Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 43
Bonnie strikes again


Notas iniciais do capítulo

Olá :)
Primeiramente gostaria de agradeçer á diva da LuVas por ter recomendado a fic: Valeu, sua liamda!
E queria pedir desculpa pra Miss Marple: Eu prometi que iria colocar a Harvey no capítulo, mas não deu. No próximo ela aparece.
Foi mal pela demora, tive que esperar pela boa vontade da minha internet bugada Hu3
Beijos da Vamp, boa leitura!



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POV Jake

Estava secando o balcão pela milésima vez esta manhã quando Marshall entra pela porta apressado, com uma cara péssima. Cara de que as coisas não estão indo tão bem. Quando eu perguntei o que aconteceu, ele não quis me dizer (típico dele), puxou um maço de cigarro e pediu uma dose. Esse garoto vai morrer cedo desse jeito, está indo de mal á pior, eu até aconselhei que ele se acalmasse e me contasse o que aconteceu ao invés de se afogar em bebida e fumar até o pulmão não aguentar mais, mas quem disse que esse moleque me escuta? Na verdade, acho que ele não escuta ninguém que não seja a Marceline.

– Cara, essa já é a 4° vez que eu encho esse copo... – Eu adverti – É melhor parar, você vai ter uma overdose, é sério. Escuta o que eu digo.

– Cala a boca, Jake! Enche logo isso! – Ele reclamou debruçado no balcão – Você é o atendente ou meu pai? Eu só saio daqui de maca!

– Você tá péssimo, não vou dar mais nada até você me contar o que aconteceu – Eu guardei a Ballantine's de volta e me debrucei no balcão – E ai? Vai ter que ser do jeito mais difícil? Será que eu tenho que ligar pra Marcy?

– Até parece que eu sou alguma criança... – Ele levou a mão á testa – Tsc, é a Fionna...

– Que é sobre ela eu já sei – Eu disse paciente – Eu quero saber o que houve.

Ele suspirou e começou a me contar tudo o que aconteceu desde o dia em que foram ele, Cake, Marcy e Bonnie ao cinema. Eu escutava atentamente enquanto ele tragava e falava. Quando ele terminou sua breve saga de “como fazer uma merda atrás da outra”, o mesmo ficou me encarando, esperando que eu dissesse algo.

Eu ainda estava digerindo tudo, e depois de um pequeno silêncio, eu questionei calmamente:

– Ok, você tá me dizendo que largou a Fionna em presídio sozinha e foi pro cinema com a Bonnie?

– É, mas todo mundo estava cansado, nós chamamos ela pra ir junto! – Ele se defendeu.

– Cansado pra ir se divertir você não estava, pra cumprir com o que você prometeu pra ela você estava? Cadê a lógica?

– É difere... – Ele começou a dizer algo, mas eu logo interrompi.

– Xiu! Você tá errado!

– Mas...

– A Fionna têm toda a razão nessa história toda – Eu afirmei – Pelo o que eu entendi, você largou a coitadinha sozinha em uma cadeia pra ir pra “farra” com a Bonnie, uma biscate que você acabou de conhecer! Você, a Marcy e a Cake estão errados nisso tudo. Você principalmente. Não pense que têm direito de cobrar caso ela te largue pra sair com esse Chris, porque você fez exatamente a mesma coisa com ela. A única diferença é que o Christian ele é um amigo de infância, já a Bonnie não era nada. Você não tem o direito de ser ignorante com ela, nem de cobrar e muito menos esbravejar. Você tá todo errado, se ponha no lugar dela!

Ele ficou em silêncio por um tempo, espero que o bom senso entre na cabeça dele de uma vez por todas.

– Eu não havia pensado por esse lado, mas não importa. Ela não deixa de estar errada.

– No que ela errou? – Eu indaguei – Pelo contrário, ela só fez acertar, ela suportou muito mais do que ela era obrigada á aguentar. Eu sou bem mais velho e sei do que eu estou falando – Eu olhei nos olhos daquele incompetente – Marshall, você tá errado. Você vacilou com ela.

– Eu... – Ele inflou o peito pra dizer algo, mas logo esvaziou-se, tanto de ar, como de orgulho – Eu sei – E olhou pra baixo – O que eu faço então? Não posso perder ela, meu!

– Quando você erra, o que você faz? Pede perdão, ué – Eu disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – Se ela não quiser te desculpar, saiba que eu dou toda razão á ela, estou totalmente do lado dela.

– Eu sei... – Ele confirmou cabisbaixo – Eu só faço merda mesmo, que droga!

– É bom você ficar esperto, o orgulho nunca leva á nada, escute o que eu digo que eu sei do que falo.

– Mas-mas... eu não posso perder ela, véi! – Ele franziu o cenho – Se ela não me perdoar, eu não o que eu faço.

– Eu sei o que você faz: se joga no mar, não é? – Eu arqueei a sobrancelha – Você acha que resolver as coisas do seu jeito é a única opção, e nunca escuta o que as pessoas têm pra lhe dizer, é por isso que você faz merda toda hora.

– Como você soube disso? – Ele se virou pra mim.

– Eu sou quase seu parente, sempre fico sabendo das coisas... Uma vampira me contou.

– Marceline... – Ele revirou os olhos

– É – Eu confirmei – Nem reclama, ela só quer o melhor pra você.

– Eu sei, mas nem sempre eu dou valor á isso – Ele admitiu.

– Você não é mais uma criança, Marshall – Eu pus a mão em seu ombro – É melhor você mudar seu jeito de ser antes que perca tudo, começando pela Fionna. Sua birra não vai te ajudar em nada.

– Tem razão – Ele concordou comigo pela primeira vez na vida – Valeu, cara.

– Disponha – Eu consenti – Vamos pra casa, você já bebeu demais.

– Vai deixar o bar sem ninguém pra atender?

– O estagiário cuida de tudo – Eu apontei pro Joe, que fez “joinha” com a mão.

Ao contrário do que eu esperava, Marshall não teimou. Pegou a mochila e se pôs de pé, meio tonto. Fui até o ponto de ônibus com ele se escorando em mim pra não cair, e eu dando sermão sobre os efeitos do álcool em excesso.

– Quer dizer que a Bonnie te deu uns pega mesmo sabendo que você tinha namorada? – Eu puxei assunto depois do silêncio pós-sermão.

– Acho que sabia, eu deixei bem claro pra ela o que eu sentia sobre a Fi, mas acho que ela é surda ou se faz de sonsa – Ele respondeu oscilando a voz, errante.

– Olha, essa guria têm que procurar ajuda médica – Eu comentei – Acho que ela é ninfomaníaca.

– A Bonnie? Ninfomaníaca? – Ele riu, eu continuei sério – Ela é só tarada mesmo, não acho que ela dev...

– É sério, garoto! – Eu disse – Você não foi o único á “cair na rede” dessa louca

– Do que você tá falando, hein? – Ele indagou, soluçando – Não estou entendendo mais nada

– Ela me trancou no apartamento dela, ficou nua na minha frente e quase me “traça” sem eu consentir – Eu disse curto e grosso – Tá bom pra você?

– Nooooosssssa – Ele riu – E você me fez aquele discurso todo porque ela me deu um beijo? Tá podendo hein coroa, quem diria...

– Coroa é senhora sua mãe tá, eu sou experiente – Eu o empurrei pro lado – Mas falando sério, aquela garota tem que procurar um médico, ela é doente.

– Ela vai “traçar” o médico também... – O bobo-alegre ria que nem um débil – Mas aí, de rosa ela só tem o cabelo?

– Un? – Eu indaguei

– Ela é doce, não é?

– Que?

– Ué, ela não te trancou no apart? Você não traçou ela? Ela é rosa, não é?

– Que? Eu não comi ela! – Eu exclamei repugnado – Não dá pra te levar á sério quando você está bêbado, na boa.

– Também prefiro minha versão sóbria – Ele comentou – Mas aposto 10 pilas que ela não é rosa só por fora.

– Nós nunca iremos descobrir, eu tenho mulher e filha e aposto “10 pila” que você se importa mais com a Fionna do que em saber da cor da Bonnie ou seu gosto. Por mim ela pode ser verde que eu não me importo.

– Falou, santo – Ele bufou, então o assunto morreu.

POV Finn

Era manhã, abri meus olhos e fiquei encarando o teto com o sol batendo em meu rosto. Eu estava em um quarto de verdade, bem diferente da cela podre e mofada que eu costumava despertar todo santo dia ao lado de Chaz e Gumball, meus companheiros de cela. Respirei fundo e agradeci, nós só damos valor á liberdade quando a perdemos.

Lembro que Chaz foi o primeiro a sair, eu parti um tempo depois e Gumball continua lá até hoje. Mas é só uma questão de tempo até ele ser liberto também (podre de ricos do jeito que os pais dele são, eu não dou mais de 2 semanas pra ele cair fora dali também.) Hunf, só espero que ele não venha me cobrar nada depois de tudo isso... já tenho problemas de mais. Bem, isso não vem ao caso agora.

Me levantei e fui em direção ao banheiro, liguei a ducha e entrei debaixo, já escovando os dentes ali mesmo. Não tenho tempo á perder, irei visitar o sanatório em busca da maluca da Rosalie, pretendo fazer algumas perguntas á ela, ela me chamou muito a atenção. Sei que existe algo na bela moça que eu preciso saber, e que eu vou descobrir.

Desliguei o chuveiro e fui pingando sem nada até a cozinha, revirei o armário e peguei um pacote de cookies, uma garrafa de suco e uma fatia de pizza de ontem (As vantagens de se estar sozinho em casa) e fui até meu quarto. Vesti uma blusa azul qualquer e um short jeans, peguei minha mochila e estoquei as provisões junto com as chaves e o meu celular semi-morto nela, coloquei-a nas costas e tranquei o apartamento. Quando recebi uma ligação da Flame:

– Fala amor, já está chegando? – Eu atendi, não tive resposta – Ah, Não vai me dizer que você esqueceu que eu ia ao sanatório com você hoje né?

– Não, lógico que não... – Ela disse com voz de sonsa

– Flame... – Eu arrastei a fala, desanimado.

– Eu já estou chegando, só mais 5 minutos

– Tudo bem, vou te esperar no ponto de ônibus aqui da frente

– Tá, já estou chegando – Ela desligou.

Suspirei impaciente, a ruiva podia ter todas as qualidades, mas pontualidade e responsa com compromissos ela não tinha. Menina mais avoada que essa doidinha tá pra nascer.

Eu já ia descendo as escadas quando me deparo com Bonnie subindo a escadaria.

– Finn! – Ela sorriu animada, vindo em minha direção

– E-eu... oh, oi! – Silibei atrapalhado e com vertigem por conta de seu baby doll mais curto que sua vergonha na cara. Ela não sente frio não? Estamos no IN-VER-NO!

– Em, que bom que está aqui – Então me deu “sutil” abraço, amassando seu par de tetas contra mim – Pode me ajudar com isso? – Disse já me entregando-me uma porção de sacolas.

– Ah, cla-claro, claro – Recebi todas aquelas coisas quase me sufocando.

Subi logo atrás dela. Cara, eu juro que tentava não olhar, mas aquela micro-calcinha pink discretamente á mostra pelo baby doll quase transparente rebolando á centímetros da minha cara enquanto subia as escadas era impossível de se ignorar. Aposto que isso foi proposital.

Argh foco, Finn! Não caia nessa. Somente lembre-se da Flame e o quanto você ama ela, pense com a cabeça de cima e não faça merda, por favor.

Droga, e pra esconder esse volume já formado no meu shorts, como faz? (É, vocês entenderam).

– Valeu loirinho – Ela passou as mãos geladas pelo meu pescoço de depositou um beijo na minha bochecha – Você é um fofo.

– Sou né – Cocei a nuca, meio constrangido – Disponha.

– Está ofegante – Ela observou – Essa subida te tirou o fôlego! (Sim, a subida...) Quer entrar e beber um copo d’agua?

(Nota da Vamp: NÃAAAAO! É UMA CILADA, BINO!)

– Obrigado, mas eu tenho quer i... – Fui interrompido com o indicador dela na minha boca dizendo:

– Calado gatinho, apenas obedeça – Então me puxou pelo braço pra dentro de seu covil, deixando a porta entreaberta.

POV Flame

Pulei da cama com o celular tocando, era Finn perguntando se eu já estava chegando. Esqueci completamente que eu tinha que ir ao sanatório junto com ele, visitar a tal da Rosalie! Oh my glob, eu sou uma tristeza quando se trata de datas e compromissos, minha memória não colabora. Tomei um banho rapidíssimo e saí sem nem comer nada (o que me deixa de mal humor). Dois defeitos que eu preciso corrigir: Descompromisso com as coisas e pavio curto. Minha paciência é tão limitada quanto minha memória.

Peguei o ônibus e cheguei rapidamente até o ponto na frente do sobrado da Cake, esperei por uns 3 minutos e logo já estava enfezada, cadê esse garoto? Vou ir até lá em cima e arrastar ele pelos cabelos! (E me arrepender depois, coitadinho...)

Subi a escadaria e bati na porta do B19, ninguém atendeu, então resolvi parar ali no corredor e esperar até aquela Barbie loira terminar de se arrumar pra abrir a porta. Foi aí que eu escutei a voz dele vinda do B18, ao lado, mais conhecida como casa da menina rosa que eu esqueci o nome. A porta estava entreaberta, então é obvio que eu fui espiar o que é que estava rolando.

– Não, não, é sério Bonnie! Eu tenho mesmo que ir. – Ele se afastava dela com as mãos

– Ah qual é, loirinho? Um copo de água não mata niguém! Senta ai, pra que tanta pressa? Vai tirar o pai da forca, é? – Ela empurrou ele pro sofá dela.

– Eu tenho que encontrar a Flame, ela já deve estar me esperando – Ele se levantou

– Não sei o que você vê nela... – Ela comentou, o que me deixou fula – Ela pode esperar.

– Você diz isso porque não conhece a Flame – Ele riu nervoso – Ela me arrasta pelos cabelos – Arrasto mesmo, ninguém manda me deixar irritada.

– Realmente não entendo, um garoto tão fofo como você aturar aquela pirada – Ela disse abrindo a geladeira – Fala sério, o que ela tem de tão especial?

– Sei lá, eu só gosto muito dela sem saber explicar direito a razão – Ele disse se aproximando da saída – Ela é linda, esperta, fofa sem ser melosa... – Ele estava quase alcançando a maçaneta quando a vaca rosa se virou pra ele.

– Continue... – E sorriu, maldosa.

– Além do mais é difícil acha alguém aqui no reino unido com o tom de pele como o dela, já reparou? – Ele estava enrolando ela ou é impressão minha? – Não sei como ela consegue ficar com um bronzeado natural, já que aqui o calor é quase nulo. Ela é diferente, sei lá, só sei que me atrai.

– Bronzeado, claro... – Ela disse pensativa – Preciso pegar uma corzinha então.

– Como assim? – Ele indagou

– Nada, esquece – Ela entregou o copo d’agua pra ele – Só estou pensando alto.

– Ah, claro – Ele sibilou desconfiado bebendo a água – Agora eu tenho que ir – Ele entregou o copo e foi andando até a saída.

– Mas já? – Ela barrou a entrada fechando a porta, eu me afastei sem que ninguém visse – A Flame ainda não chegou, fica mais um pouco.

– Não dá, eu tenho que ir mesmo, não insiste – Acho que ele tirou ela do caminho, já que ouvi e vi a maçaneta girando.

Dei uma leve corridinha até a curva do corredor e desci as escadas, me encostei no ponto e esperei Finn chegar até mim.

– Psiu – Ele sussurrou em meu ouvido me abraçando por trás, sorrindo

– Ai que susto, garoto! Puta merda! – Eu dei um tapinha no ombro dele fingindo estar surpresa.

– Bom dia pra você também – Ele me deu um selinho.

– Porque demorou tanto? – Eu retribui entrelaçando minhas mãos em sua nuca e dando-lhe um beijo de verdade – Você demorou séculos, o que houve?

– Foi só um contratempo insignificante – Ele sorriu – Nada que você precise se preocupar

– Não mesmo? – Eu questionei

– Não mesmo – Ele confirmou

Sabe aquela ótima sensação quando você pega alguém mentindo e já sabe da verdade? Pois é, define o que eu estou sentindo agora. Só não arrasto a cara dele no asfalto por 3 motivos:

1 – Seria um desperdício

2 – Ele foi um fofo ao me descrever e não deu bola pra jumenta Jujuba

3 – Eu tinha um plano em mente e não iria estragar isso.

Bronzeado né, sua vaca? Firmeza... interessante. Se essa lambisgóia tingida tá pensando que aqui é bagunça, ela tá muito enganada. Só não sei se vai ser tão divertido pra mim quanto pra ela, mas garanto que ela vai se arrepender amargamente. Talvez isso acalme o facho dela.

– Hein, Flame? – Finn berrou no meu ouvido

– Oi? O que foi? – Eu me virei assustada

– To falando sozinho aqui, meu! – Ele exclamou – Você tá bem? Tá tão avoada...

– Avoada eu sempre fui né, amor – Eu me esparramei no acento – Só estou pensativa.

– Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou

– Tá pra acontecer – Eu falei, mas ele não captou a mensagem.

– Então tá... – Ele disse depois de um breve silêncio – Foi algo que eu fiz?

– Não, fica tranquilo – Eu dei um beijo em sua bochecha – Não precisa se preocupar.

– Não mesmo? – Ele indagou

– Não mesmo – Eu respondi e sorri.


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Notas finais do capítulo

Ui, Flame bicha má! Huehueheue 3:) Todos os créditos vão para a Nicole, pela ideia f*dida sobre a vingança contra á Bonnie. Hu3 E é só o começo... Valeu também pra Teralua pela ideia do Jake conselheiro huehue
O que acharam do capítulo? Só eu acho que o Jake daria um ótimo psicólogo?
Beijos da Vamp, até quinta! o/



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