Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 30
Back To The Hospital


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys!
Depois de um breve surto da Cake, voltemos nosso foco de volta pra Fionna. O que vocês esperam que aconteça com o Mertens? Esse capítulo pode decidir algumas coisas.
Bom, chega de spoilers e vamos pra história.



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POV Fionna

Confesso que foi difícil ver Cake partir, mas não havia nada o que eu possa fazer a não ser aceitar e tentar continuar sem ela aqui. Me conforta o fato de saber que ela está melhor agora. Quem vê pensa que ela morreu, né? Não, apenas se mudou. Talvez eu esteja sendo um pouco dramática, mas já sinto falta dela no quarto ao lado, pra me acudir sempre que eu precisar.

Me deitei e me cobri, amanhã a visitarei e passarei o dia inteiro com ela, e assim será todos os dias por um mês até que eu possa sair daqui. Só entrarei nesta casa pra dormir. Isso é estranho, é a primeira vez que eu durmo sem ela aqui.

– Aonde você vai, posso saber? – Meu pai perguntou a me ver descendo as escadas no dia seguinte.

– Vou na casa do Marshall, ver a Cake – Eu respondi sem nem olhar pra ele

– E por que você acha que eu vou deixar você ir? – Ele cruzou os braços.

– O que você vai me fazer, me bater?

– Não, mas eu sou seu pai e você tem que respeitar minha autoridade nessa casa, se quiser morar nela.

– Eu não quero morar aqui, sou obrigada. Vou embora assim que puder.

– Eu não vou te emancipar, já vou avisando.

– Não estou pedindo pra você fazer nada por mim.

– Ótimo, se é assim então vá. Mas não reclame depois.

– O que você quer dizer com isso?

– Vai. Não é liberdade que você quer?

Não disse mais nada, apenas abri a porta e saí. Fui de ônibus até o subúrbio, desci na avenida principal e entrei na viela. Quem atendeu foi o vampirinho

– Fi! – Ele me abraçou – Que milagre você não foi pra escola?

– Você também não foi, mocinho.

– Eu sou eu – Ele me beijou – Você não tem que seguir meu mau exemplo.

– Só hoje – Eu ri já entrando – Cadê a Cake?

– Deve estar dormindo – Ele falou em tom baixo – Com a Marcy.

– Cara, não... – Eu ri baixo também – Eu sabia!

– Também não acreditei quando ela disse.

– Eu estou ouvindo os dois – Cake disse entrando na sala, já arrumada – Vocês sussurram gritando.

– Aonde você vai toda arrumada? – Marshall perguntou, não que fosse da conta dele.

– Vou dar uma olhada nos imóveis – Ela falou pegando sua bolsa – Ou você acha que eu vou ficar aqui pra sempre?

– Não vai comer nada?

– Não, prefiro comer fora – Ela o respondeu meio que se despedindo – Você vem, Fi?

– Ah, sim – Mal entrei e já sai – Tchau, marsh - Eu beijei sua bochecha.

– Vem aqui mais tarde, pra a gente conversar. Quero saber direito essa história daquele nóia da Andrew’s Street

– O nome dele é Finn – Eu o corrigi

– Que seja, você vem?

– Uh, claro – Eu consenti – Eu volto junto com a Cake, ela vai dormir aqui hoje também né?

– Se depender de mim, não – Cake disse já dentro do carro, prestes á buzinar – Não leve á mal cunhadinho, mas eu quero minha própria casa.

– Firmeza, tá certa – Ele concordou.

– Vambora, Fionna! É pra hoje – Ela me apressou

– Te vejo mais tarde – Lhe dei um selinho e entrei no carro.

Rodamos toda Bromley procurando imóveis, ela se interessou por algumas casas próprias já decoradas, daquelas que é só trazer suas coisas e morar. Aquilo era um bom negócio pra Cake, que era um desastre em decoração (literalmente) e um poço de paciência (ironicamente).

Porém com as centenas de opções, ela achou preferível pagar aluguel até conseguir dinheiro o suficiente para comprar uma das casas fodonas que ela adorou na parte nobre de Coney Hall, que ficava perto do trabalho e da faculdade dela e ainda era acessível a parte menos civilizada, ou meu querido subúrbio, como eu gosto de chamar.

Procuramos algo que ela gostasse em St. Mary Cray, St. Paul's Cray e Sundridge Park, mas por fim ela achou uma menor, porém confortável e com um preço acessível em West Wickham. Decidiu que ali é que ela ia morar a partir de agora.

Era um apartamento simples, sala pequena, lavabo, cozinha britânica e 1 quarto. Ela fez toda a burocracia lá, assinou as coisas com o dono da casa e ele disse que ela já pode começar a residir amanhã e trazer os móveis (que móveis?) e tudo que for dela.

Depois da casa passamos no centro da cidade, pra dar uma olhada nas coisas com que ela iria mobiliar o apart. e por fim, quando já era fim de tarde voltamos de carro pra casa do Marshall, quem atendeu foi a Harvey.

– Voltaram cedo – Ela dizia enquanto abria a porta – E ai? Conseguiram achar alguma coisa?

– Sim, um apartamento na West – Cake respondeu tirando as botas – Já posso morar amanhã mesmo.

– Ah, que ótimo. Está cada vez mais difícil conseguir um lugar

– Ainda mais com preço acessível – Eu comentei

– Cadê a Marcy? – Cake perguntou

– Saiu com Marshall, mais logo eles já devem estar voltando – Ela disse indo pra cozinha, nos deixando na sala. Nos sentamos no sofá

– Posso ligar a tv? – Cake perguntou

– Fiquem á vontade, vocês são de casa – Ela respondeu da cozinha.

Marshall e Marcy chegaram depois de uns minutos com umas caixas de Dunkin Donuts para o café (que saudável)

– Pensei que vocês iam demorar mais – Marceline disse enquanto tentava equilibrar as caixas com os copos de Starbucks e trancar a porta ao mesmo tempo

– Você vai derrubar meu café – Marshall observou com as mãos no bolso, inútil.

– Se você me ajudasse eu não ia me importar.

– Nah, valeu – Ele se sentou ao meu lado e passou o braço pelo meu ombro, me dando um beijo – Conseguiram achar um lugar?

– Um apartamento na West – Eu respondi

– Pff, lá só tem gente esnobe.

– Bom, agora não tem mais – Cake rebateu – Me mudo pra lá amanhã mesmo.

– Vai precisar de ajuda? – Marcy perguntou quando finalmente conseguiu trancar a porta e colocar os copos e caixas na mesa

– Sim ou claro? – Cake se levantou e seu um beijo na bochecha da Marcy – Esse de baunilha é meu? – Ela disse já pegando – Obrigada, também te amo.

– Era meu né, mas tá – Marcy pegou o café.

– Ei! Essa era meu! – Marshall disse se levantando

– Era, agora é meu – Marceline desviou e sentou onde ele estava – O lugar também era seu

– Folgada – Ele resmungou – Fi, morango ou chá verde?

– O que você acha?

– Sei lá do que você gosta

– Chá verde, né?

– Só porque eu queria – Ele fez bico e me entregou

– Ow, que dózinha do vampirinho – Eu o puxei pro sofá – Vai chorar?

– Bobona – Ele me beijou

– Olha, não é querendo cortar a viadagem, mas seu pai tá te ligando – Cake me entregou o celular dela.

– Ele também é seu pai

– Era né meu amor, era.

– Fala, Mertens – Eu o atendi.

– Isso é jeito de falar com seu pai, garota?

– O que você quer?

– Eu quero que você venha pra casa

– Hah, e por que você acha que eu vou?

– É sério filha, eu não to bem.

– Duur! Agora você precisa de mim?

– Por favor Fionna, vem pra casa.

– Cadê minha mãe? Porque ela não cuida de você?

– Ela ainda não voltou

– Porra, não é possível velho.

– Ela está no salão, dá pra você pelo amor de Deus vir pra casa?

– Eu devia te deixar ai passando mal, na boa

– Você não é tão cruel assim.

– Tem razão. É uma qualidade que eu não tenho.

– Vem rápido, por favor.

– Tá, já to indo – Eu desliguei – Ai Marcy, tem como você me levar voando de moto até lá em casa?

– Ah, dorme aqui po, o que você vai fazer lá?

– Meu pai tá passando mal.

– Devia deixar morrer – Cake resmungou

– Não diga isso, Cake. Um dia você pode sentir falta do seu pai – Marshall disse

– Cara, seu pai era um homem bom, o meu é um carrasco que só faz peso na terra. É diferente – Cake respondeu

– Enfim, dá pra me levar? – Eu disse

– Tá, mas só tenho um capacete.

– Tanto faz, só me leva.

Ela me levou até lá, eu desci da moto e me despedi.

– Valeu Marcy, só tu mesmo.

– Que nada, você vai voltar lá hoje?

– Provavelmente não.

– Então tá, vai pra casa da Cake depois da escola?

– Vou, você vai estar lá né?

– Claro, leve o Marshall junto. Preciso de um homem pra carregar peso por mim.

– Você sabe que ele não vai fazer nada né?

– Ai dele se não fizer – Ela pôs o capacete – Falou então, até amanhã.

– Até – Toquei o interfone, o portão destrancou.

Fechei o portão, atravessei o enorme jardim e entrei em casa. Meu pai estava sentado em sua poltrona, mais branco do que nunca, com as mãos pressionando o abdome.

– Fionna, me ajuda, por favor.

Sem pensar corri até ele

– Você tá legal?

– Lógico, eu estou ótimo, não está vendo? – Até morrendo esse cara não deixa o sarcasmo.

– O que aconteceu? – Eu perguntei ainda preocupada com aquele imbecil

– Meu abdome começou a doer do nada, eu não sei o que está acontecendo – Ele respondeu com voz de dor, apertando os olhos – Tá doendo muito, faça alguma coisa!

– O que eu tenho que fazer?

– Sei lá, eu tenho cara de médico?

– Calma pai, eu vou ligar pra ambulância

– Isso, seja útil.

– Continua acordado, falando comigo – Eu pedi

– Não, acho que eu vou tirar uma soneca COM ESSA DOR DO CARALHO!

– Qual é o número da ambulância?

– Você é burra, minha filha?

– Eu juro que to te tentando ajudar.

– Argh, 999! Sei lá, digita qualquer coisa, só não fica me olhando com essa cara de pamonha.

Eu liguei e uma mulher atendeu

– Oi moça, tem como você mandar uma ambulância pelo amor de Deus pra casa dos Mertens? N° 1.512, meu pai tá morrendo aqui!

Eu respondi todas as perguntas inúteis que eles fazem como “ele está desacordado?” “a vítima está consciente?” Porra, se ele está inconsciente é obvio que ele está descordado! Só manda a porcaria da ambulância logo!

Eles demoraram uns 2 minutos e o levaram de maca, já que ele não estava conseguindo andar (na verdade ele só não queria). Quando chegamos lá me mandaram ficar na sala de espera. De novo a maldita sala de espera, odeio hospitais, só me trazem más lembranças.

Liguei pra Cake de uma cabine telefônica, já que meu pai ainda não me devolveu o celular.

– Fi! – Ela me atendeu? – O pai já melhorou?

– Pensei que ele não era mais seu pai.

– Tanto faz, ele tá legal?

– Não, piorou. Eu estou no hospital agora. Tem como você vir aqui ou sei lá?

– O que eu vou fazer ai?

– Não sei, ficar comigo, talvez? Ele também é seu pai, por mais que você não queira.

– Já disse que ele não é meu pai, é só meu genitor e não tenho orgulho disso.

– Tá, tá! Vai vir aqui?

– Ufff – Ela suspirou – Tá bem, mas vou por você, não por ele.

– Certo, o marsh vem contigo? Ou a marcy?

– O que eles vão fazer ai, me responde?

– Ai não sei, só to perguntando! – Eu disse agoniada

– Não é boa ideia, você sabe como o pai não ia gostar, além do mais eles dois também iriam detestar

– ia nada! – Marshall gritou do outro lado da linha.

– Eles não estão a fim – Cake disse.

– “tamo” sim! – Marcy respondeu

– Vou só eu e pronto!

– Tá, então vem logo – Desliguei e fiquei esperando por sua chegada.


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Notas finais do capítulo

Tomara que morra, uma praga dessas --'
O que acharam do capítulo? Comentem para incentivar o autor e todas essas coisas que vocês já sabem ;P
Beijos e até sábado, seus lindos ;*



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