O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 25
Sou um Brinquedo?


Notas iniciais do capítulo

Então... Realmente estou um pouco decepcionado com a nova temporada... Mas estou escrevendo incessantemente!

Espero que gostem!

:3 Até lá embaixo



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Ótimo... Vamos recapitular...

Connor sendo ameaçado de morte de novo? Checado

Connor quase sendo morto por um deus ou deusa de novo? Checado

Connor fazendo um juramento para salvar sua pele pela terceira vez? Checado

Connor aceitando Ártemis como deusa maior? Chec... Espera aí!

Como assim eu aceitei isso? Minha deusa maior é? Tá bom, não é nenhuma, Ísis me abandonou, e acho que Skadi não conta como deusa maior... Mas Ártemis? A deusa que mais me odiava, minha mãe não poderia ter deixado eu morrer? Passar umas férias eternas com o tio Hades poderia ser tão divertido...

Mas naquela hora eu não poderia culpar Atena, Ártemis se ofereceu tão rápido e com tanta vontade que ela não poderia negar. Eu como de costume estava agonizando de dor após ter quase encontrado a morte pela décima quinta vez em um mês.

Atena tinha de ser rápida, por isso havia aceitado a proposta de sua irmã, com as palavras: “Ele lhe pertence”, no momento, eu ouvi, mas não conseguia raciocinar direito, na verdade, fiquei sabendo do quão diferente foi essa decisão de Ártemis e Atena horas depois.

Eu acordei na enfermaria do acampamento romano algumas horas depois, ao meu lado, somente Skadi aguardava, mas sua expressão não era de felicidade, ao contrário, ela parecia muito irritada.

Quando eu olhei para ela e sorri, ela não sorriu, não comemorou, ao contrário, eu senti pela primeira vez, como uma deusa da neve poderia ser... Fria!

– Skadi, o que aconteceu? – Perguntei sorrindo

Pela primeira vez ela me olhou como uma deusa! Me olhou como se eu apenas fosse um mortal comum, sem qualquer importância para ela... Naquele momento, eu era apenas um brinquedo para a deusa nórdica da neve.

– Nada Connor Chase, sua mãe passou sua posse para a deusa da lua... – Ela falou sem olhar nos meus olhos

Sentei na cama e olhei melhor para ela. Skadi não estava mais na sua forma de 18 anos, ela parecia um pouco mais velha e usava um longo vestido branco, deveria ser uma roupa tradicional nórdica.

– Como assim minha posse? –

– Você é um mortal Chase, pertencia a Atena, mas agora pertence a deusa da lua... É uma simples obra de sua mãe, que agora foi passada adiante! –

Ela estava muito diferente, acho que foi ali que eu aprendi que as mulheres as vezes nos culpam por coisas que a gente não faz...

– Eu não sou um objeto! – Protestei – Skadi, o que você quer dizer com passou adiante? E o que Ártemis têm haver com isso? –

Ela pirou de vez.

– Connor, você fez um juramento para Psique, disse que daria uma alma a um deus ou deusa, o que lhe livrou de ser morto, mas você não conseguiu dar sua alma a ninguém. Não completou o juramento! E enquanto você desmaiava, de novo, Ártemis se ofereceu para ter a posse de sua alma, mas foi algo além... Você não tem mais ligação nenhuma com Atena! –

Foi aquele momento que eu fiquei tão branco quanto o vestido da deusa nórdica. Algo mais havia acontecido, ou estava para acontecer. Até então eu não estava me sentindo diferente, mas, havia alguma coisa.

– Que horas são? –

O que isso têm haver? – Ela brigou – Isso é sobre você não ser rápido o suficiente com o seu juramento! –

– Skadi! Eu sei que fiz mal, mas você pode me dizer que horas são?! –

Ela arregalou os olhos e olhou para fora.

– Está começando a escurecer, provavelmente é seis horas! –

Eu não expliquei nada a deusa e sai da enfermaria correndo, precisava encontrar Ártemis e impedir que aquilo acontecesse, se tivesse entendido bem o que Ártemis queria!

Os romanos já estavam normais, o acampamento estava movimentado e barulhento, apenas mais o fim de um dia normal no acampamento. Quando avistei Piper conversando com Reyna, fui até elas para saber onde Ártemis estava, precisava conseguir chegar até ela rápido.

Quando me aproximei, Reyna me olhou com nojo, mas Piper sorriu.

– Hey Connor! – Ela disse vindo até mim e me abraçando

Oi Pipes! – Respondi pouco a vontade

Reyna nos olhou e depois saiu de perto.

– Ela ainda me odeia... – Comentei rindo

Você é diferente de todos... – Piper comentou – Agora, acho que você quer saber onde a Ártemis está... –

Eu a olhei surpreso e ela sorriu.

– Ela falou que você iria fazer isso, disse que iria te esperar nos campos de Baco, ela parecia um pouco feliz... –

Não esperava que o seu jeito Ártemis e o adjetivo feliz poderiam ser utilizados na mesma frase sem ser: Ártemis acabou com a felicidade de alguém... Piper sorriu e apontou para onde era o Campo de Baco.

– Obrigado Pipes! –

Sai correndo em direção ao campo, ao mesmo tempo em que via a lua cheia surgindo no horizonte, ela parecia um pouco mais brilhante, da mesma forma com que eu não cansava enquanto corria a toda velocidade.

Os romanos me viam e deveriam estar se perguntando: “O que este grego louco está fazendo?”, e de certa forma as coisas estavam loucas mesmo. Quando cheguei ao belo campo de Baco, vi que a lua iluminava apenas uma parte do campo, exatamente onde duas pessoas olhavam para o horizonte.

Não perdi tempo e corri até as duas pessoas que pareciam me aguardar. Uma delas, era Ártemis, com o tradicional casaco prata, calças jeans pretas e os olhos prateados. A outra, Sadie, sorria e dava risada conversando com Ártemis.

– Connor! – Falou Sadie vindo me abraçar

Ela era durona, mas as vezes também era um amor! Sadie era uma tempestade em um local calmo, sempre agitava o ambiente, mas também sabia demonstrar seus sentimentos como ninguém. O que ela fazia ali conversando com Ártemis eu não sei, mas logo iria descobrir.

– Ártemis, o que houve? – Perguntei indo direto ao ponto

Ela pareceu não se importar muito com a minha presença, era típico da deusa da caça e da lua, mas respondeu.

– Você é a minha nova posse, somente isso aconteceu... –

Sadie deu alguns passos para trás.

– Sou filho de Atena, não sou posse de ninguém! –

Ártemis riu e pegou ser arco.

– Me diga Chase, porque acha que eu fiz a proposta para sua mãe? –

– Vingança por causa do soco que Skadi lhe deu? –

Ártemis parou de sorrir e depois olhou para mim.

– Connor, temos nossas diferenças, eu sou mulher e você é um homem! – Falando a palavra homem como se fosse a pior ofensa do mundo – Mesmo você tendo essa grande deficiência, ainda têm um potencial... Eu fiz isso por que quero lhe testar! –

Me testar? Deixar uma deusa da neve com raiva de mim era um teste?

– Ártemis, eu me ofereci para virar servo de algum deus... Porque você teria interesse em mim? –

– Ainda não posso lhe dizer Connor, mas nossa ligação vai muito além de servo e mestra... Enquanto você estava desmaiado fiz Psique fazer algumas alterações em você... –

Sadie deu mais alguns passos para trás e Ártemis começou a sorrir. Eu olhei para a deusa sem emoção nenhuma e depois olhei para a lua, eu percebi, que ela me iluminava também.

– O que você?! –

– Troca de essência... Todo semideus nasce com 50% de uma cópia da essência de seu pai. Você era 50% Atena e 50% mortal, vamos dizer que eu pedi para a deusa das almas mudar essa composição... – Riu Ártemis

Eu juro, se ela não fosse uma deusa eu já teria pulado no pescoço dela!

– Você pode me falar o que fez? –

– Chase... Você agora é 10% Atena, 40% Ártemis e 50% mortal! – Ela riu mais – Fique feliz, é um experimento bem sucedido! Já que Atena gosta tanto de ciência, ela deve estar adorando também! –

Naquela hora eu não me controlei, aquela deusa estava fazendo piada comigo, mudando quem eu era por simples diversão.

Ao meu redor, a grama começou a ficar branca, coberta de gelo. A raiva tomava conta de meu ser, Ártemis era uma inimiga, era isso que meu cérebro dizia, mas por outro lado, havia uma parte de mim que não queria ataca-la.

– Connor? – Sadie Perguntou

O gelo continuou avançando até Ártemis... Mas a deusa continuava rindo, Sadie andava de um lado para o outro. E eu continuava causando uma pequena nevasca naquele canto de grama do campo de baco.

Quando a nevasca atingiu Ártemis, ela simplesmente estralou os dedos, a neve se desfez instantaneamente e eu caí no chão. Não conseguia me mover, estava acordado, mas não me mexia.

– Então, já passou a raivinha? – Ela riu – Você não pode atacar sua mestra! Não é pareô para mim! A troca foi tão pequena, pelos benefícios tão grandes. Agora eu tenho um dos semideuses poderosos dessa geração em minhas mãos, além de saber exatamente como derrotar aquela deusa da neve, apenas por uma cópia de minha essência. Também lhe tirei de sua mãe e de sua irmã! –

Ártemis caminhou lentamente até mim e tocou em minha testa. Meu movimento voltou, mas havia algo diferente.

– Connor! – Sadie exclamou

Ela veio até mim e me ajudou a levantar.

– Espero que goste garoto... Vai ser uma experiência e tanto! – Ela riu e desapareceu

A lua parecia diferente, assim como o cheiro e as sensações, algo estava muito diferente. Foi apenas quando encarei Sadie, foi que eu tive a resposta... Os 40% de Ártemis não eram pouca coisa.

– Connor, seus olhos! –

Eu olhei para ela assustado.

– Prata... Prata... Eles estão... –

Da mesma cor que os olhos de Ártemis... Era disso que ela falava.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Comentem?
Xinguem?
Deem sinal de vida!



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