Como Se Tornar Uma Bad Girl escrita por Dangerous


Capítulo 6
Como ser uma Ruiva-Lunática-Ninja


Notas iniciais do capítulo

Sério isso?
81 leitores e 9 reviews? Cara... Eu nem deveria estar postando esse cap até porque nele tem os marotos lindaums e gostosaums e vocês não merecem, e eu falo sério quando digo que ele vai ser o último se não tiver pelo menos 15 reviews. Eu nem brigaria se fosse poucos leitores, mas 81 é um grande número pro inicio da fic e pra ter NOVE reviews, né. Isso é falta de applause na cara ¬¬
NYAH POR FAVOR NÃO COMA MINHAS NOTAS SEU BUGADO
E, antes que falem algo, James não sabia que era a Lily, até porque ele olhou pra ela uma vez, ela voou nele, ela fez os óculos dele voarem pra longe (e ele só enxerga tudo borrado dai) e na diretoria ele estava com os óculos quebrados.



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As seis e ponto ouvi batidinhas irritantes na minha janela, como se estivessem jogando pedras. Tentei aumentar o volume da música mas já estava no volume máximo, por que esse fone estupido era tão ruim? Argh, que droga! Poderiam ter me comprado aqueles headphones super potentes que te deixavam surda.

Tec Tec.

O barulho irritante continuava.

Tec tec.

Respire fundo, você não vai abrir a janela e jogar a televisão em cima do ser que está jogando pedras na sua janela! Com a minha sorte não era nenhum príncipe encantado bonitão montado em um cavalo branco.

Tec tec tec.

Joguei os fones longes quase fazendo meu celular voar junto e levantei da cama bruscamente, abri a janela e algo atingiu minha testa.

Gritei de dor e dei dois passos para trás massageando a testa, senti algo molhado em meus dedos e choraminguei. Sangue não, sangue não!

Sim, a pessoa que mais fazia as pessoas sangrarem tinha pavor dele.

Limpei os dedos na calça sem nem mesmo olhar e voltei para a janela.

— QUE DIABOS? - gritei indignada. - POR QUE. VOCÊ. JOGOU. UM. TIJOLO. NA. MINHA. TESTA?

— Era para ter acertado a janela, mas você abriu bem na hora. - Jessica deu de ombros.

— Que lindo, minhas únicas duas opções eram levar tijolada ou ter minha janela quebrada, maravilhoso. - sorri sarcástica.

— Talvez você devesse ter limpado a cera dos ouvidos e ter ido até a janela mais cedo. - novamente ela deu de ombros.

Já estava começando a querer mandar era para a casa do caramba sem nem mesmo ouvir o plano.

— Vai descer ou não? - ela bufou.

Pensei por alguns segundos se deveria jogar o tijolo nela e manda-la para o inferno ou descer e ouvir o suposto plano dela. Suspirei derrotada, eu realmente precisava de ajuda com Amos, Marlene e Dorcas não ajudavam muito com isso.

— Yeah, já vou. - falei saindo da janela.

— Onde vai? - ela perguntou alto.

— Descer horas. - falei como se fosse a coisa mais obvia do mundo, e realmente era.

— É para vir pela janela.

— Por que?

— Porque seus pais não podem saber que eu estou aqui. - ela revirou os olhos.

— Como se eles não tivessem escutado a minha gritaria.

— Devem estar acostumados, estou certa?

— Como você quer que eu desça?

— Se joga!

— HAHA, se joga você do Empire State.

— Desce por essa árvore. - ela disse ignorando meu comentário.

Subi no parapeito da janela e tentei alcançar um galho da árvore com uma das minhas pernas enquanto agarrava freneticamente a janela. O único problema era que eu tinha um metro e meio e minhas pernas eram pequenas, eu teria que pular até o galho, o que poderia resultar em eu me esborrachando no gramado.

Fechei os olhos e contei até três, pulei dando um gritinho fino e agudo e agarrei a árvore quando pousei no galho e me desequilibrei

Estiquei meus pés até o galho mais próximo e desci, estava me pendurando nos galhos que nem uma macaca retardada, mas o resto estava tudo bem.

O último galho não era baixo o suficiente, e eu teria que pular. Antes que eu pudesse pular, um bicho surgido do inferno pulou na minha cabeça, ele também era conhecido como Jubileu, o gato obeso QUE EU NÃO SABIA QUE ESCALAVA ÁRVORES! Comecei a gritar e… Cai.

Cai de cara na grama com Jubileu pendurado nos meus cabelos, os deixando parecidos com um ninho de passarinhos ruivo.

O gato desgraçado desgrudou as unhas do meu couro cabeludo e saiu andando até o esconderijo do inferno dele. Gato endemoniado! Levantei cuspindo grama e tentando deixar meus cabelos o mais penteado possível.

Jessica estava roxa de tanto segurar a risada.

— Pode rir, você sabe que quer.

Ela explodiu, começou a rir tanto que seus olhos lacrimejaram e ela caiu no chão se debatendo, parecendo que estava sendo possuída.

Aguardei pacientemente até suas risadas cessarem. Ela enxugou as lagrimas e limpou as vestes.

Respirou fundo verificando se não teria outro ataque de risadas e olhou para mim seriamente.

— Vamos até um lugar. - e sorriu perversa.

Eu hein, a garota iria me levar para conhecer a gangue dela?

Se isso fosse um filme de terror eu ganharia o prêmio de burrice, nem loura eu era e segui Jessica pela rua escura do meu bairro.

Paramos na pracinha deserta e escura, estava ventando e os brinquedos estavam balançando sozinhos.

Jessica sentou em um balanço e indicou o outro para que eu sentasse, olhei para todos os lados para garantir que não tinha nem um capiroto por ali e sentei.

— É simples. - ela disse tão de repente e eu estava tão distraída procurando por algum monstro que acabei quase caindo do balanço.

— O quê? - tomei um susto.

— O plano. Amos está saindo com a oxigenada da Vance, certo? Isso é porque ela é mais bem vestida que você, mais bonita, tem mais peito, bunda… É popular… Já você, bate em todo mundo que diz algo que você não gosta, nos garotos que te elogiam e ainda é escandalosa. Ele estava certo em tudo que disse, sinto muito.

— ISSO NÃO É VERDADE! - gritei irritada fechando as mãos em punhos, ela me lançou um olhar de ‘eu disse’ - Você não… Você não está querendo me transformar em uma vadia, não é? Pelo amor de-

— Não, não, é melhor. Você será minha aprendiz de bad girl e Amos vai te querer de volta.

— Duas perguntinhas: Quem disse que eu quero ele de volta? E por que diabos ele iria preferir uma bad girl a uma vadia? - ergui as sobrancelhas.

— Você não precisa querer, só vai fazer ele te querer de volta, ele não vai ter e vai ficar arrependido. E, confie em mim, ele vai preferir uma bad girl a uma vaca quando eu terminar com você. Está dentro ou fora, Evans? - foi a vez dela de erguer as sobrancelhas. Por que ela ficava mais legal fazendo isso? Eu deveria praticar mais no espelho? Foco, Lily, foco. O marido da foca.

— Yeah, eu estou dentro. - seu sorriso foi maior que o que ela deu hoje na cantina quando eu aceitei ouvir seu plano.

X---X

Mamãe sorria enquanto colocava uma meleca esverdeada no prato de papai e Petúnia, por último colocou uma meleca em meu prato e se virou para limpar a frigideira. Cutuquei a meleca com meu garfo, o que diabos era aquilo?

Um alienígena deficiente que vive no esgoto?

Ela acabou de limpar a frigideira e sentou conosco comendo sua própria meleca.

— Não vão comer? - perguntou sorrindo.

— Ah… Sabe o que é… - comecei a dizer.

Ouvi uma buzina do lado de fora, graças a Deus! Salva pelo Gongo.

— Tchau, mãe tenho que ir, Lene está me esperando. Boa sorte Tuny e Papai. - sorri malignamente para eles e beijei o topo da cabeça da minha mãe.

— Coma algo a caminho da escola para não ficar com fome, querida. - ela disse me entregando dinheiro.

Petúnia poderia morrer ali mesmo na cadeira, essa invejosa. Teria que comer aquele alienígena sem reclamar e mamãe não lhe daria dinheiro pois já havia comido.

— Adios pessoas. - acenei sorrindo e corri para fora de casa.

Marlene estava socando a buzina quando eu entrei no carro.

— Achei que você tinha ficado entalada no vaso de novo.

— Cala a boca, já falei para nunca mais falar sobre isso. E eu estava fazendo uma experiência.

— Ver se podia dar descarga em si mesma não é experiência. - ela disse acelerando.

X---X

Eu estava tentando não desmaiar enquanto o professor falava sobre alguma coisa que ninguém entendia ou estava prestando atenção, fala sério. Ele falava calmamente e bem baixinho, aquilo dava sono.

Alguns alunos estavam dormindo, outros babando, outros quase dormindo e pessoas como eu que estavam tentando (e falhando, veja só) prestar atenção.

— AI CARAMBA ISSO TÁ TÃO CHATO QUE EU ACHO QUE VOU MORRER! - alguém gritou tão de repente naquela calmaria que todos que estavam dormindo acordaram assustados, um garoto até chegou a cair da cadeira.

Sirius Black havia gritado aquilo.

— Poxa, sor, o senhor morreu e esqueceram de enterrar? Cade a animação de viver? Parece até que injetaram o soro do sono e da chatisse no senhor.

O professor levantou os olhos calmos para Sirius. Parecia até que aquele velho andou fumando umas ervinhas da paz.

— Detenção depois da aula Sirius Black.

Black bufou e revirou os olhos.

— Você me deu sono e só disse duas palavras.

— Três. - falei baixinho, que retardado.

Potter e Jessica riram da piadinha escrota e retardada de Black.

— Detenção amanha também.

— Desculpe, o que o senhor disse? Eu peguei no sono quando você disse ‘D’.

— Detenção depois de amanha também, e se dirija para o corredor.

Black pegou suas coisas dando risadinhas e saiu da sala. O Potter transformou sua risada em tosse rapidamente quando o professor lançou um olhar mumificado para ele.

— Vamos continuar então.

Todos bufaram e se ajeitaram prontos para dormir.

X--X

— Ai meu Deus, eu não aguentava mais aquela aula. Eu ia acabar morrendo de overdose de chatisse. - Marlene resmungou jogando um monte de batatas em sua bandeja. - A única coisa animada que aconteceu foi o Black sendo retardado, mas isso ele é sempre.

Concordei com a cabeça e peguei uma caixinha de suco.

Eu e Lene seguimos para nossa mesa de sempre, que ficava no fundo. Normalmente os populares gostavam de sentar em mesas no fundo, mas nós gostávamos porque… Bem, ficava no fundo.

Dorcas estava lá com alguns papeis na mão, ela estava com os cabelos bagunçados, olheiras e as unhas ruidas até o sabugo.

— Peça nova?

— É. Eu estava tendo um problema para decorar, fiquei acordada a noite lendo a base de café. - finalmente notei os cinco copos de café a sua volta.

Dorcas estava mais agitada que o normal, isso não era bom, definitivamente não.

— Depois de tanto café eu comecei a ver a cor vermelha em todo lugar, mas ela já não era tão assustadora. - ela disse me olhando com seus grandes olhos azuis arregalados. Ela parecia uma lunática.

Comi minhas batatas, deixando a salada de lado. Eles não poderiam simplesmente fazer batatas de lanche, tinham que fazer salada também.

Que grande merda.

E nem eram batatas caseiras, que eram as melhores, eram aquelas que você compra congelada que tem um gosto engraçado.

Dorcas continuou os dois últimos períodos bebendo café e estressando os professores por estar tão agitada, enquanto eu tentava faze-la ficar no lugar. Mas, segundo ela, ela precisava caminhar se não o vermelho tomaria conta do mundo.

Eu fingia que entendia e mandava ela ficar quietinha.

Quando o sinal bateu eu tive que ficar na sala, enquanto Lene ia para seu treino de líderes de torcida, e Dorcas ia para seu ensaio.

O professor me levou até a tia Minnie, que já estava com quatro alunos para detenção e foi embora.

Ela mandou eu lavar o ginásio e não prestei atenção nos outros.

Ela supervisionou minha detenção por alguns minutos e depois foi embora, provavelmente para se pegar com o diretor.

E foi ai que alguém cutucou minhas costas e eu girei quase acertando o esfregão na cara da pessoa. Era Jessica.

— Ficou maluca, é? - perguntei colocando a mão no peito.

Ela me ignorou.

— Trouxe alguns amigos que vão me ajudar com o plano, para te conhecer. - quando ela disse isso Black, Lupin e… Potter entraram.

Fala sério, só podiam estar brincando comigo.

— Não, não. O que é isso?

— Bom, você precisa de um certo treinamento já que aparentemente não sabe interagir com garotos, então, eu estou recebendo ajuda dos meus queridos amigos marotos. - ela sorriu indicando os garotos.

Fiz cara de bunda para ela, eu não costumava fazer muito essa cara, eu não ficava muito bonita e doce, não.

— Não, nem pensar. - falei sacudindo a cabeça - Você não falou nada sobre três retardados me ajudarem, não era nem pra esses idiotas saberem de nada.

— Estava nas entrelinhas. - ela disse dando de ombros. Não estava mesmo.

— Vou enfiar uma entrelinha no seu-

— Tsc tsc, por isso Amos te deixou, idiota. - ela disse fazendo balançando o dedo indicador de um lado para o outro.

— Idiota é a sua-

— Viu só? – ela disse erguendo as sobrancelhas, argh, pare de fazer isso! – Você quer ajuda ou não? Os marotos estão inclusos no pacote, eu não sou um garoto para você treinar comigo.

— Ok. – falei me rendendo.

Ela sorriu.

— Meninos, essa é Lily. – finalmente olhei para a cara deles.

O Potter idiota sorriu galanteador (qual o problema desse garoto?) e estendeu a mão.

— Sou James Potter, também conhecido como Coisa Quente.

— Eu te conheço, retardado. – falei ignorando a mão dele, que ele deixou cair ao lado do corpo novamente mas sem parar de sorrir.

— Obviamente, todas conhecem.

— Não, idiota, eu te espanquei na aula de Educação Física. Qual seu problema?

— O QUE? FOI VOCÊ? VOCÊ É A EVANS LUNÁTICA-NINJA? VOCÊ NÃO ME CONTOU ISSO JESS.

— Uops. – ela sorriu inocentemente.

— Você tem problemas, ou o que? Como não me reconheceu, otário?

— Bom, você não é lá essas coisas para eu lembrar.

— Mas meu cabelo não é muito normal. – falei tentando ignorar o ‘não é lá essas coisas’.

— Quando você fez meus óculos voarem na China você se tornou um borrão laranja e antes disso era uma louca saltando em cima de mim, sinto muito se eu não consegui ver sua cara. – ele disse irritado.

— Eu sou Sirius Black, todas querem, todas amam. – Black disse interrompendo dando um sorriso colgate. Ah, por favor.

— Que ridículo, isso virou um comercial de desodorante? – perguntei.

— Sou Remus Lupin, não ligue para esses dois retardados. – o garoto de cabelo castanho claro disse sorrindo e estendendo a mão.

— Gostei de você. – falei enquanto apertava sua mão.

— Que injusto! – Black exclamou indignado.

— Sempre ele! – o Potter disse bufando.

— YEY, agora todos se conhecem e seremos grandes amigos por um belo tempo enquanto ajudamos esse ser aparentemente sem solução a se tornar uma garota má.

— Aparentemente sem solução? O médico vai dizer a mesma coisa depois que eu terminar com seu rosto.

— Teremos muito trabalho pela frente. – ela suspirou.


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