''Nós nunca vamos crescer
Nós apenas queremos curtir
Diga ao DJ para deixar o som realmente alto
Não, nós nunca vamos crescer
E se nós tivessemos um jeito
Nós faríamos isso todo dia''

– Grow Up (Cher Lioyd feat Busta Rhymes)

Eu estava maravilhosamente maravilhosa naquele vestido de noiva, me casando com Tom Felton (quem trocaria Tom Felton por Sirius Black? Ninguém) na praia. E todos os meus amigos estavam lá,a Dorcas, a Alice, a Liesel, a Jessie, a Annabeth e a minha melhor amiga....

– Acorda! Sua vadia! Nós estamos super .atrasadas- algo se chocou contra mim

.... Lilian Evans

Levantei-me, contra a minha vontade, e fui tomar um banho rápido, já que estávamos atrasadas. Ainda bem que me lembrei de arrumar a mala ontem a noite, senão eu morreria pelas mãos da minha melhor amiga. E eu era muito jovem pra morrer.

Pus a roupa que eu tinha separado na noite anterior e desci as escadas correndo que nem uma louca.

Mas você é louca.

Calada consciência!

Eu acho que eu deveria entrar no livro dos recordes, porque eu cheguei no Salão Principal em dois minutos. E vi que todos os meus amigos estavam sentados na mesa da Grifinória e comiam calmamente. Aí eu percebi que tudo não passara de uma maneira de me fazer levantar mais rápido, porque se deixar eu enrolo demais (isso eu admito).

– Eu não acredito!- exclamei me jogando ao lado de Lily– Vocês me fazem achar que faltam dois minutos para irmos, e não falta nem uma hora.

– Me desculpe, mas se não fizéssemos isso só iríamos sair amanhã

– Até você Doe?

– Ah Kath, você sabe que era necessário. Pare de escândalo- disse Dorcas, totalmente calma e avoada

– Isso vai ter volta! Para todos!

– Vamos esperar sentados- disse Sirius debochado

– Mas mudando de assunto, estão prontos para o melhor Natal de todos os tempos?- perguntei animada

– Sobre isso- disse Peter levantando a cabeça pela primeira vez de seu prato- meus pais me mandaram uma carta ontem e disseram que uns parentes vão para a minha casa no Natal e eu vou ter que ficar lá. Então não vou poder ir para a sua casa, Katherine.

– Que pena, mas vamos nos divertir por você- eu falei totalmente fingida. Não era novidade para ninguém que eu não gostava muito de Peter. Lily me beliscou por isso, e eu devolvi mostrando o dedo do meio pra ela. Educação pura

Quando deu a hora de irmos, nos levantamos e fomos rumo aos trem que nos levaria até a Estação. No caminho ''nos perdemos’’ de Peter, mas resolvemos achar uma cabine sem ele mesmo (depois ele encontra a gente). Depois de estarmos acomodados devidamente. James perguntou:

–Em que parte de Londres fica a sua casa Misty? A minha mãe pediu para perguntar para ela poder deixar os aurores, os medibruxos e os bombeiros trouxas sob aviso.

–Sobre isso....-enrolei

– Não me diga que você mora no fim do mundo.

– Não exatamente.

– Alguma cidadezinha perto de Londres?- chutou Remus.

– Não.

– Alguma cidadezinha longe de Londres?- chutou Sirius.

– Não.

– Você mora no Reino Unido pelo menos?- desesperou-se Lily.

Dei um sorrisinho amarelo

– Eu não acredito nisso Katherine! Onde você mora?- gritou Lily.

– Nos Estados Unidos- disse eu, e eles ficaram estáticos e calados, o silencio foi quebrado por uma risada que veio de..... Dorcas?

– Dorcas, você ta bem?- perguntou preocupado Remus

– É muito divertido ver a cara de espanto de vocês.

– E você não ficou?

– Eu já sabia

Viramos para ela com cara de interrogação, pedindo para ela explicar

– Vocês lembrem de quando a Kath entrou na escola? O professor Dumbledore disse que ela veio de uma escola na America. Ficou meio obvio não?

– É por isso que a Dorcas é demais!- estendi a minha mãe pra ela dar um toque e ela o fez

Depois de tudo ser resolvido sobre a minha casa ser nos Estados Unidos. Sério que eles não tinham percebido o sotaque americano? Meus amigos prestam atenção em mim tanto quanto na aula de História da Magia. Ainda bem que eles não perguntaram como que vamos chegar lá, eles devem achar que é com aparatação, como se Apolo soubesse fazer isso.

Em meio a confusões e gritos pela parte de Lily, chegamos à estação intactos, quero dizer, chegamos vivos.

A primeira coisa que se vê ao atravessar a pilastra para o mundo mortal/ trouxa é uma multidão. Pessoas indo e vindo, alguns casais se despedindo, outros se reencontrando. Malas sendo arrastadas e passadas nos pés dos outros. E nós, seis adolescentes parados iguais a idiotas no meio da estação. Adivinha por quê? Porque o inútil do Apolo deve ter se esquecido de mim.

Decidimos comprar alguma coisa pra comer, sentar nas cadeiras e esperar.

– Misty.... O que? Katherine o que você está fazendo? –disse Remus se virando para mim

– Uma guerra de amendoins com um garoto, não está vendo?- disse eu acertando um amendoim na cabeça do pobre garoto- Yes! Mais um ponto para mim!

– Caso você não percebeu, o menino deve ter uns oito anos. E parece que só você ta em guerra, porque ele ta quase chorando- disse James

– Por que vocês sempre querem acabar com a minha diversão?

– Porque não é legal fazer crianças chorarem, Katherine! - exclamou alguém aparecendo do além na minha frente

– Ares tinha dito que eu podia fazer isso, Tio Fogoso- retruquei me levantando e o abraçando, me virei para o pessoal e os apresentei- Gente, esse é Apolo. Apolo esses são: Lily, a ruiva com cara de CDF, Doe, a loira meio avoada, Remus, o nerd que na verdade não é tão certinho assim, James, o porco espinho que não deve saber o que é um pente e Sirius, o retardado com cara de bobão.

– Vamos logo pirralhada, porque eu tenho tarefas a cumprir.- ele disse e saiu andando

No estacionamento, uma van preta com chamas pintadas nos esperava. Jogamos as mochilas para trás. Ela não era exatamente o carro do sol, porque aconteceram algumas coisas com ele da ultima vez e ele teve que ser substituído temporariamente. Mas todo mundo chama de carro do sol, porque é um carro de Apolo

– Alguém quer dirigir? – ofereceu Apolo

Mas eu intervi antes que James ou Sirius pudesse dizer um ''a’’

– Você está proibido de deixar adolescentes dirigirem o carro do sol. Lembra-se da ultima vez?

– E você está proibida de entrar no carro do sol. Lembra-se da última vez?- imitou-me ele

– E como vamos para os Estados Unidos se não podemos ir no carro do sol?- ignoramos completamente a cara de interrogação dos outro

– Para a sua alegria, Atena falou com Zeus e ele permitiu, só dessa vez.

– É por isso que Atena é demais.

Fiz um gesto indicando que era pare eles entrarem na van.

– Você não vai explicar para a gente o que foi aquela conversa né?- perguntou-me Lily

– Nem pensar.

– Eu sabia- dei um sorriso amarelo para ela como um pedido de desculpas e ela devolveu com um sorriso confortador.

Apolo foi para o banco da frente para dirigir. No banco de trás dele estava eu, Lily e James (nessa ordem), e no de trás de nós, estavam Sirius, Remus e Dorcas, respectivamente.

Em vinte minutos de viagem a Lily já tinha dado uns dois foras no James. O primeiro porque ele fez uma cantada muito estúpida com ela, foi tipo assim: ‘’Se coco fosse beleza, você estaria toda cagada, sua linda’’.

Estúpida não?

Mas é do James que estamos falando.

O pior é que o Sirius está rindo até agora

Eu sei que foi muito retardada, muito mesmo. Admito que ri um pouco, digo, muito. Apolo quase matou um bando de pássaros que estava sobrevoando o céu. Remus deu uma risada e Dorcas o acompanhou.

E Lily?

Bom, vamos dizer que ela ficou em choque por uns dois minutos e depois só não jogou o James pela porta porque conseguimos fechar a tempo.

E o segundo fora foi porque ele a chamou para sair, nada muito sério. Mas, já que ela já estava irritada com a cantada que deu um tapa nele.

E o resto eu não faço ideia porquê dormi o resto da viagem

#### Uma Semideusa Entre Os Marotos ####

– Eu preciso contar uma coisa pra vocês.

– O que? Agora você vai contar que na verdade mora na China e que só vamos para outro lugar para pegar outra carona?- debochou Sirius.

– Deixa de ser idiota. Não é isso.

– Fale Misty.

– Obrigada Remus. Então, eu convidei alguns amigos para passar o Natal conosco. Mas eles são trouxas, então nada de falar que faz mágica. Só um sabe que eu sou bruxa, o Nico. Então calem a boca.

– Eles também são estranhos e falam coisas esquisitas?- dei um peteleco na testa de James- Reformulando a pergunta, eles também dizem coisas tipo: ‘’Ai meus deuses!’’ ou ‘’ Vá para o Tártaro’’ ou ‘’Espero que o Tio Suquinho não tenha piedade da sua alma’’

– Sim, eles são iguais a mim. É costume dizermos isso de onde eu venho. Olhem! Chegamos

Paramos em frente a uma casa com dois andares. Ela era branca e na pequena varandinha que tinha na frente, flores coloridas faziam um efeito ‘’caindo’’ pelas duas colunas que seguravam o teto dessa varandinha. Uma arvore, que esteve ali desde que eu me entendo por gente, tinha um balanço em um de seus galhos. Pela quantidade de fotos que minha mãe tinha naquele balanço, ela o amava.

Abri o pequeno portão e atravessei o jardim com as mais diversas flores. E cheguei a porta de entrada, a maçaneta só abria com a seguinte frase:

– Abandonner n'est pas une option- a porta se abriu em um clic.

– Era francês né? ‘’ Desistir não é uma opção’’- observou Dorcas

– Sim. Esse é o lema dos Miller.- olhei em volta. A casa estava do jeito que sempre foi.- Liz? Eu cheguei!- meus amigos me olharam como se eu fosse louca

– Senhorita! Lizzie está muito feliz em vê-la- um elfo pequenininho saiu da cozinha e veio direto para a minha direção. Me pus de joelhos no chão e abri o braços para dar um abraço nela.

Ela foi comprada pela minha mãe quando estava grávida de mim, a família de bruxos que eram donos dela a maltratavam demais. Mas agora ela é o elfo mais feliz que eu já vi. Ela cuidou de mim todas as vezes que eu não estou em Hogwarts (meio obvio, já que ela mora comigo e me mima demais).

Após as devidas apresentações, comemos um bolo maravilhoso que ela tinha feito.

E estávamos em calma até a campainha soar.

Deuses, me deem paciência, porque, uma casa com bruxos e semideuses não vai durar muito em pé.