Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 28
Promessas


Notas iniciais do capítulo

LEIAM ISSO PELO AMOR DE JESUS CRISTO!
Gente, eu sinto muitíssimo por estar postando tão demoradamente, mas vai ser assim até a fic acabar (o que vai acontecer logo) uma vez que estou no cursinho e pretendo entrar na USP esse ano e vocês sabem que não é a coisa mais fácil do mundo.
Vou escrevendo o capítulo quando tiver tempo, o que vai demorar.
Outra coisa sobre Colegas de Quarto: vai demorar pra caramba para poder atualiza-la. Meu pen drive foi quebrado com todas as coisas que escrevi na vida, incluindo o capítulo fresquinho de CDQ e eu não lembro shit nenhuma do que havia escrito, então vai ser um processo longo até lembrar e poder escrever. Por isso saibam que eu NÃO ABANDONEI.
Desculpe de novo, tenham paciência e espero que gostem desse capítulo.
Ele é dedicado à Paula, por que ela está cada vez mais perto dos 30 anos e eu sei que isso não é fácil, por isso resolvi agradá-la. Feliz dia depois do seu aniversário!



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Mulciber caiu no chão e começou a se contorcer de dor. Olhei por cima do ombro e vi Snape com o braço levantado apontando a varinha para a frente. Ele me enviou um olhar significante e eu aproveitei que todos estavam concentrados nele que puxei Lily para dentro da Floresta. Corremos por um bom tempo até nos sentirmos seguras, e cansadas para ser honesta, para parar e se esconder.

Olhei para Lily e ela estava vermelha devido a distância que havíamos percorrido, mas ainda parecia bem assustada. A abracei delicadamente.

– Vai ficar tudo bem, Lils. Eu prometo. – Murmurei tentando a acalmar. Ela então começou a chorar no meu ombro e tudo que pude fazer foi ser paciente e esperar que ela se acalmasse.

Alguns minutos depois, o choro havia diminuído e ela soltou do abraço, limpou as lagrimas restantes e me olhou.

– Desculpe por isso. É só... Liz, eles estão me assustando. Não esses comensais daqui que não tocam em uma mosca, mas os que estão lá fora matando trouxas. Matando gente como eu e minha família.

– Eu sei, Lily. E como eu te disse antes, eles estão bem. – Nos sentamos atrás de uma arvore enorme para descansar um pouco. Não sabia por quanto tempo havíamos andado, mas já começava a escurecer. Lily começou a perceber isso também e me olhou.

– Você sabe o caminho de volta, certo? – Ela perguntou com um fio de esperança. Olhei para os lados e não fazia a menor ideia de que lado tínhamos vindo.

– Não exatamente, mas... – Olhei para a arvore que estávamos apoiadas. Era muito alta, mas não deveria ser tão difícil de escalar. Havia muitos galhos firmes e eu já era acostumada em escala-las. O problema era deixar Lily sozinha no chão. – Você sabe escalar uma arvore?

– Bem... Quem não sabe? – Sorri com sua resposta.

– Ótimo. Vamos subir nesta arvore e ver o caminho de volta, ok? – Ela concordou e começamos a subir. A arvore era grossa o suficiente para que subíssemos sossegadas e dei graças a Deus que Lily escalava no maior silencio, como eu. Não podíamos nos dar ao luxo de sermos vistas ou ouvidas no caso de algum deles estarem por perto. Não acredito que Snape fará a mesma gentileza duas vezes.

Chegamos ao topo e começo a olhar em volta. Só conseguia ver mais e mais arvores e nenhum sinal do castelo. Olhei para Lily esperançosa, mas sabia que ela não via nada a mais que eu, afinal eu era mais alta.

– Liz, o que vamos fazer? – Ela perguntou me olhando. Não sabia o que responder. Ninguém sabia que estávamos aqui no meio da floresta proibida. Provavelmente pensavam que estávamos na biblioteca estudando ou fazendo qualquer coisa.

Ninguém se lembraria da nossa presença até que anoitecesse e não aparecermos para o jantar ou para o dormitório.

E até lá poderíamos estar mortas por comensais da morte.

Sirius Black

Onde elas estão? Sumiram desde hoje à tarde. – Perguntou James pela vigésima vez enquanto caminhávamos para o salão comunal da Grifinoria. – Lily parecia horrível hoje.

– Não acha hipocrisia se preocupar com a Lily enquanto a tratou tão mal nas últimas semanas? – Perguntou Ammy e eu me assustei ao perceber que ela estava ao meu lado. Normalmente ela ficava mais próxima de Remus. – Você sabe que ela não falou aquilo por mal e ainda faz questão de a ignorar e a tratar com frieza sempre que pode.

Ele a olhou com as duas sobrancelhas arqueadas.

– Ela está certa, Pontas. – Aluado disse enquanto comia um pedaço de chocolate.

– Quietos vocês dois. Já achou algumas das duas, Almofadinhas? – Continuei procurando no mapa pelos nomes das duas, mas elas não estavam em lugar nenhum do castelo.

– Elas não estão no castelo. Já olhei três vezes e nada. – Falei enquanto andávamos. Parei então e comecei a passar o olho pelas propriedades fora do castelo. Não estavam no Hagrid ou no lago. Hesitante, olhei para a floresta proibida. – Droga.

Todos pararam e me olharam. O que elas estavam fazendo ali no meio? Passei o olho pelas redondezas próximas a elas e vi mais nomes espalhados pelo local. Nomes de sonserinos. Olhei para James sem acreditar.

– O que? As achou? – Ele perguntou tomando o mapa da minha mão e olhando para outro lado. – Onde elas estão?

– No meio da floresta proibida. E adivinha quem está próximo a elas? – Apontei. – Nossos queridos amigos sonserinos.

– O que?! – Ele olhou para onde eu havia apontado e depois saiu correndo para fora do castelo e eu o segui.

Liz Parker

Nós íamos morrer no meio da floresta. Isso era um fato que eu já havia aceitado.

Mas não seria pelos sonserinos nem por criaturas perigosas da floresta. Mas sim pelos malditos mosquitos e pelo frio que estava fazendo. Lily estava quase roxa de tanto tremer e não estávamos nem perto de descobrir uma forma de sair dali.

Tínhamos certeza que os Sonserinos já haviam ido embora para sua quente e confortável cama, uma vez que não havia basicamente barulho nenhum e que, depois de quase quatro horas e meia, ninguém em sã consciência ficaria no meio de uma floresta a noite.

– Liz, que horas são? – Perguntou Lily pela terceira vez na última meia hora. Olhei em meu relógio antes de respondê-la.

– Nove e meia. Você acha que se mandarmos algum sinal daqui alguém vai ver? – Perguntei olhando para o céu. As árvores não atrapalhariam a passagem do feitiço, mas não tinha muita certeza sobre quem iria vê-la.

– Talvez. Acho que não custa tentar. Quem sabe algum professor esteja olhando pela janela ou passeando pelos jardins? Vamos ficar em detenção pelo resto da vida, mas teremos um lugar quente para ir.

Sorri e concordei. Sentamos no encosto de uma árvore para bloquearmos um pouco o vento e logo levantei minha varinha, murmurando um feitiço. Várias faíscas vermelhas saíram da ponta da mesma e pairara no céu por alguns instantes.

– Agora esperamos. – ela disse.

– Agora esperamos. – repeti.


Mais uma hora havia se passado e ambas estávamos congelando. Ainda estávamos no mesmo lugar, mas agora abraçadas para ver se o calor aumentava, o que não acontecia. Comecei a pensar como seria horrível quando encontrassem nossos corpos daqui uns dias, quando realmente mandassem uma busca para nos quando comecei a ouvir passos em nossa direção. Cutuquei Lily, que quase dormia em meu ombro e esperamos em silencio, com varinhas preparadas para atacar quando os donos do barulho apareceram.

E eu nunca fiquei mais feliz olhando para James e Sirius.

– Ah meu Merlin, graças a Deus vocês estão bem. – Sirius disse aliviado. Ambos nos ajudaram a nós levantar e Sirius me olhou preocupado. – Vocês estão congelando!

– Sim, sabemos. Podemos ir logo para o castelo, por favor? – Perguntou Lily se abraçando e tentando se esquentar. James tirou sua capa e colocou ao redor dos ombros de Lily, que lhe agradeceu com um sorriso.

Eles foram liderando o caminho e eu é Sirius os fomos seguindo. Ele, por não estar usando uma capa, ele decidiu me abraçar, o que eu aceitei de bom grado. Fomos em silêncio para o castelo onde não encontramos ninguém que nos desenrolemos ou que nos perguntasse o que havia acontecido. Era melhor assim.

Como já estava tarde, não havia ninguém na sala comunal, ficando fácil subirmos para o quarto dos meninos. Quando entramos, Remus estava sentado em sua cama e Peter deveria estar no banho já que a porta estava fechada. James sentou Lily em sua cama e Sirius me colocou na dele.

– O que aconteceu? – Remo perguntou olhando para nos preocupado. Contei tudo o que havia acontecido desde que levei Lily para os jardins, uma vez que ela não estava em condições de falar. Peter saiu do banheiro assim que a história havia acabado. – Pete e eu podemos buscar alguma coisa pra vocês comerem, já que perderam o jantar.

– E vocês podem tomar banho aqui se quiserem enquanto esperam. – James sugeriu. – Podemos emprestar algumas roupas.

Olhei para Lily, já que eu tinha certeza que ela ia negar, mas ela estava tão mal que logo foi a primeira a concordar e se dirigir ao banheiro. Peter e Remo saíram e fiquei sozinha com os garotos. James tratou de se ocupar procurando uma roupa para Lily e Sirius sentou-se ao meu lado.

Ele me abraçou e me deu um beijo em minha testa, e sem saber que estava segurando, comecei a chorar em seu ombro.

– Ei... Ei... Liz, está tudo bem agora. – Ele murmurou mexendo em meus cabelos. – Não vai acontecer mais nada.

– Quem garante? Eles iam nos torturar ou pior. – Falei baixo. – O que os impede de aparecer aqui no meio da noite e não fazer enquanto estamos dormindo?

– Eu. Não vou deixar nenhum deles chegarem perto de você de novo. Isso é uma promessa. – Sirius respondeu baixo, apertando o abraço.

Abri a boca para responder, mas Lily tinha acabado de me chamar. Limpei minhas lagrimas e entrei no banheiro, pegando a roupa que James havia escolhido para ela. A olhei e vi que parecia bem melhor. Apesar de seus olhos ainda estarem vermelhos e seu nariz também, ela parecia mais forte.

Seu cabelo estava preso em um coque e ela estava enrolada em uma toalha marrom grande. Entrei a roupa e esperei ela se vestir antes de falar alguma coisa. Sorri vendo que a roupa aleatória que James escolheu foi uma camisa antiga de quadribol dele.

– Você está melhor? – Perguntei a observando.

– Sim. Mas eu te chamei para perguntar como você está. – Ela perguntou enquanto eu tirava minha roupa para entrar no banho. Sabia que isso ia acontecer cedo ou tarde. Lily, por mais frágil que ficara hoje, iria dar um jeito de se preocupar comigo por mais que ela estivesse se sentindo mil vezes pior. – Você cuidou o dia todo de mim, o que foi injusto por que eu não fui a mais fácil das pessoas hoje.

– Lily, eu estou bem. Eu estou cansada, com dor no corpo, o emocional destruído, mas feliz que estamos aqui. – Sorri cansada para ela. – Não se preocupe. Só vai deitar e descanse um pouco também.

Ela hesitou por um momento e concordou, deixando o banheiro. Tomei o resto do meu banho sossegadamente e ao sair, vi que havia algumas roupas em cima do vaso sanitário. Vesti-as e sai. Remo e Peter já haviam retornado com uma chaleira de chá e várias xicaras, além de algumas coisas pequenas para comermos. Lily estava na cama de Remo acompanhada pelo mesmo tomando um pouco de chá e sorriu para mim. Sentei na cama de Sirius e peguei uma xicara também.

Após todos nos alimentarmos, fomos dormir. Lily já havia adormecido na cama de Remo, James estava acordado arrumando umas coisas em sua mochila e Peter e Remo dormiam também. Deitei ao lado de Sirius e fechei as cortinas. Ele acariciou minha bochecha enquanto puxava a coberta mais para cima.

– Saiba que eu vou mata-los por terem ido atrás de vocês duas.

– Não. Nem se atreva a mexer um dedo. – Olhei para ele seria. – Você pode achar que pode acabar com eles em um piscar de olhos mas eu não vou deixar você tentar de matar por causa disso. – Ele abriu a boca para falar, mas fui mais rápida. – E se quiser ser meu namorado é bom começar a saber me obedecer. – Brinquei.

Ele me olhou surpreso e com ambas as sobrancelhas arqueadas e soube pelos seus olhos que ele não sabia até que parte eu estava brincando.

– Você precisa ir dormir. – Ele sussurrou e voltou a acariciar meus cabelos. Não pude discutir, já que uma onda de cansaço me tomou e logo eu estava dormindo.

James Potter

Quando acordei, apenas Lily, Sirius e Liz estavam no quarto. Remo e Peter deveriam ter decido para avisar o resto das meninas que as duas estavam bem. Vi que a cama de Frank estava intocada, significava que ele havia passado a noite fora. Olhei então para Lily que dormia calmamente na cama de Remo.
Eu estava doido para sair correndo do quarto e matar cada um daqueles Sonserinos que ousaram ir atrás dela. Até Snape que, apesar de ter salvado as duas, ainda fazia parte daquele grupo ridículo que corria atrás de pessoas inocentes que não podiam sequer se defender para matá-las. Que tipo de pessoa faz isso? Levantei da cama e fui em direção aí banheiro quando alguém bateu na porta. Abri e vi Justin deparado na minha frente ainda com seu pijama.

– Oi Potter... Eu queria saber se você sabe onde a Lily está. Não a acho desde ontem à noite.


– Ahn... Não, não a vi. – respondi bloqueando sua visão do resto do quarto.

– Bom dia... – Ouvi a voz dela atrás de mim e suspirei. Justin me empurrou para o lado e entrou no quarto. Lily estava congelada olhando para o namorado. Ele passou o olho pelo corpo dela e reparou que ela apenas vestia minha antiga camisa de quadribol. Apesar de menor da que tenho hoje, ainda era praticamente um vestido curto. – Justin...

– Então é isso que fazia ontem quando eu te mandei três cartas te procurando? Me traindo? – Perguntou bravo.

– Não! Eu não estava te traindo... É só que... James... ele.... – Ela olhou para mim pedindo ajuda.

– Liz teve uma crise de nervos por causa das provas e ela a trouxe aqui por que Sirius sabe lidar com ela mais do que o resto de nós. E ai ela passou mal, vomitou na Lily e eu emprestei uma camisa velha minha. – Falei como se realmente houvesse acontecido. – Ficamos estudando até tarde e elas acabaram pegando no sono.

Ele levantou uma sobrancelha.

– Jura? E posso saber onde ela está? – Suspirei e fui até a cama de Sirius torcendo para que ambos não estivessem pelados. Por que, acredite, não seria a primeira vez que o pegaria com uma garota nessa situação. Abri a cortina e mostrei os dois dormindo profundamente abraçados. Fechei rapidamente para que não acordassem e estragassem a história que havia inventado.

– Satisfeito?

– E foi assim que você dormiu com ele também, Lily?

Lily bufou perdendo a paciência.

– Como pode achar que eu estou te traindo? Eu tenho todo o direito de ter amigos, se você não sabe. – Ela falou dando um passo à frente. – E não devo satisfações do que faço a casa segundo da minha vida. Sinto muito se não consegui falar com você ontem, mas não tenho mais nada que me desculpar.

Segurei o sorriso e fingir estar fazendo qualquer outra coisa do que estar presando atenção nos dois.

– Eu sempre soube que tinha alguma coisa entre vocês dois. Mas nunca pensei que fosse fazer uma coisa dessas com alguém que se importa com você.

E saiu do quarto.

Olhei para ela, que parecia cansada. Lily sentou em minha cama e a acompanhei.

– Como está se sentindo? – Perguntei.

– Como se o mundo tivesse planejado estragar minha vida em pouco tempo. – Ela respondeu dando um sorriso fraco. – Eu estou bem, só um pouco estressada com tudo que tem ocorrendo ultimamente.

– E quem não estaria? Fora desses muros, tem muita coisa acontecendo que não sabemos como lidar.

– Você não precisa se preocupar com isso e sabe disso. – Ela disse. E estava certa. Se eu quisesse, não precisava me preocupar.

– Mas não é por que eu não sou nascido trouxa ou trouxa que não entendo o problema. – Respondi. – Eu não acho nem um pouco certo o que eles estão fazendo com gente inocente e se dependesse de mim, estaria atrás de cada um deles.

Ela sorriu.

– Obrigada por ter tentado mentir para mim.

– Desculpe por ter te tratado mal nessas últimas semanas. – Desculpei-me. Ficamos em silencio por um tempo. Ela encostou a cabeça em meu ombro e foi o suficiente para ficar feliz ao saber que ela estava a salvo.

Mas aqueles sonserinos iriam pagar pelo que haviam as feito passar. Isso era uma promessa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentem para eu saber! Beijos ;)



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