O Irmão de Annabeth escrita por João Bohrer


Capítulo 14
Um Poema revela nosso destino.


Notas iniciais do capítulo

Demorou... Mas está aí, capítulo novo de O Irmão de Annebeth!
Tenho que agradecer a vocês pelos comentários e a audiência que a série está tendo! Obrigado!
Boa Leitura!



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Imagine estar jogando Mortal Kombat, no caso você é seu personagem que está com a vida no mínimo e precisa vencer o outro para continuar a jogar e chegar ao seu objetivo. Eu era o personagem fraco, que mesmo sem levar nenhum ataque de seu inimigo, apenas pela utilização de um simples comando mágico, quase esgotou suas forças.

Minha situação não era nada boa, mesmo com as armas do faraó, poderia ser simplesmente impossível vencer um deus tão poderoso quanto Zeus. Eu teria que pensar além da magia, teria que elaborar uma estratégia que me permitisse usar o mínimo de magia, mas permitisse um ataque eficiente.

Não seria nada fácil, Zeus não estava nem usando sua arma principal, ele simplesmente queria bater em mim com seus punhos. Bem, além do fato dele ser um gigante de uns quinze metros correndo atrás de mim na sala do trono. Admito que essa parte foi engraçada, pois os outros dez deuses que estavam ali, não fizeram nada, só olhavam para mim correndo de trono em trono,olhando para trás esperando um ataque do Deus Maior.

Zeus dava passos tentando me achar entre os tronos.

– Vamos Deus menor, não se contenha... Mostre seus poderes! – Disse Ele

Meu Tyet estava normal.

Ísis não me ajudaria, estava sem acesso ao poder divino de minha deusa protetora e sem acesso a qualquer arsenal mágico que pudesse me ajudar. Poderia ser minha última batalha, mas que até o momento estava parecendo um desenho animado, com Zeus furioso tentando me encontrar na sala do s tronos.

Estava no trono de Afrodite com a Deusa olhando para mim sorrindo. Zeus me viu e corri para o lado do trono de Ares.

– Se escondendo com Afrodite?! Deusa da Beleza, irá pagar depois por isso... – Anunciou Zeus como um louco

– Ele só pode estar louco! – Gritei correndo

Zeus chuta o trono de Ares que voa me acertando.

Cai desorientado e o Deus parou a minha frente.

– Hora de começar a limpar o mundo dos Egípcios... – Disse ele levantando a mão

Em sua mão apareceu o raio mestre.

O raio mestre me faria em pedaços, não tinha energia para fazer o escudo de proteção, então ou eu conseguiria desviar ou seria frito vivo. Era quase impossível escapar do raio, me concentrei e o encarei. Teria de esperar até o último momento.

Zeus atirou um raio em minha direção. Saltei para o lado em direção ao trono de Atena, mas o raio acertou minha perna.

Gritei de dor e senti minha carne queimar. Cai no chão, a frente do trono de minha mãe.

– Agora vamos acertar... – Disse Zeus se virando para mim.

Atena me encarou, eu estava a seus pés.

Connor, peça ajuda a Ísis, por favor! – Disse ela

Eu pedi a Ísis ajuda, mas nada, nenhuma energia, nenhuma voz em minha cabeça.

Nada, nenhuma ajuda divina. Mas uma coisa veio, a visão de um deserto, um jovem faraó andava pelas areias, ele era hospedeiro de Rá, era uma visão antiga, mas de repente, uma pequena Naja, uma cobra o picou. O deus se contorceu de dor e Ísis o levou de volta para os outros deuses.

Aquela visão, aquela cobra era o Uraeus, a serpente feita por Ísis para que ela se apossasse do nome secreto de Rá e Osíris virasse faraó. O veneno daquela serpente poderia causar danos extremos a qualquer Deus. Eu poderia utilizar aquele conhecimento para me salvar.

Com minhas últimas forças puxei do Duat um pedaço de giz mágico.

Desenhei no chão o hieróglifo com o nome, Uraeus. Estava quase sem magia, mas a pequena Naja se materializou no Hieróglifo e se esgueirou para o corpo gigante de Zeus.

Zeus me olhou e quando tentou jogar o raio, a Naja o mordeu.

O Deus soltou um grito de dor, e sua pele tornou-se esverdeada. Ele caiu e a pequena cobra desapareceu.

Afrodite, Artemis e Hera foram socorrer Zeus.

– O que você fez? – Perguntou Zeus olhando com raiva e dor para mim

– Um pequeno truque de Ísis... Uraeus, e acho que até você conhece a história... – Falei me equilibrando em um pé só

Atena olhou para mim horrorizada.

– Connor, fuja depressa! Saia do acampamento se puder! Procure uma mensagem de Rachel, será necessária para sua missão. Vá herói, o mundo precisa de você! – Falou Atena depressa...

Ativei a lança e a utilizei como muleta. Consegui chegar ao elevador sem ninguém me atrapalhar.

Cheguei até o térreo do prédio, cambaleando de dor se apoiando em uma lança. Não sei o que os mortais viam, mas poderia ser pior. Olhava para os lados tentando achar algum sinal de Annabeth e os outros... Mas nada, eu não os via em lugar nenhum. Pensei que estava sozinho e teria que cambalear ao acampamento e provavelmente perder a perna.

Cambaleei até a rua e cai na calçada sem forças para continuar, eu poderia tentar abrir um portal para o Duat, mas isso acabaria com o resto de minha energia. Eu apenas fiquei lá, por alguns minutos, jogado na calçada.

Uma limusine parou em frente ao prédio. Um homem vestindo terno apertado, com músculos definidos me ajudou a levantar. Ele me jogou na parte de trás do carro.

– Bela arma... – Disse ele jogando a lança que voltou a ser um relógio.

Ele fechou a porta e eu deitei no banco.

Eu não sei como não havia percebido, mas uma mulher de um longo vestido vermelho decotado, corpo definido em todos os músculos, de uma beleza incrível estava sentada no banco onde eu estava deitado.

Ela puxou minha cabeça para seu colo e ficou alisando meu cabelo.

– Ah... Connor... Tantas dúvidas... – Disse ela

Eu tentei encarar ela, mas era impossível e a dor estava muito forte.

– Não se esforce... Está tudo bem... – Disse ela falando em uma voz com tanta magia.

Aquela voz continha tanta magia que eu cheguei a me arrepiar quando ela falava. Era Afrodite, tinha que ser a deusa da beleza e do amor.

– Afrodite? – Perguntei

­ Ela passou a mão em meu rosto.

– Sim meu pequeno herói... Conseguiu se salvar e eu estou aqui para te dar uma carona... –

– Além disso... Sua história com Skadi está tão divertida e emocionante... Quero me certificar de que a Rainha do Gelo tenha tudo que é seu de volta. –

– Porque todo mundo chama ela de Rainha do Gelo? – Ri

– Geralmente chamamos Quione assim, mas Skadi tem os mesmos poderes e podemos chamar assim. Mas Quione é um pouco mais má do que Skadi... Alex/Skadi te ama realmente meu pequeno... –

– Eu realmente... Não sei, eu gosto dela, mas tenho dúvida, quero dizer, ela é uma deusa. Eu jamais poderia namorar ela! –

Afrodite riu.

– Na verdade é possível, Leo Valdez está namorando Calypso que é uma deusa... Você e Skadi formam um casal diferente, um é quente e outro frio. Se completam! –

– Não tenho tempo para romance... O que pode acontecer se não impedirmos Setne?- Me desesperei

Calma... O amor dos dois é mais importante! Connor, foque no que é importante! Alex! – Disse Afrodite usando o charme

O uso de magia na fala podia dar uma vantagem enorme para Afrodite, eu mesmo estava com vontade de largar tudo e virar um monte de neve com Skadi.

– Prometo pensar nisso... Mas preciso ir ao acampamento e minha perna ainda dói... –

­Afrodite encostou a mão em mim e a dor sumiu.

– Vou lhe ajudar da maneira que puder... Além disso, já salvou Piper e Drew... Bem... Ela ainda se lembra de você. – Sorriu Afrodite

Drew?! Ela ainda se lembra? – Perguntei confuso

– De tudo, ela sempre resou por uma resposta de aonde você tinha ido... Nunca se conformou em não saber aonde o amiguinho de cinco minutos dela foi. As vezes as pessoas se apaixonam a primeira vista... – Falou ela

Imaginem uma tempestade começar do nada, de um lado estava Skadi e do outro Drew, mesmo só falando cinco minutos com ela, há 11 anos, eu havia gostado muito dela. Nossa, Afrodite podia ser um amor em pessoa, mas conseguia arrasar com a confiança de qualquer um.

– Parabéns, me deu dor de cabeça... – Ri

Ela sorriu.

­ - Esse é meu trabalho filhote de Atena... E Ares... Dirija para o acampamento meio sangue, mas vá devagar... – Disse ela fazendo carinho na minha cabeça

O carro começou a se mover indo em direção ao horizonte. Afrodite continuou fazendo carinho na minha cabeça.

– Dite... Eu não sinto mais minha perna! –Reclamei

Afrodite sorriu.

– Dite?! Até parece uma de minhas filhas... Tudo bem... –

Ela segurou minha perna e colocou a mão sobre o ferimento.

Senti a energia de Afrodite passando para minha perna e logo a dor voltou, mas parou logo. Quando ela tirou a mão, vi minha perna curada e a dor havia sumido.

– Me deve uma agora... – Disse ela

– Pode deixar... –

O Carro parou na base da colina meio-sangue.

Desci do carro e Ares me encarou.

– Lutou bem contra sua mãe... Meus filhos não fariam melhor... Espero que agora demonstre respeito pela chance que ela lhe deu! – Ares me jogou em direção ao acampamento

Chegar ao acampamento pela terceira vez é uma emoção. Mas algo estava diferente, havia um rastro de destruição no local, um cheiro forte de queimado misturado ao de magia.

Passei pelo escudo rapidamente e observei os arredores, alguns semideuses estavam estirados no chão cansados, outros não se mexiam. Grupos dos filhos de Apolo tentavam curar a maioria das pessoas... Vi Percy e fui falar com ele.

Corri. Percy estava com o braço enfaixado segurando a espada e com uma cara séria.

– O que aconteceu? – Perguntei chegando na frente dele

Ele me encarou.

– Um micro exército atacou o acampamento. Espécie de monstros com cabeça de canivete, algo do tipo... Eu não sei, eles eram fortes e quase destruíram a Atena de Partenos! – Disse ele olhando para a estátua

– Demônios Egípcios? – Perguntei

Ele me olhou sério.

– Percy... A Annie voltou para cá? –

– Não... Ela saiu e não voltou mais. –

– Eu disse para ela procurar um lugar seguro... Aparentemente, eles não iriam vir direto para o acampamento... Seria óbvio demais, têm ideia para onde iriam? –

– Um lugar provável seria o Acampamento Romano... Mas Annie e Reyna têm certa rivalidade... Eu não sei... – Disse Percy pensativo

O encarei.

– Percy, antes que as coisas piorem, eu preciso pegar uma coisa na caverna da Rachel... Atena disse que ela deixou um recado... Depois te falo tudo o que aconteceu! –

Fomos até a caverna de Rachel.

Ela estava em um estado horrível, algo havia acontecido com toda a caverna, havia um forte cheiro de queimado e magia. Imagens pintadas em vermelho retratavam a destruição de algo, era meio egípcio, mas haviam traços gregos. E como sabem, o vermelho é a cor do caos.

Percy me olhou com receio.

O que procuramos? – Perguntou ele

– Uma anotação... Um diário? Eu não sei... –

Começamos a procurar.

Era difícil, uma grande parte das coisas estava queimada ou desarrumada... Até que fomos procurar na cama de Rachel. Depois de revirar as roupas de Rachel, e de Percy quase morrer de vergonha com algumas roupas intimas da ruiva, conseguimos achar um diário lacrado.

– Acho que é isso... – Falei

– Abra! – Disse Percy

Não tenho a chave! –

Ele pegou de minha mão e tentou forçar... Mas nada.

Peguei da mão dele...

– Não temos tempo... Há-Di! –

O Hieróglifo brilhou na fechadura e ela desapareceu.

Abri o diário e me deparei com uma linda letra, escrita em caneta rosa e com várias observações de sua vida no acampamento... Havia uma sessão inteira dedicada a Percy e sua frustração com a lerdeza do garoto, descrição de sua amizade com Annabeth e alguns sonhos da garota.

– Algo? – Perguntou Percy

Na verdade nada... Só as decepções com a lerdeza de alguém... –

– Quem? –

– Quem é lerdo fala quem... –

– Quem? – Perguntou Percy

Dei risada e folhei o diário...

Cheguei a uma página com certa magia e li um pequeno poema escrito na letra de Rachel.

"De sangue sacia-se a morte

Dos homens predestinados, acaba-se a vida.

Dos deuses e a criação, tudo tenderá ao fim.

Os Raios Solares tornam-se negros.

Os climas tornam-se Traiçoeiros.

Irmãos Lutaram em uma guerra sem vencedor.

Uma era de machado e o outro de espada.

Uma era vento e o outro neve.

Antes que o mundo se vá, o novo inverno terá de começar".

Quando eu li aquilo, tinha a certeza de que era o que Atena queria.

Mostrei a Percy e ele me olhou com certa raiva.

– O que isso quer dizer? Neve e Ar? Espada e Machado? – Perguntou ele

Não é caracterizado como profecia... Mas nos dá algumas pistas sobre o futuro, Percy, creio que com isso poderemos localizar Rachel... Mas antes temos que reunir os outros e achar Annie! –

Ele concordou e fomos saindo da caverna com destino a saída do acampamento.

Quando estávamos perto da saída senti meu braço ser puxado. Ao olhar, vi que era Alex/Skadi, com o braço machucado e o rosto queimado.

A abracei.

Alex... Você está bem? – Perguntei

Estou... Só um pouco cansada e com o braço machucado... Eu vou com vocês! – Disse ela séria

Não vai mesmo... Isso vai ser perigoso! – Disse Percy

Para vocês... Precisarão da minha ajuda em breve, e não vou deixar o Connor sozinho depois do que aconteceu, Connor, eu sinto muito, mas está na hora de falar pelo menos para ele! –

– Falar o que? –

Skadi se concentrou e suas roupas foram substituídas por um vestido azul, seu cabelo mudou de preto para loiro claro e os olhos ficaram mais azuis.

– Essa é minha verdadeira aparência... Percy, meu nome é Skadi... Deusa Nórdica da Caça e do Inverno! –

Eu estava babando pela Skadi, ela era linda, mas loira ficou incrível!

– Deusa do Inverno... Você e Connor estão namorando?! – Indignou-se

Eu olhei para ela.

– Estamos... – Respondeu ela sorrindo

Não respondi, fiquei apenas olhando enquanto Skadi me abraçava e me beijava na frente de Percy.

– Parabéns aos dois... Mas alguém pode me dizer onde Annabeth está? – Perguntou Percy

Acampamento Romano... Annabeth foi atrás da proteção de Reyna! – Falou Skadi

Percy analisou.

– Muito bem... Connor, eu e você vamos até Nova Roma... –

– Não mesmo, eu vou junto! Percy, entendam, acho que vocês não voltarão muito cedo para o acampamento... Por isso recomendo que saiam com suprimentos. Vai por mim, precisam de minha ajuda, e todos os deuses estarão contra quem estiver com Connor a partir de hoje... –

Percy me olhou.

O que você fez? –

– Explico mais tarde... Temos que achar Annabeth! –

– Mais tarde irá me explicar! –

Percy foi a seu chalé e pegou mantimentos, roupas e colocou em sua mochila. Depois foi ao chalé 6 e pegou coisas para Annabeth. Com duas mochilas, eu, ele e Skadi saímos andando em direção ao acampamento romano.

Foram alguns quilômetros de caminhada, até finalmente chegarmos ao longo túnel que dava acesso ao acampamento. Se em minha casa que era o acampamento meio-sangue eu já me sentia deslocado, no romano a sensação foi infinitas vezes maior. Eram duas emoções misturadas, uma parte por eles terem conquistados os gregos e outra por terem feito o Egito ruir... Era horrível pensar que guerras travadas há milhares de anos nos influenciem tanto assim.

O acampamento romano era incrível, era mais militarizado e Percy parecia gostar de toda organização do acampamento e todos paravam para olhar ele... Ou era a Skadi?! Não tinha certeza.

Vi de longe uma figura de cabelos loiros correndo... Ela pulou no pescoço de Percy e o beijou.

Desculpa por não avisar meu sumiço... Mas ainda bem que você tá legal! – Disse Annabeth beijando ele

Ela olhou para mim, sorriu e veio me abraçar.

– Você tá vivo... Mas como?! Achei que Zeus fosse te matar... –

– Consegui sobreviver... Mas temos muito o que conversar... –

Eu vi Reyna vindo e parando ao meu lado...

– Parece que é realmente um menino... Não um papagaio... Seja bem vindo a Nova Roma! – Disse ela rindo

Sorri e apertei a mão dela...

Bem, porque nós não conversamos sobre o que está acontecendo... – Disse Reyna

Fomos levados para uma cabana toda decorada para os dois pretores. Reyna se sentou em seu trono e me olhou. Skadi segurou minha mão e a encarou.

– Bem, temos dois visitantes fora Percy e Connor... Queria que se apresentassem... – Falou ela

Sadie e Walt se levantaram.

– Meu nome é Sadie e este é Walt! –

Walt e Sadie a saudaram e sentaram. Annie sentou do lado de Sadie e Percy se sentou junto com ela. Só estavam eu e Skadi de pé.

Então... O que acontece? – Perguntou Reyna

Respirei fundo.

Contei a ela sobre os egípcios e sobre meu passado, tudo que havia acontecido, minha chegada aos EUA e tudo que havia acontecido até a destruição de Dionísio.

– Hoje, quando fomos explicar aos deuses no Olímpo, Zeus nos acusou de destruir Dionísio, ele quis destruir Sadie e Walt e nos atacou do nada. Eu lutei contra ele, utilizando de minha magia e dos conhecimentos de Atena, invoquei uma serpente chamada Uraeus, ela atacou Zeus e o incapacitou, consegui sobreviver e escapei. O que mudou, é que hoje houve uma declaração de guerra oficial do Olímpo contra a casa da vida. – Falei

Reyna e todos me olharam, mas foi Sadie que se manifestou.

– Utilizou um Uraeus e incapacitou Zeus com seu veneno? Ísis o possuiu?! Connor, isto vai deixar Zeus incapacitado e doente! –

Annabeth me olhou.

– Foi à única ideia que veio a minha cabeça! Eu quase morri lá! –

– Mesmo assim... O que você fez prova que os Egípcios não são de confiança, agora enfrentaremos a consequência de seu ato... – Disse Sadie furiosa

Eu percebi que ela falava a verdade.

O que eu havia feito?! Iniciado uma guerra contra o Egito?! Zeus estava fraco! Tudo havia dado errado.

– Por Atena?! O que eu fiz?! Desculpe-me eu não fazia ideia... Eu... Nunca mais vou usar magia! – Peguei do cinto o gancho e o mangual e os joguei no Duat.

Sadie chorou um pouco e me abraçou.

Seu idiota... Começou uma guerra, mas eu não posso te odiar! – Disse ela me soltando

Skadi agarrou minha mão.

– Eu não vou usar mais magia, mas o desafio que se aproxima é grande... Pessoal, a guerra parecerá coisa pequena pelo que nos espera. Tudo por causa desse poema, pelo que entendo o mundo passará por sérias mudanças, que serão causadas pelos deuses... – Falei

Que poema? – Perguntou Annabeth

Eu dei o diário de Rachel para ela... Ela leu o poema em voz alta:

"De sangue sacia-se a morte

Dos homens predestinados, acaba-se a vida.

Dos deuses e a criação, tudo tenderá ao fim.

Os Raios Solares tornam-se negros.

Os climas tornam-se Traiçoeiros.

Irmãos lutarão em uma guerra sem vencedor.

Uma era de machado e o outro de espada.

Uma era vento e o outro neve.

Antes que o mundo se vá, o novo inverno terá de começar".

Ela terminou de ler chocada.

– Isso pode não ser nada... Mas se essa guerra contra os deuses do Egito for verdade, não posso fazer nada a não ser prender Connor, Sadie e Watl... – Disse Reyna

Sadie e Walt baixaram as cabeças e veiram para meu lado.

– Não pode fazer isso! – Gritei

Reyna veio e colocou a mão em meu queixo...

Posso sim gracinha... Está em meu acampamento e é o inimigo, está preso e sobre minha custódia! – Falou Reyna docemente

Skadi apertou minha mão, sentia a raiva que ela tinha de Reyna naquele momento.

Dois guardas nos renderam e levaram a gente para uma espécie de prisão.

Sadie e Walt ficaram em uma sela e eu fui colocado em outra. Era incrível como em apenas um dia, uma serpente de um metro tinha causado tanto estrago. Sadie não falou nada durante algumas horas e Walt dormia, eu fiquei tentando achar respostas, algo em que pudesse ter fé naquele momento... Mas estava praticamente impossível... Os deuses me odiavam, menos uma, a fria Skadi, havia se tornado minha primeira namorada.

Mas nem Skadi me tirava da depressão que havia entrado por causa do Uraeus... Eu não vou voltar a utilizar magia... Nunca mais


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que acharam? Vale a pena continuar a história? Gostam de Skadi e Connor? Expectativas?
Até o próximo



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