Aprendendo a Viver Juntos escrita por WaalPomps


Capítulo 5
Despedida de Solteiro


Notas iniciais do capítulo

Heeeello
Antes de mais nada quero deixar claro que: todas as situações desse capítulo foram inspiradas em coisas que eu presenciei ou que me contaram. Minha mente não é depravada a esse ponto HUAHUAHUAHUAHUA



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A semana passou depressa e cansativa, com Giane e Fabinho se esforçando para desfazer as malas após chegarem do trabalho. Os móveis chegaram na terça, e os amigos os ajudaram a colocá-los nos lugares.

No sábado, planejavam acordar cedo para desempacotar o que faltava da sala, mas nenhum dos dois tinha a menor força para isso. Ao contrário, só conseguiram acordar perto da hora do almoço, os corpos doloridos e cansados.

_ Me lembra de nunca mais me mudar. – pediu Giane, a voz abafada pelo peito do namorado.

_ Só se você arrumar outro cara, porque me recuso a sair dessa casa. – garantiu o publicitário, acariciando as costas de Giane – Pivete, proponho uma folga nesse final de semana. Não aguento mais tirar coisas de caixas.

_ Eu aceito, mas só porque eu preciso ajudar a sua irmã com as coisas do casamento. – a corintiana sentou, esfregando os olhos – Cê acredita que ela e o Maurício se casam amanhã?

_ Finalmente né? – o rapaz reclamou – Não gosto da minha irmã com aquele cara, sem estar casada.

_ Larga de hipocrisia Fabinho. – Giane levantou, irritada.

_ Hipocrisia nada. Cê sabe que, por mim, nós já estávamos casados há mais de ano. Mas você se recusa a casar. – ele levantou atrás dela – Fica com essa frescura de que casamento é coisa de mulherzinha.

_ Já falei que não vou usar vestidão e essas coisas. Se quiser casar, vamos ao cartório e assinamos os papéis. – ela avisou, virando-se para o namorado – Você sabe que o esquema é esse, e se você não quiser, nem terminamos de desfazer as malas.

_ Hey, calma aí Srta. TPM. – ele ergueu as mãos, em sinal de rendição – Não está mais aqui quem falou.

Giane bufou, dando as costas para o rapaz e indo para o banheiro. Fabinho a seguiu, se dirigindo para a privada, enquanto ela ia escovar os dentes.

_ Hoje tem despedida de solteiro do Maurício, lá no Cantaí. – avisou o publicitário.

_ Cara, já pedi para não falar comigo enquanto estiver mijando. É constrangedor. – Fabinho gargalhou alto, enquanto arrumava as calças e a abraçava – Ok, você está com a mão suja.

_ Eu adoro quando você fica envergonhada, sabia? Faz você ficar tão fofa. – ele beijou a ponta do nariz dela – Enfim, eu voltarei bem tarde, e provavelmente bêbado. Não me mate, está bem?

_ Não te matarei, porque voltarei junto de você. – ele arregalou os olhos – A Malu e o Maurício são um casal tão meloso, que decidiram fazer a despedida deles juntos, cada um em uma metade do Cantaí. Então pode esperar, que a festa vai ser animada.

~*~

_ Essa festa está tudo, menos animada. – Fabinho bufou, olhando ao redor.

Parecia um dia normal no Cantaí, com as pessoas sentadas nas cadeiras, música tocando. A diferença era que havia um rapaz com um óculo colorido e gigante, e uma moça usando um véu de noiva.

_ E o que você esperava cara? – perguntou Maurício.

_ Algumas strippers, muito álcool, a gente deixando você em uma situação constrangedora... – Fabinho começou a enumerar – Para mim, isso é uma despedida de solteiro.

_ Concordo com o são paulino aí, isso aqui tá “paradaçovéi, tá parecendo aniversário de vovôzão. – Lucindo concordou, batendo seu copo de cerveja – Vamos animar essa joça.

_ E o que vocês propõe? – perguntou Maurício.

_ Um joguinho de cartas... Diferente. – sorriu Fabinho, pegando o baralho – É o seguinte: cada um tira uma carta. Tirou às, escolhe uma pessoa para beber. O mesmo para dois, três, quatro e cinco. Seis, tem que revelar algum episódio constrangedor na cama, sete escolhe alguém para receber um desafio, oito precisa virar uma dose de tequila, nove perde uma peça de roupa. Dez, rei, valete e dama, a pessoa ao lado direito escolhe algum mico para pagar.

_ Não é assim que eu conheço esse jogo. – avisou Douglas.

_ Pois é, mas o normal é chato. Mudei as regras. – Fabinho deu de ombros – E aí, o que acham?

_ Para mim pode ser. – Maurício concordou, e todos assentiram – Eu tiro a primeira?

_ Manda ver, noivinho. – Jonas estendeu o baralho para o cunhado, que retirou um rei – Fabinho... Que comecem os jogos.

~*~

_ O que eles estão aprontando? – perguntou Renata, esticando a cabeça na direção oposta do bar. Por estar grávida de seis meses, não estava bebendo nada, o que a deixava bem mal-humorada.

_ Não sei. Mas parecem estar se divertindo mais do que nós. – resmungou Tina.

_ Qualquer um está se divertindo mais do que a gente. Até mesmo o Gabriel, na barriga da Renata, está se divertindo mais do que a gente. – Giane bufou, virando seu copo de vinho – Ninguém tem nenhuma ideia não?

_ Que tal assistirmos aquilo de camarote? – Luz apontou o palco, onde Maurício subia usando um vestido brilhante.

_ Que droga é essa? – sussurrou Malu, virando-se para o palco.

_ Fabinho. – suspirou Giane, observando o namorado, que estava as gargalhadas.

_ Hã, oi gente. Então, meu querido cunhado me desafiou a cantar uma música, aqui no palco, usando essa roupa. Espero que vocês gostem. – o rapaz deu sinal para a banda, que começou os acordes de Robocop Gay.

_ Eu vou matar o meu irmão. – rosnou Malu, enquanto observavam Maurício interpretar a música. Fabinho já havia caído no chão, gargalhando até não poder mais.

_ Relaxa aí cara, ainda vou ter minha revanche. – Maurício trocou de lugar, ficando a esquerda do cunhado – Se for para alguém te desafiar, vou ser eu.

_ Se você diz. – Fabinho deu de ombros, pegando uma carta – Opa, quatro. – ele sorriu – Jonas, Douglas, Lucindo e Caio... Podem dar um golão nessas bebidas.

_ E deem um gole decente, que tem plateia. – avisou Felipinho, apontando as mulheres, que assistiam tudo.

_ Curiosas. – riu Érico, vendo os amigos beberem – Bom, minha vez.

Meia hora depois, Fabinho, Douglas e Lucindo haviam virado doses de tequila, todos haviam perdido uma peça de roupa, seja pela carta ou por desafio, e Xande estava com a cueca de Maurício na cabeça. Todos estavam altos de bebida, e Érico havia revelado sobre uma vez que ele e Renata haviam transado no banco de trás do carro de Gilson, e a esposa esquecera a calcinha lá. E momento constrangedor, havia sido quando a mãe achara a peça lá no dia seguinte.

_ Onde estão as cartas de numero sete? – Douglas revirava o baralho – Acheeeei. Eu desafio o Fabinho.

_ Assim não vale, ô animal. – resmungou Fabinho, logo caindo na risada.

_ Claro que vale. – Caio decretou – Vai lá Douglas, manda um desafio para o fraldinha da Giane.

_ Eu te desafio a fazer um striptease para a Giane, aqui no meio do Cantaí. – decretou Lucindo, pulando da cadeira.

_ Isso. – Douglas ergueu os braços, rindo alto – Um striptease ao som de... De...

_ Lady Gaga. – Maurício gritou – Applause.

_ Cara, isso é muito inviril. – Fabinho reclamou.

_ Essa palavra nem existe. – gritou Jonas – Vai cara, você foi desafiado.

_ Ah cara, a Giane vai comer meu rabo. – reclamou o publicitário, levantando.

_ Vai logo irmão. Aceleeeeera. – gritou Douglas, correndo até o aparelho de som e colocando a música. Ele apanhou o microfone – Aí gente... O Fabinho tem algo para a Giane.

A corintiana arregalou os olhos, vendo o rapaz se aproximar dela. Ele estava sem a jaqueta, e com os primeiros botões da camisa abertos. Ele suspirou, parando em frente a namorada.

_ Desculpa por isso. – ele sussurrou, enquanto a música da Lady Gaga começava – Eu mereço.

Ele começou a rebolar, enquanto desabotoava o resto dos botões. Giane arregalou os olhos, escancarando a boca, enquanto as demais mulheres começavam a gritar, e os rapazes passavam mal de rir.

_ Gostoso. – berrou Felipinho.

_ Delícia. – Caio entrou na brincadeira.

_ Vem pra mim, lindão. – Érico gritou por cima, as gargalhadas.

O publicitário quase morria de vergonha, desejando ter bebido o triplo. Gostou da ideia, e viu que havia um copo de tequila ao lado de Giane. Ele sorriu, começando a se aproximar da namorada. Ela franziu o cenho, vendo-o piscar.

Ele abriu as pernas, como se fosse sentar no colo dela. Pegou o copo ao lado dela, e virou em um gole só, dando um pulo para trás e jogando a camisa longe.

A bebida queimou depressa, enquanto todos gritavam. Ele começou a desabotoar a calça, virando a bunda para Giane. Começou a descer as calças, revelando a cueca preta. Nesse ponto, a corintiana já gargalhava alto, em companhia a todos os presentes no recinto.

De repente, a música foi trocar para Roar, da Katy Perry. Todos pararam, encarando Douglas, que rebolava que nem louco. Os meninos gritaram que Fabinho continuasse, e o rapaz deu de ombros, voltando a balança os quadris.

_ Deixa eu colocar uma nota nessa cuequinha linda. – gritou Tina.

_ Baixa a bola aí minha filha. A única que vai colocar alguma coisa na cueca dele, sou eu. – rosnou Giane, puxando a bolsa. Ela pegou uma nota de dez, chamando Fabinho com o dedo. Ele sorriu, se aproximando dela e deixando que ela colocasse a nota de um lado da cueca. Virou de costas, rebolando a bunda para ela, que sacou uma de cinquenta, arrancando gritos de todos os presentes.

_ Não queria ser os vizinhos deles dois. – comentou Camila, as gargalhadas – Pelo visto a noite vai ser animada.

Fabinho puxou Giane, começando a rebolar com ela, que corou insanamente. Ele sorriu sacana, começando a beijar a namorado. Vendo que as coisas poderiam sair do controle, Malu levantou gritando que o stip estava encerrado.

_ Mais tarde terminamos isso... Maloqueira. – Fabinho piscou para Giane, se afastando e voltando para o lado dos meninos. Não recolocou a roupa, apenas tirou as notas da cueca e colocou na mesa, enquanto virava seu copo de cerveja.

Giane tornou a sentar com as mulheres, ainda desorientada com o que havia acabado de acontecer. As amigas falavam de maneira animada, mas ela preferia ficar em silêncio.

Qualquer coisa que dissesse, poderia comprometê-la no futuro.

~*~

As quase 3h da manhã, Giane carregou Fabinho para o carro, após fazê-lo recolocar a roupa. Ela havia bebido também, mas já parara havia tempo e estava bem.

O rapaz, por outro lado, não parava de pé, embriagado pela tequila, cerveja e whisky. Ele não havia pagado mais nenhum mico ou desafio, especialmente porque os que mais queriam ferrar com ele (Douglas e Maurício) haviam apagado pouco depois.

_ É a turma da Xuxa que vem dando seu alôôôô, alô, baaaaaixada, diz o ditado, quem espera sempre... – o rapaz emendava músicas do nada, intercalando novelas e músicas infantis.

_ Cara, cala a boca. Se a polícia parar a gente e fizer bafômetro, eu me ferro. – rosnou Giane, puxando o namorado para dentro da janela e fechando os vidros – Aquieta esse facho, ô Lady Gaga.

_ Aaaaai uaaaaati ioooooor baaaaaadi romaaaaaance. – ele começou a berrar, caindo com a cabeça para a janela – Eeeeendi iiiifi iooou loooove meeee, paaaaaparazziiii.

_ Pelo amor de Deus, o que eu fiz para merecer? – perguntou Giane, entrando com o carro na garagem – Anda bezerrão, chegamos em casa.

_ Oooooo iiittti aaauuuu beee cliiiiiiiiiiiar, bla bla bla bla bla bla. Juuuuusti nooooooooouuuuuu iooouuu are noooooti alooonne, caaaaausi ai gona maque tiiiis pleici iooorr roooome. – ele pegou Giane no colo, fazendo-a rir.

_ Me larga Fabinho, cê não tá nem se aguentando. – ela ria, enquanto ele a apoiava na parede e começava a enfiar a chave no trinco – Hã, querido... Essa é a chave do carro.

_ Opa, achei grossa demais mesmo. – ele riu escandalosamente – Ela é grossa... Huuum.

_ Meu Deus, você tá muito bêbado. – Giane gargalhou, fazendo-o colocá-la no chão e abrindo a porta – Vamos Sr. Campana... Toma um banho para ver se melhora.

_ Mas eu to bem. – ele começou a pular no lugar – E sabe do que? Você tá me devendo o fim daquele strip.

_ E correr o risco de levar gorfo na boca? Mas nunca. – Giane o puxou pela mão, começando a empurrá-lo pela escada – Vem Fabinho, hora de dormir.

_ Ah não Giane, faz uma semana que a gente não faz nada. Eu quero fazer besteirinha com você. – ela quase caiu da escada, de tanto que ria – Tá bom... Coisinhas divertidas.

_ Fala logo fazer sexo, por favor. – Giane o puxou para dentro do quarto – Anda, vai tomar um banho, ver se ajuda a melhorar esse estado.

Ele assentiu, vendo que não conseguiria nada diferente. Foi para o banheiro e ficou algum tempo embaixo d´água, tentando desanuviar a mente. Pensou em ligar a água fria, para ver se acordava, mas desistiu ao pensar no frio que fazia do lado de fora do banheiro.

Por fim, saiu enrolado na toalha branca, coçando os olhos e já pensando na ressaca que teria no dia seguinte. Tentava lembrar onde estava sua calça de moletom, quando algo chamou sua atenção.

_ Cuidado moça, minha namorada pode entrar. – ele sorriu, vendo Giane se ajeitar na cama – Isso te caiu muito bem, se posso opinar.

_ Eu to morrendo de vergonha. – ela garantiu, corando um pouco – E isso aqui é complicado de colocar, sabia?

_ Vai ser fácil para eu tirar... Mas lamento te informar que você nunca mais vai poder usar ele. – o rapaz sorriu.

E o resto é história.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado HUAHUAHUAHU
Beeeijos