Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 39
That Weird Lady


Notas iniciais do capítulo

Hey Guys! Estavam com saudades da Marcy? Boas notícias: ela está de volta! Uhul!
Só eu que estou torcendo pra Cakeline voltar logo? :( #RipYuri #SddsCakeline
Um beijo enorme, fiquem com esse capítulo monstro de 3.000 palavras u.u Passei a madrugada escrevendo (dormir é para os fracos)



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POV Marshall

Depois de quase sermos pegos pela diretora, saímos eu e a coelha tranquilamente pelo portão, com a cara mais lavada do mundo, prendendo a risada.

– Não faça cara de culpada – Sussurrei – Se rir, já sabe.

Como eu esperava, ela não se aguentou e começou a rir que nem uma esquizofrênica no chão. Depois do showzinho ela emergiu sob os olhares de quase todo mundo da escola, como se nada houvesse acontecido:

– Que doideira, “mermão” – Ela enxugou uma lágrima do canto do olho

– Não conheço essa doida – Eu comentei olhando pro nada

– Nunca mais entro na sala dos professores...

– Isso é o que dar ir nas ideias de quem tem mais de 19 ocorrências na diretoria

– Ainda não entendi como é que minhas notas ficaram tão boas de uma hora pra outra...

– Não reclama não, deixa assim que tá ótimo.

– Eu sei, só queria entender.

O sol resolveu dar as caras, e o dia estava relativamente quente, então pegamos o metrô, porque era mais perto (e porque tinha ar condicionado).

Chegamos rápido no apart. Jake estava dormindo no sofá e Finn estava dormindo na cama, acordamos os dois e fomos até a casa da Flame.

É claro que não foi tarefa fácil tirar o Finn do quarto. Tentamos arrastar, fizemos chantagem emocional, apresentamos argumentos do “porque não ficar trancado em casa”, fizemos prece pra todos os santos, apelamos pro dinheiro, comida, ter o direito de ser carregado nas costas, usamos fogo, facas, baldes de água e tudo o que era possível. Nada era capaz de tirar ele de casa. Só conseguimos essa proeza apelando para a Flame.

Ligamos pra ela e com incríveis 1 minuto e 42 segundos de conversa (eu cronometrei), ela conseguiu levantar ele da cama e convencê-lo á ir com ela. Vou escrever um livro sobre “A influencia do poder feminino sobre os escravos de ppk” (Menos, Marshall, bem menos).

Bem na hora da Cake chegar, que ficou particularmente surpresa com tanta gente dentro da casa dela.

– Vocês ainda estão aqui? – Ela riu, sem a intenção de parecer rude (ou não) – É uma festa que eu não estou sabendo?

– Cake sua linda, amor da minha vida – Fionna a abraçou – Tu sabe que eu te amo né, bee?

– O que você quebrou? – Ela retribuiu o abraço, desconfiada.

– Quebrei nada não – Ela respondeu

– Então você quer alguma coisa

– Talvez – Ela riu

– Fala logo

– Empresta o carro pra nós irmos visitar o Chama?

– Quem é esse? – Ela perguntou tirando o casaco e jogando a bolsa no sofá

– É meu irmão – Flame respondeu – Por favor? – Ela fez cara de fofa

– Vocês nem tem carta de habilitação pra começar – Ela cruzou os braços

– Eu tenho – Jake retrucou

– Tá com ela aí? – Cake perguntou

– Não – Ele respondeu

– Então não – Ela falou seca

– Ahh qual é, Cake? – Marshall implorou – Leva a gente então

– Aff – Ela bufou e revirou os olhos – Eu to cansada – E se esparramou no sofá – Aonde é isso?

– Sanatório – Flame disse

– Isso é do outro lado da cidade!

– Mas de carro é pertinho! – Fionna insistiu – Por favor! E seu lemazinho de “sempre ajudar quem precisa?”.

– Eu nunca disse isso – Ela riu – Mas tudo bem, vai ser um prazer ajudar.

– Sério? – Flame questionou

– Na verdade não – Cake riu – Mas vamos lá.

– Ahh e tem mais um detalhe – Eu me virei pra ela – A Marcy vai estar lá.

– Sério isso? – Ela se virou contrariada – O que ela vai fazer lá, meu?

– Todos vão ajudar, ela vai tocar para os doentes, é uma apresentação que o sanatório sempre faz em dias de visita, e ela se ofereceu pra ajudar – Eu respondi

– Que saco – Ela revirou os olhos

– O que aconteceu com meu yuri favorito? – Fionna questionou sobre Cakeline

– Hunf, como se você não soubesse né – Cake destrancou a porta – Vamos logo

– Elas terminaram no cinema por causa de “Terror x Ficção Científica” – Eu disse baixo tentando ser discreto

– Que motivo mais besta – A escandalosa da Fi quase berrou – Terror é muito melhor

– Como é que é? - *viradinha dramática* Cake fez um olhar fatal

– Nada não – A outra riu – Mas sério, vocês eram tão “kawaii” juntas! Deveriam se entender, essa briguinha não vai levar á nada

– Finalmente alguém que pensa como eu – Eu comentei

– Não é tão fácil quanto parece, tá? – Cake continuou seguindo o corredor sem olhar na nossa cara – Meu orgulho é tão grande quanto o dela. Enquanto ela não vier falar comigo, eu não também não chego nela.

– Ahh então fudeu – Eu exclamei – Não existe ser mais orgulhoso que a Marcy

– Então que assim seja – Cake retrucou

Descemos as escadarias, entramos no carro e fomos á casa da Flame, pegamos toda a bagagem e partimos em direção ao Sanatório. Chegando lá fomos recepcionados por uma mulher simpática, que nos deu o número do quarto do Chaz e nos acompanhou até a sala de visitas, onde ele estava.

POV Finn

Depois de ser obrigado á sair de casa, jogado dentro um carro e arrastado pra um sanatório, me sentei em um banco qualquer e fiquei esperando aquela visita acabar e rezando para o tempo passar logo. Com o tempo fui me acostumando, era divertido ver as crianças enchendo o saco dos tiozinhos, deixando eles mais doidos do que eles já eram.

– Que maldade – Flame se sentou ao meu lado – Rindo de pessoas doentes

– Que? Não... – Eu ri – Bom, é minha única diversão por aqui.

Ficamos em silêncio por um tempo.

– Eu fiquei sabendo do lance com a sua mãe – Ela disse com expressão compassiva – Sinto muito, desculpa por não estar com você na hora que você precisou... quero dizer, ainda precisa né, mas é que eu estive muito ocupada por causa do...

– Xiu – Eu dei um selinho nela – Tá tudo bem, ok? Não precisa se preocupar, eu estou bem.

– Se estar bem quer dizer chorar no chuveiro, esmurrar a parede e ficar trancado no quarto se recusando á ver a luz do dia, sim, você está ótimo – Ela disse – Eu errei em ter te deixado de lado, me perdoa?

– Não tem problema – Eu sorri – Você está aqui agora, é isso que importa.

– Se depender de mim, não vou sair do seu lado mais – Ela me abraçou – Você sabe que sempre pode contar comigo né?

– Eu sei disso – Eu a abracei – Você é uma das poucas coisas que ainda valem a pena na minha vida, não posso perder isso.

– Certo – Ela me soltou – Vamos lá falar com o Chaz, nós viemos aqui pra isso – E pegou na minha mão

– Érr, você veio falar com ele, eu não – Eu disse sendo arrastado mais uma vez

– Ele é seu cunhado, vem!

– Tenho a impressão que “meu cunhado” não vai muito com a minha cara

– Deixa de bobagem e pare de antissocial, tá todo mundo lá e você também vai – Ela ordenou.

– Taá – Eu assoprei uma mecha de cabelo que caía no meu rosto – Eu não tenho mais vontade própria não?

Não fui respondido, apenas segui a Srta. Mandona até onde ela queria, falei com o Chama e puxei uma cadeira junto com o Jake. Minha intenção era ficar largado e reclamando comigo mesmo se minhas expectativas de fazer nada não tivessem sido frustradas pela euforia de Fionna, a formanda.

– ... Daí eu falei com o professor né, e ele disse que minhas notas estavam pró, cara! A+! Daí eu fiquei tipo: “como assim, velho?”... – Ela falava, falava e não parava mais

– What the fuck? (wtf) – Cake indagou interessada

– Vai entender, acho que seu professor é meio pancada das ideia – Chama disse

– Aí tá né, a Fi chegou em mim com um sorriso enoorme de orelha á orelha, e eu me perguntei “mas que diabos...?” – Marshall continuou a história

Era um blá blá blá que não terminava mais, alguém me tira daqui.

–... e só depois de uma eternidade ele veio me destrancar do armário da diretora, então nós saímos virados num samurai pela porta dos fundos e nos misturamos junto com os alunos do pátio. Meu core tava como, tio? Á mil né – Fionna concluiu sua breve façanha.

– Eu nem demorei tanto assim – Marshall retrucou – Só esperei um pouco pra ter certeza de que não tinha mais ninguém lá. Mais uma ocorrência na minha ficha e eu rodo de vez!

– Ai que lindo, Sr. Abadeer – Marcy aplaudiu irônica – Tá procurando a vigésima ocorrência? Quer ser expulso, transferido ou prefere repetir de novo?

– Ohh falou a boa aluna né – Ele ofegou – Sua ficha era bem pior do que a minha

– Calúnia – Ela se defendeu – Isso é calúnia, o meu diretor me detestava e vivia procurando alguma coisa pra me ferrar

– Deve ser porque você era uma praga – Ele retrucou – Gente, ela foi expulsa por tacar pedra no carro da coordenadora, e tinha várias ocorrências por desrespeito – Ele riu junto com todos, exceto Marcy – No seu anuário estava “Rebelde e desatenta”, minha filha.

– Não lembro disso não – Ela prendeu o riso – Eu era uma ótima aluna, ok?

– Aham

(Marcy super interessada na aula, xingando a professora mentalmente)

– O que eu posso fazer se as aulas eram um saco? – Ela retrucou

– Parar de me dar sermão – Marshall disse

– Sim, chega de apedrejar o passado dela – Fionna falou – O importante é que nós passamos! - Ela voltou com sua onda de euforia

– Uhul, parabéns aos formandos – Jake disse – Já sabem que roupas vão usar? E as músicas? Quem vai organizar a festa?

– Também não sei cara, já falei pra Fionna pra ela comprar logo o vestido antes pra ela não ficar com os restos de estoque – Marshall articulou empolgado.

– É verdade, os restos sempre são mais caros e menos bonitos.

– Fresca do jeito que a Fionna é – Ele olhou pra ela, ela virou a cara.

– Quem vocês vão convidar? – Cake perguntou

– São 6 convites pra cada, juntando os meus com o da Fi dá 12...

– Olha, ele sabe somar... – Marceline debochou, Marshall tacou uma caneca na cara dela

– Os meus convites vão pro Finn, Jake, um pra mim e ainda sobra - Marshall continuou

– Eu dou os meus pra Cake, Marcy, Flame, um pra mim e sobram mais 2 - Fionna disse

– O Chaz podia ir também – Marshall sugeriu

– Nem dá, eu não posso sair daqui até completar pelo menos um mês – Ele respondeu

Resumindo: eles ficaram falando o tempo todo em assuntos colegiais cheios de euforia e expectativas para o baile de formatura, que eu não estava muito a fim de escutar, minha vibe estava negativa. Coloquei fones de ouvido e fiquei escutando When I'm Gone, do Eminem.

“…every time you hear the sound of my voice, Just know that, I'm looking down on you FINN! TIRA ESSA MERDA DO OUVIDO!”

– O que foi cassete? Quem morreu? – Eu me virei, era a Flame, que parecia um tiquinho irritada

– Odeio quando eu estou falando com você e tu fica viajando com essas porcaria na orelha

– Se chama fone – Eu corrigi – O que foi agora?

– Para de se isolar do mundo, meu amor! Eu to conversando com as paredes!

– Conversa com todo mundo aí, eu só quero ficar no meu canto, dá pra ser?

– Se isolar não vai adiantar de nada, já disse

– Tá bom, pronto tirei – Eu arranquei os fones – Tá feliz?

– Bem melhor – Ela sorriu – E deixa de ser rude – E me deu um tapa que eu não senti

Voltei á olhar pro nada, agora sem música, que era bem pior. Fiquei observando os pingos de água caírem da torneira mal fechada, até que um velho foi lá e fechou ela, acabando com minha distração. Então fiquei observando a criancinha pentelha girando que nem uma boba alegre em cima do palco, ela já estava tonta e rodava cada vez mais perto da borda e eu pensei “aquela praga vai cair dali” e caiu mesmo, se estabacou no chão. Daí eu pensei “cadê a mãe dessa garota?” prendendo o riso, enquanto ela berrava e soluçava ali largada, a mãe dela veio acudir, acabando com minha distração novamente.

Aí fiquei procurando outra coisa pra observar quando meu olhar cruza com o olhar de uma mulher sozinha um pouco mais afastada, ela estava me encarando e eu já estava começando a ficar com medo dela

– F-flame – Eu encostei no braço dela, mas sem tirar o olhar daquela moça

– O que foi, mo? – Ela me olhou preocupada – (...) Finn?

– Não olha agora, tem uma mulher estranha ali me encarando – Eu nem piscava, estava quase imóvel

– Ela tá sempre aqui, é uma paciente – Ela disse desinteressada – Deixa ela encarar ué, ela é doidinha.

– Eu conheço ela, Flame – Eu cerrei os olhos – Ou o doido sou eu, ou já vi ela antes.

– É um rosto comum – Ela falou – Deixa de neura.

– Não é neura – Eu teimei e cruzei os braços, ela continuava me encarando.

Com o pouco de ânimo que eu tinha me levantei e fui beber uma água, e ela continuava me seguindo com o olhar, fui até a recepção e perguntei pra mulher da portaria quem era aquela doida

– O nome dela é Rosalie – A mulher simpática me atendeu – É uma paciente nossa.

– Tenho a impressão de que eu conheço ela de algum lugar... – Eu disse baixo, mas a recepcionista me ouviu

– Acho que não – Disse ela – Ela foi internada á anos e nunca recebeu uma visita até hoje

– Posso falar com ela? – Eu perguntei, mesmo sem ter certeza de que era isso mesmo que eu queria

– Claro, fique á vontade – Ela deu de ombros.

Certo Finn, coragem! Ela não vai te atacar nem nada, só está te encarando com um olhar mortal, só isso. Fui em direção dela e ela parou de me encarar e começou a olhar pro chão, falando sozinha.

– O que você quer? – Ela indagou assustada quando eu me sentei ao seu lado

– Nada – Eu engoli seco – Posso me sentar aqui?

– Você já está sentado – Ela respondeu

– Tem razão – Eu ri nervoso – Estou né?

– Menino estranho... – Ela disse consigo mesma, mas eu ouvi

– Está um belo dia hoje, não está? – Eu puxei assunto depois de um breve silêncio

– O que você quer aqui? – Ela perguntou pela segunda vez – Não preciso da sua caridade.

– Caridade? – Agora quem indagou foi eu – Moça, eu só quero conversar com a senhora!

– Eu não sou louca! – Ela disse irritada

Me afastei um pouco, espera... eu já ouvi essa frase antes. Estava tentando lembrar quando finalmente caiu a ficha: Era a mulher do meu sonho! Que óbvio! Era a doida da Rosalie!

– Pera ai... quem é Rosalie? – Eu questionei confuso

– Eu sou Rosalie – Ela disse – E não dou doida

– Tudo bem, você não é doida – Eu concordei – Mas eu tenho a impressão que te conheço em algum lugar, além do meu sonho

– Hã? - Ela questionou confusa – Que sonho?

– Nada, esquece – Eu respondi

– Finn! – Fionna me gritou do outro lado do salão de visita – A visita acabou, vamos embora!

– Eu-eu tenho que ir – Eu me levantei – Até

– Eu hein – Ela resmungou – Depois a maluca sou eu...

Fui caminhando em direção á todos, olhando toda hora pra trás até não poder ver mais a mulher

– Quem era aquela? – Jake me perguntou

– Não sei bem, ela se chama Rosalie – Eu respondi

– Você estava falando esse nome hoje de manhã, lembra Cake? – Fionna falou

– É, estava mesmo – Ela concordou – Coincidência

– Acho que não – Eu comentei – Eu conheço ela, só não sei de onde

– Estranho... – Jake disse

– Muito estranho – Flame confirmou.

Entramos no carro e fomos pra casa, fiquei o tempo todo me forçando á lembrar de onde eu conhecia aquela moça, ela era tipo um dejavu. Ela tinha mais ou menos uns trinta e poucos anos e era bem bonita inclusive. Ela me lembrava a mim mesmo, tinha cabelos loiros um pouco mais escuros que os meus, abaixo do ombro. Sua pele era pálida como a neve e seus olhos pareciam safiras á me encarar. Não vou deixar isso de lado, talvez amanhã eu vá falar de novo com ela, preciso entender isso.

POV Fionna

O sol estava quase se pondo, e quando vimos já era hora de ir. Chamei Finn, que estava conversando com uma mulher que, segundo ele, se chamava Rosalie. Percebi que ele ficou meio balançado depois disso. Entramos no carro e voltamos á casa da Cake. Foi quando recebi uma ligação, era do hospital. Meu coração gelou na hora, e com as mãos suadas atendi o celular:

– A-alo?

– Boa tarde, eu gostaria de falar com Fionna Mertens, ela está? – Dizia uma mulher com voz séria

– É a própria

– Então Fionna, aqui é do hospital St. Jude, eu liguei pra falar sobre o seu pai

– Eu já esperava – Me sentei no sofá – Pode falar

– É uma notícia importante, a Srta. há que comparecer aqui pessoalmente

– Sim, sobre o que é?

– Não me informaram, eu sou só a atendente – Ela disse – Pediram pra eu passar o recado, você poderia vir?

– Claro, to indo agora

– O Hospital St. Jude agradece – Ela encerrou a chamada

– O que foi, Fi? – Marshall olhou pra mim – Você parece nervosa, quem era?

– Era do hospital, notícias do meu pai – Eu respondi – Cake, você pode me levar de carro até o hospital?

– Não gosto nem um pouco desse clima fúnebre, muito menos de hospitais, você sabe que eu só vou quando é realmente necessário – Ela respondeu se esparramando no sofá de canto – Além do mais eu estou quebrada, mais cansada impossível.

– Clima fúnebre? Vira essa boca pra lá garota! – Eu franzi o cenho – Marcy, você pode me levar de moto?

– Eu já estava de saída mesmo, nem sei porque eu entrei – Ela olhou de canto pra Cake

– Também não faço ideia – Cake disse sem nem olhar pra ela

– Vem logo Fi, sinto cheiro de rancor – Ela rangeu os dentes – Só tem um pequeno detalhe: eu só trouxe um capacete.

– Não tem problema, eu só preciso que me levem.

Ela concordou com a cabeça e eu fechei a porta a atrás de mim apressada, sem ao menos me despedir. Desci a escadaria e subi na moto, Marcy me deu seu capacete e cortamos caminho pela zona esquecida do subúrbio, pra escapar da fiscalização e logo chegamos ao hospital.

– Tchau Fi – Ela pegou o capacete e deu partida na moto – Se cuida

– Valeu – Eu me despedi e entrei o hospital rapidamente – Espero que não seja uma má notícia – Eu disse comigo mesma, me odiando por me preocupar tanto assim com ele, a pesar de já ter o perdoado.

Logo que cheguei, me apresentei na portaria e a moça da recepção me indicou a sala do Doutor Carter (pelo menos era isso que estava escrito). Eu conhecia aquela sala, era a mesma da última vez em que eu vim aqui, e foi esse mesmo doutor que anunciou o problema clínico do meu pai. Ele pediu pra eu sentar, e assim o fiz.

O clima era tenso e o nervosismo predominava, ele ficou em silêncio e depois de um tempo abriu o jogo. Porque os médicos sempre fazer isso? Criam esse silêncio mortal pra me deixar mais angustiada do que eu já estou? É pra me deixar aflita, é isso? Porque se for, está dando certo.


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Notas finais do capítulo

Morre logo, véio ruim! >:( Pqp, esse fidi capiroto é fods msm >
Enfim, o que acharam do cap, seus lindos? Quero reviews! hu3'
Um beijo da Tia Vamp e até domingo! ʕ•ᴥ•ʔ



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