O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 24
Nem nórdica e nem Egípcia, acabo com uma deusa grega...


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal... O Irmão de Annabeth está a muito tempo sem ser atualizado, por isso decidi fazer uma coisa...
Eu deixei o primeiro livro, e apaguei o que seria o segundo, e começarei a postar a "Nova temporada" aqui mesmo...
Será um livro mais longo que o anterior, e espero que mais emocionante!
Espero que acompanhem!
E juntos vamos terminar essa história!
Aqui está o primeiro capitulo, da segunda temporada de O Irmão de Annabeth!



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De certa forma eu me via como o aquecimento global, o meteoro que extinguiu os dinossauros, ou apenas como um grande vilão que finalmente havia conseguido realizar seu plano de destruir o mundo, ou pelo menos a vida que Havia nele.

De certa forma, eu fiquei no quase! Quase causei uma guerra que destruiu duas culturas milenares, quase matei meus amigos, ah, e é claro, quase morri. Sinceramente, que vida difícil, nunca consegui concretizar nada das façanhas acima... Eu era um vilão ruim, o que significava que eu era um herói muito bom?!

Errado mais uma vez, se os semideuses já tinham dificuldade em aceitar alguém que havia crescido e aprendido poderes e uma cultura diferente da deles, imagine alguém que entrasse no Olimpo, causasse a transformação do rei dos deuses, em um Deus criança, e é claro, promovesse sua mãe a rainha do Olimpo?!

Connor Chase era o sinônimo de destruição por onde passava. Mesmo com meus “amigos” dizendo que eu não era o culpado de nada, que aquilo aconteceria de uma forma ou de outra, eu sempre pensava diferente.

Tudo começou por causa da minha maldita interferência, se tivesse ficado em Atenas, nada disso teria acontecido?

Bem, mas minha irmã gêmea estaria morta... Isso valeria a pena?

Claro que não, Annabeth é um bem da humanidade, ah, e é claro, do seu namorado (pensamento machista), reformulando a frase, minha irmã ainda vai fazer grandes coisas pelos mortais, e Perseu queria ela ao lado dele pelo resto de sua vida...

Bem... Chega de reflexões moralistas em torno de se eu sou culpado ou não pela primeira grande troca de poder no Olimpo depois de 4000 anos, e ou pela possível extinção do mundo...

Aquele tinha sido meu melhor cochilo por semanas, embora, os deuses ainda não estivessem muito contentes com sua nova “Rainha”, e acho que Ártemis, era uma delas, pois as coisas que aconteceram no amanhecer, bem, não foram tradicionais, e muito pouco legais, a não ser que você seja uma garota e odeio os homens...

Vou parar de enrolar e contar a vocês...

Acordei com o pescoço duro por causa de dormir no carro de Skadi, de certa forma, era meio assustador acordar com uma deusa ao seu lado, mesmo que eu já confiasse interamente nela, acordar e sentir a aura dela, fazendo minha pelo pinicar e até ter um certo medo.

Skadi já não estava mais no carro, ela foi aonde as deusas vão quando acordam, se bem que eu nem sei se os deuses dormem, pelo menos ela dormia.

O acampamento romano estava estranho, muito quieto, os romanos não eram daquele jeito, o próprio ar estava carregado eletricamente, o gosto de ozônio vinha a minha boca, em pé, ao lado do carro, Annabeth estava parada, com os olhos vermelhos, ela tinha chorado recentemente.

– Annabeth? – Perguntei, ficando sentado no banco do carona

Ela me atirou uma camisa roxa do acampamento romano e chegou mais perto.

– Vamos rápido, eles estão esperando no fórum! – Ela falou com a voz rouca

Fórum? Eu não era um legionário Romano, muito menos um senador para me apresentar ao fórum! O que eles queriam comigo, as coisas pareciam estar cada vez mais estranhas, quando alguns dos fantasmas do acampamento romano vieram até nós.

Eram dois, um baixo e gordo, vestindo apenas uma túnica branca, amarrada com um pedaço de corda, e o outro, estava vestindo uma armadura completa, embora, a transparência dos fantasmas, deixavam eles mais engraçados do que assustadores.

Eles não falaram nada, apenas apontaram para mim e para Annabeth, e indicaram o caminho.

Troquei de camisa o mais rápido possível e sai do carro, eu e Annabeth acompanhamos os dois espíritos até a cidade, e lá dentro, vimos o fórum, estava lotado, havia muito além dos senadores romanos ali, estavam alguns gregos, alguns espíritos e muitos, mas muitos campistas romanos comuns e alguns habitantes da cidade.

Quando começamos a nos aproximar, as coisas começaram a ficar mais estranhas ainda, as pessoas que estavam em frente a passagem, Annabeth foi a primeira a entrar, logo atrás dela, eu realmente entendi o porquê de todos estarem lá.

Sentados em uma fileira de cadeiras, os 11 deuses olímpicos (onze já que Dionísio havia sido execrado), estavam todos olhando para mim.

Fui conduzido até um palanque a frente deles, Annabeth sentou na primeira fileira, como se estivesse assistindo uma execução. Percy estava ao lado dela e tentava acalmá-la.

Atenas estava sentada na caidera mais alta, e estava muito diferente, parecia muito mais poderosa, já Zeus, ele estava sentado no final da fileira, e agia, bem, como um adolescente, parecia não estar se importando com a minha presença.

Engoli em seco e encarei minha mãe, ela estava nervosa, alguma coisa havia acontecido nessas horas.

– Connor Chase, o conselho Olimpiano teve uma reunião de emergência nesta noite... E acabamos decidindo algo... – Anunciou Atena

Ártemis sorria, como se o irmão dela tivesse finalmente admitido que ela era melhor que ele.

Os outros deuses não pareciam felizes que nem a deusa da caça.

– Mãe, o que aconteceu? – Perguntei sério

Atena fixou os olhos cinzentos em mim, ela não estava feliz, na verdade parecia muito nervosa.

– Connor, o conselho votou a favor de sua execução! -

E lá voltávamos a velha história de matar o Connor... Não que eu já estivesse acostumado, mas aquilo estava começando a ficar ridícula.

– Mas... Ontem a noite... – Tentei argumentar

Posseidon se levantou e olhou rapidamente pare Percy e depois para mim.

– Tendo uma grande mudança no poder, decidimos pelo que achamos mais justo. Matar aquele que levou a tudo isso, Connor Chase, não fico feliz fazendo isso... Mas foi o que o conselho decidiu! –

Skadi que até agora estava escondida no meio de todo povo presente se levantou.

– Não podem fazer isso! Ele deve terminar o que começou, antes que seja tarde! – Ela protestou

Ártemis se levantou e foi até ela.

Aquela foi a minha primeira vez vendo uma briga de garotas, na verdade deusas, e devo admitir, minha namorada me impressionou.

Ártemis foi até Skadi e deu um tapa no rosto da deusa.

– Não se meta nas decisões do Olimpo, deusa nórdica! – Ela falou como se fosse uma ofensa

Skadi olhou para mim e depois olhou para Ártemis que sorria vitoriosa, e fez algo que eu nunca imaginei que ela faria, acertou o rosto de Ártemis com um soco.

– Meça as suas palavras, deusinha grega! –

Ártemis não sofreu nada, mas voltou para sua cadeira. O sorriso no rosto dela havia desaparecido, aquela cena, hilária por sinal, atenuou o clima, mas eu ainda estava condenado.

– Eu jurei fidelidade aos deuses gregos! Jurei que iria trazer o equilíbrio de volta, isso não vale nada? – Perguntei nervoso

Atena se levantou.

– Juramentos mortais não valem, a partir de quando modificam toda uma estrutura de poder. Se jurou fidelidade a nós, cumpra nossa vontade e não questione! – Falou Atena autoritariamente

Minha mãe realmente estava diferente, agora estava mais rígida, muito mais poderosa, e parecia não lembrar que eu era filho dela.

– Atena! Se os juramentos não valem mais nada... O que será do mundo? –

– O mundo continuará de pé meu filho, vamos nos reorganizar e prosperar novamente! –

Atena falava sério, eu não estava pronto para lutar novamente, ainda estava muito machucado e com toda certeza a plateia não estaria ao meu favor.

– Connor Chase, sua morte será feita pelo método mais doloroso já conhecido! – Posseidon anunciou – Sua alma será arrancada, com você ainda vivo! –

O público ficou assustado ao mesmo tempo, Skadi agarrou meu braço e eu encarei minha mãe.

Não havia como fugir, nem o Duat funcionaria com tantos deuses reunidos, e eu não poderia ir muito longe.

Vinda da plateia, uma mulher vestindo um Quíton (tradicional vestido grego), com os cabelos negros e os olhos azuis veio andando em minha direção. Skadi agarrou ainda mais meu braço, foi quando eu relacionei a minha punição com a deusa que vinha em minha direção.

Psiquê, a deusa das almas, ela era a mestre de todas as almas, ela que arrancaria a minha e daria um fim em minha vida.

Conforme ela se aproximava, minha visão começou a ficar turva. Minhas forças começaram a se esvair.

Meu conceito de alma era o egípcio, 5 partes, cada uma com sua função. Mas os gregos eram mais simples, a alma era a essência do ser, ela era tudo o que ele era, ou seja nome, sombra. E vai por mim, estar tendo sua alma arrancada não era nada bom.

Minhas forças se esvaiam, eu já não via mais nada a minha frente, a não ser a deusa das almas, não havia magia que me salvasse daquilo, e embora eu estivesse quase morto. A resposta veio para mim em uma antiga história egípcia.

O homem que havia traído Seth e antes de morrer, caçado pelo deus do mal, acabou por entregar sua alma a Ísis, de forma com que ela pudesse cuidar dele no pôs vida. Mas a deusa acabou por salvar aquele servo de Seth e o transformou no seu servo, passando a ser propriedade dela pelo resto de sua vida mortal.

De certa forma ele havia virado escravo de Isis, mas a história que os egípcios contavam era de como enganar a morte e se escapar do mal. E com as últimas forças que me restavam, procurei falar em grego antigo:

“Δίνω την ψυχή μου για να ...”

Calma, se você não entendeu, está escrito: “Eu entrego minha alma á...”.Psique parou na hora, os outros deuses não entenderam o que estava acontecendo, talvez apenas Atena, que sorriu levemente.Seu filho era realmente inteligente, ele havia escapado da punição dos deuses pela segunda vez, mas havia um porém, eu não havia conseguido dizer o nome de qual deus eu entregaria a minha alma.

– Porque parou? – Perguntou Hermes

Ele exerceu sua decisão de entregar a alma a um deus, só não disse a quem. Não posso tirar uma alma com dono! – Avisou a deusa

Atena me olhou, eu estava caído e mal se mexia, compreendia o que estava acontecendo.

– E a quem ele deu a alma? – Perguntou Ártemis

Ele não conseguiu dizer, ele têm que escolher alguém... –

Ártemis se levantou e foi para a frente de Atena.

– Se não quer ver seu filho morto, peço que o entregue a mim! Quero que ele viva, mas saiba que eu quero que minha essência seja ligada a dele! Peço que me entregue! – Falou a deusa

Atena ficou espantada com o pedido, olhou para mim e não obteve resposta, ela precisava pensar rápido. O que Ártemis queria, era simplesmente uma vingança por causa da humilhação sofrida dela por Skadi.

Mas talvez me salvar fosse mais sábio... E com algumas palavras, Atena selou meu destino.

– Ele lhe pertence... -


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Notas finais do capítulo

E aí, vale a pena voltar a investir nessa história? Estou com saudades de seus comentários!



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