Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 24
O Último Jogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Mil desculpas pela demora, mas vocês sabem... Cursinho é fogo.
Já vou avisando: Novembro é o mês dos vestibulares. Todo fim de semana eu tenho alguma coisa, Fuvest, Unicamp, Unesp, UFPR, etc... Então eu vou tentar escrever antes e programar para postar, mas se não der... Sinto muito, mas um mês sem postar. Desculpe mesmo.
Espero que gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474599/chapter/24

Lily Evans

O que? Ele não dormiu com a Alexia? Olhei para ele confusa e não acreditando no que ele havia me falado. Ele percebeu a expressão em meu rosto e se tocou que eu não sabia o que havia acontecido.

– Você não... – Ele começou a falar passando a mão em seu cabelo. – Eu te disse!

– Não, não me disse. – Falei irritada. – Você assumiu que eu sabia.

– Você não queria ouvir! – Ele exclamou se aproximando. Estávamos muito próximo agora e eu podia sentir seu bafo no meu rosto. – Eu tentei... Você fechou a porta na minha cara.

– E o que você esperasse que eu fizesse? – Perguntei. – James... Isso é desgastante. É cansativo... – Suspirei. – Eu já disse que me enganei. Eu quero ser sua amiga e se isso for muito para pedir, então... Desculpe.

Ficamos nos olhando por um tempo até ele se afastar e concordar com sua cabeça.

– Tudo bem. Somos... Amigos ou o que quer que seja. Tchau, Lils.

– Tchau James.

E ele saiu me deixando sozinha no banheiro masculino. Ou eu pensei que estava sozinha. Justin saiu da terceira cabine e me olhou.

– Justin...

– Então você e o Potter...

– Não! Mas é claro que não! Justin, eu gosto de você.

– Ele mencionou um beijo. – Ele disse me olhando um pouco triste.

– Sim, nós beijamos quando eu e o pessoal fomos passar o natal na casa dele. Mas foi um beijo e eu pensava que eu gostava dele, mas não gosto. – Afirmei com convicção.

– Tudo bem, eu acredito em você. – Ele acariciou meu ombro com o dedo. – Desculpe ficar desse jeito, mas... Eu realmente gosto de você.

Sorri me aproximando de seu rosto.

– Eu também gosto de você.

E nós beijamos.

Liz Parker

Ver James Potter com cara de choro realmente me surpreendeu. Depois de sair com a Lily para me dar tempo a sós com Black, ele andava cada vez mais cabisbaixo. Não falava muito com os marotos e nem se importava com o que estava acontecendo em Hogwarts. Sendo assim, resolvi conversar com ele.

– James, o que aconteceu?

– Lily não te contou?

– Não, ela tem passado muito tempo com o Just... Ah, desculpe.

– Não precisa se desculpar. Eu sei que ela está namorando agora e eu não posso fazer nada. Ela só me quer como amigo.

– E eu acho que você deveria ver isso como uma coisa boa. - falei sentando ao seu lado. - Melhor ser amigo dela do que ser chamado de Potter aos gritos, você não acha?

– É... Você tem razão... Mas mesmo assim, é difícil ver ela com outra pessoa.

Bufei com a sua moleza e me levantei.

– James Potter, pelo amor de Merlin, pare de reclamar. Se Lily Evans não está afim de você, então siga em frente. O mundo não gira em torno do cabelo vermelho dela e se vocês não acabarem juntos, o que você pretende fazer? Chorar na sua casa em posição fetal até ela ficar com dó e decidir que está apaixonada por você?

– Você acha mesmo que ela vai se apaixonar por mim?

Revirei os olhos e bati o jornal que estava em minha mão em sua cabeça.

– Meu ponto é: siga em frente. Namore outras garotas, se concentre no quadribol e seja só amigo dela. – Sentei ao seu lado. – É o melhor que você pode fazer, acredite.

Ele me olhou por alguns segundos, pensando sobre o que eu havia sugerido. Não que ele tivesse muito que fazer. James já sabia que não adiantava correr atrás da Lily se ela não estivesse interessada. Insistência não a convencia, mas sim a deixava irritada, e isso era a última coisa que ele queria.

– Tudo bem. Se você conseguiu, eu também consigo.

– Exa... Espera, o que quer dizer com “se você conseguiu”?

– Você e o Sirius...

– Não foi nada demais e somos só amigos.

Ele levantou a sobrancelha.

– Liz, eu conheço Sirius desde meus 11 anos. Ele nunca demonstrou interesse por uma garota por muito tempo e você é a primeira que ele comenta comigo e constantemente. – James levantou e pegou o jornal que estava lendo mais cedo. – Acredite, vocês não são só amigos.

E assim, ele subiu para o seu dormitório me deixando pensativa.

Duas semanas depois, eu ainda estava no mesmo dilema. Não havia falado com Sirius em nenhum momento, principalmente por causa das palavras de James. Eu não achava que era especial para Sirius e muito menos que ele falasse de mim para James. Na minha cabeça, toda essa minha preocupação parecia extremamente ridícula, eu nunca havia me importado com opinião de ninguém, especialmente de um garoto que eu talvez sentisse algo, mas eu não podia evitar.

Suspirei frustrada. Essa era a última coisa que eu deveria estar pensando na final de Quadribol contra a Sonserina.

– Nervosa Parker? – Alguém atrás de mim perguntou. Olhei e vi o filho da mãe do Mars que disse para escola inteira que eu havia dormido com ele enquanto ele namorava outra garota. Levantei com a minha varinha na mão e apontei para sua garganta.

– Nervosa? Eu estou furiosa. – Disse apertando minha varinha e o fazendo parecer assustado. – Mas você já deve ter percebido que não é por causa do jogo.

– Liz... – Sirius disse atrás de mim. Ignorei e voltei toda minha atenção á Mars.

– Você achou engraçadinho espalhar boatos sobre mim, não achou? – Perguntei. – Achou hilário ver sua ex-namorada me azarar, não foi? Talvez também ache engraçado quando eu te azarar no meio de todo mundo agora, não é?

Ele estava suando e me olhando um pouco assustado. Sorri e estava pronta para dizer um feitiço, quando alguém me puxou para longe dele e me prendeu pela cintura. Só pelo cheiro, vi que era Sirius e comecei a me debater. Ele me tirou do salão principal e me soltou.

– Mas o que você pensa que esta fazendo, Black? – Perguntei o encarando com raiva.

– Salvando o time de perder a melhor artilheira, talvez? – Disse encostando-se à parede. – Ou, se preferir, tentando não ter o time desclassificado.

Olhei para ele ainda com raiva e sai andando na direção oposta ao salão principal e indo diretamente para o campo. Ele não me seguiu.

Lily Evans

– O que?! – Perguntei olhando para Peter.

– Sirius a tirou daqui antes que ela o azarasse... Mas ela ainda não ficou feliz e foi sozinha para o campo. – Ele disse dando de ombros. – Se eu fosse você, não iria atrás... James disse que conversou com ela esses dias e ela precisava de um tempo sozinha.

– Sozinha? – Levantei. – Ninguém vai ficar sozinha. Eu vou atrás dela e...

– Lily, você não pode! – Insistiu Peter. Levantei uma sobrancelha para ele. – Quero dizer... Você já quis um tempo sozinha, não quis? Deixe ela.

– Eu acho que ele tem razão, Lily. – Justin disse me puxando para sentar ao lado dele mais uma vez. – As vezes temos que ficar sozinhos um tempo para pensar.

– Mas...

– Daqui meia hora vamos descer para lá de qualquer jeito para ver o jogo... Se quiser, fale com ela antes de entrar no campo.

Concordei. Voltei a jogar xadrez bruxo com Peter e tentei não pensar em como a Liz deveria estar sofrendo, triste e provavelmente chorando.

Com a desculpa que eu queria pegar um lugar muito bom para ver o jogo, Peter, Justin e eu descemos um pouco mais cedo que o normal para o campo de Quadribol. Já estava com algumas pessoas, mas não chegava a estar lotado. Pelo menos não o lado da Sonserina.

Normalmente os jogos Grifinória x Sonserina eram os mais esperados do ano. Por sermos considerados casas rivais, vários ex alunos, pais, antigos professores e todo mundo do castelo, vinham assistir. Corvinais e Lufanos sempre ficavam torcendo conosco, apesar de não ser uma regra, mas sempre havia alguém de outras casas que se misturavam á Sonserina. Eu já fora uma delas.

Avisei os meninos que ia ver a Liz e desci direto para o vestiário feminino. Como normalmente só a Liz jogava pela Grifinoria, não a chamei e já fui logo entrando.

Como eu gostaria de tê-la chamado.

Entrar no vestiário feminino e ver sua melhor amiga deitada no banco, apenas de sutiã, com um garoto a beijando não era exatamente o que eu gostaria de ver.

– Ah meu Deus, Lily! – Liz se levantou e puxou sua blusa. – O que você está fazendo aqui?

– Bem... Eu vim ver se você estava bem. Aparentemente, está. Oi, Johnny. Bom jogo pra vocês. Tchau.

– Não. Johnny... É melhor você ir se arrumar. A gente se vê depois. – Ela deu um selinho nele e se levantou. – Me ajude com o sutiã, Lily?

Assim que ele saiu, levantei uma sobrancelha a questionando.

– Bem... Importa de dizer o que estava acontecendo? – Perguntei.

– Lily, eu sei que você... Bem, você não... – Ela suspirou e olhou para mim. – Tem que ter algum jeito de eu superar isso, não é? Você superou James arranjando um namorado. Eu não vou arranjar um namorado, eu não sou você ou Ammy ou Alice. Eu sou a garota que se fez de idiota tentando algo com Sirius, a garota que supostamente dormiu com um cara que tinha namorada... Eu preciso disso ok? E eu também preciso que você seja minha amiga e diga que tudo vai ficar bem e que você me apoia nisso. Tudo bem?

– Tudo bem. Mas agora você precisa se concentrar no jogo, ok? – Ela concordou e eu entreguei sua vassoura. – Derrube um sonserino da vassoura por mim, ok?

– Com certeza. Obrigada, Lily. – Ela pegou a vassoura e foi em direção ao vestiário masculino.

Sentei de volta com Justin e Peter. Remo, Ammy e Alice já haviam chegado e estavam conversando animadamente sobre o jogo.

– Ela estava bem? – Perguntou Justin abraçando meu ombro. Pensei no que ela estava fazendo quando eu cheguei lá e sorri.

– Você não tem ideia.

O jogo começou alguns minutos depois junto com o mal tempo. Não estava previsto para chover, mas em questão de minutos o céu começou a ficar preto e o vendo começou a esfriar. Logo começaria a chover e ficaria difícil assistir o jogo. Mas eu estava mais preocupada com a Liz. Todos os jogos que ela participou sempre tinha tempo bom. Nunca chovera e eu não tinha certeza como ela se sairia. Fiquei a procurando, preocupada por um tempo até constatar que ela não estava lá. Apertei a mão de Justin, um pouco nervosa.

– Cadê ela? Ela não está em lugar nenhum. – Falei desesperada.

– Ela está ali. – Peter apontou em um canto do campo onde ela estava parada prendendo seu cabelo para jogar melhor. Senti uma onda de alivio percorrer meu corpo, até Peter acabar com ela. – Tem dois batedores da Sonserina vindo atrás dela.

– Ah meu Deus. LIZ! – Tentei gritar, mas não adiantava. O barulho da chuva e das torcidas estava muito alto para que ela pudesse ouvir. Fechei os olhos e escondi meu rosto no ombro de Justin.

– Ah meu Deus.

– O que aconteceu? Ela se machucou? Eles erraram? – Perguntei sem olhar para o campo.

– Não... Sirius entrou na frente da bola e caiu da vassoura. E não está se movendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? De novo, mil desculpas por Novembro.