Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 51
One Last Dance - Part II


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso (de novo). Só consegui terminar o cap hoje :/ Tá russo pra mim...
Fiquem com a continuação da formatura, fiz com o maior carinho, sério (• ε •)
Beijo da Vamp!



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POV Fionna

Ahh, a paz interior! Aquela sensação maravilhosa que você sente quando tudo está finalmente correndo bem, como um final feliz de contos de fada. Infelizmente isso daqui não é uma historinha sobre príncipes e princesas. É sobre um suburbano inconsequente e a filha de um magnata tirano, repleta de tragédias e desilusões.

Estou tão acostumada com as coisas dando errado, que quando algo dá certo eu fico na dúvida: Eu estou sonhando?

Quem liga? Agora nada mais importa, Marshall está comigo, não há nada que eu possa temer. Enquanto ele estiver aqui, ainda haverá esperança, ainda há o amor e isso é tudo o que importa pra mim.

Segurei em sua mão e deixei o ritmo me guiar.

(Escute One Last Dance – R5)

Tear drops in your hazel eyes (Lágrimas caem de seus olhos castanhos)
I can't believe I made you cry (Não posso acreditar que fiz você chorar)
It feels so long since we went wrong (Parece que faz tanto tempo que nós erramos)
But you're still on my mind (Mas você continua na minha mente)
Never meant to break your heart (Nunca quis quebrar seu coração)
Sometimes things just fall apart (Ás vezes as coisas simplesmente desmoronam)
So here's one night to make it right (Então aqui está uma noite pra fazer certo)
Before we say goodbye (Antes de dizer adeus)

So wait up, wait up (Então espere, espere)
Give me one more chance (Me dê mais uma chance)
To make up, make up (Pra concertar, concertar)
I just need one last dance (Eu só preciso de uma última dança)

Freshman year I saw your face (No primeiro ano eu vi seu rosto)
Now it's graduation day (Agora é dia da formatura)
Said we'd be friends till the end (Disse que seríamos amigos até o fim)
Can we start again? (Podemos começar de novo?)

So wait up, wait up (Então espere, espere)
Give me one more chance (Me dê mais uma chance)
To make up, make up (Pra concertar, concertar)
I just need one last dance (Eu só preciso de uma última dança)

Na na na na oh-oh
Na na na na oh-oh

I heard you're heading east (Ouvi dizer que você estava indo para o leste)
So let's just make our peace (Então vamos apenas fazer as pazes)
So when you think of me (E quando você pensar em mim)
You'll smile and I'll smile (Você vai sorrir e eu vou sorrir)

So wait up, wait up (Então espere, espere)
Give me one more chance (Me dê mais uma chance)
To make up, make up (Pra concertar, concertar)
I just need one last dance (Eu só preciso de uma última dança)

So wait up, wait up (Então espere, espere)
Give me one more chance (Me dê mais uma chance)
Just one song (Só uma canção)
Then I'll move on (E eu sigo em frente)

Give me one last dance (Me dê uma última dança)
I just need one last dance (Eu só preciso de uma última dança)
With you (Com você)

"Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"

Chorei como nunca havia feito em tanto tempo! Desta vez, não era de tristeza mas sim de felicidade. Fechei meus olhos e o abracei, senti que tudo o que eu precisava nesse mundo estava bem aqui, na minha frente.

POV Marshall

Ela não conseguia segurar aquele sorriso lindo, as lágrimas corriam pelo seu rosto, enquanto eu me perguntava como Deus poderia ter feito algo tão perfeito assim, agradecendo á ele por ter permitido que ela entrasse na minha vida, consertando tudo por aqui, alegrando os meus dias, me fazendo acreditar que vale a pena viver.

Envolvi-a nos meus braços, pressionando seu corpo contra o meu. O mundo silenciou, só existíamos nós dois agora. A maldade não existe, a dor já passou. Pensei comigo mesmo: “Estou segurando o mundo em minhas mãos”.

– Não posso, nunca mais, te deixar ir – Sibilei, mantendo-me firme

– Então não me solte – Ela sussurrou, serena, em meu ouvido – Show me love (Me mostre o amor)

Então é isso o que significa. Citado em Romeu e Julieta, pela lenda Shakespeare. Cantado em My Heart Will Go On e eternizado pela voz de Celine Dion. Aquele sentimento que queima em seu peito e faz chorar até o mais insensível. Descrito por muitos como devastação, insensatez e até sofrimento, porque não? É um desconhecido. É Deus? Este é o amor que julgamos conhecer.

Assim como Finn é para Flame, Jake é para Íris, Marceline é para Cake e Bárbara é para Christian. É isso o que Fionna significa para mim, e eu acredito que eu signifique para ela também. É a troca mais sincera que existe. É o amor dos meus pais.

Tive vontade de chorar também, mas me segurei. Tenho que me manter forte.

Olhei para o seu rosto mais uma vez e um sorriso involuntário brotou em meu rosto. Seus olhos azuis marejados se perdiam dentro dos meus. Pisquei e uma lágrima caiu junto. Sem que eu pudesse esperar ou controlar, estávamos nós dois nos olhando, sorrindo e chorando. Estávamos juntos.

Seu olhar me enchia de alegria e me inspirava confiança. Ela enxugou as lágrimas e me abraçou mais uma vez. Essa é uma das melhores sensações do mundo.

– Sabe a vantagem de eu ser tão baixinha em relação á você? – Ela brincou, ainda junto a mim – É que quando eu te abraço, eu posso ouvir seu coração bater.

– Ahh, que princesa – Sorri – Sabe a vantagem de eu ser alto em relação á você?

– Humm – Ela murmurou, pensativa – Não sei. Qual, amor?

– É que quando eu te abraço, eu posso sentir seus seios sarrando no meu abdome – Quebrei o clima romântico

– Pervertido – Ela deu uma risada gostosa – Esse é o Marshall que eu conheço.

– Fofura não combina comigo – Pisquei – Eu sei que você adora meu lado sacana.

– É o que há de mais sexy nesse vampiro – Ela me deu um beijo malicioso – Depois das suas costas, de sua voz e suas presas afiadas.

– Não é a toa que eu sou o sonho de consumo daquela classe, meu amor – Brinquei – Sou um mestre em molhar calcinhas.

– Realmente – Ela sussurrou – Você sabe muito bem como fazer isso.

– Você... – Indaguei

– Eu... – Ela confirmou.

– É... - Corei

– Então... – Ela riu

...

Eu poderia ficar ali pra sempre, mas os pés da princesa começaram a reclamar depois da 5° música. Saímos da pista de dança e fomos em direção ás mesas, ao lado do barzinho aonde todos estavam.

– Eu não consigo entender porque vocês, mulheres, insistem em ir de salto alto para as festas se sabem que não vão agüentar com eles até o final – Resmunguei, juntando-me á todo mundo.

– Você queria que eu viesse pra uma festa de formatura de All Star, como você? – Fionna se defendeu – Se eu não montasse no salto, eu viria com mais o quê?

– Marshall Lee Abadeer! – Cake fechou os olhos e respirou fundo – Quantas vezes eu te falei pra você tirar essa porcaria suja?

– Porcaria não – Defendi meus queridos sapatos de vagabundo – Não é sujeira, é história.

– É preguiça, isso sim – A Dona Harvey retrucou – Eu já disse milhares de vezes pra ele lavar essa porcaria.

– Vocês vieram aqui pra assistir a formatura ou pra reclamar do meu tênis? – Me esparramei na cadeira – Isso aqui é tequila?

– Nem pensar, mocinho – Marceline deu um tapa na minha mão – Você bebeu até dizer chega ontem á noite – E deu uma golada.

– E o que me diz de você? – Debochei – Bebeu mais que todo mundo. Apagou, literalmente.

– Eu sou adulta, mocinho – Ela defendeu – Respondo por mim.

– Eu também, querida – Revirei os olhos – Falando em maturidade... Adivinha quem é que tá fazendo 18 aninhos hoje á noite? – E abri um sorriso de orelha á orelha.

– Ahh, é verdade – Chris deu um tapa na própria testa – Como pude me esquecer? Parabéns, Fi!

– Aee, agora já pode começar a trabalhar pra me ajudar em casa, que bonitinha... – Cake deu meio sorriso, debochada.

– O que vocês acham de um rolê pelo centro de Londres, depois da formatura, pra comemorar? – Marcy arqueou as duas sobrancelhas, animada – De Bromley até a capital são só alguns minutos.

– Podemos usar a picape do Chris – Babi sugeriu – Não é, amor?

– Claro – O mesmo consentiu com a cabeça – É só dividir a turma no carro da Cake também.

– Marcy, amorzinho, você sabe que eu te amo, não é maninha linda do meu coração? – Eu me aproximei da mesma.

– O que é que você quer? – Ela me olhou de canto

– Eu queria dar uma volta sozinho com a Fionna hoje, você sabe, preciso tirar o atraso – Disse baixo em seu ouvido – Me empresta sua moto?

– Deixa eu pensar... – Ela sussurrou também – Não!

– Ah, qual é Marcy, por favor! – Voltei ao meu tom de voz normal.

– Lembra da última vez em que você pegou ela “emprestado”? – Ela sorriu, sarcástica – Foi tão agradável passar a noite na delegacia, prestando queixa de desaparecimento de uma Honda e dois adolescentes irresponsáveis...

– Isso aconteceu á muito tempo, agora eu sou muito mais responsável – Garanti, tentando parecer convincente.

– Responsável do tipo que enche a cara de tequila, vodka, LSD e... – Ela começou a falar baixo – ... tatua uma caveira na costela?

– Que? – Me afastei – Quem disse isso?

– Eu sei de tudo, queridinho. Esqueceu que moramos na mesma casa? – Ela se gabou – É melhor você rezar pra que ela seja de hena, se não eu juro que arranco seu couro.

– Até que ela ficou bonita... – Eu ri, mas logo parei. Ela não perecia estar brincando.

– Se liga, eu quero essa moto sem nenhum arranhão, até ás 10 da manhã, entendeu? – Ela disse séria, me entregando as chaves – Nem carteira de motociclista você tem.

– Valeu Marcinha, eu te amo! – Disse a abraçando e enchendo suas bochechas de beijos – Obrigado, obrigado!

– Tá, tá – Ela revirou os olhos – O que eu não faço por você?

Cara, como não amar essa garota? O mundo precisa de mais Marcelines.

– Gente, vocês viram o Jake? – Íris indagou, com expressão preocupada – Ele tá demorando demais.

– Ele disse que ia no banheiro, até agora não voltou – Fionna olhou em volta – Vou dar uma volta, ver se eu acho ele.

– Ele tá ali, olha – Cake apontou com o olhar – Parece um pouco... tenso.

– O que foi, bro? – Finn se virou pra ele – Tá com cara de quem viu um fantasma.

– Quem dera fosse – Ele se sentou, olhando para os lados.

– O que aconteceu? – Eu indaguei

– A pergunta certa é: O que está pra acontecer – Ele suspirou

– Fala logo, meu! – Flame perdeu a paciência

– O Gumball – Ele disse, sério – Esse verme está solto. Ele está aqui, agora.

– O que? – Engasguei, cuspindo todo o líquido que havia em minha boca – Ele está aqui? Como?

– Eu não sei, cara – Jake respondeu – Eu fui ao banheiro, quando eu já estava saindo ele me barrou na porta. Ele disse pra que nós aproveitássemos nossa última noite juntos, porque ele vai se vingar de todos aqui nessa mesa. Começando por você, Marshall.

– Estava bom de mais pra ser verdade – Bati a mão na mesa – Aonde ele está agora? Eu quero matar esse desgraçado!

– Isso se ele não acabar com você primeiro – Jake interrompeu – Ele não parecia estar brincando, Gumball está puto da vida. Dava pra sentir o ódio na voz dele, no olhar, em tudo. Foi assustador, ele me ameaçou também.

– Isso tem que parar – Marceline bufou – Pensei que aquela noite na Andrew’s Street havia dado uma lição nele.

– Torturar ele só o deixou mais rancoroso – Finn comentou – Vocês dois deveriam ter matado ele quando tiveram a chance.

– Qual é, vai dizer que vocês estão com medo dele? – Marcy debochou – Fala sério, aquela bicha não ataca ninguém sem sua gangue. Ele não age sozinho e nem vai agir, já que ele foi expulso da Wanted desde que foi preso.

– Além do mais ele não é burro – Finn continuou na mesma linha de pensamento – Ele não vai encostar um dedo em nenhum de nós enquanto ainda estiver em liberdade condicional. O presídio só está esperando ele sair da linha uma única vez, pra prender ele de novo.

– Aí ele vai ter que cumprir toda a pena – Marceline completou

– O que seria um alívio pra todo mundo – Eu concordei

– Mesmo assim, ainda fico receosa – Fionna se encolheu – Nós não sabemos do que ele é capaz.

– Vamos confiar na nossa sorte – Eu olhei pra ela – Não é isso que nós temos feito o tempo todo?

O.k. Confesso que eu estava um tanto apreensivo com essa ideia do Gumball estar á solta por aí, destruindo sonhos e matando pessoas, como ele sempre faz (ou tenta fazer, mas é trouxa demais pra completar o serviço). Piora ainda mais o fato dele estar aqui, na mesma festa que a gente.

Aliás, quem convidou ele?

Chamei Fionna pra dar uma volta rápida comigo. Ela estava tensa e precisava espairecer, talvez a brisa morna que vinha da rua acalmasse os nervos. Eu também estava precisando aliviar a tensão.

Sentamos na calçada, ela bebia um copo de ponche enquanto eu tragava meu cigarro. Desculpem, pulmões, mas meu coração precisa se acalmar. Olhei para as estrelas e ela fez o mesmo.

– Você acha que o Gum seria capaz de... você sabe – Fionna quebrou o silêncio – Fazer algo contra nós?

Achei preferível não responder. Ela sabia o que eu pensava sobre isso.

Eu detestava ver a coelha chorar, me sentia um inútil. Se eu não sou capaz de fazê-la feliz, então por que eu estou aqui?

– Eu preciso que você se afaste de mim – Disse sem tirar os olhos das estrelas – Preciso que todos se afastem. Tudo o que eu amo acaba me deixando.

– Eu nunca vou te deixar – Ela segurou minha mão, olhando pra mim com os olhos molhados – Eu sou capaz de dar a minha vida por você, você sabe.

– Eu não mereço – Fechei os olhos. Não vou deixar essa maldita lágrima escapar – Eu já fui o responsável pela morte de uma pessoa que eu amava, não quero fazer isso de novo.

– Você não teve culpa pela morte de seu pai, quem apertou o gatilho foi Bulldog – Eu apertei sua mão – Não se culpe.

– Ele deu sua vida por mim – Me virei pra ela – Será que você não percebe que se continuar comigo vai morrer também?

– Se for pra escolher entre ficar longe de você e viver, eu prefiro a morte – Olhei em seus olhos – Você é minha vida agora. Meu universo, lembra?

– Eu sinto muito – Deixei uma lágrima cair e a abracei – Eu sinto tanto... O único jeito que eu vejo pra poder salvar todos vocês é deixando Gumball me matar. Eu preciso morrer pra que vocês vivam, caso contrário, acabarei levanto todo mundo junto.

– Não! – Ela exclamou – Isso não é verdade. Não precisa ser assim.

– No fundo você sabe que eu estou certo. Você sempre soube – Baixei o olhar – Eu te amo mais que tudo, por isso eu preciso ir no seu lugar. Eu não devia ter te metido nessa.

– Você está tendo uma crise de novo – Eu disse pondo a mão em seu ombro – Mas eu estou aqui. Não vou deixar você fazer nenhuma besteira.

– Besteira é continuar aqui, comigo – Virei a cara – Você sabe o destino que nos aguarda, nunca poderemos viver em paz. Eu não sou o cara pra você.

Ficamos em silêncio por um tempo, a brisa morna bagunçava meus cabelos. Olhei pras estrelas e me lembrei do que meu pai sempre dizia: “Não se preocupe, filho. Os céus têm um plano pra você”.

Fico me perguntando que espécie de plano é esse. Será uma piada de mal gosto do destino ou será que há um ser superior que comanda o mundo que resolveu brincar com a minha vida desse jeito?

Porque eu tenho a impressão de que tudo o que eu amo me deixa, de uma hora pra outra, sempre. Não é uma impressão, é uma certeza mesmo.

– Vamos entrar – Disse colocando meu Blazer em seus ombros – Está ficando frio aqui fora.

– A turma deve estar nos esperando lá dentro, pra nós irmos pra capital, Londres – Ela enxugou os olhos – Você vêm com a gente?

– Quero aproveitar meus últimos dias com você – Dei meio sorriso – Não vou perder essa noite por nada.

– Não diga isso, ainda temos a vida toda – Ela olhou pra mim – Me prometa que vai continuar do meu lado.

– Um dia você vai entender – Beijei sua testa - Eu sempre estarei ao seu lado. Vou estar vivo em suas memórias.

Ela abriu a boca pra dizer algo, mas logo a fechou. Eu sempre acho que sei de tudo, mas desta vez eu estou certo. Ela sabe, todo mundo sabe disso: Não tem como lutar contra o destino. Gumball só vai nos deixar em paz quando eu morrer.

Entramos baile adentro. Quando meu olhar cruzou com o dele, gelei.

– O que houve, Marshall? – Fionna indagou, parada no meio do salão – ... Marshall?

Não respondi, até porque não conseguia mover um membro do meu corpo. Ela olhou pra mesma direção que eu e empalideceu também.

Ele estava mesmo aqui, olhando pra nós. Estava á poucos metros da gente. Havia algo em sua mão.

Ele... estava vindo em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

Segura na mão de Deus e vai!
O que acharam da hora da dança? Pra mim, foi um poço de fofura :3
Só eu que fiquei com dózinha do Marshall e ódio mortal do Gumball? Hu3
Beijos vampirescos, até quinta (Se der)