Aprendendo a Viver Juntos escrita por WaalPomps


Capítulo 4
Crianção?


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente
Curtam esse cap muuuito fofis hihi'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474748/chapter/4

_ Muito bem, como vamos organizar esse lugar? – Giane e Fabinho estavam dentro do closet. A mão da corintiana estava enfaixada, e os dois observavam as prateleiras.

_ Bom, eu costumava ter mais roupas que você. Mas com aquele lance de modelo, você ficou pior que a cocotinha. – Fabinho brincou, enquanto observava as pilhas de roupas – Bom, eu fico com três prateleiras de sapato, você com seis. Pode ser?

_ Só seis? – ela alfinetou, fazendo o noivo rir – Pra mim tá mais do que ótimo. Tenho até certeza que vai sobrar.

_ Fica quieta e vai me passando essas lanchas. – o publicitário abaixou, começando a colocar os calçados nas prateleiras. Por fim, os calçados dele pegaram duas prateleiras e meia, e os dela o espaço restante.

Em seguida, ele começou a pendurar os cabides que ela havia “montado”, enquanto ela ajeitava as camisetas nas gavetas, depois os shorts, e por fim as roupas de frio. Nesse meio tempo, Fabinho havia pego a última mala fechada.

_ Pelo amor de Deus, para que você precisa de tantas calcinhas? – ele arregalou os olhos, começando a pegar as peças – Olha, você usou essa na nossa primeira vez. E essa naquele dia que viemos ver a reforma. E essa no casamento da Brunetty.

_ Fabinho, você vai mesmo ficar analisando quando eu usei cada uma dessas calcinhas? – ela bufou, levemente corada – Você já tirou cada uma das calcinhas que estão nessa mala, e as que não estão aí, você rasgou ou jogou em algum lugar que não conseguimos encontrar depois.

_ Mas gente, eu não sabia que eram tantas diferentes. – ele revirava a mala – E... Espera um pouco. Eu não me lembro dessa daqui.

Ele tirou uma calcinha fio-dental preta, tão pequena que Fabinho arregalou os olhos. Giane cerrou os olhos, corando até o último fio de cabelo. Ela correu na direção dele, que se levantou depressa.

_ Fabinho, solta isso. Agora. – ele saiu correndo, com a namorada atrás – Fábio Queiroz Campana.

_ Já avisei que não adianta me chamar pelo nome inteiro, eu não ligo. – ele gargalhava alto, enquanto descia as escadas correndo. Giane bufava alto, o seguindo de perto. Por fim, pulou em suas costas, os dois caindo no chão – Ai meu estomago.

_ Ninguém mandou fazer graça. – Giane bufou, arrancando a peça íntima das mãos dele, e se levantando.

_ Eu quero é saber onde cê arranjou isso. Porque isso é o tipo de coisa que eu te daria, e eu não te dei essa coisa indecente não. – ele se levantou, massageando o tórax.

_ Primeiro, se você me der uma calcinha, eu te dou um soco. Segundo, isso foi um presente da Malu e da Camila. Elas me deram eles para... Hã, inaugurarmos a casa.

_ Desde quando minha irmã é safad... Pera, você disse eles? – ele arregalou os olhos.

_ Hã, tem mais algumas peças na mala. – ela corou – É um negócio meio indecente e...

Mas ele nem terminou de ouvir, apenas subiu os degraus faltantes em um pulo, logo se jogando no chão do closet. Começou a revirar a mala, jogando longe as calcinhas e sutiãs que já conhecia. Por fim, conseguiu reunir todas as peças que a namorada havia ganhado, e virou-se para ela com um sorriso safado.

_ Juro que não sei se estou mais ansioso para te ver com isso, ou para tirar isso de você. – ela corou bravamente, fazendo-o rir – Sem fazer a recatada, pivete. Eu que tirei a sua “pureza”, e tiro ela todas as noites.

_ Você é um porco, fraldinha. Juro que às vezes eu tenho nojo de você. – Giane bufou, pegando as peças da mão dele – Só por isso, vou guardar esse negócio indecente. E se um dia for usar, vai ser daqui a muito tempo.

_ Você tem que estar brincando? – ele gritou, vendo-a colocar as coisas em uma gaveta, começando a socar as demais roupas íntimas – Giane, olha o estado que eu to.

_ Tem um banheiro aqui do lado, e tem uma temperatura chamada “gelada”. – ela avisou, um sorrisinho de lado – É isso, ou vai soltar pipa. Você escolhe.

~*~

_ Jura por Deus que você vai cozinhar? – Fabinho entrou na cozinha só de bermuda, encontrando Giane revirando as caixas de panela – Sério pivete, já ouviu falar em pedir comida por telefone?

_ Já. Mas eu sei que você vai fazer isso hoje a noite, então agora vamos comer algo menos fast-food. Além do que, o combinado é não esbanjar do teu dinheiro, porque nós dois temos que arcar com as despesas. – ela dizia sem encará-lo, enquanto pegava as panelas que precisava – Pega o macarrão e a lata de molho. Estão no armário ao seu lado.

_ Vai colocar salsicha? – ele perguntou, fazendo-a rir – Que foi?

_ Parece criança, pelo amor de Deus. – Giane negou com a cabeça – Vou, fraldinha. Quer que pique em algum formato especial?

_ Ah, minha mamãe sempre picava ela em fatias bem fininhas e depois cortava em seis pedacinhos cada fatia, porque eu não conseguia cortar no prato. – ele fez um biquinho, enquanto a namorada gargalhava – E ela também picava o macarrão, para eu não sujar tudo.

_ Tudo bem, bezerrão. Eu coloco tudo no liquidificar e faço uma sopinha, assim você pode comer de colherzinha. – ela colocou a panela com água no fogo, enquanto começava a picar as salsichas.

_ Você comprou colherzinha especial de canhoto? A minha tinha um elefantinho desenhado. – os olhos dele brilharam, aumentando o riso de Giane – Qual a graça, sua maluca?

_ Tu é fraldinha demais, impressionante. – ela caminhou até ele, sentando em seu colo – Eu fico imaginando o dia que tivermos filhos, se eles puxarem você. Eu to ferrada com tanta frescura.

_ Ah, então você quer ter filhos comigo? – ele questionou, beijando o ombro dela.

_ Talvez. Ainda não decidi se vale a pena enfrentar toda essa loucura, só para colocar um mini-fraldinha no mundo. – ela piscou, pulando do colo dele e indo até o fogão – Eu acho que nós não compramos nada para beber. Quer ir até o mercadinho aqui do lado?

_ Óbvio que sim. Do jeito que cê cozinha mal, vou precisar de uma garrafa inteira de Coca-Cola para fazer essa gosma escorregar pela garganta. – ele apanhou a carteira – Droga, minha camiseta tá lá em cima.

_ Pega algumas das que você passou. – ela apontou a lavanderia.

Ele concordou, indo até lá e pegando a primeira roupa que viu. Apanhou a chave e saiu pela porta da garagem, deixando Giane entretida em cozinhar. Ela começou a cantarolar, enquanto fervia as salsichas e cozinhava o macarrão. Logo, o telefone tocou, atraindo sua atenção.

_ Alô?

_ Giane?

_ Oi dona Margot, tudo bem? – a corintiana cumprimentou a sogra, enquanto mexia nas panelas.

_ Tudo sim, e vocês? Tão dando conta do que precisam? Querem ajuda? Isso é barulho de panela? – Giane riu do desespero da mulher.

_ Eu to fazendo o almoço, enquanto o Fabinho foi no mercado. Nós demos uma pausa para comer. – ela explicou – Até agora conseguimos desfazer as malas.

_ Só isso?

_ Aconteceram alguns acidentes de percurso. – a moça explicou – Seu filho quase queimou o ferro de passar roupa, destruiu uma camiseta, eu queimei a mão... Mas estamos todos vivos.

_ Meu Deus... – a mais velha se horrorizou, enquanto a nora-enteada ria – Você quer que eu e seu pai vamos ajudar? Nós podemos ir desfazendo as caixas.

_ Ih dona Margot, nem precisa. – riu Giane – Não adianta desempacotar e não arrumar. Isso me deixaria maluca. A gente vai ter que ir organizando aos poucos, quando os móveis da sala chegarem e tudo mais. Acho que o máximo que vamos arrumar é o nosso quarto e os escritórios.

_ Ah sim. E quando vocês vêm nos ver? Seu pai está com coceira já.

_ Mas eita, só faz um dia que eu saí daí. – Giane gargalhou – Isso tudo é saudade?

_ Ele ficou reclamando por horas, dizendo que você e o Fabinho iam passar a noite juntos. – confidenciou Margot, fazendo Giane rir – E mesmo depois de eu ter o lembrado de que isso acontecia sempre, ele não se aquietou. Ele jura que o Fabinho se aproveitou de você.

_ Ai meu Deus. – Giane ria, mas estava corada – Fala para ele ficar tranquilo. O Fabinho não está fazendo nada que eu não queira.

_ Eu sei, minha querida. Vocês costumavam fazer isso no quarto ao lado do meu. – a mais velha riu, enquanto Giane corava mais ainda – Bom, eu só liguei para saber de vocês. Agora vou te deixar fazer o almoço. Pede para o Fabinho ligar mais tarde, por favor.

_ Pode deixar, sogrinha. – as duas riram – E diz para o meu pai que eu mandei um beijo.

_ Claro querida. Um beijo para você.

_ Outro. – a moça desligou o telefone, o jogando longe, enquanto tirava o macarrão do fogo e escoava. Tirou as salsichas e colocou na panela de molho, mexendo-os e acrescentando o macarrão. Era uma receita simples, mas estava sem cabeça para algo elaborado.

Caçou os pratos e talheres, pegando dois apoios e colocando na bancada. Colocou os pratos, os copos e a panela, começando a caçar o celular para ligar para o namorado.

_ Cheguei. – Fabinho gritou, entrando na cozinha.

_ Demorou. – Giane bronqueou – Sua mãe ligou, fiou o terço, e nada de você voltar.

_ Eita criatura exagerada. – ele arregalou os olhos, colocando a sacola no balcão – Eu parei para te comprar um presente.

_ E posso saber o que é? – Giane arqueou a sobrancelha, vendo-o tirar um vaso de flores de plástico – Cê realmente gosta de tirar com a minha cara, né não?

_ Como seu pai, sem querer, destruiu as outras que eu te dei, comprei essas. É para enfeitar nossa cozinha. – ele sorriu, colocando as flores sobre o balcão.

_ Até porque, nossos pais moram na frente de uma porrada de canteiros de flores. – quem bufou agora foi ele.

_ Já falei que flor de verdade morre muito rápido. Essas daqui são tipo nós dois...

_ Só tem que tirar o pó as vezes? – ela perguntou, enquanto ele a abraçava pela cintura.

_ Claro. Dá uma brigadinha, fica uns dias sem se olhar direito. Depois dá uma chacoalhada embaixo dos lençóis e volta às boas. – ele deu um sorriso enorme, fazendo-a rir – Bom... Vamos comer?

_ Quer que eu pique sua comida? – ela perguntou, enquanto pegava o prato dele e enchia de macarrão.

_ Eu quero é saber cadê meu copo do Pernalonga? – ele perguntou, irritado – Giane, eu só gosto de beber refrigerante se for no canudinho da orelha dele.

_ Ai gente, onde eu fui amarrar meu burro? – ela gargalhou, vendo-o revirar as caixas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beeeijos