Show Me Love escrita por noOne


Capítulo 19
Drunk in Love


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei com capítulo novo ;D Desculpe pela demora, estou em semana de provas, fim de bimestre, sabe como é.
Será que o vampirinho vasilão vai arrumar briga com o pobre do Jake? Hu3 Vi que alguns leitores shippam Jake+Fionna e outros não, então gostaria de deixar claro que a fic é Fiolee, somente. Sem mais delongas, peguem a pipoca porque a treta vai começar!



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POV Marshall

Fionna estava demorando a voltar, então eu decidi ir atrás dela, perguntei por ela na secretaria e a moça disse que ela não estava se sentindo bem e voltou pra casa, por mais que eu pedisse pra mulher me deixar sair ela não deixava, é lógico. Então, resolvi pular o muro: Seria rápido, durante o intervalo eu ia atrás dela e depois voltava, ela não devia estar tão longe afinal.

Com toda cautela fui sorrateiramente para os fundos da quadra, onde não havia ninguém esse horário, subi na árvore, pisei no alto do muro e pulei pro outro lado, só quero ver como vai ser pra eu voltar, mas dane-se.

Ela já tinha saído faz um tempo, mas não devia estar muito longe, fui andando pelas redondezas do colégio e vi pela entrada de vidro de um bar Fionna sentada em um banco alto, junto com um cara. Ele era ruivo e um pouco mais baixo que eu, ela estava chorando e se abraçando com ele, quando percebi uma estranha aproximação entre os dois. Não me aguentei, gritei seu nome e atravessei a rua, entrando no bar.

– Fionna! – Eu disse bem alto, ela se virou assustada

– M-marshall? – Ela disse se afastando dos braços do carinha – O que você tá fazendo aqui?

– Eu fugi. E o que você está fazendo aqui? Ainda por cima abraçada com esse... ser?

– Olha bem como você fala comigo hein, sei bem qual é o seu tipo. Você acha que pode brincar com o coração da menina desse jeito e ainda vir cobrar satisfação dela?

– E quem é você pra me dizer o que fazer? Não se mete que o papo é meu e dela

– Quem eu sou? – Ele disse arqueando a sobrancelha – Eu sou o que você não foi, um ombro amigo pra ela, você tem ideia do que essa garota sofreu por você, vacilão?

– Bem, parece ter já se recuperado – Eu respondi me virando pra ela – Você não perde tempo mesmo hein moça, só uma briguinha besta já é o suficiente pra você me trocar, não é?

– Eu não te troquei, seu idiota! – Ela exclamou – Jake é só meu amigo, ele tem namorada e filhos, tá igual o Gumball agora? Com ciúmes doente?

– Como você ousa me comparar com aquele verme? Eu não sou igual á ele e você sabe disso! – Eu fiquei realmente muito irritado com o que ela disse, minha veia do pescoço estava até saltada já

– Faz um favor pra mim? Some da minha vida, falou?

– Agora é assim? Diz que me ama e agora me trata que nem lixo? Como se eu fosse o Gumball?

– É bem isso que você está parecendo ser – Jake disse se metendo de novo

– Cala a boca, mano, que não quero estourar sua cara! Vai trabalhar, vai, você não sabe nem do que você está falando.

– Sei muito bem sim, e posso dizer que você está sendo um completo idiota e que a Fionna merece algo melhor que você – Ele disse dando dedadas no meu peito

– Eu não sou touchscreen não, maluco, tira o dedo de mim

– Quem é que vai me obrigar, você? – Ele me encarou – Moleque!

Eu não me aguentei e parti pra cima dele no balcão, quebrei uns copos de vidro sem querer e fiz um corte em minha mão, o derrubei no chão e dei uns dois murros nele, mas fui interrompido por Fionna, que me puxou pra trás. Ele, por sua vez, aproveitou meu desequilíbrio e retribuiu o murro em mim

– Parem com isso agora! – Fionna berrou – Vai embora daqui Marshall, some da minha frente!

– Ta certo, Fionna, tá certinha, olha bem o que você está fazendo. Olha onde isso chegou, só por causa de uma brincadeira, eu já pedi desculpas, você quer mais o que? Que eu me ajoelhe?

– Some daqui Marshall, acabou – Ela disse pegando minha mochila do chão e me entregando – Some da minha vida e me esquece.

Isso eu posso dizer que dói mais do que qualquer chute na costela, murro na cara ou um tiro. Ver a pessoa que você ama, que você deveria cuidar agindo dessa forma com você. Eu sei que eu estou errado, que eu fui um imbecil e um crianção, que eu vacilei com ela, mas apesar de tudo eu ainda a amava, e essa era minha ruína. Respirei fundo e não disse mais nenhuma palavra, sai chutando os cacos de vidro do chão do bar e batendo a porta atrás de mim, eu estava sem rumo, perdido e confuso. Como tudo isso pode chegar a esse ponto?

Não importa, agora tudo estava acabado e não ia voltar de jeito nenhum pra escola, não nesse estado em que eu me encontrava, naquele momento eu só queria esquecer de tudo e de todos. Voltei faz 1 dia e já quero tirar férias dessa vida, e deletar tudo da minha mente. Entrei em outro bar, agora no subúrbio. Esse não era limpinho e bonito como o outro, tinha uns nóia estranhos lá e uns caras dormindo no chão, acho que eu era a única pessoa limpa que não fedia á cachaça ali.

– Bom dia – Eu disse de cabeça baixa, um pouco receoso até

– O que você quer, garoto? – O atendente me respondeu com grosseria – Você não deveria estar na escola?

– Eu-eu...

– Eu eu o que? – Ele disse se aproximando – Isso aqui não é lugar pra você.

– Eu sou maior de idade

– Cadê seu documento? – Ele disse duvidando, entreguei a ele, ele olhou bem pra mim e me encarou por um tempo – Então, o que vai ser?

– O mais forte que você tiver – Eu disse firmemente – Só quero esquecer de tudo, fugir desse mundo.

– Mulher? – Ele perguntou como se já soubesse da resposta.

– Não. – Eu respondi – Uma criança, praticamente.

– Você não é muito novo pra estar assim não? – Ele disse secando um copo – Deveria estar na escola e não em um bar cheio de marmanjo se embebedando por causa de mulher.

– Você é meu pai ou o atendente?

Ele me olhou tão feio que eu fiquei até com medo. Ele já era feio em si, parecia um ogro, me encarando desse jeito então... me arrependi do que disse.

– Tá com a língua muito afiada pro meu gosto, garoto. Fica pianinho que tu sai vivo – Ele colocou um copo no balcão – Eu vou te dar um whisky, Ballantine’s, e só um pouco. Será que você aguenta?

Eu revirei os olhos como se dissesse “lógico”, então ele pôs um pouco no fundo do copo. O peguei, levei até minha boca e dei um gole. Mas que coisa amarga! Pelo amor de glob, como alguém consegue gostar disso?

– Forte demais pra você, menino? – Ele riu da minha expressão – Você nunca pôs uma gota de whisky na boca, né?

Ignorei seu comentário infeliz e dei mais um gole, com os olhos fechados (como se isso fosse amenizar o gosto horrível) Eu tentava não fazer careta mas era quase impossível, eu só queria ficar grogue logo. Acabei, bati o copo no balcão.

– Mais outro – Eu disse já meio variado, não era acostumado a beber.

– Não é assim que se bebe whisky, rapaz – Ele disse pegando meu copo – Vá com calma.

– Me dá mais outro – Eu aumentei a voz, levando a mão na testa pra ver se melhorava.

– Você que sabe – Ele disse pondo mais uma dose no meu copo – não me responsabilizo – Ele virou as costas.

Bebi mais outra, e mais outra, quando vi já estava bem zonzo, decidi que era a hora de parar. Eu já tinha que ter parado a muito tempo, é melhor eu ir pra casa. Chegando lá, Marceline estava falando ao telefone, mas desligou na cara de sei lá quem fosse que ela estava conversando e foi em minha direção.

– Marshall, porque você não está na escola?

– Não enche o saco, Marceline – Eu disse desviando dela

– Olha só pra você, todo zoado, tombando pelos cantos! E que cheiro de bebida é esse? – Ela disse me barrando – Hein?

– Cala a boca mano, eu estou com dor de cabeça! Para de gritar, eu não sou surdo.

– Foda-se a sua dor de cabeça, eu quero saber onde você estava.

– Não te interessa, tu não é minha mãe.

– Ah agora é assim?

– É, some, vai – Eu disse a empurrando pro lado, eu estava vendo duas Marcelines.

POV Marceline

“some vai”, “some vai”? Com quem essa girafa albina pensa que está falando?

– Como é que é? – Eu disse puta – Você pensa que você ta falando com quem? Tu chega assim desse jeito e ainda acha que tem razão? Volta aqui, Marshall! – Eu disse o seguindo – Você tá me escutando?

Ele fez um gesto tipo “fala com a minha mão”, peguei um cabo de vassoura e comecei da dar nele

– Isso-é-pra-você-apren-der-a-falar-direi-to-co-mi-go! – Eu disse separando por sílabas cada cabada nas costas dele.

Tá, eu sei eu não deveria fazer isso, afinal, ele não é mais nenhuma criança, e mesmo que fosse, eu estaria errada. Também porque ele acabou de voltar do hospital, mas ele também não deveria matar aula pra beber, eu estou certa e dane-se. Eu sei que doeu, mas ele simplesmente ignorou e foi pro seu quarto, batendo a porta atrás dele, fechando na minha cara. Trancou.

– Marshall, abre isso, seu infeliz! – Eu disse batendo na porta – Abre se não eu arrombo essa merda!

– Me deixa em paz, garota! – Ele gritou de lá dentro, quebrando tudo lá.

– Se você quer destruir seu quarto o problema é seu, mas você vai ter que me explicar essa história ouviu?

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH FIONNAAAA SUA INFELIZ! OLHA O QUE VOCÊ FEZ COMIGO! – Ele berrou de lá de dentro, chorando – PORRAAAAAAAAAAAAA

– O que aconteceu, menino? – Eu disse do lado de fora

– VAI EMBORA! – Ele parou de quebrar tudo – Me deixa em paz. – Ele abaixou a voz, mas continuou chorando.

– Quando você terminar seu chilique nós vamos conversar, ta ouvindo? – Eu disse séria – E tome um banho gelado.

Sentei no sofá e depois de um tempo em silêncio ele destrancou a porta do quarto e foi ao banheiro tomar banho. Depois saiu do banheiro e voltou pro quarto, sem dizer uma palavra. Reparei que ele estava com um corte na mão, mas parecia o ignorar, estava bêbado demais pra perceber alguma coisa, esbarrou em tudo.

Aquilo era muito estranho, ele não era de beber, nem de me responder. Depois que viemos pra cá, tanta coisa aconteceu. Brigas, hospital, bebidas, teve até uma vez (antes dele ir parar no hospital) que chegou com um cheiro de cigarro. Talvez se mudar pra cá não tenha sido uma boa ideia, talvez nem estaríamos aqui se aquilo não tivesse acontecido naquela noite terrível em nossa antiga casa. Aquilo eu podia chamar de lar. Eu sentia muita falta do meu pai, e Marshall mais ainda.

– Tá tudo errado, pai.- Eu disse olhando pro nada - Desde que você foi embora, tudo ficou muito mais difícil. Precisamos de você aqui.

O telefone tocou, era Fionna

– Hey Marcy

– Eai Fi, preciso falar com você

– Eu também, o Marshall tá ai?

– Sim, ele chegou faz um tempo todo zoado, o que aconteceu? Pode dizendo.

– Ah, é uma longa história

– Estou esperando

– Tudo bem, não dá pra falar por telefone, tem como você vir aqui?

– Você tá aonde?

– Em casa.

– Eu? Na casa dos Mertens? Claro que não né, vem aqui você, porque eu preciso esclarecer muita coisa.

– Ir ai? Não sei não... o Marshall tá aí né..

– Não vai me dizer que vocês...

– Sim, nós terminamos. – Ela ficou em silêncio – Eu to indo pra ai, tchau.

– Tá, venha logo – Desliguei e voltei a olhar pro nada, ainda tentando entender o que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

Gent --' esse menino vai ter uma overdose qualquer hora.
O que acharam? Gostaram? Odiaram? Amaram? Heuhehue Conte-me! Comente! Fale que eu te escuto, querido leitor, não seja um fantasma ;p
Terça tem capítulo novo, falows? Beijos!