Até Que Você Seja Minha escrita por raggedy man


Capítulo 16
O Beijo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Desculpe por demorar ara postar, mas sofri um grande bloqueio e não sabia mais o que escrever. Quero agradecer a Paula linda que me deu uma ideia do que escrever.
Espero que gostem.



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Sirius me deu uma vassoura.

Não, não era uma vassoura. Era a melhor vassoura já feita. Olhei para o objeto em cima da minha cama sem acreditar no que via. Sorri levemente. Eu ainda não tinha uma vassoura só minha, usava as da escola e elas não eram muito boas, eram antigas. Estava já querendo comprar uma, mas acabei esquecendo. Ninguém sabia que eu queria uma vassoura nova, a não ser Sirius. Ele que havia me mostrado um catalogo de vassouras e me ajudado a escolher a melhor. E ele havia me dado a melhor. Levantei e fui para o seu quarto. A porta estava entreaberta, então não bati, apenas a empurrei. Sirius não estava, mas Jenny sim. Ela estava deitada na cama vestindo apenas uma camisa masculina, provavelmente de Sirius.

Não acredito que Sirius faria isso com os Potter. Quer dizer, ele é praticamente da família. Isso deveria ser errado. Ele dormir com a prima de James? Um total absurdo.

Sai do quarto sem que ela reparasse, mas quando virei para ir ao meu, esbarrei em Sirius sem querer.

– Oi. – Falou um pouco relutante. O olhei brava. – O que eu fiz agora?

– Você? Nada. Mas não me deixe te segurar aqui fora, obviamente eu vou atrapalhar seja lá o que esteja acontecendo lá dentro. – Apontei para o quarto dele. E entrei no meu quarto, o deixando sozinho.

Eu sabia o porquê estava brava. Eu estava com ciúmes. Mas também não era nem um pouco certo ele e a prima de James, estarem juntos. E ainda mais na casa dele. É uma enorme falta de respeito. Se eles ainda namorassem, não seria tão mal assim, mas eles não namoravam.

Ele entrou no meu quarto e fechou a porta, me olhando, parecendo confuso.

– Mas do que é que você está falando? – Perguntou. – Jenny está no meu quarto por que ela vai dormir lá já que não tem mais quartos. Eu vou dormir na sala.

O olhei envergonhada para ele. Acho que não deveria ter surtado desse jeito. Não sabia o que falar. Mas também não é algo absurdo de se assumir, certo? Ele era Sirius Black.

– Espera. Pensou que eu estava... Eu e a Jenny... Sério?

– Bem... É. Quero dizer, do jeito que ela cumprimentou você hoje, parecia muito. E vocês dançaram juntos. E ela só está usando sua blusa no seu quarto. Não é difícil de assumir algo.

Ele sorriu. Ficou me olhando por um bom tempo até que disse.

– Então, você ta com ciúmes?

– Mas é claro que não.

– Então o que foi tudo isso?

– Bem, só achei que era errado. Quer dizer, ela é bonita e você é você. – Ele me encarou. – Certo, desculpe. E obrigada pelo presente. Eu adorei.

– Por nada. – Ele sentou ao meu lado. – E Jenny tem namorado.

– Ah.

Eu realmente estava me sentindo extremamente estúpida agora. Droga de ciúmes. Mas eu não podia deixar ele saber que estava apaixonada por ele. Sirius partiria meu coração em um piscar de olhos. E, se duvidar, eu deixaria.

Ao olhar novamente para ele, vi que estava mais próximo e se aproximava cada vez mais. Fechei os olhos, deixando acontecer quando a porta foi aberta.

– Liz, você... Ah. – Sirius e eu no afastamos rapidamente e olhamos para Lily parada na porta. – Olá.

– É melhor eu ir pra sala. Boa noite, meninas. – Disse Sirius levantando e saindo do quarto. Olhei pra Lily que logo entrou no meu quarto e fechou a porta.

– Mas o que foi que acabou de acontecer? – Perguntou sorrindo. Ela realmente estava sorrindo? O que possivelmente teria de engraçado nessa situação?

– Por que está sorrindo? – Perguntei.

– Ah, não sei. Talvez pelo simples fato de vocês estarem se beijando! – Disse empolgada sentando ao meu lado.

– Não estávamos nos beijando.

– Mas quase. – Suspirei e concordei. – Ei... O que houve?

– Isso aconteceu. Eu estava quase beijando Sirius!

– Você o que? – Ouvi Ammy e Alice falarem na porta. Droga. Ambas entraram e sentaram na cama com a gente. Suspirei novamente e comecei a contar.

– Bem, no dia que chegamos, eu tive um pesadelo. Fui beber água e Sirius ouviu um barulho e veio atrás de mim. Ficamos conversando e voltamos para o quarto. Eu fiquei com medo de dormir sozinha e pedi para dormir com ele. E dormimos. No dia seguinte, brigamos e ele me beijou. E há cinco minutos a mesma coisa quase aconteceu. E eu estou confusa. Por que eu acho que eu posso estar apaixonada por ele.

O silencio prevaleceu no quarto.

No dia seguinte, acordei no meio das meninas. Por ninguém saber o que falar naquela situação, inclusive Alice, conversamos sobre qualquer outra coisa até pegarmos no sono. Fiquei feliz por não conversarmos sobre o assunto, uma vez que nem eu sabia o que falar.

Levantei devagar sem acordá-las e vi que ainda era cedo demais para alguém estar acordado. Vesti um casaco e sai silenciosamente indo para a sala. Sirius dormia esparramado no sofá, abraçado com seu travesseiro. Sorri levemente e fui até ele.

– Sirius? – Chamei.

– Estou dormindo. – Resmungou ainda de olhos fechados.

– Por que me beijou? – Isso o fez abrir os olhos.

– Você beija bem e eu quis fazer você parar de gritar comigo. Por isso que te beijei. Por quê?

Então era isso. Simples assim. Sem sentimentos, sem nada. Sirius não sentia nada por mim, não me via nada mais do que mais uma das suas garotas. Não me via nada mais do que sua amiga. E isso realmente me deixou magoada.

– Por que eu gostaria que não acontecesse de novo. Não quero que me beije de novo. Só quero que sejamos amigos e nada mais.

Ele me olhou por um bom tempo.

– Tudo bem. Se for isso que você quer, tudo bem. Mas, como amigo, preciso de contar uma coisa.

– Pode falar.

– Adivinha quem deu uns amasso com a artilheira da Grifinoria ontem?

Não pude deixar de sorrir. Sirius, apesar de tudo, sempre me fazia rir.

– Ouvi que ela beija muito bem.

– Ouviu certo. Ela beija muito bem mesmo.

– Pena que ela comentou que não foi tão bom para ela. – Falei levantando e sorrindo.

– O que? Ei, isso é impossível. – Disse se sentando. – E você deveria entrar na brincadeira.

Apenas sorri e voltei para o quarto.

Lily Narrando

Mais tarde, depois do café da manha, os pais de James voltaram para o Ministério á trabalho, então novamente ficamos sozinhos em casa. Alice e Frank e Remo e Ammy foram passear pela casa para poderem ficar sozinhos. Então o resto ficou na sala, conversando, a não ser James que estava em algum lugar que eu desconhecia. Fiquei observando Liz conversando com Sirius. Parecia tudo normal entre os dois, ela não parava de rir de suas piadas, mas bastava dar uma olhada em seus olhos para ver que ela estava magoada.

Levantei para ir até lá, mas Jenny me impediu.

– Deixe os dois. Você sabe que não vai adiantar nada falar com ela. Eu tentei com o Sirius ontem a noite e foi como falar com a parede.

– Ele te contou o que aconteceu ontem? – Perguntei olhando para ela.

– Contou. E o que aconteceu antes.

– Mas qual o problema dos dois? Eles sabem que gostam um do outro, mas não fazem nada para resolver.

– Você conhece os dois. Sirius não é uma pessoa que gosta de relacionamentos. Nunca gostou. E ela parece ser uma pessoa que não quer se machucar. – Olhei para ela. Como ela poderia saber dessas coisas? - Ele me contou o que houve com os pais dela e acho que a ultima coisa que ela quer é se envolver com alguém como o Sirius.

Jenny estava certa. Não teria como os dois darem certo até que ele mudasse e que ela superasse seus medos. Suspirei. Não adiantaria falar com nenhum dos dois. Até eles perceberem o que sentiam um pelo outro devidamente e que deveriam mudar para funcionar, nada adiantaria.

– Você esta certa. Eles são impossíveis. – Disse voltando a olhar os dois. – Mas e você? James disse que tem um namorado.

– Eu tenho. O nome dele é Alex e nós namoramos por três anos. – Disse sorrindo mexendo em seu colar. – Vamos andar lá fora?

Concordei e saímos, deixando Sirius e Liz sozinhos. Havia parado de nevar e havia pouca neve no jardim, mas ainda fazia um frio.

– Droga. – Reclamou Jenny. – Preciso do meu casaco. Pode ir andando e me encontre perto daquelas flores, ok? – Disse apontando para um ponto longe de onde estávamos. – Eu já volto. – E entrou.

Fui andando pelo jardim sozinha. Já havia me acostumado com o tamanho da casa. Eu gostava daqui. Era aconchegante e tão bonita. Conseguia imaginar a infância de James. Correndo pela casa, quebrando várias coisas, voando pelo quintal...

– Lily? O que faz aqui fora?

Olhei para os lados e não vi ninguém por perto.

– Jenny quis andar aqui fora e... Quem está falando e onde você está?

– James. Na sua direita no chão. – Virei e o vi sentado em uma cadeira baixa com um livro na mão. – Olá.

– Oi... O que faz aqui fora? – Perguntei.

– Eu perguntei primeiro, ruiva.

– Jenny queria dar uma volta, mas esqueceu do casaco e foi buscar. E você?

– Quis ler um pouco aqui fora. Gosto de ficar no frio.

– O que está lendo? – Perguntei sentando ao seu lado.

– Umas histórias muito esquisitas. É um livro trouxa infantil. Tem várias histórias sobre princesas e castelos e bruxos... Por que os bruxos são todos do mal? – Peguei o livro de sua mão. Vi que era contos dos Irmãos Grimm.

– Por que no mundo trouxa, bruxos são vistos assim. Magia só é vista com bons olhos quando vem de fadas. – Expliquei. – Mas por que está lendo um livro infantil trouxa?

– Bem... – Disse meio sem graça. – Remo disse que você adora esse livro e é um dos seus favoritos. E eu pensei em tentar ler para ter algo com o que conversar com você.

Sorri. Era um gesto muito fofo da parte dele.

– É verdade. Meu pai me deu quando eu era pequena e foi o meu primeiro livro. Foi por causa dele que eu comecei a ler. Você gostou?

– Bem, eu gostei do que eu entendi. – Ri. – Esses irmãos foram bem criativos e um pouco preconceituosos. Como podem falar que uma bruxa é feia e tem verruga em todo o lugar? Olhe só para você, ruiva. Você é linda.

Senti meu rosto esquentar um pouco. Sorri com o elogio mesmo assim.

– Obrigada.

– Sabe, isso é tão bom. – Olhei sem entender para ele. – Nós dois. Eu te chamando de Lily, você me chamando de James, você não gritando Potter, nós não discutindo...

– Eu sei. É... Diferente. Devíamos tentar mais vezes.

– Concordo.

Ficamos em silencio por um tempo, apenas nos olhando. Ele tinha olhos lindos. Era um castanho esverdeado tão profundo que só de olhá-los me deixava com uma sensação diferente. Ele foi se aproximando e, sem qualquer hesitação, eu também fui. Aproximamos-nos tão lentamente que não pude aguentar mais a excitação e acabei com espaço que nos faltava.

O beijo realmente foi uma explosão de sentimentos. Era a primeira vez que eu recebia um beijo dele por vontade própria. Quer dizer, eu correspondia aos seus beijos, mas ficava tão irritada por sempre ser por que ele queria não eu. Nunca aproveitei seus beijos. E eu me arrependi disso assim que meus lábios tocaram os dele.

James tinha um beijo terno e firme. Era um beijo diferente dos outros que eu havia experimentado. Envolvia muito mais sentimentos que os anteriores e eu não sabia o que sentia por ele. Separamos-nos lentamente e o olhei. Não falamos por um momento. Apenas nos olhamos. Até que eu o beijei novamente.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Finalmente Lily e James se beijando e ela gostando, certo? Não se esqueçam de comentar :)