Aprendendo a Viver Juntos escrita por WaalPomps


Capítulo 3
Primeiro desafio


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente
Que bom que vocês estão gostando dessa nova dinâmica do casal marrentinho.
Espero que gostem hihi'



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474748/chapter/3

_ Muito bem... Porque cômodo nós começamos? – perguntou Fabinho, assim que eles terminaram o café da manhã. Giane mordeu a boca, olhando ao redor.

_ Ah, melhor começarmos pelo nosso quarto mesmo. – ela deu de ombros – O restante da casa a gente vai organizando aos poucos né?

_ Realmente... Até porque todos os móveis da sala ainda não chegaram. – eles se levantaram – Vai abrindo as caixas lá em cima, eu lavo a louça.

_ Olha, que namorado prestativo. – a corintiana riu, abraçando o publicitário pelas costas.

_ Tenho que te passar uma boa impressão.

_ Já faz um ano e meio que a gente tá junto, Fabinho. A fase de me impressionar já passou. – Giane gargalhou, mordendo o ombro dele – Eu vou abrir as caixas. Lava tudo direitinho.

Fabinho riu, enquanto a ouvia subindo a escadas aos pulos. Uma vez moleque, sempre moleque.

No quarto, Giane analisava o mar de caixas. Para facilitar, haviam demarcado o que era dela, de Fabinho e o que haviam comprado para o quarto.

Resolveu começar pelas malas, já que roupas eram itens de primeira necessidade (até porque ainda estava com o short e camiseta do dia anterior). Conhecendo a desorganização do namorado e como ele devia ter driblado a mãe, resolveu desfazer a dele primeiro.

_ Mas é um fraldinha preguiçoso mesmo. – resmungou a moça, vendo as roupas de Fabinho todas socadas na mala – Isso porque usa as camisas para trabalhar.

Começou a tirar as roupas da mala, separando as que estavam em bom estado e as que precisariam ser passadas. Para seu azar, a maioria estava com mais vincos e amassados do que julgava ser possível, o que significava trabalho a mais para ela.

_ Ô Fabinho. – ela gritou da porta do quarto.

_ Fala tranqueira. – ele gritou de volta.

_ Hoje você vai aprender uma coisa nova: passar roupa. – ela berrou, voltando para dentro do quarto. Ouviu passos na escada, e logo o namorado apareceu na porta – Sua mãe não te ensinou a dobrar as roupas não?

_ E a preguiça? – ele riu, se aproximando dela – E que história é essa de eu passar roupa?

_ Tenho cara de empregada? – ela bufou – Olha o estado das suas camisas. Cê não pode ir para a agência com isso, fraldinha. Cê é um dos donos daquele lugar.

_ Ué, é só eu chamar a minha mãe aqui. – o rapaz deu de ombros, e Giane bufou.

_ Fabinho, se tudo que precisar ser feito, você for ligar para a sua mãe, eu volto para a casa do meu pai e ela vem morar aqui. – ela avisou – É a nossa casa, não é? Nossa vida. A gente tem que se virar sozinho, cuidar das nossas coisas.

Giane deu as costas para o namorado, voltando a atenção para sua própria mala. Fabinho ficou algum tempo estático, antes de apanhar as roupas e sair do quarto, os dois sem trocar uma palavra.

A corintiana suspirou, começando a pegar suas roupas e arrumar nos cabides e gavetas. Odiava discutir com o fraldinha irritante, especialmente porque o desgraçado havia amolecido demais seu coração. Então a cada briga, era difícil controlar a vontade de chorar.

No andar de baixo, Fabinho tentava a todo custo achar o maldito ferro de passar. Estava irritado, mas em todo o tempo de namoro, aprendera que o melhor era deixar a cabeça esfriar e evitar piorar as brigas dos dois.

Achou o que procurava em um armário em cima da máquina de lavar. O colocou na tomada, rodando o botão até o final. Esperou um tempo e colocou uma das camisas na tábua de passar. Mordeu a boca, tentando descobrir como deveria passar aquilo.

_ Ah, que seja o que Deu quiser. – resmungou, pegando o ferro e começando a passar pelo tecido.

A princípio, achou que estava indo muito bem. Até sentir o cheiro de queimado e ver as bordas ao redor do ferro, assumindo um tom chamuscado.

_ Puta que o... – ele soltou o ferro, pulando para trás. Ouviu passos altos e logo a namorada irrompeu na lavanderia, arregalando os olhos. Ela correu até a tábua de passar, tirando o ferro e revelando a camisa destruída – Ah mano...

_ Cê é retardado, cara? – rosnou Giane – Colocou o ferro no máximo? Cê não viu aqui do lado do botão, que tem temperatura para cada tipo de roupa?

_ Se você tá esquecida, eu não sei passar roupa. – ele rebateu.

_ Então devia ter me perguntado.

_ Mas você tava emburrada.

_ E daí? – ela olhou a tomada – Fabinho, o ferro é 110. Você ligou no 220. Tá doido?

_ Quem faz alguma coisa sem ser bivolt hoje em dia? – ele perguntou, arregalando os olhos.

_ Fabinho, esse ferro era do seu pai. Por o que nós compramos ainda não chegou. – ela bufou – Você mesmo pegou ele na mansão.

_ Ah Giane, dá um desconto. Eu não sou dona de casa.

_ E eu sou? – ela rebateu, dando um soco para trás, e acertando o ferro com a mão – Ai.

_ Droga. – Fabinho correu até ela, vendo que ela segurava a mão.

Os dois correram para a cozinha, e ele ligou a água gelada, puxando a mão da namorada. Ela gemeu de dor, enquanto os olhos ficavam cheios de água. Fabinho engoliu em seco, a abraçando apertado.

_ Desculpa, desculpa, desculpa. – ele murmurou, a garganta seca. Giane mordia a boca, tentando não chorar – Vamos pro hospital.

_ Não precisa. – ela garantiu, observando a mão – Pega um pano para mim, e molha ele.

Fabinho assentiu, saindo em direção à lavanderia. Abriu o armário onde havia visto os panos, pegou um e o molhou no tanque. Voltou para a cozinha, encontrando Giane abraçando a mão, os olhos marejados.

_ Dá aqui. – ele pediu, estendendo a mão. Ela deu a mão para ele, que pegou com cuidado. Enrolou o pano com delicadeza, ouvindo-a arfar de dor – Calma, já vai passar.

O rapaz a puxou com cuidado, os dois rumando para a sala. O sofá que Malu havia escolhido já estava ali, e os dois se sentaram. Fabinho escorregou com o couro, e bufou. Que ideia de gênio havia passado em sua irmã para comprar um sofá de couro.

_ Tá melhorando? – ele perguntou, vendo Giane assentir – Desculpa pivete... Por tudo.

_ Eu sei que eu falei pra você aprender a pedir desculpas, mas não precisa fazer isso o tempo todo. – ela bufou, secando os olhos com a mão livre – Nós dois brigamos, os dois são culpados. Não fique levando os créditos.

_ Tá, mas quem saiu machucada foi você. – ele tinha a voz rouca. Ela suspirou, acariciando o rosto dele.

_ Relaxa Fabinho, não foi nada sério. Só mais um aviso do universo, para nós sermos menos cabeças duras. – eles deram uma risada fraca – Você sabe que a gente vai ter que aprender a se controlar, não é?

_ Sei... Agora vamos ficar grudados 24h por dia. – ele sorriu de lado – Você me ensina a passar roupa?

_ Vem. – ela levantou sorrindo, o puxando pela mão boa. Eles voltaram a lavanderia, observando a camisa estragada – Droga, era uma das minhas favoritas.

_ Eu compro outra. – Fabinho deu de ombros, pegando a peça e jogando no lixo. Tirou o ferro da tomada, ligando no 110 – Muito bem, onde eu ponho o botão?

_ Olha onde tá o desenho da camisa. – ela apontou, e ele virou o botão.

Na primeira camisa, ela ficou ao lado, o instruindo de tudo. Deram algumas risadas, já que o rapaz era desastrado.

_ Eu vou molhar o pano e pegar a banqueta. – avisou Giane, saindo para a cozinha. Fabinho colocou a camisa no cabide, pendurando no varal. Pegou outra, repetindo o que Giane havia explicado – Olha, tá pegando o jeito.

_ Não tá sendo fácil como parece. – ele brincou, mordendo a boca enquanto tentava passar as mangas – Nem tão fácil quanto minha mãe fazia parecer.

_ Ah vá, você que é um fraldinha reclamão. – ele riu, enquanto continuava a passar as camisas. Algum tempo depois, Giane tirou o pano, observando a mão – Acho que vai formar bolha.

_ Estoura.

_ Não pode né babaca. – ela bufou – Só se for no hospital, o que eu acho exagero.

_ Mas ficar com uma bolha na lateral da mão vai ser incomodo. – ela concordou – Relaxa, a gente dá um pulo no hospital amanhã.

_ Pode ser... Agora eu vou terminar de desarrumar minha mala. – ela avisou, se levantando – Posso ir sem medo de você tocar fogo na casa?

_ Vai tranquila, o papai aqui já pegou as manhas. – os dois riram, enquanto ela se retirava.

Desafio um, concluído.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae? O que acharam?
Comentem, ok?
Beeeijos