Como fui me apaixonar? escrita por Caterina Capistrano


Capítulo 2
Cap. 2 - Voltando as Origens


Notas iniciais do capítulo

Capítulo forte, muitas emoções, discussões, espero que vocês gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/475707/chapter/2

Severo

Há coisas que acontecem que não se tem como explicar, Alvo provavelmente diria que não passava de coincidência, mas nunca acreditei nisso, mas convenhamos que não é sempre que você sai para comprar alguns ingredientes e encontra uma Granger quase desfalecida, confesso que tive vontade de deixá-la ali que outra pessoa a ajudasse, porem ir ajudar me daria muito para incomodá-la, então calmamente andei ate ela quando cheguei ao seu lado pronto para soltar algum comentário notei que ela estava com uma expressão desolada, então antes que aquela grifinoriazinha irritante caísse eu a peguei, e claro que mesmo assim não poderia perder a oportunidade.

– Ora, ora se não é a sabe-tudo.

Quando terminei de falar ela apagou de vez, ótimo agora eu estava no meio do Beco Diagonal com uma Granger desmaiada, primeiro chamei um elfo e mandei que ele levasse a bagagem dela para Hogwarts, em seguida pensei em acordá-la com um feitiço, mas seria infinitamente mais prazeroso chegar com ela em meus braços, só de imaginar a cara que Minerva faria ao ver me com um de seus filhotinhos, iria fazer me ganhar o dia.

Então ajeitando as minhas compras nos bolsos das vestes e a Granger no colo aparatei em frente aos portões de Hogwarts, no meio do caminho encontrei com Hagrid que veio desesperado até mim.

– Meu Merlin professor o que ouve com – ele parou no meio da frase ao notar que a pessoa que estava em meus braços era a Granger.

– Eu a encontrei passando mal no Beco Diagonal agora se me dá licença vou levá-la para a ala hospitalar e comunicar Minerva.

E sem esperar por uma resposta segui meu caminho me regozijando por dentro ao ver uma Minerva aflita, andando de um lado para outro em frente às portas da entrada principal, quando ela me viu veio correndo me lançando um olhar feroz.

– O que você fez com ela Severo, vamos me diga o que você fez com minha menina?

– A única coisa que eu fiz foi ajudá-la Minerva.

– Então o que ouve com ela?

– E eu é que vou saber, a encontrei assim no Beco.

Antes que fosse feito ou falado algo a Granger se mexeu e acordou, então eu simplesmente a soltei.

– Ai! – ela falou quando atingiu o chão, então quando ela olhou para cima e me viu – tinha de ser você, sempre educado não Snape.

– Claro Srtª Granger, eu sou um verdadeiro gentleman.

– Se você é um gentleman eu sou a Lady Di.

– A uma pequena diferença entre vocês duas que eu posso resolver.

– E qual seria essa diferença?

– Ela esta morta, você prefere o jeito bruxo ou trouxa?

– Ora seu grosso, quem você pensa que é para falar comigo assim, eu lhe salvei.

– Não me lembro de ter pedido que fizesse isso sua insuportável sabe-tudo.

– Ora seu, seu...

– Sem palavras Granger, esse é um momento único, o dia em que a Srtª Hermione Granger ficou sem respostas.

– Eu não fiquei sem palavras Severo, simplesmente não as quero gastar com você.

– Partimos para as respostas ensaiadas, esperava mais de você Granger.

– Você quer uma resposta melhor, então vai ter, você não passa de um egoísta, mesquinho e mal-amado, cuja única mulher que amou sempre amou outra pessoa, sempre foi de outro, teve um filho com outro, aceite o fato Lilian Potter jamais lhe amou Snape.

Nesse momento eu não pensei apenas agi, saquei minha varinha e encostei na garganta dela.

– Dobre sua língua para falar da Lilian, se não eu faço você se arrepender Granger.

Ela se afastou um passo e puxou a varinha também.

– Você não tem o direito de me ameaçar, se não aguenta a verdade não peça para ouvi-la.

– Chega vocês dois parecem adolescentes, Severo obrigada por trazer Hermione em segurança, agora você Hermione pode me acompanhar vou lhe mostrar seus aposentos – Minerva praticamente ordenou.

Hermione

Sem dizer mais nenhuma palavra segui Minerva pelo castelo, caminhos tão conhecidos e com tantas lembranças, dias de risos fáceis, de momentos simples, problemas fáceis de resolver, foi apesar de tudo uma época mais tranquila onde apesar dos horrores da guerra ainda mantínhamos um pouco de inocência, uma certa fé na bondade das pessoas, sentimentos e crenças que hoje eu considero a mais pura tolice, bobagem de criança.

– Hermione, Hermione você está bem? – Minerva perguntou aflita.

– Estou só estava meio longe pensando, me lembrando da época que vivi aqui.

– Nunca entendi porque você foi embora e não manteve contato com ninguém, se isolou se afastou de nós.

Reparei que havíamos chegado aos meus aposentos então me virei para Minerva e falei sabendo que estava sendo grosseira.

– Olha Minerva eu tenho muita consideração por você, mas o que fiz e o que deixo de fazer da minha vida não é da sua conta, agora se me der licença vou me retirar estou muito cansada.

Então sem esperar uma resposta entrei no meu quarto e me joguei na cama, adormeci de roupa e tudo, foi uma noite longa e assombrada por lembranças dolorosas. Acordei toda suada, chorando e abraçando meu ventre tentando proteger algo que já não existia mais, passei quase um ano tendo que tomar poções para dormir, não iria aguentar passar por isso novamente.

Quando finalmente levantei estava exausta fui até o banheiro e tomei um bom banho, depois segui até o Salão Principal para fazer o desjejum, infelizmente meu lugar era ao lado do Snape.

– Nossa Granger você está horrível.

– Pelo menos eu só estou horrível hoje, você é horrível sempre.

– Bom se eu fosse você tentava melhorar essa cara, seus amiguinhos vão ficar preocupados.

Ao olhar para frente vi Harry, Gina, Fred, Luna e Neville vindo sorridentes em minha direção.

– Merda, como eles descobriram tão rápido que eu voltei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!