

– Eu estou tão feliz – ele disse, a beijando.

James colocou Lily sentada na beira da cama, inclinando o corpo sobre o dela.

– James – ela sussurrou – Não podemos, seus pais...

– Dormem como uma pedra – ele completou – e Sirius não vai nos incomodar.

Essa foi a palavra final de James.

Lily acordou de manha, nua sob os lençóis, e imaginou se tudo não tinha passado de um sonho muito bom. As únicsa provas dos acontecimentos eram sua falta de roupas e o bilhete de James ao lado da cama dela, onde dizia.

“ Bom dia Noiva

Na verdade, não tenho o que escrever, só estou adorando poder te chamar assim. Te espero pro café, assim podemos contar a meus pais e Sirius.

– Com amor, James.

P.S

Não acredito que dormi com Lily Evans/(futura) Potter!!!!!”

Lily e James contaram a novidade naquela mesma manha. A senhora Potter ficou extremamente alegre, o senhor Potter, sorria e parabenizava os dois. Sirius não poderia ter sido mais dramático. Depois de cuspir o café, ele fez um exagerado discurso de como uma ruiva sem alma estava roubando seu melhor amigo dele. Por fim, ele caiu na gargalhada, e com os olhos cheios de lágrimas, abraçou ambos.

– Tem mais uma coisa Sirius – disse Lily.

– Mais uma?! – ele exclamou – Pelas barbas de Merlin mulher! Você não acha que já são emoções o suficiente para uma manha de domingo?

– Só mais uma - ela sorriu – Você aceitaria ser nosso padrinho de casamento?

Dessa vez, Sirius não conseguiu segurar o choro. O que fez os olhos de Lily e James se encherem de lágrimas.

Sirius fez que sim com a cabeça, um grande sorriso no rosto. Ele abraçou James, dando vários tapas nas costas do amigo, enquanto ambos choraram. Depois ele beijou a bochecha de Lily e abraçou. Por fim subiu as escadas, sem dizer uma palavra.

*

O apito soou do expresso de Hogwarts. James e Lily corriam de mãos dadas, os sorrisos atravessando seus rostos. Rostos jovens demais para a tristeza. Eles estavam tomados por uma alegria que excedia os padrões, e transbordava, contagiando todos ao seu redor. E quando olhavam um nos olhos do outro, compartilhavam um segredo que poucos sabiam. Um segredo tão insignificante para o mundo, mas precioso como um diamante para eles.


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Notas finais do capítulo

awwwwwwwwwwn, como esses dois sao fofos, socorro
gente, por favor, quando forem comentar o capitulo, não comentem só "continua". eu vou continuar, podem ficar tranquilos, então, quando forem comentar, eu ficaria muito feliz se falassem do capitulo. as partes que mais gostou, enfim, qualquer coisa! isso me deixa feliz e me incentiva a escrever!
Obrigada!