Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 19
A.b.b.o


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Desculpe a demora, agora não estou só com uma história para escrever, estou com DUAS!
Para quem se interessar: http://fanfiction.com.br/historia/523687/Colegas_de_Quarto/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/474599/chapter/19

Liz Parker.

Luke Mars estava sentado na mesa da Corvinal, rindo, conversando com seus amigos, sem nenhuma preocupação nos ombros. Eu o encarava com todo o meu ódio, mas ele não parecia notar. Infelizmente, meus amigos notaram.

– Liz, você está fazendo trovoar. – Disse Ammy se referindo ao teto mágico acima de nós e se afastando um pouco de mim. Suspirei e me acalmei um pouco. Olhei para meu prato e o empurrei. Havia perdido a fome.

– Você quer que eu o azare mais tarde? – Perguntou Sirius, ao meu lado, tomando suco de abóbora. – Por que eu descobri um feitiço muito bom e...

– Sirius, se você encostar em um fio de cabelo dele, eu te dou de comida para a Lula Gigante. Eu quero ter o prazer de acabar com aquele infeliz.

Eu estava bem estressada esta manhã. Só de vê-lo, eu queria o azarar e o jogar da Torre de Astronomia. Mas Lily e Remo estavam aqui. Dumbledore e McGonnagal estavam aqui. Então eu tinha que permanecer quieta e normal por enquanto.

– Liz, por que você não toma seu café da manha e vai passear um pouco? Seu mau humor é desgastante. – Eu encarei Sirius novamente. Ele realmente não estava ajudando. Eu abri a boca para lhe responder, mas uma voz me impediu.

– Sirius! – Todos olharam para a dona da voz e viram Amber sorrindo e abraçando o moreno. Logo atrás dela, estava Alexia, sorrindo para James, que estava do outro lado da mesa e ao lado de Lily. Falando na ruiva, ela não havia gostado nem um pouco que as duas vieram conversar com os marotos. Voltou a olhar para o seu prato e a comer.

– Lily, querida, ainda com essa cor? – Perguntou Alexia percebendo o desconforto dela.

– Lexie, querida, ainda com essa cara? – Ela respondeu sorrindo irônica. – Se você quiser, eu posso batê-la no concreto para ver se melhora.

Alice, Sirius e eu gargalhamos enquanto os outros estavam surpresos com a resposta de Lily. Alexia se surpeendeu também, uma vez que ela normalmente a ignorava.

– James, vai deixar ela falar desse jeito comigo? – Perguntou para o maroto que segurava o sorriso.

– Ele não tem que me deixar fazer nada. – Respondeu Lily no lugar dele. – Ao contrário de você, eu tenho um cérebro que funciona e posso fazer minhas próprias decisões.

Ela se levantou e pegou seus livros.

– Agora, se me der licença, eu tenho que falar com o professor Slughorn.

E saiu, deixando todos nós de boca aberta.

Antes que alguém se recuperasse da maravilhosa cortada que Lily havia dado em Alexia, o correio chegou. Várias corujas entraram no Salão Principal e derrubaram cartas, pacotes e jornais na frente do respectivo dono. E, para minha surpresa, havia recebido uma carta. De Dumbledore.

Srta. Parker,

Por favor, compareça a minha sala depois do café da manhã, precisamos ter uma conversa séria.

Alvo Dumbledore

Ordem de Merlin, Primeira classe.

P.S: Eu sempre gostei muito de ratinhos de sorvete.

Achei estranho esse P.S, então mostrei para Sirius a carta, que pareceu preocupado.

– Ratinhos de Sorvete é a senha para entrar á sala dele. Mas eu não estou gostando que ele tenha sido tão... Sério na carta. Normalmente é maior e mais informal.

Olhei para mesa onde ele estava sentado e o vi conversando calmamente com Hagrid. Sirius deve ter percebido que eu estava mais preocupada ainda e tensa, pois segurou a minha mão.

– Quer que eu vá com você? Dumbledore não liga se você for acompanhada.

Hesitei um pouco antes de responder. Apesar de eu estar muito ansiosa e tentada a aceitar sua companhia, fiquei com medo que fosse algo que eu não queria que ele soubesse. Ele pareceu ler meus pensamentos que apertou minha mão um pouco e sorriu.

– Qualquer coisa, pode me dar um Obliviate e eu não vou mais saber qualquer segredo sujo que você possui. – Sorri levemente para ele.

– Tudo bem.

.

.

Depois que o café da manha passou arrastando, Sirius e eu demos uma desculpa qualquer para nossos amigos e fomos direto para a sala de Dumbledore. O caminho foi silencioso, principalmente por que quando Sirius falava alguma coisa, eu estava distraída demais para ouvir e responder que ele acabou desistindo.

Ao chegarmos a escada que levaria á porta de Dumbledore, vi uma gárgula. Levantei a sobrancelha para Sirius que apenas sorriu.

– Ratinhos de Sorvete. – Ele disse e a gárgula simplesmente saiu do lugar e escadas começaram a se mover. Nós subimos até chegarmos até a porta. – Pronta? – Perguntou. Concordei e bati três vezes.

Lily Evans.

– Potter, pela última vez, saia da minha frente. – Pedi controlando minha voz para não gritar no meio do Salão Comunal inteiro. Não que eles já não estivessem acostumados.

– Não, Lily. Me diga o porquê você está brava comigo desde que voltamos.

Bufei. Ele havia me seguido o dia inteiro fazendo a mesma pergunta. Estava tão irritada com ele que acabei gritando no meio do corredor da sala de transfiguração no momento que McGonnagal estava passando. Ela não havia me dado uma detenção, mas me avisou que era para eu controlar minha voz se não ela se arrependeria de não ter feito nada. E, mesmo agora que ela não estava presente, fiz questão de lhe obedecer. Agora estava tentando chegar ao meu quarto para ver se Alice estava lá. Ela havia faltado o dia todo e eu estava preocupada.

– Potter...

– Evans, me fale o porquê e eu te deixo em paz o resto da semana.

Suspirei e cruzei os braços.

– Da próxima vez que você brincar com os meus sentimentos do jeito que você fez na sua casa, eu juro que o próximo lugar que você vai parar, vai ser amarrado no Salgueiro Lutador. – Falei quase em um sussurro e vi que ele tinha ouvido. – Eu te disse que eu não sabia o que sentia, não disse? Agora eu sei. Eu sinto raiva de você. Eu sinto nojo de você. Eu sinto vontade de te bater até você perder a consciência. Como ousa mentir para mim? – Ele abriu a boca para responder, mas fui mais rápida. – Eu quero distancia de você, Potter. Tudo que eu quero é isso. Cansei de tolerar suas piadas sem graça que humilham outras pessoas. Cansei de te ver azarar os outros só por que não podem se defender e principalmente, eu cansei de ter você correndo atrás de mim me fazendo parecer uma idiota. Eu cansei. – Suspirei olhando dessa vez nos olhos. – Eu cansei de esperar que você agisse de acordo com a sua própria idade. Então me faça um favor e suma da minha vida.

Ele estava tão surpreso com as minhas palavras que dessa vez não conseguiu me impedir de passar por ele e ir para o meu dormitório.

Liz Parker.

– Olá, Srta. Parker. – Cumprimentou Dumbledore, sentado em sua mesa. Ele olhou para o meu lado e sorriu. – Sr. Black.

– E ai, Tio Dumby? – Cumprimentou Sirius sorrindo como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Dumbledore não pareceu se incomodar com o apelido ridículo e apontou para as cadeiras á sua frente. Sentei receosa.

– Srta. Parker, eu gostaria de lhe apresentar o Sr. Gunn. – Disse olhando para a porta. Sirius e eu seguimos seu olhar e vimos um senhor de idade negro e sério, usando vestes bruxas e um óculos maior que a sua cara. Ele se aproximou de nós e sentou-se em uma cadeira que ele mesmo conjugara. – Ele deseja falar com a Srta.

– Olá, Srta. Parker. Meu nome é Augustus Gunn. – Ele ofereceu sua mão e eu a apertei. – Eu sou da A.B.B.O, Associação bruxa para bruxos órfãos. – Congelei. O que estava acontecendo? – E estou aqui para fazer algumas perguntas para você.

Tudo que conseguir fazer foi acenar com a cabeça, para que ele continuasse falando. Procurei a mão de Sirius e logo a apertei. Ele começou a acariciar as costas de minha mão com o dedão, tentando me acalmar.

– Chegou aos meus ouvidos que seus pais, Amelia e Rory Parker, faleceram no ano anterior. – Concordei. – Sinto muito.

– Obrigada.

– E então fui checar o testamento de seus pais e eles deixaram claro que se algo acontecesse com eles enquanto você fosse menor de idade, você deveria ficar com... – Ele checou um papel que estava em sua mão. – Agatha Clair. Mas, infelizmente, ela faleceu também.

– Sim, ela faleceu. – Falei.

– E você não possui mais nenhum familiar vivo, pelo que pesquisei. Então, como ainda é menor de idade, precisa ficar sob observação de um adulto.

Me ajeitei na cadeira e o olhei.

– Eu estou sob a observação de um adulto. Eu moro na Mansão dos Black. - Disse respirando um pouco mais aliviada. Não havia nada de errado. - Meu pai sempre me disse que se algo acontecesse, eu deveria ir até lá.

– Sim, sim, isso veio á minha atenção também. – Falou procurando alguma coisa em sua maleta. Finalmente, ele tirou mais um pedaço de papel. – Mas segundo a lei bruxa, nenhum menor de idade pode morar na casa de alguém que não seja seu pai, parente ou guardião legal, a não ser que tenha algo dito por escrito pelos seus parentes. Você não tem.

Gelei. O que ele estava falando? Não era como se eu não soubesse tomar conta de mim mesma e, além do mais, eu ficava na escola o ano inteiro. Os três meses de férias que tinha eu podia passar na casa das meninas ou na casa de James com Sirius... Haviam adultos lá.

– Espere... O que o senhor está dizendo?

Ele suspirou tirando seus óculos.

– Eu estou dizendo, Srta. Parker, que como a senhorita não possui família para cuidar de você e como ainda é uma bruxa menor de idade, vai ter que vir morar em um orfanato.

– O que?!

.

.

O caminho de volta foi do mesmo jeito que havia sido a ida. Silencioso. Dumbledore conseguiu que ele me desse um tempo para procurar alguém da minha família, para ter certeza que eu não estava sozinha. Sirius não falou nada, apenas continuou segurando minha mão por todo o caminho, sabendo que tudo que eu precisava era de silêncio para pensar.

Chegamos até a porta do salão comunal quando soltei sua mão. Ele me olhou.

– Eu preciso que você me prometa que ninguém vai saber. – Falei.

– Lizzie...

– Sirius. Prometa. Por favor. – Pedi suplicante. – Eu sei que vai ser mais fácil eles ficarem sabendo, mas eu prefiro tentar resolver isso sem todo mundo me olhando com pena.

Ele ficou me olhando por um tempo até que suspirou derrotado e me abraçou. Senti seu cheiro confortante e respirei profundo.

– Prometo se você prometer que vai me procurar se precisar de alguma coisa.

Sorri levemente levantando o olhar para ele.

– Eu prometo.

Nos afastamos e entramos no salão comunal onde Lily e Ammy estavam terminando seus respectivos deveres. Avisei que iria para o meu dormitório tomar um longo banho e depois o encontrava aqui. Eu e as meninas subimos as escadas conversando e entramos em nosso quarto, que estava escuro demais. Acendemos as luzes e vimos Alice deitada em sua cama, com o rosto mergulhado em seu travesseiro, chorando.

– Alice... O que aconteceu? – Perguntou Ammy sentando-se ao seu lado. – Eu te procurei o dia inteiro... Por que faltou as aulas?

– Você não está se sentindo bem? Precisa ir na enfermaria? – Lily também se sentou no outro lado da cama. Eu sentei no chão á sua frente.

– Lice... O que aconteceu? - Perguntei.

Ela finalmente tirou a cabeça do travesseiro e nos olhou. Sua pele branca estava mais pálida que o normal e seus olhos muito vermelhos.

– Frank terminou comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Será que a Liz vai sair dessa?
E o que acharam do término de Alice e Frank?
Espero que tenham gostado :)