Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 4
Being Human


Notas iniciais do capítulo

Boooooooom dia raios de sol! Voltamos com mais um capitulo! Ansiosas??
Espero que sim! Boooa leitura e um ótimo fim de semana!



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Capitulo 3 — Being Human



Quando Helena acordou no dia seguinte sentia uma forte ardência em suas costas, mas pelo menos, se sentia descansada.

Se sentou na cama e esperou por alguns instantes até a costumeira tontura matinal passar. Antes que pudesse fazer mais algum movimento, Alice entrou pulando no quarto, seguida por uma Renesmee risonha.

— Bom dia Helena. — disseram ao mesmo tempo.

— Bom dia. — disse e se remexeu um pouco. Normalmente essa era a melhor parte do dia, acordar e esticar as asas, e, agora que já não podia fazer isso, sentia angústia.

Percebendo a cara da menina, as duas Cullens presentes no quarto se sentaram na cama ao seu lado.

— Está melhor? — questionou Renesmee olhando fixamente para os braços ainda machucados da menina anjo.

— Sim, mas minhas costas estão ardendo. — comentou passando as mãos pelos braços. O dia estava bem frio.

— Trouxemos estas roupas pra você. — comentou Alice quase dando pulinhos. — Vista-se, vamos te levar até Carlisle, e depois Nessie vai te levar a La Push, e quem sabe mais tarde vamos ao shopping comprar algumas coisas pra você?

— Alice, eu vou arranjar um emprego e pagar, eu prometo.

— Para com isso, já falamos que você não tem que pagar nada, vai ficar aqui e ponto final. Acostume-se.

Helena revirou os olhos, mas sorriu. Se levantou, fez sua higiene completa, e vestiu o lindo vestido que Alice havia lhe trazido. Claro que ela sentia falta de suas roupas. Seus lindos vestidos longos, mas além de ter perdido tudo quando foi jogada, não podia andar com vestidos longos no mundo humano, a plena luz do dia, seria alvo de falatórios. Alice também havia lhe trazido um casaco, para cobrir as ataduras e curativos, fazendo Helena se impressionar com o fato de Alice realmente pensar em tudo.

Quando saiu do banheiro, Alice abriu um sorriso enorme.

— Está perfeito em você!— praticamente berrou. — Você gostou? É que eu não sabia que tipo de roupa você costumava usar, então me baseei nos filmes e livros e escolhi um vestido de cor clara, por que nos livros as anjas usavam vestidos compridos, mas se você usar um vestido comprido agora, vai ser estranho para os humanos, mas eu acho que este ficou magnífico em você. — Ela disse tudo isso muito rápido e Helena até se sentiu um pouco tonta, mas sorriu para a vampira e disse:

— Eu amei Alice. — sorriu. — É diferente, bastante diferente, mas eu me acostumo, não se preocupe.

— Bom, então é melhor irmos. — comentou Renesmee. — Vovô está esperando.

Alice deu um gritinho de felicidade.

— Todos vão amar sua roupa.

— Mas não está muito curto? — questionou Helena enquanto Alice a puxava em direção à porta.

— Está perfeito, agora vamos.

Alice a puxou até o escritório de Carlisle, que a estava esperando na porta, sorrindo gentilmente.

— Bom dia, Helena.

— Bom dia. — respondeu a menina sorrindo.

— Não vou demorar, vou só trocar os curativos e depois deixo Ness te levar. Alice te torturou demais?

Alice fez uma cara indignada, que os fez rir, e se sentou em uma cadeira com um bico enorme e infantil.

Helena se sentou em cima da mesma maca, onde ela acordou da primeira vez, enquanto Carlisle fazia os mesmos procedimentos que havia feito da última vez.

Assim que tirou o primeiro curativo de seu pulso, Carlisle arregalou um pouco os olhos. Helena não pode evitar sorrir abertamente.

— Acho que consegui manter algumas características de anjo.

Carlisle tirou todos, mas quando enfim chegou aos grandes das costas, que ardiam, disse:

— Parece que seu dom de cura não funcionou nesses aqui. Temos que tomar cuidado por que estão infeccionados.

Quando disse isso, Alice se levantou num ímpeto, e logo Edward, Bella e Renesmee passaram pela porta parecendo preocupados. Ninguém da família tinha boas recordações com machucados inflamados. Helena entendeu.

— Acho que é por que é uma parte muito essencial do corpo de um anjo. Talvez demore mais.

— Pode ser uma pergunta meio óbvia mas, ainda dói? — continuou Carlisle.

— Sim. Eles ardem na verdade, como se estivessem queimando. — respondeu a menina mexendo as costas, desconfortável. — Mas deve ser normal. Ninguém tem como saber o que acontece, já que nenhum anjo sobrevive a queda.

— Mesmo assim. Ficaremos de olho. — completou Carlisle sorrindo bondoso pra ela. — Agora sim Ness, pode levá-la. — se disse depois que Helena havia recolocado o casaco.

A híbrida levou-a até o Volvo prata de Edward que jogou as chaves para ela da porta, rindo. Ele achava incrível o quanto a filha q de dirigir.

Emmet apareceu na janela do carro. Depois do acidente com Rose, ele se aproximou ainda mais da sobrinha, e havia criado um vinculo especial com Helena, assim como um irmão mais velho, ou até mesmo um pai.

— Tomem cuidado voces duas. Nada de chegar perto de penhascos e muito menos da floresta se não estiverem acompanhadas...

Enquanto ele falava, Ness repetia as mesmas palavras de modo silêncioso, como se já as tivesse escutado várias vezes, fazendo Helena rir, envergonhada por interrompe — lo.

— ... E se divirtam. Mas com moderação.

— Tudo bem, tio Emm. — disse entrando no carro. — Até mais tarde.

Helena entrou no carro e, antes mesmo de Nessie ligá—lo, colocou o cinto de segurança. Havia visto coisas horríveis em acidentes de carros, e, mesmo não achando que Ness as colocaria em uma situação assim, ficara apreensiva.

Enquanto Ness dirigia, Helena estava adorando o vento que a janela aberta jogava diretamente para seus cabelos. A menina anjo estava feliz com sua nova família. Não que não amasse seus pais e seu irmão, por que amava. Mas eles nunca estavam por perto. Nunca a visitavam, e nem se preocupavam em saber como ela estava. Então ter uma nova família, que se importava e que se preocupava com ela, era uma coisa diferente da qual ela estava gostando.

Isso a fazia pensar nos humanos que não davam o devido valor a familia, e só aparecian quando era alguma ocasiao festiva, ou funerais. A maioria deles nem mesmo se lembra de todos os membros da família, e só vão perceber o quão importante eles são, no momento em que os perdem.

Quando enfim chegaram a LaPush, Ness parou o carro na frente da casa de Jacob, que passou pela porta sorrindo grandiosamente. Deu um beijo em Renesmee e um na bochecha de Helena, que, sem poder evitar, corou com o toque.

— Vocês chegaram bem na hora. — disse o lobo ainda sorrindo. — Todos estão na casa da Emily e estão loucos pra conhecer o anjinho do Seth.

— Jacob, não fale assim, está deixando Helena envergonhada. — disse Renesmee vendo que Helena ruborizara novamente.

— Não tem problema. — disse a menina sorrindo, ainda com alguns resquícios de vermelhidão nas bochechas. — É o que eu sou, certo?

Helena não havia percebido, mas ali, naquele momento, mesmo que involuntáriamente, ela admitiu que era a anjinha de Seth e que não se importava com isso, o que fez Jacob e Renesmee se entreolharem sorrindo.

Todos, tanto os Cullen quanto os Quileutes — os que sabiam do segredo da tribo —, sempre se preocuparam com o tipo de garota com que Seth teria o imprinting, afinal, ele era uma das pessoas mais meigas e carinhosas da face da terra, e não merecia alguém que o tratasse como — mesmo sendo um milésimo — menos do que ele realmente é. Com isso, todos ficaram extremamente felizes por ser Helena a ‘escolhida’, até mesmo os que ainda não a conheciam, pois quando seu nome era mencionado, apenas boas coisas eram dita, principalmente sobre como ela era gentil e bondosa com todos com quem ela conversava.

Os três seguiram andando em direção a famosa casa de Emily e Sam, que era considerada o ‘QG’ dos lobos. No caminho, Helena, que olhava fascinada para tudo e cumprimentava a todos que passavam, disse:

— Ham, Ness…

— Sim?!

— Quando voltarmos da casa de Emily, podemos passar na praia? — questionou.

— Claro, vamos sim. — respondeu Renesmee já arquitetando um plano malígno envolvendo Seth e Helena, sozinhos na praia. Que romântico, pensou.

Não precisaram nem chegar tão perto da casa para escutarem as risadas dos lobos que se encontrava lá, e até algumas femininas.

Os três passaram pela porta da varanda, e os olhares de todos que estávam na cozinha viraram para eles. Helena se sentiu corar novamente, mas sorriu assim que recebeu um abraço forte vindo de Emily que, também sorria.

— Você deve ser Helena, certo? — questionou.

— Sim, e você é a Emily. Me falaram bastante de você. — comentou a menina se lembrando da conversa que tivera com Seth, Leah e Nahuel, antes de Renesmee e Jacob voltarem para o carro, na feirinha.

— Do jeito que esses meninos são, só devem ter comentado o quanto a minha comida é boa. — riu. — O que é verdade, modéstia a parte. Venha, entre. Todos querem te conhecer.

A menina a seguiu e cumprimentou a todos, corando a todo momento graças aos comentários feitos sobre Seth ter se dado bem, etc.

Depois de falar com todos, Helena foi puxada por Nessie para se sentar ao lado de Seth, que, no meio de todas as conversas fiadas, havia ficado quieto e se distraía enrolando a ponta de uma mecha dos longos cabelos ruivos da menina ao seu lado. Ela estava gostando, e uma ou duas vezes se distraiu da conversa com Kim, Leah — que também prestava atenção em Rose que brincava na sala ao lado — , Ness, Rachel, Emily e Claire, por que se virou para sorrir para o lobo ao seu lado.

Alguns minutos depois, Helena sentiu alguma coisa se agarrar em sua perna e levou um susto, que logo passou ao constatar serem duas pequenas mãozinhas de Rose, que havia engatinhado da sala até la.

Pegou a criança e sentou-a em seu colo.

— É disso que eu estou falando. — resmungou Leah. — Ela aprendeu a engatinhar, então se você não olha por cinco segundos ela desaparece.

— Sue disse que você era igualzinha, então não reclame da menina. — disse Nessie.

— Fica pior quando colocamos ela para brincar com o pequeno Sammy — Disse Emily sorrindo se referindo ao seu bebê, que havia nascido a apenas uma semana de diferença de Rose e que dormia em um dos quartos do andar de cima. — São uns pestinhas.

— Ela é adorável. — comentou Helena.

Ela estava sofrendo um pouco com as tentativas que Rose fazia de imitar Seth — enrolando o seu cabelo com a mãozinha gorducha. A única diferença era que a menina não tinha noção de sua força e estava quase arrancando suas madeixas ruivas. Mas ela não reclamaria, afinal não havia motivos para acabar com a brincadeira da criança.

Era encantador o modo como Rose pegava seus cabelos e ria achando aquilo a coisa mais engraçada do mundo, e gargalhava ainda mais quando Helena chaqualhava os cabelos na frente dela.

No tempo que eles estiveram lá, lobos entravam e saíam a todo momento, indo e voltando de rondas, então Helena conseguiu conhecer a todos antes de Ness se levantar e chamá-la para ir até a praia.

— Desculpa pelo seu cabelo. — disse Leah no momento em que Helena lhe entregava Rose.

— Ah, que isso, não tem problema nenhum. É só cabelo. — respondeu a menina sorrindo e depois se despediu de todos os outros indo em direção de Jake e Nessie, que não se esqueceu de perguntar:

— Seth, você não vem?

O lobo sorriu, e assentiu indo em direção a eles e ignorando — ou tentando ignorar — as piadinhas irritantes de seus irmãos relacionadas a ele, Helena e ao ‘encontro de casais’.

Andaram rindo e conversando até a praia, onde Renesmee insistiu que necessitava de um sorvete e que era uma questão de vida ou morte. Jacob, como o bom namorado que é, levou-a para tomar o bendito do sorvete, mesmo sabendo que era só uma desculpa esfarrapada para deixar Seth e Helena sozinhos.

O silêncio se instalou entre os dois até que, depois de alguns minutos, Seth quebrou-o:

— Quer dar uma volta? Posso te mostra as piscinas naturais. — sugeriu estendendo a mão.

— Claro. — respondeu a menina que sorriu enquanto aceitava a mão que ele oferecera.

Os dois retiraram os sapatos e, ainda de mãos dadas, andaram pela praia por algum tempo. Helena estava encantadíssima com tudo.

— Algumas delas são bem fundas. — comentou Seth enquanto passavam em frente às piscinas naturais. — Então mantemos um pouco de distância delas.

— E fazem bem. Não quero nenhum de vocês machucados ou se afogando aqui.

Seth olhou para ela e sorriu. Assentindo em uma promessa muda de que não chegaria perto das piscinas.

Pararam em frente ao mar, com os pés na água, olhando para os penhascos e para a imensidão de água a sua frente.

— É incrível como algo tão lindo pode ser tão mortal. — comentou Helena alguns minutos depois.

— Principalmente quando está agitado. — completou Seth.

— Você tem que me prometer que não vai pular de penhascos. — disse Helena se virando para ele com um semblante preocupado. — Quer dizer, eu sei que você e os meninos adoram, que é muita adrenalina, e que vocês só fazem quando o mar está calmo, mas pode acontecer alguma coisa e…

— Ei, calma. — disse Seth com um sorriso de canto. — Nós nos curamos rápido lembra? Quem tem que ficar longe de lá é você. Sabe que eu não aguentaria se alguma coisa acontecesse com você.

Helena corou mais uma vez, e passou os braços pela cintura de Seth, abraçando-o fortemente.

— Todos aqui de Forks estão me tratando melhor do que a minha família fez em todos esses anos.

Seth apertou-a em seu peito sorrindo.

— Bom, você já é parte da família de todos. Não tem como não tratá-la bem.

Ficaram ali sorrindo um para o outro até que uma onda mais forte molhou Seth até a cintura, só não fazendo o mesmo com Helena por que o mesmo levantou-a. Mas ainda assim a água chegou até as coxas.

Eles se soltaram rindo e começaram a voltar para o começo da praia, onde Renesmee e Jacob os esperavam sentados na areia.

— E ai, o que achou da praia? — perguntou Jacob se levantando e puxando Nessie junto.

— É maravilhosa, tudo é tão lindo. — comentou sorrindo enquanto andavam até a casa de Jacob. — E eu amei colocar os pés na areia.

Eles riram impressionados com a inocencia da menina.

— É melhor irmos pra casa, está ficando escuro e papai vai reclamar se chegarmos muito tarde. E você está molhada. — disse Renesmee tirando a chave do carro do bolso do short que usava.

— Tudo bem. — disse a menina. — Alice vai me matar por causa do vestido molhado.

— Ela não teria coragem para fazer isso. — disse Jake a pegando em um abraço de urso e depois seguindo para Renesmee — Mas que vai surtar, ela vai.

Enquanto Jake e Ness se despediam, Seth puxou Helena para um abraço e ela aproveitou para depositar um beijo doce em sua bochecha.

— Depois eu e o Seth passamos lá para vê-las. — Disse Jake finalmente se soltando de Nessie.

As duas entraram no carro, Helena tomando cuidado para não deixar a barra molhada do vestido encostar no banco, mesmo Renesmee insistindo que não havia necessidade daquilo, já que o banco era de couro.

O caminho de volta a mansão foi tranquilo. Ness cantava animadamente com o rádio enquanto Helena ria e sentia pela segunda vez o vento passando por seus cabelos. Estava cansada, afinal, era a primeira vez que andava tanto, mas ainda assim era a primeira vez que fazia amigos, que se sentia protegida, que se sentia feliz e que se sentia tão… livre.

— Então… você e o Seth. — disse Ness sorrindo e levantando as sobrancelhas. — O que rolou?

— Rolou?

— É, tipo...vocês se beijaram ou alguma coisa desse tipo?

Helena arregalou os olhos e desandou a falar, como se quisesse se livrar da acusação de um crime.

— Não, não aconteceu nada, nós só andamos na praia e…

— Mas estavam de mãos dadas, o que já é um avanço, tecnicamente falando.

— Avanço de que? — questionou atônita a anjo.

— Ora, do relacionamento de vocês dois. Uma hora é mãos dadas, na outra um beijo, e no dia seguinte estão namorando e podem ser coroados oficialmente o casal mais fofo do mundo.

— Renesmee, eu o conheci não fazem três dias. Faça o favor. — comentou corando novamente.

Nessie não pode fazer nada a não ser rir, enquanto Helena continuava corada.

Ao chegarem na casa, a mesma cena anterior se passava entre as duas: Ness ria e Helena mantinha a cor vermelha nas bochechas, o que fez Emmett e Edward — que não lia os pensamentos de nenhuma das duas — as olharem desconfiados enquanto jogavam videogame.

— O que aconteceu? — questionou Alice que descia as escadas com Bella. — Helena por que está molhada?

— Ela e Seth estavam andando na praia e foram pegos por uma onda. — respondeu Ness. — Estavam agarradinhos.

— Renesmee! — repreendeu-a a menina. — Nós só estávamos nos abraçando. Eu estava agradecendo-o por ser tão gentil. Você armou tudo aquilo que eu sei, saindo com Jacob de fininho para nos deixar sozinhos.

Emmett e Edward, que haviam parado o jogo, as olhavam incrédulas.

— Por que sempre algum dos lobos tem que tem o imprinting todas as vezes que uma nova Cullen é incluída a família? — questionou Emmett emburrado.

— Eu me faço essa pergunta todos os dias. — murmurou Edward irritado.

— Ora, parem. Não vêem que estão deixando a menina envergonhada? — repreendeu-os Esme, irritada.

— Ok, mas estou dizendo…. — começou Emmett vindo até Helena e a puxando para um abraço de urso. — Se o cachorro quiser namorar com a anjinha vai ter que pedir permissão.

— Permissão? Para quem? Duvido que Seth conseguirá ir até o céu atrás dos pais dela. — Falou Bella entrando na sala e se sentando no sofá.

Renesmee riu

— A não ser que ele esteja disposto a morrer para isso.

Helena riu baixinho.

— Anjos não falam com os mortos.

— Terá que pedir permissão á mim, é claro! — disse Emmet ignorando a conversa paralela, ainda com o braço direito ao redor do pequeno ombro da anjinha.

— Á você, tio? Por quê Seth faria isso? Você virou pai adotivo dela, por acaso?

Emmett olhou diretamente para os olhos de Helena. Ele sorriu ao ver os olhos dela brilharem.

— Se ela quiser… Porque não?

Edward sorriu, como se já soubesse — e ele sabia — que Emmet pensava naquilo desde que vira a pequena garotinha perdida na floresta. Que passou a noite toda pensando em como dizer aquilo, enquanto ela dormia na maca no andar de cima, ensanguentada.

Os olhos de Helena se enchiam de lagrimas a medida que ela ia pensando no fato que teria um pai. Um pai de verdade, que lhe daria atenção e que estava ali porque queria estar, não porque fora obrigado, como os anjos são em certa idade.

Um pai de verdade.

Ela não conseguiu falar, sua pequena garganta estava fechada como choro. Então ela fez o que qualquer anjo na idade dela faria. Abraçou com força a cintura de Emmet, enterrando seu rosto em suas roupas e as manchando com lágrimas de felicidade.

E Emmett sabia que se pudesse, também estaria chorando. Ele se lembrou de Roselie. Aquele era o sonho dos dois.


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Notas finais do capítulo

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