Show Me Love escrita por noOne
Notas iniciais do capítulo
Vou agradecer aqui rapidinho á gatona da Aloha Duda por recomendar a fic e á Gênia da LuVas por dar uma idéia super criativa para a história, que vocês vão ver futuramente. Voltando á história:
O último capítulo foi tenso, mas será que o Marshall vai mesmo morrer? Ou só vai voltar ao coma? Ou será que uma certa heroína (você sabe quem) vai salvar o dia? hue
Leiam! Leiam! :3
POV Fionna
Existe coisa pior do que dormir chorando? Sim, ver seu namorado na beira de um píer prestes á pular. Calma, vou voltar do começo.
Depois da briga com meu pai, ele saiu de casa batendo a porta e eu subi as escadas, me trancando em meu quarto e chorando até dormir, nessa noite eu tive um pesadelo.
Sonhei em preto e branco, eu estava em uma sala cheia de gente, algumas sentadas conversando, outras encostadas na parede, todo mundo estava muito tranquilo, menos eu, eu estava confusa. Eu perguntava para as pessoas o que estava acontecendo, o que eu estava fazendo ali mas ninguém me respondia.
Quando vi um velho maltrapilho sentado no chão, comendo algumas migalhas. Eu perguntei pra ele se ele sabia o que eu estava fazendo ali.
– Você está morta minha filha, todos nós estamos – Ele respondeu com voz tuberculosa.
– O que? Não! Eu estou viva, o que o senhor está falando?
– É isso mesmo minha filha, procure seu nome no livro!
– Que livro?
– O livro, minha filha! Procure no livro! – Ele disse me entregando um livro grande e pesado, com as mãos trêmulas.
Eu abri na última página e não achei meu nome, mas achei o de Marshall escrito em vermelho. Perguntei a ele o que aquele nome estava fazendo ali, e porque estava em vermelho.
– Os que estão em vermelho não vão subir.
– Como assim?
– Quem se suicida não sobe, eles descem!
– Mas o que? Não, não pode ser, deve ser um engano.
– Não, não é engano. Marshall Lee Abadeer, ás 14:53 de hoje. Não é isso que você está procurando?
– Não pode ser! Não! – Eu comecei a chorar ali no chão – Isso é impossível!
– Nada é impossível, jovem inocente – Ele se levantou – Mas veja, ainda não são 14:53. Ainda há tempo!
– O que?
– O tempo não para, pequena. É bom você se apressar.
– Do que você tá falando?
– O tempo não para, o mundo não volta atrás. O que foi feito não pode ser desfeito, a lágrima cai, em um segundo seu amor está aqui e no outro sua vida se vai - Ele me encarou dramaticamente - Rápido!
Acordei assustada e suando, não consegui pegar no sono depois. Eram 10:20 da manhã e eu senti que eu tinha algo muito importante pra fazer hoje, que a vida de Marshall estava em jogo e eu podia reverter isso. Pulei da cama, tomei banho e não comi nada do café, saí voando da minha casa e fui até a de Marshall. Perguntei por ele, mas Marceline disse que ele tinha ido á delegacia com a Harvey. Chegando lá, eles já haviam ido em bora. Meu pai tinha pegado meu celular, então o jeito foi usar uma cabine telefônica. O celular de Marshall estava desligado, droga! Liguei pra Harvey e ela disse que ele não estava com ela, que ele tinha ido dar uma volta na praia, desliguei sem nem me despedir direito e peguei o primeiro ônibus que passasse por lá.
O problema é que aquela praia era enorme, aonde caralhos eu ia encontrar aquele garoto? Cheguei ao ponto de perguntar pra várias pessoas se elas tinham visto ele por ai, o descrevendo. Nenhuma sabia, como era de se esperar. Eu já estava exausta de caminhar e quase desistindo, saber que já eram 14:50 me dava um aperto no coração. Talvez aquele sonho não quisesse dizer nada. Mas eu não podia arriscar.
Foi quando eu vi uma silhueta sentada no píer, a figura era bem parecida com Marshall. Aparentava ter um vinte anos mais ou menos, usava uma camiseta comprida xadrez vermelha, jeans azul escuro e cabelo preto bagunçado. Não tinha como não ser.
Conforme eu ia me aproximando sua imagem ia ficando clara e evidente, agora eu tinha certeza que era ele, estranhei o fato dele estar fumando, ele falava sozinho e levava a mão á cabeça como se dissesse “calem a boca”, discutindo consigo mesmo. A cada tragada ele perecia mais depressivo. Foi quando ele se levantou, apagou o cigarro e disse:
– Desculpa mãe, hoje eu não volto pra casa, vou encontrar com meu pai.
Ele se aproximou da borda, meu relógio de pulso marcou 14:53 quando eu gritei:
– Marshall! – Ele se virou surpreso
– Fi? O que você está fazendo aqui? Va-vai em bora! – Ele disse agora de costas pro mar, dando passos pra trás.
– Eu estou te impedindo de fazer a maior burrada da sua vida!
– Que vida, Fionna? – Ele sorriu – Eu to cansado dessa merda, eu vou em bora!
– Marshall, para com isso, pelo amor de Deus!
– Eu te amo, você sabe disso né?
– Eu também te amo, para com isso! Não dê mais nem um passo!
– Fala pra minha mãe que eu a amo e diga á Marcy que eu sinto muito
– Marshall, para com isso, por favor! – Eu suplicava quase chorando.
– Desculpa, eu tenho que ir – Ele se virou ficando de frente por mar de novo – Tá na minha hora.
Não importa o que eu dissesse, nada ia o fazer mudar de ideia (e que ideia hein). Então, sem pensar duas vezes, eu o peguei pelo braço e o puxei até mim, o beijando.
Enquanto seus olhos estavam fechados, em fração de segundos pressionei e flexionei sua jugular (aquela veia grande do pescoço) com meus dedos polegar e indicador, fazendo parar de ir sangue pro seu cérebro, apagando-o em seguida. (Nota do autor: Não apaguem seus abiguinhos, queridos leitores, isso é perigoso).
Aprendi a fazer isso uma vez quando era criança, o que me serviu muito bem em algumas ocasiões e veio calhar mais uma vez. Agora ele estava ali, desmaiado em meus braços, quase cedendo pelo seu peso. O arrastei até longe do píer, com as pessoas me olhando feio, eu sei que não é normal sair por aí arrastando pessoas desmaiadas, mas o que eu podia fazer?
Cheguei em uma cabine telefônica e disquei o número da Cake, que por um milagre estava de folga
– Cake?
– Quem fala?
– É a Fionna, to precisando de você aqui.
– Aonde você tá?
– Na praia, Blackpool Sands, tem como vir me buscar?
– South Devon?
– Sim
– Como você foi parar aí?
– É uma longa história. E ai, tem como?
– Aff! Não tem como você vir sozinha?
– Não! Arrastar um corpo desmaiado por 8 quilômetros é difícil.
– O QUE?
– É uma longa história, já disse.
– Não dá pra você esperar não?
– Tá de brincadeira né? O que você está fazendo de tão importante?
– É uma longa história – Ela riu, eu escutei um barulho de algo quebrando no chão do outro lado da linha
– Quem tá ai? – Eu perguntei
– Ah, ninguém!
– Quem tá ai Cake? Eu sei que você não tá sozinha.
– É só a Marceline mano, deixa de ser chata.
– Aonde você tá?
– To na casa do Marshall.
– hã? Como assim?
– Cadê ele, falando nisso? – Ela desconversou
– Cake, se você está me escondendo alguma coisa é melhor falar logo, você sabe que descubro.
– Com o tempo você descobre por si mesma então
– Que? Não to entendendo mais nada.
– Eu to indo te buscar – Ela riu
– Tá, eu no banco em frente ao píer.
– Certo, deixa eu só vestir minha calça.
– O quê?
– Já to indo – Ela riu - Beijos.
– Vem logo – Desliguei o telefone.
Fiquei esperando por ela por uns 15 minutos, ainda tentando raciocinar as coisas, cheguei á uma conclusão não muito lógica, porém possível. Marshall já estava começando a retomar a consciência quando Cake chegou de carro. Marceline estava no banco da frente junto com ela.
– Mas que porra é essa? – Marcy perguntou surpresa ao ver seu irmão desmaiado.
Contei a história toda pra elas duas durante a viagem, pra minha surpresa Marcy não estava tão surpreendida quanto Cake.
– Ele já teve essas crises antes, não é a primeira vez que isso acontece.
– Como assim? – Eu perguntei confusa
– Ele têm tendência á isso, desde que algumas coisas ocorreram na nossa antiga casa ele tem depressão, ás vezes dá umas recaídas.
– Agora você vai ter que contar isso direito – Cake exigiu, estacionando o carro em frente á casa – Chegamos.
POV Marceline
Descemos do carro e entramos rapidamente em casa, começou a chover. Fiz chá mate quente e servi em grandes canecas para as duas, pois estava frio e deitei Marshall em sua cama, ainda meio desnorteado.
– Marcy? – Ele me olhou confuso – mas... eu tava no píer e...
– Xiiu – Eu pus a mão em sua testa – Descanse.
– mas...
– “mas” nada! Descanse.
Ele encostou a cabeça no travesseiro e eu o cobri, fechando a porta em seguida.
– Agora você vai contar essa história direito? – Fionna cobrou soprando o chá
– É tão estranho... – Eu comentei – ... o fato de ele não ter te contado antes
– Fala logo, Marceline! – Cake disse impaciente.
– Tudo bem – Eu me sentei e bebi um gole do meu chá – Já está na hora de contar isso á alguém.
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E o mistério que vocês tanto esperavam está chegando ao fim huehue mas vou deixar vocês na ansiedade até quinta 3:)
Não vou mais nem pedir nada, porque eu sei que vocês já sabem, então...
Não percam o próximo capítulo, beijos e abraços :3
(Ps: vocês notaram um leve indício de Cakeline? :v huehue)