Caçada escrita por Gabi Gomes


Capítulo 19
O Nosso Segredo


Notas iniciais do capítulo

Olá, tigers!
Aqui está mais um capítulo de Caçada!



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− Mia? Acorde!

Não tinha muita certeza de onde estava vindo aquela voz, do meu sonho estranho com passarinhos obesos ou de uma pessoa, já que eu não conseguia identificar o sexo da suposta pessoa que falava comigo, pois tudo parecia um grunhido abafado.

Provavelmente eu estava sonhando.

Agarrei-me melhor contra um dos milhares de travesseiros que se encontravam em minha cama, e percebi que ele possuía o perfume forte de Kishan, aquele cheiro amadeirado viciante, que eu nunca conseguiria definir. E institivamente um sorriso tímido brotou por entre meus lábios, fazendo com que eu puxasse as cobertas, entrando novamente em um estado de transe sonolento.

− Mia, vamos lá! – Aquela pessoa parecia muito insistente na tarefa de tirar-me da cama, pois cutucava meus pés enquanto puxava meu edredom. Infelizmente, para a pessoa, eu apenas resmunguei e rolei na cama.

− Deixe-me dormir... – Minha voz saiu tão arrastada, que parecia que eu estava bêbada.

− O dia está lindo, Mia, não vou deixar você passar o ultimo dia aqui na cama. – A voz agora parecia brava, e em um movimento rápido meu edredom foi puxado, me deixando totalmente exposta, deitada de bruços com meu pijama do Elmo e com os cabelos enroscados.

Demorei mais alguns segundos para ajeitar-me na cama, sentando-me ereta no colchão enquanto esfrega os olhos, tentando enxergar quem era a pessoa que estava ao pé da cama.

− Kishan? – Sussurrei, esperançosa de ver os olhos dourados do meu tigre, junto com aquele belo sorriso travesso.

− Ele saiu bem cedo para caçar, Mia, junto com o senhor Kadam.

As coisas começaram a clarear para mim, e rapidamente percebi que a pessoa em minha frente era esbelta e cheia de curvas, usando uma saia longa e florida que destacava a cor de pele forte, eu nunca iria confundir aquela voz fina e melodiosa.

− Nilima? – Murmurei, focando meus olhos na garota que sorria docemente para mim. Percebi que ela carregava nos braços uma grande caixa prateada.

− Bom dia, Mia. – Parecia impossível, mas o sorriso dela aumentou, praticamente rasgando o belo rosto escultural.

− Bom dia. – Joguei meus pés para fora da cama, sem me levantar. – O que é isso em suas mãos?

− Um presente. – Ela cantarolou, repousando a caixa em cima da cama e ao meu lado. Meus olhos questionadores voavam de Nilima para o presente, sem entender muita coisa.

− De quem? – Cocei a nuca, passando levemente os dedos nos fios dourados que seguravam a tampa da caixa.

Em vez de me responder, tudo o que Nilima vez foi abrir um sorriso travesso, como uma criança que sabia um segredo muito óbvio. E naquele momento eu sabia que o presente misterioso só poderia vir uma pessoa.

Kishan.

Abri um pequeno sorriso e mordi meu lábio inferior, sentindo uma pequena pontinha de curiosidade tomar conta do meu corpo, e sem esperar muito mais ataquei o embrulho, enrolando-me com os fios que abraçavam a caixa.

Mas assim que tirei a tampa e alguns papéis seda, encontrei um enorme tecido dobrado, em um tom de vermelho tão escuro que quase se confundia com o marrom, alguns bordados em dourado me fizeram ficar com vontade de tocar o tecido, e assim que passei os dedos por ele, percebi que era grosso e pesado.

− O que é isso, Nilima? – Perguntei, totalmente confusa com o estranho presente de Kishan, afinal, o que ele queria que eu fizesse com um tecido?

Nilima apenas riu e balançou a cabeça, andando graciosamente até o meu lado e levando ao mãos finas para dentro da caixa, tirando o grosso tecido de dentro dela. Assim que ela se levantou, percebi que o que ela tinha nas mãos era uma saia longa e extremamente bonita, que me fez perder o folego.

− É uma roupa típica indiana. – Ela apontou com a cabeça pra a caixa, e assim que olhei, deparei-me com um top muito curto, com manguinhas e feito no mesmo tecido da saia, junto com o xale mais claro.

− É um sari? – Perguntei, olhando para o top que deixaria minhas costas quase toda exposta.

− Na verdade, nós o chamamos de sharara, que é uma roupa mais para garotas. – Ela explicou, sorrindo.

− É lindo. – Sussurrei, mais para mim mesma do que para Nilima, enquanto apreciava a beleza daquele traje.

− Quer provar? – Nilima me tirou dos devaneios, balançando a longa saia e sorrindo, fazendo com que eu arregalasse os olhos.

− Provar? –Ainda estava abismada, pois uma roupa tão bonita quanto aquela não ficaria bom junto com meu corpo pálido, magro e reto.

− Isso mesmo. – Ela colocou uma das mãos na cintura. – Kishan me deu ordens restritas sobre o seu presente. Ele disse, “faça a Mia provar mesmo se ela reclamar”.

Não aguentei e comecei a rir da imitação ruim que Nilima havia feito da voz grossa de Kishan, e acabei caindo deitada na cama, abraçada com o top.

− Acho que então que vou provar. – Disse, depois de um longo tempo tentando recuperar o folego, sentindo minha barriga doer.

− Você vai amar! – Nilima gritou animada, como uma menininha, puxando-me pelo braço e nos arrastando até o banheiro.

Nunca pensei que vestir uma simples roupa seria tão difícil quanto montar a estratégia de uma guerra civil. Tudo o que vi no momento em que pisei para dentro do banheiro, foi meu pijama sendo tirado de mim e aqueles tecidos começaram a me engolir.

Nilima explicava que vestir um sari necessitava de um pouco de prática, mas eu estava sendo sufocado pela saia, então não tive como perguntar se era comum morrer sem ar ao vestir a roupa.

As mulheres indianas eram loucamente elegantes, eu tinha que confessar.

Depois de arrumar minha saia e vestir-me o top, Nilima começou a pentear meus cabelos revoltos, enquanto eu tentava me manter ereta, pois parecia que eu estava vestindo um elefante muito gordo.

Nilima ficava na frente do espelho, pois dizia que não queria que eu me visse antes de terminar o cabelo e a maquiagem. De acordo com ela tudo iria ser muito natural, mas já estávamos ali a quase uma hora.

Meus cabelos foram penteados, puxados e presos com presilhas; meus lábios foram pintados com um batom bem claro e meus olhos foram delineados em preto. E depois de muito tempo sentada na pequena poltrona que se encontrava em frente ao espelho, Nilima se afastou, deixando-me livre para me encarar no espelho.

E eu me assustei.

Assustei-me pois a pessoa refletida ali não se parecia nem de perto comigo. Olhos azuis marcados me encaram com surpresa; meus cabelos estavam em um coque com tranças, deixando algumas pequenas mechas ao lado do meu rosto; lábios carnudos que eu nunca tive e uma pele que parecia tão macia quanto a de uma bebê.

Nunca fui muito fã de Aladin, mas naquele momento só faltava um gênio e um tapete voador para eu me sentir a verdadeira princesa Jasmine.

Levantei-me, tentando me sustentar com todo aquele peso extra e tentei balançar a saia que lambia o chão, e para meu espanto, ela rodopiou com o mínimo movimento que eu fizera.

− Você está linda, Mia. – Nilima olhava para mim com um sorriso no rosto, balançando a cabeça.

− Posso ficar assim? – Perguntei, passando as mãos pelo top, sentindo-o abraçar meu corpo por completo.

− Claro que sim, Mia, ele é seu. – Ela riu melodiosamente, estendendo-me o xale. – O xale é usado em ocasiões mais formais, mas você pode colocá-lo se quiser.

− Não vou usá-lo, não. – Sorri, balançando minha saia. – Me sinto perfeita assim.

− Com certeza está. – Ela disse do closet, enquanto guardava o xale em uma das milhares de prateleiras. – Pronta para tomar café da manhã?

Mal comi direito toda aquela comida maravilhosa que Nilima havia preparado para nós duas, pois só conseguia sorrir e acariciar minha nova roupa de princesa. Tudo o que eu queria fazer naquele momento era sair rodopiando por aí, apenas para ver o fogo vermelho do tecido se movimentar.

Passeie por todos os cômodos da casa enquanto conversava com Nilima, e afundei meus pés na grama fofinha da área externa da casa, sentindo a maior vontade de correr pela floresta fechada apenas para sentir o sol e o vento batendo em minha pele.

Sentia os olhos alegres de Nilima me observando pelos vitrais da cozinha, enquanto preparava um lanche para nós e para quando senhor Kadam voltasse. Acenei bobamente para ela, enquanto chutava algumas pedrinhas que encontrava em minha frente.

Foi quando percebi o olhar assustado de Nilima, e ela parecia olhar para algo atrás de mim, fazendo com que automaticamente eu me virasse, encontrando apenas a floresta mal iluminada. Meu peito bateu rapidamente, enquanto eu forçava meus olhos a enxergarem o que se espreitava entre as árvores, e foi quando eu os percebi, olhos dourados me observando perigosamente.

Segurei o sorriso e apertei minhas mãos uma contra a outra, afastando-me lentamente, observando aqueles olhos se aproximarem, espreitando por entre as árvores e folhagens.

− Oh, Deus! – Levei a palma da mão contra a testa, em um ato dramático. – Sou apenas uma menina inocente andando pela floresta, por favor não me mate, monstro impiedoso.

Minha péssima atuação de dramaticidade recebeu como resposta um rugido alto, e eu já conseguia ver o corpo negro do meu tigre, que parecia me cercar como uma presa.

Acabei por tropeçar em uma das pedrinhas que eu estava chutando, e pisei na barra da minha bela saia, e sem conseguir retomar o equilíbrio, cai de costas no chão, vendo um vulto negro saltando por cima de mim.

Estava com os olhos fechados, mas apenas senti quando meu corpo foi girado e logo em seguida, estava deitada em cima de algo macio e extremamente cheiroso. E eu conhecia aquele perfume, pois ele era como um carimbo em meu coração.

Encontrei os olhos dourados de Kishan me observando intensamente, enquanto ele sorria animadamente. Meu corpo todo se arrepiou devido ao contato de nossos corpos e a proximidade de nossos rostos. Provavelmente eu estava corando.

− Você está tão linda, bilauta. – Sua voz não passava de um sussurro, e seu hálito quente batia em meu rosto.

Não sabia o que dizer, ou como agir, pois aquele contato tão íntimo estava me deixando acanhada. Não conseguia olhar diretamente nos olhos de Kishan, então foquei meu olhar para o seu peito, sentando-me em seu abdômen rígido.

− Obrigada, Kishan, esta roupa é maravilhosa. – Murmurei. – Me sinto como uma princesa.

− Você já é uma, Mia. – Ele abriu um sorriso maravilhoso, colocando uma pequena mecha do meu cabelo para trás da orelha.

Naquele momento eu já não tinha mais cérebro e nem coração, os dois já tinham se explodido à muito tempo, pois eu não conseguia me concentrar e muito menos entender o que se passava com os meus sentimentos.

− Onde você esteve? – Fiz a primeira pergunta que surgiu em minha mente, tentando acabar com o silencio que havia se instalado entre nós.

− Fui caçar um pouco. – Ele apoiou-se nos braços, levantando seu tronco do chão. – Acordei muito cedo e você ainda dormia, fui falar com Kadam, mas ele estava de saída para a cidade. Resolvi ir caçar.

− Conseguiu pegar muitos esquilos fofinhos? – Perguntei, fazendo uma careta ao pensar no pobre animal.

− Alguns. – Ele riu alto, fazendo meu coração bater descompassadamente. – Mas com certeza a melhor coisa do dia que consegui caçar, foi você.

E novamente a conversa tinha voltado para mim, e meu corpo correspondia às palavras de Kishan das maneiras mais inusitadas.

− Não fique tão convencido, tigre. – Ironizei, batendo as mãos contra seu peito forte. – Não sou tão fácil de ser pega assim.

− Gosto de desafios, Mia. – Ele sussurrou como se aquilo fosse um segredo, me olhando maliciosamente. – A caçada é muito melhor quando a presa é difícil.

E naquele momento eu já não fazia ideia de quantos sentidos a nossa conversa estava adquirindo.

Nossos olhos estavam presos um no outro, e tudo o que eu menos queria era que aquela conexão se quebrasse. Senti os dedos de Kishan tocando levemente em minha bochecha e eu tive vontade de fechar os olhos e aproveitar o momento. Sua outra mão acariciava o fim da parte exposta das minhas costas, causando-me arrepios constantes, que provavelmente ele sentia, pois seu sorriso aumentava a cada instante.

Seus dedos contornaram meus lábios entreabertos, fazendo com ele borrasse um pouco o batom claro. Minha mãos se moviam calmamente em seu peito, subindo até os ombros largos dele e voltando para baixo novamente.

Não sei como, mas nossos rostos haviam se aproximado novamente, e eu já sentia sua respiração se misturar com a minha.

− Mia! – Ouvi o grito de Nilima ao fundo, e rapidamente empurrei Kishan para o chão, fazendo com que ele batesse a cabeça e fizesse uma careta. – Preparei alguns lanches para vocês, venham comer! Kadam acabou de chegar.

Mordi meu lábio inferior enquanto olhava para os lados, um tanto envergonhada. Sai de cima de Kishan apressadamente, e teria caído novamente se ele já não estivesse de pé, segurando-me pela cintura.

− Cuidado, bilauta. – Ele disse, sorrindo, depositando um beijo demorado em minha bochecha, deixando-me desnorteada, antes de me soltar.

− Vamos, tigre. – Peguei em sua mão, um pouco receosa. – Acho que eu estou precisando caçar alguns sanduíches.

Ao chegar à cozinha, encontramos Kadam e Nilima conversando algo sério, e o velho homem parecia muito cansado, e assim que nos viu sorriu.

− Está muito linda, senhorita Mia. – Seu tom bondoso me fez corar, e eu senti Kishan – já eu sua forma de tigre – esfregando sua cabeça peluda em minhas pernas.

− Obrigada. – Murmurei ainda sem jeito, sentando em uma das milhares de cadeiras da enorme mesa da cozinha.

− Estive arrumando os últimos detalhes para a viajem de vocês amanhã, e temos que conversar sobre alguns assuntos...

E assim passamos o resto do dia, apenas ouvindo as inúmeras recomendações de senhor Kadam, sobre os perigos, os cuidados necessários, os melhores caminhos para se tomar, mas com toda certeza a maioria das coisas ele falava com Kishan, pois eu estava muito concentrada em comer os deliciosos paninis de Nilima. O homem grisalho também falou sobre o que levar de importante na mochila e até sobre o que ele já tinha colocado em nossas mochilas, falou sobre o carro e o acampamento, e no final do dia eu sentia que minha cabeça girava com tantas informações absorvidas.

Já era de noite, e eu me encontrava em meu quarto, jogada em minha cama e ainda vestindo meu belo sharara, que por mim eu nunca tiraria do corpo. Meu Ipod estava conectado em uma caixinha de som, e uma música lenta ecoava por todo o quarto, enquanto eu cantarolava os refrãos e rabiscava coisas aleatórias em meu caderninho de desenho.

Eu tentava me manter calma e tranquila, mas meus pensamentos só giravam em torno da estranha viajem que eu faria com Kishan, amanhã.

Um barulho me fez sair dos meus devaneios, e quando percebi, um tigre negro se arrastava para dentro do meu quarto, vindo da minha sacada.

− Ah! Olá, Kishan. – Passei a mão pelas suas orelhas felpudas quando o mesmo parou ao meu lado da cama. – Estava tentando relaxar um pouco, pois estou muito elétrica com a ideia de amanhã.

Virei-me para guardar meu caderno na escrivaninha, para não esquece-lo de colocar na mochila, e assim que me virei, meu tigre não estava mais lá, e Kishan se encontrava sentado na cama.

− Você ainda pode mudar de ideia, Mia. – Ele sussurrou, passando as mãos pelos cabelos. – Não quero que você corra perigos por mim.

− Ei. – Sentei-me bem próxima dele, fazendo com que nossos braços roçassem. – Eu falei que iria ajudar, não é?

− Eu sei, mas é que... – Kishan começou a dizer algo, mas eu o interrompi.

− Então se eu disse que iria ajudar, então eu irei ajudar. – Disse firmemente, olhando fixo nos olhos de Kishan.

Tudo o que se ouvia no quarto eram as músicas lentas e calmas que tocavam no meu Ipod, e minha mente começou a viajar novamente, e só percebi o que Kishan estava fazendo quando senti suas mãos nas minhas, e ele me puxava para ficar levantada.

− O quê...? – Tentei perguntar, mas os braços de Kishan envolveram minha cintura.

− Gosto dessa música. – Ele sussurrou. – Vamos dançar.

− Dançar? – Minha voz saiu esganiçada, e meu corpo travou. – Não sei dançar, Kishan, tenho dois pés esquerdos.

− Isso não é um problema. – Kishan sorriu, puxando meu corpo até que eu ficasse em cima de seus pés, e eu tive que morder os lábios ao sentir nossos pés descalços juntos.

− Tecnicamente eu não irei dançar. – Disse, passando meus braços lentamente pelos ombros de Kishan, fazendo com que nossos corpos colassem.

− Ninguém precisa saber disso. – Ele riu. – Será o nosso segredo.

Nossos corpos colados começaram a se mover em um ritmo lendo, acompanhando a música do Ipod, e Kishan fez o impossível e colocou mais ainda nossos corpos, fazendo leves carícias com os dedos nos lugares em que meu top não tampava minha pele.

− Não sabia que você dançava tão bem. – Murmurei, deitando minha cabeça em seu peito.

− Na verdade não sei, mas aprendo rápido. – Ele riu roucamente em meu ouvido, deixando-me arrepiada.

Nossos corpos colados, nossas respirações misturas e meu coração descompassado. Com toda certeza eu não mudaria nada naquele momento perfeito, iluminado apenas pela luz fraca da lua, que entrava pela sacada.

Os lábios de Kishan deixaram leves beijos em meus cabelos e em minha testa, antes de levar uma das mãos até meus cabelos, e desfazer todo o penteado trabalhoso que Nilima havia feito, fazendo com que as mechas caíssem em cascatas pelos meus ombros.

− Muito melhor. – Ele murmurou, passando as mãos pelos cabelos soltos, e segurando algumas mechas entre os dedos, sem perder o ritmo da música em nenhum momento. – Você é minha princesa, bilauta.

Meu sorriso era enorme e meu rosto estava vermelho, e tudo o que eu fazia era tentar escondê-lo contra o peito de Kishan, inalando o seu perfume que me deixava zonza.

Eu ainda não lidava muito bem com os constantes elogios de Kishan, que faziam eu me sentir tão especial.

− Está pronto para amanhã? – Lá estava eu, tentando mudar de assunto.

− Sim. – Ele disse firme, olhando-me nos olhos. – E você?

− Acho que sempre estive pronta para isso.

Continua...


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