Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 26
The Nightmare


Notas iniciais do capítulo

Vou agradecer aqui rapidinho á gatona da Aloha Duda por recomendar a fic e á Gênia da LuVas por dar uma idéia super criativa para a história, que vocês vão ver futuramente. Voltando á história:
O último capítulo foi tenso, mas será que o Marshall vai mesmo morrer? Ou só vai voltar ao coma? Ou será que uma certa heroína (você sabe quem) vai salvar o dia? hue
Leiam! Leiam! :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475772/chapter/26

POV Fionna

Existe coisa pior do que dormir chorando? Sim, ver seu namorado na beira de um píer prestes á pular. Calma, vou voltar do começo.

Depois da briga com meu pai, ele saiu de casa batendo a porta e eu subi as escadas, me trancando em meu quarto e chorando até dormir, nessa noite eu tive um pesadelo.

Sonhei em preto e branco, eu estava em uma sala cheia de gente, algumas sentadas conversando, outras encostadas na parede, todo mundo estava muito tranquilo, menos eu, eu estava confusa. Eu perguntava para as pessoas o que estava acontecendo, o que eu estava fazendo ali mas ninguém me respondia.

Quando vi um velho maltrapilho sentado no chão, comendo algumas migalhas. Eu perguntei pra ele se ele sabia o que eu estava fazendo ali.

– Você está morta minha filha, todos nós estamos – Ele respondeu com voz tuberculosa.

– O que? Não! Eu estou viva, o que o senhor está falando?

– É isso mesmo minha filha, procure seu nome no livro!

– Que livro?

– O livro, minha filha! Procure no livro! – Ele disse me entregando um livro grande e pesado, com as mãos trêmulas.

Eu abri na última página e não achei meu nome, mas achei o de Marshall escrito em vermelho. Perguntei a ele o que aquele nome estava fazendo ali, e porque estava em vermelho.

– Os que estão em vermelho não vão subir.

– Como assim?

– Quem se suicida não sobe, eles descem!

– Mas o que? Não, não pode ser, deve ser um engano.

– Não, não é engano. Marshall Lee Abadeer, ás 14:53 de hoje. Não é isso que você está procurando?

– Não pode ser! Não! – Eu comecei a chorar ali no chão – Isso é impossível!

– Nada é impossível, jovem inocente – Ele se levantou – Mas veja, ainda não são 14:53. Ainda há tempo!

– O que?

– O tempo não para, pequena. É bom você se apressar.

– Do que você tá falando?

– O tempo não para, o mundo não volta atrás. O que foi feito não pode ser desfeito, a lágrima cai, em um segundo seu amor está aqui e no outro sua vida se vai - Ele me encarou dramaticamente - Rápido!

Acordei assustada e suando, não consegui pegar no sono depois. Eram 10:20 da manhã e eu senti que eu tinha algo muito importante pra fazer hoje, que a vida de Marshall estava em jogo e eu podia reverter isso. Pulei da cama, tomei banho e não comi nada do café, saí voando da minha casa e fui até a de Marshall. Perguntei por ele, mas Marceline disse que ele tinha ido á delegacia com a Harvey. Chegando lá, eles já haviam ido em bora. Meu pai tinha pegado meu celular, então o jeito foi usar uma cabine telefônica. O celular de Marshall estava desligado, droga! Liguei pra Harvey e ela disse que ele não estava com ela, que ele tinha ido dar uma volta na praia, desliguei sem nem me despedir direito e peguei o primeiro ônibus que passasse por lá.

O problema é que aquela praia era enorme, aonde caralhos eu ia encontrar aquele garoto? Cheguei ao ponto de perguntar pra várias pessoas se elas tinham visto ele por ai, o descrevendo. Nenhuma sabia, como era de se esperar. Eu já estava exausta de caminhar e quase desistindo, saber que já eram 14:50 me dava um aperto no coração. Talvez aquele sonho não quisesse dizer nada. Mas eu não podia arriscar.

Foi quando eu vi uma silhueta sentada no píer, a figura era bem parecida com Marshall. Aparentava ter um vinte anos mais ou menos, usava uma camiseta comprida xadrez vermelha, jeans azul escuro e cabelo preto bagunçado. Não tinha como não ser.

Conforme eu ia me aproximando sua imagem ia ficando clara e evidente, agora eu tinha certeza que era ele, estranhei o fato dele estar fumando, ele falava sozinho e levava a mão á cabeça como se dissesse “calem a boca”, discutindo consigo mesmo. A cada tragada ele perecia mais depressivo. Foi quando ele se levantou, apagou o cigarro e disse:

– Desculpa mãe, hoje eu não volto pra casa, vou encontrar com meu pai.

Ele se aproximou da borda, meu relógio de pulso marcou 14:53 quando eu gritei:

– Marshall! – Ele se virou surpreso

– Fi? O que você está fazendo aqui? Va-vai em bora! – Ele disse agora de costas pro mar, dando passos pra trás.

– Eu estou te impedindo de fazer a maior burrada da sua vida!

– Que vida, Fionna? – Ele sorriu – Eu to cansado dessa merda, eu vou em bora!

– Marshall, para com isso, pelo amor de Deus!

– Eu te amo, você sabe disso né?

– Eu também te amo, para com isso! Não dê mais nem um passo!

– Fala pra minha mãe que eu a amo e diga á Marcy que eu sinto muito

– Marshall, para com isso, por favor! – Eu suplicava quase chorando.

– Desculpa, eu tenho que ir – Ele se virou ficando de frente por mar de novo – Tá na minha hora.

Não importa o que eu dissesse, nada ia o fazer mudar de ideia (e que ideia hein). Então, sem pensar duas vezes, eu o peguei pelo braço e o puxei até mim, o beijando.

Enquanto seus olhos estavam fechados, em fração de segundos pressionei e flexionei sua jugular (aquela veia grande do pescoço) com meus dedos polegar e indicador, fazendo parar de ir sangue pro seu cérebro, apagando-o em seguida. (Nota do autor: Não apaguem seus abiguinhos, queridos leitores, isso é perigoso).

Aprendi a fazer isso uma vez quando era criança, o que me serviu muito bem em algumas ocasiões e veio calhar mais uma vez. Agora ele estava ali, desmaiado em meus braços, quase cedendo pelo seu peso. O arrastei até longe do píer, com as pessoas me olhando feio, eu sei que não é normal sair por aí arrastando pessoas desmaiadas, mas o que eu podia fazer?

Cheguei em uma cabine telefônica e disquei o número da Cake, que por um milagre estava de folga

– Cake?

– Quem fala?

– É a Fionna, to precisando de você aqui.

– Aonde você tá?

– Na praia, Blackpool Sands, tem como vir me buscar?

– South Devon?

– Sim

– Como você foi parar aí?

– É uma longa história. E ai, tem como?

– Aff! Não tem como você vir sozinha?

– Não! Arrastar um corpo desmaiado por 8 quilômetros é difícil.

– O QUE?

– É uma longa história, já disse.

– Não dá pra você esperar não?

– Tá de brincadeira né? O que você está fazendo de tão importante?

– É uma longa história – Ela riu, eu escutei um barulho de algo quebrando no chão do outro lado da linha

– Quem tá ai? – Eu perguntei

– Ah, ninguém!

– Quem tá ai Cake? Eu sei que você não tá sozinha.

– É só a Marceline mano, deixa de ser chata.

– Aonde você tá?

– To na casa do Marshall.

– hã? Como assim?

– Cadê ele, falando nisso? – Ela desconversou

– Cake, se você está me escondendo alguma coisa é melhor falar logo, você sabe que descubro.

– Com o tempo você descobre por si mesma então

– Que? Não to entendendo mais nada.

– Eu to indo te buscar – Ela riu

– Tá, eu no banco em frente ao píer.

– Certo, deixa eu só vestir minha calça.

– O quê?

– Já to indo – Ela riu - Beijos.

– Vem logo – Desliguei o telefone.

Fiquei esperando por ela por uns 15 minutos, ainda tentando raciocinar as coisas, cheguei á uma conclusão não muito lógica, porém possível. Marshall já estava começando a retomar a consciência quando Cake chegou de carro. Marceline estava no banco da frente junto com ela.

– Mas que porra é essa? – Marcy perguntou surpresa ao ver seu irmão desmaiado.

Contei a história toda pra elas duas durante a viagem, pra minha surpresa Marcy não estava tão surpreendida quanto Cake.

– Ele já teve essas crises antes, não é a primeira vez que isso acontece.

– Como assim? – Eu perguntei confusa

– Ele têm tendência á isso, desde que algumas coisas ocorreram na nossa antiga casa ele tem depressão, ás vezes dá umas recaídas.

– Agora você vai ter que contar isso direito – Cake exigiu, estacionando o carro em frente á casa – Chegamos.

POV Marceline

Descemos do carro e entramos rapidamente em casa, começou a chover. Fiz chá mate quente e servi em grandes canecas para as duas, pois estava frio e deitei Marshall em sua cama, ainda meio desnorteado.

– Marcy? – Ele me olhou confuso – mas... eu tava no píer e...

– Xiiu – Eu pus a mão em sua testa – Descanse.

– mas...

– “mas” nada! Descanse.

Ele encostou a cabeça no travesseiro e eu o cobri, fechando a porta em seguida.

– Agora você vai contar essa história direito? – Fionna cobrou soprando o chá

– É tão estranho... – Eu comentei – ... o fato de ele não ter te contado antes

– Fala logo, Marceline! – Cake disse impaciente.

– Tudo bem – Eu me sentei e bebi um gole do meu chá – Já está na hora de contar isso á alguém.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E o mistério que vocês tanto esperavam está chegando ao fim huehue mas vou deixar vocês na ansiedade até quinta 3:)
Não vou mais nem pedir nada, porque eu sei que vocês já sabem, então...
Não percam o próximo capítulo, beijos e abraços :3
(Ps: vocês notaram um leve indício de Cakeline? :v huehue)