O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 20
Um último esforço.


Notas iniciais do capítulo

Depois de algum tempo O irmão de Annabeth está de volta para o penúltimo capítulo da primeira temporada! Demorou muito tempo, mas espero que gostem do desenvolvimento dos poderes de Connor e da história!

Está terminando... Então antes do fechamento da primeira temporada, gostaria de agradecer a todos os comentários incentivadores para continuar escrevendo! E sim, haverá uma segunda temporada, continuando com a história de Connor Chase.

Boa leitura e até o fechamento da história!



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Sabe o que é dar risada da cara da morte?! É ir de Táxi para o Olimpo sabendo que no mínimo oito deuses te odeiam. Mas como podia ser minha última vez andando entre os vivos, eu merecia ir de encontro com a morte no máximo do conforto... Por isso o táxi, mesmo estando a beira de um ataque de nervos, eu sabia que aquele passeio no Olimpo poderia representar o último como semideus, mas poderia representar também a volta a normalidade do mundo.

Eu não podia ter mais medo, eu não tinha mais esse luxo de pensar em fugir para qualquer outra parte no mundo! Eu iria enfrentar Rachel e salvar o Olimpo, ou morrer tentando, era necessária muita coragem para dizer isso a mim mesmo, coragem que eu tirava de cada pessoa que conheci nessas semanas, se na batalha conta Atena, eu estava pronto para morrer... Posso dizer que agora que estou namorando uma deusa, quase me reaproximando com minha irmã e fazendo alguns amigos, posso dizer que não estou pronto, e na realidade nunca vou estar!

Eu quero fazer Setne pagar por tudo o que fez a minha família e aos semideuses, quero acabar com aquele espírito maldito e mandar ele para o fundo do tártaro, mas ao mesmo tempo quero que tudo volte ao normal.

O Táxi parou em frente ao Empire State.

Era aquele o momento em que os fracos se acotovelam, estava me sentindo como se fosse um Espartano prestes a enfrentar a morte contra o exército Persa, sabendo que não seria fácil, mas com confiança o suficiente para tentar.

– Por Percy, Annabeth, Jason, Carter e Sadie... Por todos os semideuses que morreram em uma guerra sem sentido! - Disse a mim mesmo

Entrei no saguão e me dirigi ao elevador. Entrei nele e coloquei para o Olimpo.

Dentro do elevador, puxei do meu bolso o amuleto Tyet de Ísis, mesmo ela não me ajudando, um pouco de proteção egípcia nunca era demais.

Antes de a porta se abrir, tudo ficou escuro. Ísis apareceu.

– Chegou a hora... - Falou a deusa

– Eu sei... A questão agora, é quem vai vencer! -

– Você está mais poderoso Connor, têm chance contra Rachel. Mas antes é necessário pensar em sua mãe! -

– O que você sabe? -

– Atena foi expulsa do conselho dos 12 deuses maiores e em seu lugar assumiu Hécate... Ela foi julgada como culpada por tudo o que está acontecendo ao Olimpo por ter te escondido no Egito e tudo mais. A partir disso, ela está presa no Olimpo, apenas esperando o momento de ser jogada para o esquecimento no tártaro. Isso foi resultado de um acordo entre Ares, Ártemis e Hécate para eliminarem Atena do Olimpo e assim podendo ficar com o trono quando Zeus abdicar. -

– Então o primeiro passo é libertar minha mãe... -

– Sim, se ela puder ajudar será mais fácil. -

– Eu sei.-

– Connor Chase, os Egípcios contam com você para parar Setne. Boa Sorte! -

Ela desapareceu e o elevador parou no andar correto.

O Olimpo estava diferente, parecia que estava abandonado, em escombros. Uma batalha entre os deuses havia acontecido ali há pouco, havia uma aura elétrica que carrega o ar, e alguns dos templos que formavam a construção da cidade mística dos deuses. Comecei a caminhar pela calçada dos templos procurando o que poderia ser uma prisão para minha mãe.

A corrente elétrica começava a ficar mais forte a medida que eu me aproximava do templo de minha mãe, foi aí que eu entendi que ela estava presa no próprio templo, e que a batalha tinha sido travada entre ela e os outros deuses, por isso a aura elétrica.

Entrei no templo, era uma construção toda feita em mármore branco com detalhes em ouro celestial. Havia inscrições em grego em todas as paredes do templo, e em seu centro uma estátua enorme de Atena. Foi aí que eu vi, minha mãe acorrentada a estátua como se fosse uma simples prisioneira.

Atena estava em um estado horrível, sua roupa estavam rasgadas e sujas, seus cabelos fora do alinhamento, ela parecia uma humana normal.

– Mãe!! - Gritei e corri até ela

– Connor?! – Ela se espantou

Cheguei a ela e a abracei.

– Connor, você têm que sair daqui, os deuses vão te matar! -

– Rachel vai tentar execrar Zeus! -

– Não... - Atena simplesmente falou isso

– Preciso tirar você daqui! -

– Não pode... Eu estou presa, vá ajudar meu pai! -

– Preciso de sua ajuda! -

Uma explosão me jogou para longe de Atena.

– Ninguém vai a lugar nenhum semideus! -

Era uma voz feminina, uma enorme aura tomou conta do lugar. Olhei em direção a porta de entrada. Ártemis desfilava em seu traje de batalha vindo em minha direção.

– Ártemis! - Gritei como se fosse um ofensa

– Então você voltou traidor... Achei que precisaria te caçar, mas pelo jeito você tornou as coisas muito maus fáceis para mim... -

– Solte agora minha mãe! -

– Você não está em posição para fazer exigências filho de Atena... Você e essa deusa vão ir para o tártaro! -

– Ártemis, solte-a agora! -

– Devia se preocupar mais com você e menos com Atena! -

Ártemis materializou seu arco e apontou a flecha para mim.

– Sabe que é necessário somente uma flecha... Minha pontaria sempre foi perfeita e não irei errar agora! -

– Verme Maldito! - Falei em meu momento Vegeta do Dragon Ball Z

Ártemis tracionou o arco.

– Cinco... -

– Não vai dar certo! - Falei

– Quatro... -

– Ártemis... -

– Três... -

– Deusa dos Demônios... -

– Dois... -

– Não vou morrer! -

– Um! -

Ártemis disparou a flecha, tive somente o tempo de juntar a magia necessária.

– N'Dah! -

A barreira mágica de proteção impediu que a flecha me atingisse, mas me cansou um pouco por conta do esforço de produzir magia.

– Posso disparar quantas quiser... Mas a questão é, você terá forças para continuar bloqueando com magia? -

Não respondi.

– Sabe Connor, como deusa da caça, eu tenho que estudar muito bem minhas presas e definir o ponto fraco delas... O seu foi fácil de identificar, fica cansado ao fazer magia! Logo vai ficar sem energia e terá que parar para descansar, minha diversão será ver você ficar gastando seu poder limitado até cair de exaustão. -

Ela estava certa, meu ponto fraco era evidente, seria somente ela ficar disparando flechas e eu me defendendo com magia que logo logo estaria indefeso e sem conseguir me mexer devido a exaustão.

Embora aquele seja o jeito que os magos costumam lutar, de longe sem ter contato físico com seus adversários, se eu continuasse a utilizar o mesmo método dos egípcios, não conseguiria nada. Eu precisava me aproximar de Ártemis e tentar, mesmo que seja sem sucesso, lutar com ela no chamado "Mano a Mano".

Ártemis materializa mais uma flecha.

Comecei a sentir medo daquilo, embora eu pensasse em um meio de me aproximar de Ártemis, dificilmente eu conseguiria sem ela me acertar. O medo era tanto que minhas emoções começaram a ficar descontroladas, olhei para meus pés e percebi que o gelo começava a tomar conta do chão.

Ártemis disparou a flecha.

– N'Dah! -

A barreira impediu que a flecha me atingisse.

Minha energia diminuiu mais um pouco, Ártemis sorriu.

– Mais uma e acho que está feito... -

Ela carregou uma flecha, mas eu já havia traçado meu plano de aproximação.

Ártemis atira mais uma flecha.

– N'Dah -

A barreira impede a flecha e eu caio de joelhos no chão.

Ártemis começa a se aproximar lentamente de mim, ainda caindo no chão apenas esperando que a deusa da caça cometesse seu primeiro erro em alguns anos.

Ela para na minha frente e prepara mais uma flecha.

– Connor... Isso foi tão fácil... -

Ela tracionou o arco, não tinha mais tempo a perder. Apoiando meu corpo com as mãos, consigo girar meu quadril e dar uma rasteira em Ártemis. Ela desaba e a flecha é disparada contra o teto, eu levanto rapidamente e fico em posição de luta.

A deusa me olha com ódio.

Ártemis se levanta a mais ou menos um metro e meio de mim, eu estava com um sorriso de satisfação no rosto, não desistiria sem ao mesmo lutar como um semideus comum.

– Sabe Ártemis... Você e eu não somos tão diferentes! -

– O que?! -

– Eu e você somos acostumados a lutar de longe, sem aproximação direta com o inimigo, você como caçadora prefere ferir o inimigo a distância e esperar que ele fique fraco para dar o ataque final, e eu, como um mago, utilizo magia e ataco de longe meus inimigos. Mas o seu problema é que quando suas presas são mais inteligentes que você em seu próprio jogo, você pouco pode fazer. Não é acostumada a lutar no "Mano a Mano", admito que eu também não sou... Mas mesmo assim, seu erro foi me tratar apenas como um mago e não como um semideus, sendo filho de quem sou... Eu esperava mais inteligência de sua parte! -

Ela trincou os dentes e veio para cima de mim utilizando a espécie de uma adaga.

Me lembrei da sessão de treinamentos que tive com Annabeth um dia antes do confronto com Atena e comecei a desviar dos ataques de Ártemis.

– Opa! Passou perto! -

A cada ataque desviado, Ártemis aumentava sua raiva.

– Vamos Deusa da Lua, você é melhor que isso! -

Ela tenta acertar meu pescoço com a adaga, consigo segurar seu braço, dou um gole com a palma da mão aberta na articulação do cotovelo e a adaga cai. Ártemis puxa seu braço com força e me acerta um soco no rosto. Meu nariz sangra.

Atena olhava tudo com certa preocupação, não sei se era comigo ou se era com seu templo, mas tudo estava dando certo por enquanto.

Ártemis acerta mais uma vez meu rosto, aquilo estava começando a doer.

– Porque você não cai! - Gritava Ártemis desesperada

– Porque tenho um trabalho para terminar. -

Girei sobre o corpo de Ártemis e a acertei na base da nuca, ela cai no chão.

Corri para tentar ajudar minha mãe, tentar soltá-la, cometendo o erro de dar as costas para uma deusa como Ártemis.

As correntes eram grossas demais, jamais conseguiria arrancá-las sem o instrumento necessário.

– Connor! Cuidado! - Gritou Atena

Minha mãe projetou seu corpo para frente e foi atingida por uma espécie de dardo. Atena começou a sentir dor imediata.

Olhei para trás e vi Ártemis segurando um dos Dardos, a fúria explodiu dentro de meu ser. Senti a temperatura começar a cair em todo o templo, as paredes começaram a ficar tomadas de gelo e começou a nevar.

Ártemis começou a olhar para o templo tomado de gelo.

– Como ousa atacar alguém pelas costas?! E sua honra? - Gritei

Ela não respondeu.

Senti o gelo, meu corpo estava frio demais e compreendi que era isso que Skadi queria me ensinar, deixar o gelo me dominar e expulsar todo o frio para fora, de modo que eu tivesse o controle para fazer o que quisesse com a neve e o gelo.

Levantei meus braços com força para cima, ao lado de Ártemis, duas pedras de gelo se levantaram e prenderam suas mãos. Eu abaixei os braços e a deusa foi colocada de joelhos, ela estava indefesa.

– O que você fez? - Perguntou a deusa

– Cale a boca antes que eu faça pior do que apenas te prender! -

Corri para Atena.

– Mãe! -

Ela não respondeu apenas estava com dor demais no corpo inteiro. Eu tinha que quebrar aquelas correntes e tentar ajudá-la, mas sem um machado ou espada era impossível e eu não tinha tempo para procurar por aquilo.

Concentrei toda minha magia em uma única palavra.

– Há-Di! -

A corrente explodiu na minha frente e eu cai no chão sem forças para me movimentar.

Atena se levantou e trocou suas roupas para seu traje de batalha, ela ainda estava com dor, mas disfarçava.

– Obrigada Connor, agora descanse... -

– Mãe... Por favor, ajuda! - Pedi em voz baixa

Atena me encarou e veio até mim, tocou na base do meu pescoço e disse uma palavra em grego. Eu senti um calor forte me envolver e o controle sobre minhas emoções voltar.

– Descanse filho da sabedoria... -

Ela se virou e caminhou para a saída do templo, eu estava caído ali no chão sem ter mais forças para lutar. De longe senti a presença do caos no salão dos deuses... Rachel havia aparecido e eu estava lá, sem forças para se mexer e ir combater o monstro que ajudei a criar.

Tudo ficou escuro, não morri, mas minha consciência havia deixado meu corpo novamente.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Recomendações? Críticas? Comentários?

Abraços e Até Breve!



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