Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 34
Sorry Everybody


Notas iniciais do capítulo

Ansiosos pra saber o que acontece com o Mertens? ಠ⌣ಠ hu3



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POV Cake

Fionna era a mais nervosa ali daquela sala, o Dr. tentava dizer o que ele tinha com as melhores palavras pra evitar que a Fionna surtasse ou sei lá, porque ela estava quase arrancando os cabelos ali (Isso se ainda tivesse forças pra isso) Ela se sentou e Marshall pôs a mão em seu ombro quando o medico concluiu seu breve discurso:

– Seu pai está com câncer nos rins, em estágio quase terminal.

Fionna sutilmente abriu a boca pra dizer algo, mas dela não saia nenhum som, apenas ar, acho que ela estava prestes a chorar ou sei lá, sabe lá o que se passava pela cabeça da coitada.

– Ah, vai chorar? – Finn cruzou os braços – Já era de se esperar, não é nada que ele não mereça.

– CALA A BOCA SEU IMBECIL! – Fionna berrou deixando as lágrimas escorrerem – SAI DAQUI!

– Só falei a verdade

– Mano, é melhor você sair – Marshall abriu a porta

– Foi mal Fionna, a verdade dói né?

– Sai... daqui... agora! – Sua voz estava trêmula

– Tá, to saindo – Ele revirou os olhos e fechou a porta.

Ficamos ali por um tempo em silêncio, quando o doutor disse

– Ele precisa de um transplante com urgência, por isso eu chamei vocês. Nesses casos o sangue tem que ser compatível com o dele: “O” negativo.

– Eu sou A positivo - Marshall falou

– Também sou – Jake disse

– AB negativo, e você fi? – Eu perguntei

– B positivo, que droga!

– Vocês sabem de algum parente que tenha o mesmo tipo saguínio, tipo a mãe de vocês?

– Não, ela é B positivo também.

– Então nesse caso a única alterativa é aguardar por um doador compatível, o problema é que cada organismo reage de um jeito, não se sabe quanto tempo o Sr. Mertens ainda têm de vida.

– Não tem mais ninguém além dos parentes que possam doar? – Fionna perguntou com olhos cheios d’agua.

– Bem, sim, mas ele é o último na fila de espera

– Mas é uma emergência! - Eu retruquei

– Os que estão na frente dele estão mais emergentes ainda - Ele respondeu

– Não há nada que o senhor possa fazer? - Fionna perguntou

– Infelizmente, não – Ele se levantou – Bom, era só isso, qualquer coisa eu entro em contato com vocês.

– Então vai ser assim? Meu pai tá morrendo e você vem me dizer que não pode fazer nada? – Fionna disse.

– Desculpe, é única saída é esperar a vez dele na fila de transplantes. Se vocês conseguirem um parente com o mesmo raro tipo sanguíneo do seu pai, ótimo.

Ele fechou a porta, nos deixando novamente sozinhos do consultório.

– E agora? – Jake questionou

– É, vocês ouviram o médico, o jeito é esperar, não tem ninguém aqui com “O” negativo – Eu peguei minha bolsa – Vamos?

– Vem fi – Marshall pegou sua mão – Vocês ainda vão no quarto dele hoje?

– Fazer o quê lá? Sofrer mais? – Fionna disse

– Sei lá, dar as notícias – Ele respondeu

– Ele têm razão, nosso pai precisa saber – Eu abri a porta.

Mal podia acreditar no que está acontecendo, foi tudo muito repentino. Com o resto de forças que ainda tínhamos fomos até o quarto dele a batemos na porta, sem resposta, então resolvemos entrar mesmo assim.

– O que estão fazendo aqui? – Ele resmungou baixo – Vieram rir da minha desgraça, não é?

– Não pai, nunca - Fionna ajoelhou-se ao seu lado enxugando as lágrimas – Como o senhor tá?

– Você não está vendo? Cadê sua mãe hein?

– Ela não veio – Cake respondeu – Nós somos os únicos que ainda nos importamos com você.

– Como sempre.

– Ela nunca veio aqui te ver?

– Não, mas já era de se esperar daquela perua.

– Desculpa pai, por eu não poder te doar meu rim, seu tipo sanguíneo não é o mesmo que o meu.

– Tudo bem, você sempre foi uma inútil mesmo, não é novidade.

– Argh, eu não vou ficar aqui escutando isso – Marshall abriu a porta – Desculpa fi, mas o Finn tem razão. Esse velho idiota merece morrer mesmo.

– Não, espera! – Meu pai estendeu a mão – Espera garoto, eu... preciso falar algumas coisas pra vocês, eu-eu quero que todos estejam aqui.

– O que você quer?

– Tá bom, tá certo, eu reconheço que estou na merda mesmo, eu sei que eu vou morrer.

– Ah, jura? – Ele se virou

– Não é fácil aceitar, mas agora eu vejo que todo o dinheiro que eu tenho não pôde comprar minha saúde, nem minha felicidade. Olha só pra mim, quase morrendo em uma cama de hospital, infeliz e com um coração de pedra e ainda assim não deixo meu orgulho de lado.

– Pena que você só reconhece isso agora, coroa – Marshall disse ainda da porta – Só percebe que errou quando tá quase morrendo.

– Antes tarde do que nunca - Cake falou – Continue, pai.

– Pai? – Ele deu um sorriso – Á quanto tempo você não me chama assim, não é? Eu lembro quando eu peguei em sua mão e te ensinei a andar. Agora você corre solta no mundo e não precisa mais de mim, faz suas próprias escolhas.

– Porque o senhor tá dizendo isso agora? – Eu perguntei

– Porque hoje eu vejo que não tem mais saída pra mim, e antes de eu ir embora eu queria tentar consertar algumas coisas, se vocês me permitirem.

– Ah, fala logo que eu não to com saco pra ficar escutando sermão de velho arrogante.

– Tem razão, eu fui um arrogante a minha vida toda, e só no fim dela eu pude perceber.

– Só quando você vê que tá morrendo tu vem pedir desculpas! – Marshall exclamou

– Olha garoto, é difícil pra mim, você podia ao menos respeitar.

– Eu dou respeito pra quem faz por onde. Você não merece nem o ar que respira.

– Eu sei que não, mas escuta: Eu sei que eu fui um idiota por te julgar sem nem te conhecer, mas quem tem que gostar de você é a Fionna e não eu. Eu sei que eu vou morrer logo, então eu só quero que você cuide dela quando eu não estiver mais aqui e dê a ela tudo o que eu não fui capaz de dar, certo?

– Tá firmeza, coroa – Ele respondeu – Pena que você só nos deu sua bênção agora né, quando já é tarde.

– Fionna... – Ele apertou os olhos e levou a mão ao abdome - ... filha, eu não mereço o seu amor e você sabe disso, mas mesmo assim você nunca me deixou na mão, mesmo eu dando todos os motivos do mundo pra isso. Eu sei que fui responsável por grande parte do seu sofrimento e o quando você já chorou por minha culpa, eu só peço que você perdoe seu velho pai agora, só assim eu vou poder ir em paz

– Tá bom, pai – Ela disse chorando – Eu te perdoo, eu te amo – Ela se debruçou sobre ele.

– Cake, minha filha: eu sei que você não gosta que eu te chame assim, você tem todos os motivos pra isso. A Fionna sempre foi mais manteiga derretida que você em tudo e me surpreende o fato de estar escorrendo um negócio transparente dos seus olhos – Ele riu – O que são isso? Lágrimas? Eu pensei que você não tivesse!

– Deixa de ser idiota, velho babaca – Eu enxuguei-as do meu rosto.

– Por mais que você relute, eu sei que você me ama, esse é o seu mal. Eu não vou pedir pra você me perdoar porque sei que isso nunca vai acontecer, eu só quero dizer que eu te amo também, e apoio suas escolhas. Eu quero que você seja feliz com essa tal de Marceline, tá? Por mais que eu não concorde e ache isso estranho, o amor não define sexo.

– Foi isso que eu tentei enfiar nessa sua cabeça dura todo esse tempo – Eu disse.

– Jake, eu sei que eu sou um cretino, mas eu posso te pedir um último favor?

– Tsc, fala ai

– Você pode chamar o Finn, por favor?

– Eu já estou aqui, seu imbecil – Finn falou da porta – O que você quer? Não espera que eu te perdoe também né?

– Não, não espero. Eu me coloco em seu lugar, eu não mereço seu perdão.

– Ainda bem que você sabe.

– Eu não sei nem o que te falar, só queria ver seu rosto mais uma vez... é igual a mim quando era mais jovem

– Éeer não, eu sou muito diferente de você, palhaço.

– Mas por fora é igualzinho, eu só peço que você não me odeie

– Impossível.

– Você me odiaria menos se eu lhe dissesse aonde sua mãe está?

– Talvez.

– Ligue neste número – Ele entregou um papel dobrado em sua mão

– Ok, você não é tão cretino assim, talvez eu apareça no seu enterro.

– Finn! – Fionna exclamou

– É isso mesmo, Fionna – O dito cujo respondeu – Não vem com essa não.

– Eu entendo seu ódio – Mertens continuou – Eu sei que é tarde, mas eu só queria dizer que hoje eu te reconheço como filho, eu espero que você não me odeie. Você é um Mertens agora.

– Não, não sou – Ele disse – Você realmente espera que dizendo meia-dúzia de palavras vai me compensar por tudo o que me fez passar e te considerar como pai? Coisa que você nunca foi pra mim?

– Não, tem razão. Eu só quero dizer que sinto muito.

– Tá, já disse.

– Eu espero que você seja feliz em sua vida, que saia desse mundo do crime e não carregue ódio em seu coração. Eu carreguei ódio em mim e olha só onde eu estou agora.

– Tá, tá bom. Mas eu ainda não gosto de você.

– Sim, eu sei que não.

– Tá, dá pra gente ir embora agora? – Ele disse impaciente.

– Uh sim, vamos gente? – Eu me recompus

– Vamos – Marshall se levantou – Vem fi

– Tchau pai – Ela beijou sua testa – Eu venho aqui te ver amanhã, tá bom?

– Isso se eu ainda estiver vivo amanhã – Ele tossiu – Você pode chamar a enfermeira?

Deixamos a enfermeira na sala e nos retiramos em seguida, entramos no carro e fomos em direção ao apart. da Cake

– Quem diria que o velho Mertens iria virar uma boa pessoa hein – Marshall comentou

– Não acho que ele tenha virado boa pessoa, só se arrependeu de seus atos – Jake disse.

– Pelo menos isso – Fionna falou

– Pensei que ele não tinha um coração lá dentro, quem diria – Eu disse – E aí Finn, isso mudou sua imagem dele?

– Talvez, um pouco – Ele falou sem tirar os olhos do papel – Sua casa tem um telefone fixo, Cake?

– Sim, porque? – Eu respondi

– Não vejo a hora de falar com minha mãe...

A viagem foi curta e rápida, logo chegamos em casa e fomos recebidos pela Bonnie

– Olá – Ela sorriu toda princesinha

– Eai/Oi/Tsc/Hey/O-oi – Nós a saudamos

– Quem é o loirinho?

– Meu nome é Fi...

– É meu irmão – Fionna se atravessou – Tira o olho, xô, sai.

– Quê? Como assim?

– Não vem se fingir de sonsa não, meu dia já foi uma bosta e eu to me segurando pra não dar na tua cara.

– Do que essa doida tá falando? – Ela olhou do pro Marshall

– Você sabe muito bem do que eu to falando, se liga porque hoje eu não to boa!

– Mas o quê? – Ela ficou lá no corredor com cara de pamonha, assim como todos nós quando Fionna entrou no apartamento e bateu a porta em seguida.

– Sinto um leve cheiro de ciúmes – Marshall comentou

– Eu realmente não sei o que deu nela – Bonnie disse – Hey Finn, vê se você consegue controlar sua irmã, já que nem o namorado dela tá dando conta.

– Éer, pois é – Finn coçou a nuca meio sem jeito.

– Tchau pessoal, fala que eu mandei um beijo pra coelhinha nervosa – Bonnie se despediu e deu as costas.

– O que deu na Fionna? – Finn perguntou assim que ela saiu.

– Ciúmes, não é meio óbvio? – Marshall respondeu

– Ciúmes com razão né, mocinho? – Eu disse

– Como assim? – Ele questionou com a cara mais lavada do mundo

– Eu ouvi a conversa de vocês ontem, viu? Precisamos conversar.

– Putz, sabia que você não estava dormindo! Porque não abriu a porta quando eu chamei?

– Eu fiquei sem reação, não importa agora. Quero você na cozinha assim que todo mundo dormir, to precisando soltar o verbo em cima de você.

– Lá vem – Ele revirou os olhos – Você sabe que a culpa não foi minha, o que eu podia fazer?

– Eu aposto que você deu brecha

– Uhhun, eu ainda to aqui – Finn disse

– Eu também – Jake falou – Estamos boiando no assunto, é melhor a gente sair?

– Ah, sim – Eu respondi quando notei que eles ainda estavam ali parados – Vai lá com a Fi, mostra a casa pro Finn.

– Ok – Eles dois se retiraram

– Não pense que eu esqueci hein, moço?

– Porra Cake! Eu já disse que eu não pude fazer nada! Que culpa eu tenho se aquela doida já veio me beijando do nada?

– Me sinto mal em ter que esconder isso da fi...

– Ahh não! “cê” não vai falar pra ela né?

– Sei de nada, sei de nada! – Eu dei as costas

– Ah não Cake, vem cá! – Ele me puxou pelo braço – Você tem que PRO-ME-TER que não vai abrir a boca! Por Favor!

– Ai que droga, mano!

– Que droga digo eu! Eu já vacilei com ela uma vez, mais um erro e ela não me perdoa nunca mais!

– E minha culpa, como fica?

– Promete que não falar nada pra ela!

– Afff

– Pelo amor Cake, me promete! A Fionna não pode saber disso! - Ele suplicou

– Não posso saber de quê? – Fionna questionou com os braços cruzados.


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Notas finais do capítulo

Vish Maria, nossa senhora --' Abençoe e receba a alma do Marshall, porque hoje esse garoto morre huehuehue
O que acharam do cap? Vocês acham que o pedido de perdão do Mertens é sincero? O que vocês fariam no lugar deles? Sugestões ou críticas? Comente! (e todas essas coisas que eu sempre peço p vcs hu3)
Até domingo, vlw flw