O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 9
Revelações...


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto... O título já diz muitas coisas... Falei que iria acelerar a fanfic, mas agora começará a história real, o porque da separação e as consequências quer serão enfrentadas!

Boa leitura



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Annabeth me analisava, me estudava... Eu não era um projeto de arquitetura para ela ficar assim comigo! Eu estava cada vez mais nervoso, precisava sair do acampamento, voltar ao Egito e esquecer de tudo... Talvez fosse melhor que Annabeth nunca descobrisse e eu só fosse Egípcio. Os planos dele não podem dar certo, ou vamos perder mais do que alguns deuses Gregos e Egípcios, a Terra nunca mais vai ser a mesma.

Annabeth parou de sorrir.

Connor... Você está abalado! –

– Annabeth... Eu acho que muitas coisas estão para acontecer! Isso está me deixando louco! – Disse a ela

– Porque você não fala?! Desde que chegou aqui, tenho percebido que você e Percy estão cada vez mais estranhos comigo... –

– Eu não queria que ele se envolvesse, mas acho que está na hora de vocês saberem... – Disse fazendo a maior cara triste

Ela me analisou e deixou Percy sozinho e foi até minha cama...

Annabeth era linda, sua energia para tudo pulsava em seu interior! Era incrível como ela não tinha noção de que poderia fazer magia simplesmente dizendo as palavras divinas... Mas não era o mundo dela, aquela energia vinha de muita experiência em batalha, coisa que seria fundamental para os desafios que se aproximavam.

– Eu só queria que Atena estivesse aqui... – Reclamei

– Você é piradinho em minha mãe né?! – Riu Annebeth

De certa forma sim... Mas com a presença dela iria tornar tudo mais fácil... –

Ela riu um pouco, mas viu que eu falava sério.

Eu estava ainda pouco a vontade, sentia que algo poderia ocorrer em breve. E ainda mais com a presença de Quíron e a Alexandra, que na verdade era Skadi.

– Quíron, Sk... Quer dizer Alex, podem nos deixar a sós?! – Perguntei

– Claro... Mas qualquer coisa chame! – Disse o centauro se retirando junto com Alex

Antes de sair ela deu uma última olhada para mim preocupada.

– Não se preocupe! Estou bem! – Ela sorriu e saiu

Estavam agora, eu, Annabeth e Percy desacordado. Ainda faltava alguém...

Annabeth me olhava com expectativa, tudo parecia girar, e meu medo de ser atingido por um raio continuava a subir, assim como um vazio no estomago e a vergonha que não parava de crescer... Pedia que Atena aparecesse, mas pelo jeito, seria somente eu e Annabeth... Ah, e é claro, a baba do Percy dormindo.

Eu olhei para Annabeth e levantei. Fui até a janela e fechei a PercyAnna (Piada ruim é fogo... kkk).

– Eu passei os últimos onze anos da minha vida pensando em como seria esse reencontro... Não saberia o que dizer, se você iria acreditar ou se ainda aconteceria. Por favor, antes de falar alguma coisa, me bater ou tentar me matar. Me ouça, não sei se vou sobreviver a isso, e cada coisa que disser pode ser importante! – Disse fazendo drama

Ela se sentou na cama e me olhou dizendo para continuar.

Eu desenhei um hieróglifo no ar e uma pequena continua de névoa apareceu na frente de Annabeth. Ela tinha uma cor azulada e era um feitiço que eu havia feito especialmente para esse momento.

– Tudo que eu falar... Vai aparecer nesta projeção de minhas memórias! –

Ela acenou com a cabeça curiosa.

– Bem... Tudo começa a onze anos com a nossa chegada no acampamento. Foi difícil, perdemos Thalia, mas estávamos a salvo. Eu, você, Luke e Groover. Logo a noite, estávamos assustados com o jantar e com tudo o que havia acontecido antes, mas nossa mãe, deu um jeito de nos reclamar logo na primeira noite. O símbolo da coruja apareceu em ambos, como era de se esperar. – Tomei um pouco de ar

Ela me olhava contrariada, obviamente aquela não era a versão que ela conhecia.

– Enquanto você dormia no chalé, eu fui dar uma volta pelo Acampamento. Conhecer o local e algumas pessoas. Após dar algumas voltas, eu vi uma mulher vestida de armadura no alto de um morro, ela me chamou e eu fui até ela. –

Annabeth me olhava com expectativa.

– Essa mulher era Atena... Após um pouco de conversa, ela se desculpou e fez algo que eu não me lembro. Acordei em um estacionamento alguns minutos depois, apenas com meu passaporte e com uma passagem só de ida para o Cairo. –

Ela me olhou confusa.

– Após isso... Por onze anos eu passei longe, e agora estou aqui. Contrariando a vontade divina e lhe contando minha história. Cujo, a nossa mãe fez questão de apagar das mentes de todos os envolvidos... – Disse parando de falar

Ela me olhou confusa, brava. Eu não entendia o que ela estava sentindo.

– Connor... Isso parece loucura, então você está me dizendo que você é meu... Ir... – Disse ela não conseguindo completar

– Seu irmão... De sangue e de Chalé... – Disse com lágrimas escorrendo pelos olhos

Ela se assustou, mas não chorou. Me olhou firmemente.

– Você têm alguma prova disso?! – Perguntou ela duramente

– Tenho... – Disse a ela

Eu me concentrei e puxei do Duat três fotos.

– São as únicas provas que tenho... Se elas não forem o suficiente, eu irei embora e esquecerei de tudo... –

Ela pegou rapidamente de minhas mãos e começou a olhar.

A primeira era uma foto nossa enquanto bebês, eu de roupa azul e ela de rosa em dois carrinhos lado a lado e a marcação com a letra do pai dela: “Connor e Annabeth... Manhattan...”. A segunda era de nosso aniversário de cinco anos de idade, nós em frente a um bolo gigante. A terceira era uma foto de dela, minha, Thalia e Luke na frente de um parque de diversões, nela estava escrito: “Nossa eterna família.”. Na letra de Luke.

Ela olhou a letra da primeira e da terceira carta e começou a chorar.

– Essas são as letras de Luke e de meu pai... E isso tudo, é verdade... Não pode ser, eu me lembraria... Meu irmão gêmeo?! – Ela começou a se desesperar

– Atena apagou as suas memórias... Assim como a do papai e de outras pessoas que tiveram contato com a gente... – Disse a ela

Mas porque isso tudo?! Connor, porque minha, nossa mãe faria isso com nós dois?! Eu não consigo entender! – Ela ficou na minha frente

– É isso que eu me pergunto há onze anos Annie... Nunca fez sentido em minha cabeça, eu tentava odiar Atena... Mas não conseguia, eu sempre a amei como uma mãe, por mais que eu tentasse odiá-la... – Disse chorando

– Connor... Eu queria dizer que lembro de tudo, mas você é apenas um estranho para mim e eu não posso considere-lo meu irmão... Mesmo achando sua história verdade, isso é frustrante para mim e deve ser doloroso para você, mas é isso que você é para mim... Apenas um estranho... – Disse ela friamente

– É mais do que doloroso Annabeth... Eu sabia que isso iria acontecer, mas queria que pelo menos que você soubesse a verdade. Afinal eu simplesmente sou um passado que você não conhece, e para o bem dos gregos, é melhor que tudo acabe assim! –

Ela foi até mim e me abraçou.

– Eu realmente queria lembra... Eu sempre quis ter um irmão, alguém mais próximo do que o chalé de Atena. Mas parece que não querem, eu não quero que você vá embora... Connor... – Disse ela confusa

Eu fiz o sinal com hieróglifos.

– Agora têm a parte que não diz respeito somente a nós... Annabeth, ouça atentamente... –

Ela olhou novamente para a névoa e eu comecei.

Contei a ela sobre a Casa da Vida, os Deuses do Egito, a Magia Egípcia e tudo que havia feito nesses onze anos.

– Deuses do Egito?! Então eles também... – Disse ela confusa

Sim... A magia é o cargo oficial da Casa da Vida... – Disse agitando as mãos e delas saindo hieróglifos

Ela sorriu.

Impressionante... –

Eu fiquei sério...

– Annabeth, e tem mais uma coisa... –

Ela ficou séria e prestou atenção em mim.

Contei para ela as visões da Rachel, o sonho de Tróia e depois meu pesadelo com a voz.

– Connor... Isso não faz sentido... –

– Eu sei... Mas sinto que algo está para acontecer. Algo grande... Só digo uma coisa, o que vai acontecer vai mudar o mundo! É algo maior que o Egito e que a Grécia, entenda, Annabeth, nada acontece por acaso, inclusive minha vinda para cá. –

– Eu sei... Mas Man... Quer dizer Connor, isso pode não acontecer neste século!

– Não quero ser pessimista... Mas Annabeth, as forças do caos já se agitaram, há uma pessoa que têm o acesso ao conhecimento necessário para causar o caos neste mundo. Na verdade, um fantasma... –

– Fantasma?! – Perguntou ela

– Sim... Vou lhe dizer mais tarde, agora eu acho que chega de informação... –

– Mas... Mas... Connor... – Implorou ela

Já me meti em confusão... Não é Dionísio?! – Perguntei desenhando um hieróglifo no ar

No canto da sala, uma planta se transformou em Dionísio, o deus do vinho.

– Você... Você... – Falou ele com raiva

Annabeth se escondeu atrás de mim.

– Egípcio! Avisamos para seus Deuses há centenas de anos para ficarem longe dos acampamentos gregos! A interação entre as duas culturas deveria ser proibida! –

– Não brigue comigo... Mas sim com Atena! – Disse sorrindo

– Você é um erro, sua mãe quis escondê-lo, mas agora eu sei de tudo! Você está perdido! Aproveite seus últimos dias como semideus e como alguém vivo! – Disse ele desaparecendo em uma coluna de fumaça

Annabeth agarrou meu braço.

– Connor... Ele quer matar você!-

– Eu sei... Não seria a primeira vez que isso acontece. O mais importante agora é que você fique bem. Eu vou dar um jeito de sair do acampamento e voltar para a Grécia... –

– Você não pode sair... – Disse uma voz familiar

Olhei para trás e Atena estava em seu traje de guerra.

– Mamãe?! – Espantou-se Annabeth

­- Annabeth! – Disse ela docemente

Agora você aparece... –

– Eu estava aqui o tempo todo Connor... Fico feliz que todo esse teatro tenha finalmente chegado ao fim! – Disse ela

Não é só você! – Falei

Annabeth abraçou Atena que respondeu.

– Connor, eu já lhe falei que você não pode sair! É importante que você fique aqui! – Disse Atena

– Atena... Você quer que eu morra?! –

– Não! Mas precisa treinar, você sente que algo vai acontecer! Vocês precisam se preparar, isso foi previsto há milhares de anos, mas somente agora irá acontecer. Separei vocês dois, para poderem ser meus heróis, serem os heróis do Olímpo... E, isso foi para a proteção de vocês... –

– Atena, me separou da Annie somente para treinar?! –

– Connor, você é a única pessoa que é a conexão viva entre as duas culturas. Precisaremos da Casa da Vida e dos semideuses para conseguir superar. É só o que eu posso falar, e sobre Dionísio, se prepare. Se tiver que lutar, utilize toda a sua força, eu conto com você! –

Atena olhou para Annabeth e depois me olhou.

Connor, sobreviva pelos próximos dois dias e será reconhecido como meu filho! Annabeth, sua memória será restaurada aos poucos... Que a sorte esteja com vocês! É a única coisa que posso dizer... – Disse Atena irrompendo em uma coluna de chamas

Annebeth me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

Connor... O que está acontecendo? –

– Eu queria saber também... – Disse abrindo a Persiana

E era isso. Eu havia revelado meu maior segredo para ela, ameaçado de morte por Dionísio e recebido um prazo de vida por Atena. Minha vida realmente estava animada, e o frio voltava a me incomodar. Seriam dois dias de intensa preparação, se Dionísio queria me matar, eu não vou tornar o trabalho fácil. Se ele quiser lutar, eu vou estar preparado. Mesmo que ele seja um Deus Olímpico, eu vou sobreviver.


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Notas finais do capítulo

E aí... O que acharam? Vale a pena continuar lendo? Ou a fic já encheu o saco?!

Respondam... Por favor!

Até a próxima!