''Quando uma porta se fecha, outra se abre; mas em geral passamos tanto tempo olhando e lamentando a porta fechada que não vemos a que se abriu''

A noticia que a campista acordou e ficou amiga da Clarisse se espalhou com um incêndio numa fabrica de fogos de artifícios (péssimo trocadilho), por onde eu passava, as pessoas me olhavam e cochichavam. Depois que eu me hospedei – temporariamente – no chalé de Hermes, eu segui os filhos do deus para o Refeitório. Eu estava observando alguém para me ajudar com as pegadinhas, eu sei que todos os filhos de Hermes são bons em pregar peças, só que eu quero pessoas que sejam confiáveis. As únicas pessoas que se encaixavam no papel são: Travis e Connor Stoll, irmãos gêmeos.

Ofereci uma oferenda a Atena e me sentei em frente aos gêmeos

– Fontes secretas me disseram que vocês são mestres na doce arte de armar pegadinhas, essas fontes estão certas? – eu disse baixo como se fosse um segredo de estado

– Certíssimas, querida novata. Sou Connor Stoll e esse é a parte mais feia da família Travis Stoll- um deles disse o mesmo tom de voz que o meu

– Mas nós somos gêmeos idênticos!- o outro garoto exclamou

– Mas eu sou mais bonito que você.

– Só nos seus sonhos!

[n/a: eu imagino eles como o Fred e o George, só que semideuses]

Vendo que se eu não interrompesse, eles discutiriam o jantar todo, fingi uma tosse. Ops, acho que foi um pouco mais alta do que eu esperava, porque muitas pessoas olharam para mim.

– Mas voltando ao assunto principal, sou Katherine Miller e eu quero movimentar as coisas por aqui!

– Nos encontre hoje a noite depois da caça à bandeira, iremos te mostrar como se faz as melhores pegadinhas do mundo.

– Ok

Voltei a comer meu delicioso prato de lasanha e..... PERAI! PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER! Calma Katherine, sem escândalos mentais. Ele disse depois da caça à bandeira? Ai meus deuses, eu mal cheguei e já vou ter que lutar. As vezes essa vida de ser semideus cansa demais, mas pelo menos terei mais emoção daqui pra frente.

Depois do jantar, Quíron dividiu os times, mas eu nem ouvi direito porquê eu tava viajando na maionese, quando fomos pegar as armas e armas as estratégias, eu descobri que o chalé de Atena que comanda os esquemas. Ótimo!

– Novata! Você, Jackson e o Di Ângelo vão ficar aguardando a bandeira, e eu espero que ninguém consiga pegar aquela bandeira, se não... – um dos filhos de Atena disse deixando a ameaça evidente, admito que fiquei com um pouquinho de medo dele

Antes de irmos às nossas posições, eu verifiquei se eu estava com meu colar e com o anel, e preferi já ficar com a adaga na mão, apesar de eu preferir o arco e flecha. Entretanto, se vier alguém, o combate terá que ser corpo a corpo. Nos dirigimos ao lugar que a bandeira iria ficar, perto da lagoa/riacho.

Quando todos estavam em suas posições, o jogo começou. Podíamos ouvir o som de espadas se batendo e muitos gritos. Nós três só agiríamos se alguém viesse pra cá.

– Então, a gente vai ficar aqui sem falar nada?- como eu já disse anteriormente, sempre tem alguém que estraga os meus momentos de paz interior.

– Sim Nico! Nós vamos ficar calados, precisamos nos concentrar. Se deixarmos alguém encostar um dedinho nessa bandeira é provável que aquele cara nos mate, só como uma mão.

– O Cody? Ele não faz mal nem à uma mosca!

– Mas eu continuo tendo muito medo dele.

Os próximos 15 segundos se passaram, e nesse tempo o Nico me olhava e apontavam para o Jackson tipo: “Puxe assunto, já que vocês vão dividir um chalé”. Em um movimento muito imaturo da minha parte, mostrei a língua pra ele, e ele, em outro gesto muito imaturo e não muito bem pensado, ela me mostrou o dedo do meio.

– Você não fez isso!- atirei nele a primeira coisa que consegui alcançar, que por sinal era a minha adaga, mas sem o objetivo de machucar e sim, assustar.

– Sua louca! Quase me acertou! NO MEIO DA TESTA!

– Eu errei – disse, me fazendo de inocente, e esticando a minha mão para a adaga voltar para mim. E novamente, o silencio reinou. Mas tem horas que eu odeio o silencio, porque eu sou uma pessoa agitada.

– Então nós não podemos machucar seriamente os outros campistas? Qual é a graça desse jogo? Sem sangue, sem morte! Não acredito que eles me mandaram pra cá! – me perguntei dramaticamente

– Só podemos fazer machucados leves, e só se for sem querer. Mas mesmo assim, podemos ficar de castigo e limpar as cozinhas. – disse Jackson

– Então, eu tenho que aprender a matar monstros sem machucar ninguém? Que tipo de acampamento é esse?

– É o acampamento que você vai viver pra sempre – disse Nico colocando a mão na testa como se estivesse desmaiando.

Ele e o meu irmão começaram a rir por causa da imitação de quinta, eu tenho que dar umas aulas de teatro por aqui. Ao longe, ouvi um falhar de folhas, como se alguém estivesse pisando nelas.

– Gente shhhhhh!- fiz sinal para eles calarem as bocas – Eu acho que temos companhia

Dito isso, duas pessoas apareceram. O Nico se pôs na minha frente como se eu precisasse ser protegida, iludido. Elas vieram para cima de nós, mas Percy distraiu uma delas, um garoto alto e muito forte (provavelmente filho de Ares) e o outro vinha em nossa direção. Nico conseguiu distrair ele. Só que eu não esperava que um terceiro aparecesse, alto, cabelos pretos e olhos da mesma cor, mão grandes e manchadas de graxa, acho que era filho de Herfesto. Muito engraçado! Porque os piores sempre ficam pra mim?

Ele veio em uma velocidade absurdamente rápida, e em sete segundos, ele já estava na minha frente. A espada que ele segurava na mão direita parecia que poderia decapitar alguém em dois segundos, e parece que ele leu os meus pensamentos, porque ele veio diretamente pra minha cabeça, felizmente, eu abaixei bem na hora. E aquela regra de não machucar as pessoas seriamente?

Se ele queria lutar pra machucar, espero que ele tenha um bom seguro de vida.

Fui para o lado e parei atrás dele rapidamente, e chutei a base da sua coluna com força, ele se desequilibrou, mas não caiu, se virou e veio para cima de mim com a espada em punhos pronto para me dar um golpe muito doloroso, desviei propositalmente no ultimo minuto e pus o pé na frente. Ele tropeçou e caiu. Eu teria que arrumar alguma coisa para manter esse cara no chão. Já sei! As flechas número 3! É essa hora que você se pergunta que merda é isso. Isso meus queridos, são flechas adaptadas, se eu cravar uma em algum lugar, só eu poderei tira- las.

(n/a: tipo o martelo do Thor ^^)

Puxei rapidamente o pingente do meu colar e ele se transformou em um arco e flecha. Com o arco em uma mão, peguei uma flecha e cravei em sua blusa, dos dois lados e pronto, ele tá preso no chão.

Mais umas três pessoas apareceram. E só tínhamos nós três para defender a bandeira. Já sei! É contra as regras do acampamento, mas grande parte das coisas que eu faço é contra as regras.

– Nico! Me de cobertura- gritei e saí em disparada até a nossa bandeira.

Quando cheguei perto o suficiente, me ajoelhei e pus as mãos no chão e me concentrei em passar um campo de força em volta da bandeira. O que faria que quando alguém do time inimigo chegasse perto dela, esquecesse o que iria fazer e dar meia volta.

– O que ela esta fazendo?- gritou Percy para Nico, desesperado

– Eu não faço a mínima ideia, mas se tratando da Katherine, tudo é possível.

Ignorei os dois e me concentrei. Pronto. Mas tinha um problema, se alguém jogasse sua arma nele, ele desapareceria. Gente! Eu só tenho 13 anos.

Continuamos a lutar, até que o pessoal voltou com a bandeira do outro time. Até que enfim né? Desfiz o campo de força num estalar de dedos e depois fiz todas as flechas que eu tinha cravado nas camisas das pessoas voltarem. Fiz tudo isso sem ser notada.

Sentei-me na margem do lago e pus os pés dentro. “Bem que você podia me determinar logo né papai”

– Bela vitoria, Katherine!- disse Clarisse, fazendo tirando os tênis e fazendo a mesma coisa que eu.

– Mas eu nem entrei em ação. Me colocaram para guardar a bandeira.

– Verdade, eu só disse aquilo pra te fazer feliz. - ela disse como se estivesse comentando sobre o tempo. Dei um soquinho de leve no ombro dela e ela fez o mesmo em mim. Ela se virou para mim e abriu a boca pra falar alguma coisa, mas a fechou de novo, chocada

– AH MEUS DEUSES!- ela gritou muito alto, o que chamou a atenção de todos. E eles tiveram a mesma reação dela, tipo: ''Não sou galinha, mas to chocado’’. Quíron veio rapidamente ver o que estava acontecendo e só deu um sorrisinho como se não fosse nada. Procurei Nico rapidamente com olhos para ver se ele me ajudava a entender, quando o encontrei, ele estava normal. Só fez um sinal para eu olhar para cima, eu o fiz.

Pairando sobre minha cabeça tinha um tridente grande e uma pequena lira embaixo.

– Salve Katherine Miller, filha de Poseidon e abençoada de Apolo.- disse o pônei

– Eu ouvi bem? Filha de Poseidon?- disse Percy que tinha acabado perceber o que acontecia

– Sim. Olá irmão!- disse eu

– Irmãos? Como? Mas, mas...

– Sabe, quando duas pessoas se amam. Elas começam a se beijar, e tem um momento...

– Eu sei como são feitos os bebes!

– É porque você já fez isso com a Annabeth né seu safadinho?- como eu adoro envergonhar as pessoas

– Não!- exclamou ele, muito, e bota muito nisso, vermelho

– Eu sei que você queria continuar conversando com a minha ilustre pessoa, mas terei que me retirar para pegar as minhas coisas no chalé 11 e me mudar para o 3.- eu disse e sai estilo LIKE A DIVA

Nome: James Potter (Aaron Johnson)

Idade: 13 anos

Sobre: Maroto e absurdamente lindo, é isso que você vai ouvir quando perguntar sobre ele. É um amigo que você pode contar em qualquer hora, tanto mau quanto boa. Se acha o rei do mundo, mas continua sendo legal.