Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 42
Fray, Again.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! :)
Desculpa não ter postado ontem, é que meu computador deu pau (graças á Deus não perdi meus arquivos). Já estabilizei tudo, não se preocupem. Fiquem com esse cap. lindo e cheiroso, e feliz dia da independência americana! Eeeê (Grande coisa)
Beijos!



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POV Christian

Mal posso acreditar que eu realmente reencontrei a pequeno pônei! Ou como todos chamam ela agora, coelhinha. Mas eu prefiro chama-la de Fionna mesmo.

– Ah, cala a boca, seu pedaço de cocô – Ela gargalhou depois de uma piada besta que eu fiz – Mas na boa, só sendo muito idiota pra ir á um cinema pra comprar carne!

– Ihh, seu namorado tá vindo aqui – Eu olhei pro lado apreensivo – E ele não parece estar com a cara muito boa.

– Eai amor – Ele pôs o braço em seu ombro, ela sorriu e deu-lhe um beijo – Oi Chris – Ele fechou a cara pra mim.

– Marsh, esse é o Chris – Ela me apresentou pra ele – Chris, Marshall – E apresentou ele pra mim

– Oi – Nós dois dissemos com cara de paisagem e desânimo na voz, apertando as mãos.

– Nós éramos melhores amigos quando crianças! – Fionna disse entusiasmada – Mas aí ele teve que se mudar por causa do emprego dos pais e então eu passei a andar com a Caroço e nunca mais tivemos contado. Que mundo pequeno né?

– Sim, sei, é mesmo – Ele me olhou de canto – Eu entendo que ele é teu amigo e tal, mas você disse que só ia cumprimentar e acabou ficando as três aulas com ele, legal isso né?

– Ora, deixe de ser bobo – Ela disse – Para de criancice, você não tá feliz por mim?

– E-estou – Ele parou pra pensar – Na verdade não. Desculpa Christian, mas tudo estava melhor antes de você se envolver no caminho.

– Que? – Eu indaguei – Quem em está “no caminho” é você, na verdade. Afinal, eu já era amigo dela á anos, você só apareceu á alguns meses.

– Fionna, preciso falar com você á sós – Ele disse baixo pra ela

– Eu sei que é pra falar de mim. Tudo o que você quiser dizer, pode falar na minha frente – Eu me atravessei, mas logo me arrependi

– Oi? Quem chamou o Christian na conversa? - Ela se virou pra mim, eu cruzei os braços e o encarei - Isso é coisa de casal, não se meta! – Ele apontou o dedo na minha cara, nervoso.

– Eu me meto no que eu quiser, você não tá vendo que ela não quer ir com você? – Eu tirei sua mão, irritado

– Tu não sabe o que ela quer – Ele fanziu a testa

– Uhh e você sabe? – Eu arqueei a sobrancelha

– Ge-gente? – Fionna indagou encolhida

– Cala a boca, animal! Ninguém quer você aqui, vaza! – Eu empurrei ele

– Vaza você amigão, ela é minha garota, você não tem que se intrometer – Ele dedou meu peito

– Como pode alguém ser tão babaca? – Eu virei a cara rindo sarcástico

– Quem você chamou de babaca? – Ele chegou mais perto

– Chega! – Fionna berrou, separando nós dois – Olha a rodinha de curiosos que vocês formaram! Vocês estão fazendo uma treta por nada!

– Por nada, tem certeza? – Marshall se virou pra ela – Isso começou a partir do momento em que você me largou pra ficar com ele, tá lembrada?

– Deve ser porque ela se importa mais comigo do que com você – Eu sorri

– Fica quieto que eu não to falando contigo! – Ele se virou pra mim – Não me faça arrebentar sua cara!

– Raquítico do jeito que você é, é mais fácil de eu te dar um pau do que você me arrebentar – Eu debochei – Saco de osso!

– Eu vou te esfolar! – Ele tirou Fionna do meio e veio pra cima de mim, mas a briga nem chegou a começar, já que a diretora Ice Queen interveio.

– Os dois na minha sala, agora – Ela disse friamente

Sem ousar desobedecer ao cão, seguimos ela até sua sala, deixando pra trás Fionna e uma legião de curiosos que sentem o cheiro de briga antes mesmo de ela começar

– Ihh Marshall, se eu fosse tu não deixava hein – Escutei uma voz perdida na multidão que nos seguia

– Aeho Novato, chegou agora e já tá dando trabalho? – Outra voz mais aguda dizia

– Pega ele na saída, meu! – Um cara disse – Tinha que culpa da Fionna!

– Cala a boca, animal – Ouvi Fionna dizer

– Qual é a treta que eu perdi? – Caroço chegou em seguida.

Mas que droga! Por culpa desse imbecil minha ficha escolar já não vai mais ser tão perfeita assim. Logo eu, que sempre fui tranquilo e nunca me meti em briga, que sempre faço tudo certinho pra evitar confusão e nunca tive sequer uma ocorrência na ficha em toda a minha vida! Agora estou aqui, na sala da diretora junto com o pior aluno da sala, Marshall Lee. Mereço.

– Marshall Lee Abadeer – A diretora abriu um sorriso de orelha á orelha – Te peguei de novo no meio de uma confusão! Parece que essa já é a... – Ela baixou o olhar para a ficha dele – ... vigésima ocorrência! – Ela riu – O que tem á dizer em sua defesa, baderneiro?

– Sério isso? – Ele virou a cara e cruzou os braços – Tu vive procurando algum motivo pra me ferrar, fala sério! Tu não perde uma!

– Tu? – Ela baixou o óculos e bateu na mesa – “Tu” você fala pra sua mãe, na sua casa! Eu exijo respeito!

– Eu também exijo respeito! – Ele se levantou e bateu a mão na mesa também – Não põe o nome da minha mãe do meio não, maluca!

– Você tá pedindo pra ser expulso, é isso? – Ela o empurrou pra cadeira de novo – Senta aí

– E se eu não quiser? – Ele se levantou – É tu que vai me obrigar?

– Senta agora, seu moleque! – Ela berrou e empurrou ele mais uma vez. Eu fiquei quieto na minha, assustado.

– Ahh vai partir pra agressão é? – Ele deu meio sorriso – Só não dou em você porque eu não bato em mulher, nem em velho. Você se encaixa nas duas categorias, anciã

– Você está passando dos limites, eu não te aguento mais! – Ela disse

– Eu é que não te aguento! Pelo amor de Glob, desde o meio do ano, tu já me arrastou pra essa maldita sala 19 vezes!

– Vinte – Eu corrigi

– Você me ama, não é possível – Ele riu e encostou na cadeira de novo

– Eu te daria suspensão, mas essa já seria a terceira vez só nessa semana, você está insuportável! – Ela disse alterada – O que eu faço com você? Expulsão é uma opção.

– Sei lá, me deixar voltar pro intervalo? – Ele respondeu – Afinal, eu não fiz nada dessa vez! Desde quanto discutir é errado?

– Discutir civilizadamente não é errado, agora discutir igual dois animais foge dos padrões desta escola! – Ela bateu o dedo na mesa – Eu não admito isso no território escolar, e você Marshall, parece não ter captado até hoje o espírito da coisa. Quem manda nesse lugar sou eu, e você vai ter que me respeitar! Isso é uma escola, não uma casa de luz vermelha, tá entendo?

– Tá, falou – Ele levantou as mãos – Joga logo uma ocorrência nesse boletim zoado e pronto, o intervalo já vai acabar e eu não comi nada até agora – E cruzou os braços – Ah inclusive, tu não acha que esses preços da cantina estão muito salgados não? Tá caro pra porra, tu acha que geral é rico aqui?

– Você acha que eu estou de brincadeira, não é Sr. Abadeer? – Ela disse um pouco menos alterada – Fumar dentro da escola, depredar minha janela duas vezes, pular o muro, dar o dedo do meio para o professor, colocar pó de giz nas pás do ventilador, zoar a coordenadora, promover a discórdia no intervalo 4 vezes contando com essa, brincadeiras de mal gosto durante as palestras... – Ela começou a ler a ficha do garoto. Senhor, santa criatividade pra tirar as pessoas do sério que esse menino tem!

– Acabou? – Ele disse rindo quando ela terminou – Isso tudo só deixou o ambiente escolar mais divertido, você tem que concordar. Fazer o que se minha mente é fabulosa e criativa?

– O que você chama de criatividade eu chamo de baderna. Quantas vezes eu vou ter que ler as regras de conduta desta escola pra você? – Ela se encostou na cadeira.

– Vamos fazer assim: você me deixa ir embora e libera esse anjinho do meu lado, simples. Eu não serei expulso, a ficha dele vai continuar limpa e nós evitamos mais dor de cabeça. Todo mundo sai feliz! – Ele propôs – Já estamos na penúltima semana de aula, você já vai se livrar de mim, então livra minha barra dessa vez?

– E porque eu faria isso? – Ela arqueou a sobrancelha

– Porque eu sou lindo? – Ele coçou a nuca

– Boa tentativa, mas não – Ela tirou os olhos do baderneiro e voltou seu olhar á mim – E você Christian? Me surpreende o fato de estar aqui na minha sala! Você sempre foi um menino educado, atencioso e bom aluno, o que houve?

– Não foi nada, Sra. Diretora – Eu respondi um pouco nervoso, as palavras não queriam sair, a presença dela me deixava nervoso – Eu só... só tive um desentendimento com Marshall, só isso.

– Tinha que ter seu dedo no meio, não é Sr. Abadeer? – Ela olhou de canto pra ele, ele deu um sorriso forçado.

– Estou ciente das regras de conduta, posso assegurar á senhora que esse comportamento não vai se repetir novamente – Eu disse meticulosamente, do jeito mais educado possível.

– Porque não aprende boas maneiras com ele, Marshall? – Ela se virou pra ele de novo, ele bufou e revirou os olhos – Isso seria pedir demais?

– Seria pedir demais também se “a senhoora” me liberasse logo junto com esse Sr. Tarimba pra eu voltar pro intervalo? – Ele disse assim que o sinal tocou – Aí ó, tá felizona? Perdi meu intervalo! Depois que eu começar a comer na classe tu já vai inventar de enfiar mais ocorrência no meu rabo! Tu não cansa não né?

– Eu já estou farta de você! – Ela bateu a ficha dele na mesa – Só não te dou suspensão porque já estamos nas semanas finais e não adiantaria de muita coisa. Por isso eu vou ser boazinha e só vou colocar uma observação no seu registro, agora some daqui!

– E-e eu? – Eu indaguei encolhido

– Pode sair também

– Espera, espera! – Marshall travou na porta – Eu recebo uma observação e ele nada?

– Porque? Vai querer uma expulsão de brinde? – Ela subiu o olhar

– Cretina – Ele murmurou

– Como é? – Ela disse, ele sumiu como um ninja

– Travesti da favela! – Ele berrou do corredor – Não vejo a hora de sair desse inferno!

– Com sua licença – Eu fechei a porta dela e fui em direção á minha sala, atrás do Marshall

– Satisfeito? – Eu disse do lado dele – Perdi meu intervalo por sua causa

– Ah cala a boca, seu zé rolinha do cassete, quase me ferro por sua culpa. Fica quieto pra eu não estourar sua cara – Ele me empurrou – Já estou por aqui com você, nem chega perto.

– É um babaca mesmo – Eu revirei os olhos – Tá com dor de cotovelo pela sua pose de fanfarrão da sala ou porque a Fionna se importa mais comigo do que com você?

– Calado imbecil – Ele rosnou – Damas primeiro – A abriu a porta da sala

– Hunf, engraçadinho - Empurrei ele logo pra dentro e fechei a porta atrás de mim ao som de risinhos e falações dos curiosos e fofoqueiros em geral.

– O que aconteceu lá, o que ela disse? – Fionna questionava interessada

– O Marshall tirou a diretora do sério, pra variar – Eu me sentei – Admiro a coragem dele, mas só a coragem mesmo. Me surpreende o fato de você ainda querer algo com ele.

– Passamos por muitas coisas juntos – Ela sorriu – A maioria ruins, não vou largar o osso agora, eu o amo.

– Argh, acho que vou vomitar – Eu brinquei, ela sorriu

– Mas e aí? O que deu? – Ela retomou o assunto interessada

– Não foi nada de mais, acho que Ice Queen está de bom humor hoje – Eu respondi – Ela colocou uma observação na ficha do Marshall e me deixou sair sem nenhuma ocorrência.

– Estranho, ela sempre pega no pé dos alunos, é um cão – Ela disse pensativa – Deve ser porque já estamos no fim do ano.

– É a magia do natal – Eu ri – Deixando isso de lado, você vai comigo ou não ao pub depois da aula? Quero relembrar os velhos tempos! – Eu disse animado

– Infelizmente, não vai dar – Ela respondeu – Eu preciso conversar com o Marshall, como eu sei que ele provavelmente não vai responder minhas mensagens nem atender minhas ligações só de ódio, minha única chance de conversar com ele é indo embora junto. Além do mais, preciso esclarecer algumas coisas com uma tal de Bonnie que está comendo meu juízo e roubando meu sono.

– Deixa eu adivinhar: o baderneiro está envolvido nisso também? – Eu deduzi

– Sim – Ela confirmou.

Eu sabia! Tinha que ser, sempre ele... promovendo a discórdia, se envolvendo em confusões. Cara, na boa, a Fionna merece coisa muito melhor que esse...

– Marshall! – A professora exclamou – Desça da mesa A-GO-RA! Aonde é que já se viu? Pode parar com esse showzinho, palhaço!

– Eu sou uma diva polêmica meu amor – Ele deu o dedo do meio pra ela.

Mas que diabos esse garoto perturbado tinha na cabeça? Eu me perguntava seriamente...

– Falou Madonna, será que eu vou ter que chamar a diretora pra você? - A professora se levantou

– Apelona – Ele desceu da cadeira – Acabou o show pessoal - Se sentou em sua cadeira ao som de “aahhhh” dos paga-pau e piranhas presentes.

– Como consegue ser tão ridículo? – Eu comentei comigo mesmo - Af, adora chamar a atenção.

– Ele é a diva que quer ser vista e aplaudida – Fionna comentou – Um egocêntrico de marca maior

– E você gosta disso?

– Eu amo até os defeitos dele.

Realmente, só amando muito essa criatura pra aturar. Missão impossível.

POV Marshall

Meu dia já começou uma bosta, as coisas já não estavam indo tão bem, e quando esse careta almofadinha apareceu elas só pioraram. Acabei indo parar na diretória pela vigésima vez, e temi ser expulso, apesar de que por fora eu tentava aparentar tranquilo e comia a paciência da diretora como sempre. Afinal, o que eu tinha a perder? Um ano inteiro (ou metade dele) de estudo ou não? Talvez. Minha última esperança de passar de ano? Com certeza.

Pra minha surpresa, a mal-comida da Ice Queen estava de bom humor hoje e só colocou uma observação no meu registro. Pelo menos uma vez na vida ela usou o bom senso e viu que não adiantaria nada pra ela me foder, já estamos no final do ano mesmo. Voltei pra sala junto com o babaca do Christian, me sentei no fundo e fiz um showzinho em cima da mesa pra descontrair a galera vagabunda do fundo, ele continuou lá na frente com Fionna, provavelmente falando de mim.

– Você vem comigo hoje? – Eu perguntei pra Fionna ao fim da última aula, sem nem olhar na cara do Chris.

– Ah sim, deixa eu só guardar meu material – Ela disse se levantando

– Anda logo, quando menos tempo eu ficar perto desse babaca, melhor – Eu a apressei

– To indo na frente, fi – O imbecil deu um beijo na bochecha dela – Se cuida, me liga

– Pode deixar – Ela sorriu fofa, eu senti náuseas

– Falou, desordeiro – Ele deu um tapinha nas minhas costas, apertei o punho e me segurei.

– Vamos logo, Fionna! – Eu peguei seu caderno e suas milhares de canetas e joguei tudo dentro da mochila, irritado.

– Não sei porque tá todo nervosinho – Ela fechou o zíper bem devagar só de pirraça – Quem tinha que estar brava sou eu! Que história é essa de partir pra cima do Chris? Você ficou maluco ou o que?

– Vai ficar defendendo seu amiguinho agora, é? – Eu pus a mochila nas costas dela e praticamente a arrastei até a saída, já que ela estava mais mole que uma tartaruga – Você ouviu o que ele disse pra mim no intervalo? Como queria que eu reagisse?

– Também não precisava ter bancado um viking, gritando, colocando dedo na cara, partindo pra cima, exalando testosterona. Não entendi o porque daquele teatro todo, vocês pareciam animais! Custa conversar que nem gente? – Ela me alfinetou

– E o que me diz de você e a Bonnie? Me pareceu a mesma coisa quando você partiu pra cima dela, berrou, exalou estrogênio e fez aquela peça toda também.

– Foi totalmente diferente – Ela se defendeu

– Foi exatamente igual – Eu retruquei

– Então tá, você quer falar da Bonnie? Vamos falar da Bonnie! Aquela puta desgraçada que dá em cima de você na cara dura! O Chris é só meu amigo, ele não fez nada pra você agir assim! – Ela parou na entrada da escola

– Não fez nada? Você tem certeza de que ele não fez nada? Cara, tu é surda ou o que? “Deve ser porque ela se importa mais comigo do que com você” ou “Raquítico do jeito que você é, é mais fácil de eu te dar um pau do que você me arrebentar” não é motivo pra eu querer acabar com a raça dele? – Eu parei na frente dela

– Ele só disse isso porque você começou a agir feito um idiota primeiro! – Ela levou as mãos á cabeça – Pra quê tanto drama por causa de nada! O Chris é meu A-M-I-G-O! Qual a dificuldade de entender isso?

– A Bonnie também é só minha amiga! Qual a dificuldade de entender isso? Você agiu que nem uma animal com ela e eu não disse nada! – Eu supliquei – Dá pra você por favor parar com isso?

– É completamente diferente, eu já disse! Ela dá em cima de você na minha frente, ela é uma vaca! – Ela insistiu

– De onde tu tirou isso? Deixa de neura! – Ele deu as costas – Vamos embora, vai

– Não, agora vem aqui! – Ela me puxou pelo braço – Não era da Bonnie que tu queria falar? Então diz aí! O que caralhos você tanto me esconde a respeito dela?

– Eu não escondo nada! Para de ser retardada! Fica insistindo em algo que não existe! Isso é só uma desculpa pra pegar no meu pé, não é? – Eu disse irritado

– Você sabe muito bem que não é! Puta merda, Marshall, o que custa você me dizer? – Ela suplicou

– Eu diria se tivesse alguma coisa pra contar! Eu já falei que não tenho, o que você quer que eu faça? – Eu levei as mãos á cabeça, quase arrancando meus cabelos de nervoso

– Que você pare de mentir pra mim! - Ela exclamou quase chorando - Esse inferno só vai acabar quando você me contar a verdade!

– Tá legal, tá bom! Você quer ouvir? Então tudo bem! Eu dei uns pega na Bonnie no cinema! Tá feliz? – Eu explodi - Ela me beijou! Me deu um beijão de cinema! E quer saber mais? EU GOSTEI! Tá bom assim? Era isso que você queria ouvir? Então foda-se! Falei! Tá feliz agora?

– Você... O QUE? – Ela começou a esmurrar meu peito – Seu cachorro, desgraçado, como você pode fazer isso comigo? Seu galinha, seu merda, como eu pude confiar em você? Eu sabia! Eu sabia! – Ela começou a derramar lágrimas de ódio enquanto me esmurrava – Bem que o Christian me falou, você é um cachorro, seu desgraçado, eu te odeio! Eu vou matar a Bonnie!

– Ow parou com esse draminha – Eu segurei os braços dela – Você queria escutar o que eu estava escondendo junto com a Cake, não é? Você não queria ouvir? Então pronto, me bater não vai mudar nada agora!

– Eu confiei em você, seu cretino – Ela tentava segurar as lágrimas, mas não conseguia – Porque? Porque você fez isso comigo? E justo com a Bonnie! Eu tenho nojo de você! Como você pode me trair desse jeito?

– Eu não te trai, me escuta! – Eu segurei mais forte- Ela já veio me agarrando e me beijando, eu não pude fazer nada!

– Como eu vou acreditar em você? – Ela olhou nos meus olhos, as lágrimas corriam pelo seu rosto – Como eu vou confiar em você se tudo o que você já me disse era mentira?

– Não é mentira, eu juro! – Eu disse firmemente – Acredita em mim, não foi porque eu quis! Ela me agarrou, eu juro pra você que eu não queria!

– Me solta, seu idiota – Ela se debateu, então eu a soltei.

Ela levou as mãos ao rosto, enxugando os olhos molhados.

– Fionna – Eu me aproximei tentando manter a calma

– Some daqui!!! – Ela berrou, então eu me afastei – Acabou Marshall! Me esquece!

– Fionna, por favor, me escuta! – Eu a segui

– Sai daqui! – Ela me empurrou – Não me siga, me deixe em paz!

– Para com isso, volta aqui! – Eu sibilei numa tentativa falha e desesperada

– Acabou! – Ela repetiu e deu as costas, me deixando ali parado em meio á um bando de alunos curiosos - Eu vou matar essa Bonnie!

A plateia aos poucos se dispersou, e eu aos poucos fui me acalmando. Dei meia volta e entrei no bar do Jake.

– Eai cara – Eu sentei e já pedi uma dose

– Você tá com uma cara péssima, qual foi a treta?

– A Fionna, só pra variar – Eu respondi pegando o maço de cigarro – Têm um isqueiro?

– Bebida, cigarro... esse não é o melhor jeito de resolver um problema – Ele aconselhou

– Falou, mamãe – Eu revirei os olhos – Vai me dar ou eu vou ter que procurar em outro bar?

– Tudo bem, ok – Ele bufou – Ballantine's, mas só uma dose – E me entregou um isqueiro.

– Valeu – Eu o rebebi, puxei um cigarro do maço e ascendi

– Vai me contar o que aconteceu? – Ele questionou escorando no balcão

– É uma longa história – Eu desconversei – Eu não quero falar sobre isso.

– Você é quem sabe – Disse me estendendo um copo pequeno cheio daquela água ardida feito o inferno.

Depois de algumas tragadas, peguei o copo que repousava em cima da mesa e bebi de uma vez só como se fosse água. Bati o copo vazio em cima da mesa e resolvi que eu queria mais, eu precisava tirar esse peso das minhas costas e esquecer. De novo.


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Notas finais do capítulo

E lá vamos nós de novo aguentar o vampirinho tombando pelos cantos. Pela mesma pessoa, pelo mesmo motivo. Prepare-se Marcy (e Harvey). Quando eu digo que esse menino ainda vai ter uma overdose ninguém acredita u.u
O que acharam do cap? Será que o Christian tem razão? O Marshall é mesmo um babaca ou é só mal-compreendido?
Beijos da Tia Vamp, até Domingo!