Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 39
Being truly accepted


Notas iniciais do capítulo

Se a gente tem vergonha na cara? Nao, nao tem nao. Sim, estamos postando depois de mais de um ano sem uma letra escrita. Pode jogar pedra, assassinar, o caramba, mas essa fic a gente vai terminar! Nao se preocupa lol



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Capítulo 38 — Being truly accepted

 

Ao ver Seth correr floresta adentro Helena voltou para a casa, passando pelos lobos que corriam apressados atrás de seu namorado. Não queria ouvir ninguém, não queria ver ninguém opinando no que havia acabado de acontecer.

Atravessou a sala onde todos os outros Cullen estavam, e se dirigiu para o quarto o mais rápido que pode, largando sua pena na corrida pelas escadas. Não tinha mente pra mais nada naquele momento, muito menos lidar com aquilo. Apesar de sentir que em suas costas abria-se novamente o buraco, seu corpo estremecendo com a pontada de dor extrema que o líquido prateado queimando-lhe a pele lhe inflingia, ignorou tudo com os dentes trincados.  

Ela estava toda suja por causa da floresta e a única coisa que queria era um banho frio e distancia de tudo aquilo. Distância antes que sua cabeça explodisse, assim como a dor nas suas costas em contato com o líquido.

Levou todo o tempo que precisava lavando os cabelos, esfregou o corpo todo com toda a calma enquanto o líquido era lavado e a dor diminuía, e por fim, pode sentir uma pontada dolorida diferente quando sem querer encostou no braço machucado. Estava bem roxo naquele momento e ver aquele roxo no seu braço, lembrar do olhar de Seth e o seu lobo surgindo por culpa dela… Helena não pode se conter.

Chorou o quanto podia sem fazer barulho. Sentia as lágrimas escorrendo e não tentou controlá-las.  

Saiu do banho e colocou a roupa mais quente que achou no guarda roupas sem a ajuda de Alice. Enquanto penteava os cabelos, sentada em frente ao espelho, ouviu duas batidas leves na porta e ao virar, viu Bella parada ali, com uma pequena tigela e algo enrolado em um pano.  

— Posso entrar? — perguntou com um leve sorriso.  

— Claro. Fique à vontade. — respondeu Helena — Pode sentar.  

Bella sentou na cama e Helena se juntou a ela, sorrindo levemente.  

— Esme preparou isso pra você. Caso esteja com fome. — disse entregando a tigela para a menina. — E a bolsa de gelo é para o machucado. Coma. Eu seguro a bolsa no seu braço.  

Dentro da tigela haviam frutas. Ela se sentiu muito grata por não ser algo pesado, ela realmente não tinha estômago para comer nada além daquilo. Ela começou a comer devagar depois de agradecer.  

— Helena…  

— Sim?  

— Eu sei que você não quer ser incomodada hoje, mas… Eu estou muito curiosa sobre isso.

— Sobre o que? — perguntou ela.

— Se você quiser, não precisa responder, mas… mais cedo, você disse que me salvou. — Começou Bella encostando levemente a bolsa de gelo no braço de Helena. — Pode me explicar o que aconteceu?  

Helena baixou a mão, pensando um momento.  

— Você deu à luz Renesmee. E o seu coração parou.  

Bella olhava em sua direção, mas tinha os pensamentos em outro lugar. Lembrava claramente daquele dia. Daquelas poucas semanas. Não se arrependia de nenhum segundo, mas se lembrava da dor.  

— Eu me lembro como se fosse ontem. Edward injetou seu veneno em você, mas não estava funcionando porque seu coração parou.  

— E aí você me salvou?  

— Bastou uma vez. Uma batida do seu coração foi suficiente para o veneno se espalhar. Foi bem rápido, na verdade. Em um segundo você estava morta e no outro estava se transformando.  

— E você estava sendo presa. — Constatou Bella.  

— É, bom... Meu irmão pensou que eu tinha parado. Quando Isobel morreu, ele achou que eu sentiria culpa o suficiente para parar.  

— Mas você não sentiu.  

— Não senti. Não sinto culpa nenhuma, porque não era minha culpa. Eu não forcei ela isso, Isobel fez o que queria fazer. O que achava ser certo. E eu me orgulho de ter sido amiga dela.  

— Você é uma pessoa boa, Helena. Se arriscou para salvar vidas de pessoas que nem sabiam que você existia. Salvou minha família em troca de perder tudo o que tinha. Por nós.

— Eu ajudava sua família enquanto estava no céu. Parece que desde que eu caí, tudo o que eu tenho feito é atrapalhar e criar confusão.  

— Não pense assim... Ninguém aqui te culpa por nada. Você é mais vítima do que nós em qualquer coisa. Seu irmão está tentando te matar e você nunca, em nenhum momento pensou em você mesma. Nunca foi egoísta. E a única coisa que tem feito foi nos ajudar.  

— Não ajudei o Seth, aparentemente. — disse a garota, abaixando a cabeça — Ele está certo sobre o que disse mais cedo. Eu sou uma ingrata. Passei todo esse tempo aqui sem contar nada a nenhum de vocês. Vocês só me ajudaram enquanto, todo o tempo em que eu estive aqui, não contribui com nada.  

— Isso não é, de maneira alguma, verdade! — Disse ela com tom sério — Não pense no que Seth falou. Você sabe que ele estava de cabeça quente e sabe que ele deve estar se sentindo um lixo por ter dito aquilo a você. E pelo machucado que fez em seu braço, que por sinal já está roxo. Deveria deixar Carlisle dar uma olhada nisso.  

— Não precisa. Não foi nada na verdade. Eu nem estou sentindo dor. — Resmungou enquanto soltava um bocejo.  

— Descanse então. Já está quase na hora de dormir de qualquer jeito. Deixe que eu levo isso. — disse Bella pegando a tigela e a bolsa de gelo e levando para fora.  

— Obrigada, Bella.

— De nada. Descanse. Se quiser posso chamar o Emmett.

Bella não precisou chamar ninguém porque um segundo depois Helena ouviu algumas batidas na porta e viu o rosto de seu pai adotivo passando pelo batente.  

— Bom, vou ver se Renesmee está bem. — disse Bella saindo do quarto, aproveitando a deixa.

— Ei… — disse Emmett, fechando a porta atrás de si.

Helena o avaliou por um momento, observando seu cuidado em se manter distante. Seu rosto parecia também bem sério, muito fora do seu usual sorriso grande e isso fez ela ficar mais atenta a ele.

— Você está bem? — perguntou ele, olhando diretamente para o seu braço.  

— Estou bem, foi só um aperto mais forte. Minha pele é branca demais, então parece pior do que realmente está.

— Com certeza foi mais do que só um aperto forte. — Replicou ele, com os olhar endurecendo por um momento antes de suavizar — Mas eu entendo um pouco o Seth. Todos nós estamos realmente estressados com essa situação.

Helena abaixou a cabeça.

— Eu sinto muito por deixar vocês tão preocupados.

Emmett sorriu um pouco, tentando aliviar com um tom brincalhão:

— Realmente deixou. Ficamos todos loucos. Um bando de lobos e vampiros correndo alucinadamente pela floresta. — Ele riu ao ver ela o olhar estranho. — Não se culpe demais com isso, meu bem… Nós entendemos tudo o que você nos disse e não a culpamos por nada. Muito pelo contrário, só nos fez amar você ainda mais.

Helena não pode evitar sorrir um pouco com suas palavras.  

— Eu sei que está cansada, hoje foi realmente um dia muito longo, mas há algo que eu queria falar com você. — Disse ele, voltando ao tom sério. Helena sabia que seria assim entre os membros da família dali em diante. Eles teriam muitas perguntas.

— Tudo bem… sobre o que é? — perguntou, hesitante.

Colocando a mão dentro do bolso da calça, o vampiro retirou lentamente um objeto, mas Helena não conseguiu identificar em primeiro momento.

— Você deixou cair isto lá em baixo… — Ele estendeu a mão, segurando entre o polegar e o indicador uma pena branca. — Eu pensei ter visto que foi… De propósito.

Helena se encolheu, evitando olhar para aquela única pena de suas asas. Ela não tinha decidido se aquela era sua sina ou salvação.

— Eu realmente deixei cair de propósito, pai… — confessou ela, sem saber o que dizer ao certo. Olhando por baixo dos seus cílios, viu Emmett franzir a testa, impaciente com sua hesitação em dizer algo. Ela soltou um suspiro continuando:

— Mesmo que a pena me devolva parte dos meus dons, ela também me faz mal. Você viu quando Raziel estava comigo quase morta no quarto... O motivo de ter aparecido aquele líquido que queimou minha pele foi porque Raziel trouxe aquela pena. Quando eu chego muito perto das minhas asas, esse líquido começa a sair porque meu corpo sente que elas estão perto... ele está se preparando para recebê-las de volta...

— Seu próprio corpo está te matando por você não colocar suas asas de volta? Mas se uma única pena faz tudo aquilo, imagina toda a sua asa… Você iria morrer antes de-

— Não é bem isso! — interrompeu ela, preocupada — Um anjo sem asas não tem praticamente nenhuma parte angelical, ou seja, não é nada. Por isso o líquido queima minha pele. Se acontecesse de eu ter minhas asas de volta, tudo iria se balancear. O líquido iria me queimar, sim. Mas iria fechar as fendas sobre as asas. E o poder angelical que viria com as assa iria fazer passar a dor e curar as queimaduras.  

— Então quando você toca na pena, um pouco do seu poder retorna e o líquido faz o que deveria fazer…

— Isso mesmo. — respondeu ela — Ele me cura ao invés de me machucar, pronto para dar suporte para minhas asas voltarem.  

— Mas quando você soltou a pena, seu machucado nas costas voltou. — Ele a olhou sério e Helena quase se xingou por ter dado brecha para ele perceber. — Então por que você só não fica com ela? Assim você não vai sofrer, meu amor...

— Não dá para eu ficar segurando ela o tempo todo, assim como não consigo colocá-la de volta sem ter todas as outras. — Ela suspirou, resignada —  Apesar de curar os meus machucados mais rápido e me fazer melhor, assim que eu a soltar vou morrer de dor... — Finalizou ela, tentando desviar da pergunta. — Apenas… guarde ela pra mim, por favor, pai…

Emmett a olhou, tentando sondar seus pensamentos. Ela não havia contado de propósito sobre aquilo na reunião que tiveram antes porque sabia que eles iriam se preocupar demais. Seu pai a olhava por um momento, sem dizer nada, apenas ponderando sobre o assunto, como prova de que ela fizera certo ao esconder.

— Pai, eu estou cansada… Eu sei que tem perguntas, mas acho que vou desmaiar se não tiver algumas horas de sono...

— Ah, não, sim! Me desculpa, pode dormir querida. Eu não queria te perturbar ainda mais… — Disse ele, guardando de volta à pena em seu bolso.  

A anja tentou esconder seu sorriso enquanto ele pareceu atrapalhado ao perceber que não poderia se aproximar para lhe dar um beijo por conta da pena em seu bolso. Ela se acomodou na cama enquanto Emmett se resignou a parar na porta e sorrir para ela.

— Tenha bons sonhos Lena… — Disse ele assim que apagou as luzes.

— Pai… — Chamou ela antes que ele saísse.

— Sim?

— Amanhã… Você pode me levar até La Push? Eu preciso falar com o Seth...

O vampiro retorceu o rosto, em uma careta que mesmo forçando, não tinha como parecer feia.

— Já vai atrás do cachorro de novo…

— Pai...

— O que? Eu também preciso de amor! Seth fica com você toda para ele desde que tiveram imprinting… Ou eu devia chamar de “sequestro de filha alheia”?

— Você sabe que eu e ele não estamos…

— Eu sei! Estou apenas brincando, Lena. — Ele sorriu — Amanhã damos um jeito de você encontrar aquele caipira.

Helena não pode evitar rir com o apelido.

— Boa noite pai. — Disse ela se ajeitando na coberta.

— Boa noite amor. — Sussurrou de volta, fechando a porta.

***

No dia seguinte, Helena já estava de pé bem cedo, indo tomar café da manhã e correndo os olhos por todos os cômodos pelo qual passava, procurando por seu pai.  

Na noite anterior, Emmett havia dito que daria um jeito de levá-la até a praia e Helena estava ansiosa para que ele fizesse isso. Estava louca para ver Seth e tirar aquela agonia que sentia em seu peito. Helena conseguia sentir o que ele estava sentindo e não estava gostando nada dos sentimentos de remorso e raiva cada vez mais fortes dentro de si.  

— Perdeu alguma coisa, Lena? — perguntou Edward ao ver a menina passar pela terceira vez por ele sem cumprimentá-lo.

— Ah! Oi Edward, eu estava procurando meu pai… Você o viu por aí?

Edward sorriu de lado, achando graça da garota que tinha um ar inocente em sua pergunta. Será que ela havia esquecido que ele conseguia saber onde cada um estava sem que ele realmente quisesse saber disso?

— Ele está voltando de uma caçada com a Alice, logo estarão aqui. Ela viu alguns cervos à poucos quilômetros mais cedo e Emmett insistiu em… aliviar a tensão.

Helena torceu a boca, enquanto concordava com um aceno. O que ela poderia fazer para chegar em La Push o quanto antes? Emmett decidira sair justo quando ela estava tão apressada? Talvez ela tenha dormido demais, poderia ter ido mais cedo, quando o sol estava quase nascendo e ela insistiu em continuar mais um pouco deitada…

— Você está preocupada — comentou Edward — É por causa do que aconteceu ontem com o Seth?

— É assim tão óbvio?  

— Ficou depois de ver você dar a terceira volta na mesa da sala. — Ele tentou fazer uma piada. Helena sorriu, sem graça.

— É que Emmett disse que me levaria hoje cedo para La Push pra eu poder resolver as coisas com Seth… Eu queria sair o quanto antes, então estava procurando ele. Mas acho que no final vou ter que esperar, né?

Edward sorriu compadecido, concordando com a menina.  

— Você sabe que podia apenas ter gritado o nome dele ao invés de ter rodado a casa toda, não sabe? — perguntou Renesmee, aparecendo no batente da porta da sala. — Eles são vampiros. Te ouvem a quilômetros...

— Acho que não pensei nisso na hora…  

— Ness, sua mãe ficou no chalé? — perguntou Edward, preocupado ao não vê-la junto a filha.

— Ela estava indo junto comigo, mas achou a tia Alice pelo caminho. Pediu para avisar que vai tentar convencer a tia Alice a voltar antes do meio dia desta vez.

Edward franziu o cenho, parecendo chateado. Alice não podia ficar sentimental que já roubava sua esposa para ser sua colega de compras.

— Meu pai estava com ela? — Perguntou Helena, afoita.

— Alice disse que ele estava particularmente concentrado em achar um urso, apesar de ela ter dito que não vai acontecer. Já deve estar voltando.  

— Acho que não precisa mais se preocupar, Lena — interrompeu Edward — Ele já está quase na clareira.

Helena não esperou outra palavra para se virar e disparar porta a fora, não antes de agradecer os dois com um aceno rápido. Ela o interceptaria antes mesmo que entrasse!  

Parou no meio do caminho entre a casa e a floresta, olhando em volta o tempo inteiro. Não sabia se estava ansiosa demais ou se o tempo estava lento demais, mas parecia uma eternidade enquanto não encontrava o mínimo de movimento na floresta indicando que ele chegava.

Por fim, ficou cansada de ficar ali feito uma barata tonta, trocando o peso de pé e olhando pra floresta. Aquilo não o faria vir mais rápido, tão pouco. Andando o mais lentamente que conseguia, deu a volta na casa, até chegar à garagem. O jipe de seu pai estava parado do lado de fora, parecendo recém lavado. Parecia que alguém havia tentado se distrair a noite, arrumando coisas para fazer.

Helena sentou no capô, suspirando profundamente. Quem diria que esperar poderia ser tão ruim? Se ao menos ela soubesse dirigir não estaria ali tão ansiosa e dependente.  

Pensando naquilo, percebeu como era estranho, depois de tocar a pena e ter lembrado como era ter algum poder e autonomia, voltar ao que era antes. Ela quase tinha vontade de ir procurar sua pena apenas para ter forças para correr o caminho todo até La Push.  

Quase.  

Quase, porque primeiro: Ela não sabia onde Emmett havia guardado e segundo: quando soltasse a pena, teria que lidar com a terrível dor em suas costas e o líquido prateado. Definitivamente não era aquele cenário que gostaria para o reencontro com Seth, não quando a causa da briga tinha relação com aquela pena. Além de que… Ela provavelmente iria se perder na floresta, já que apenas conhecia tudo olhando de cima.  

— Parece que alguém caiu da cama hoje. — Disse Emmett, assustando Helena.

Ela saiu do capô para o chão em menos de um segundo e olhou pra ele com olhos arregalados.  

— Pai! Onde você estava?! Edward disse que você estava caçando, então achei que eu tivesse dormido demais e que você tinha cansado de esperar por isso tinha ido, mas então a Renesmee apareceu falando que a tia Alice já tinha ido e que você já estava vindo e...

— Helena! Helena! Calma... — disse Emmett em meio a gargalhadas. — Você vai desmaiar falando rápido assim! Quer que eu chame seu tio Jasper pra te acalmar?  

— Não! — Respondeu pulando dentro do carro e afivelando o cinto. — Quero ir até La Push, por favor.  

— Certo. La Push. Onde irá encontrar aquele que é mais importante pra você do que seu querido pai. — disse Emmett revirando os olhos enquanto entrava no carro. Helena não conseguia ficar parada, estava praticamente pulando em seu lugar. — Você ao menos sabe onde ele está?

— Na praia. Ele está na praia.  

Emmett a olhou pular mais uma vez em seu banco, se ajeitando, antes de ligar o carro. Ela parecia realmente ansiosa para ver Seth. Ele se perguntou se aquele sexto sentido que as meninas imprintadas tinham tinha haver com a reação tão exagerada da sua filha. Ele nunca tinha a visto tão agitada antes.  

Emmett dirigiu algum tempo em silêncio, deixando a filha com os pensamentos nas nuvens até que algo lhe ocorreu.

— Eu não posso te levar até depois da linha do tratado. Você sabe disso, não sabe?

— Sei, pai, fica tranquilo! Eu vou correr até lá, não é tão longe. — Disse como se não fosse nada demais.

— Ah, mas nem pensar! — respondeu Emmett, diminuindo a velocidade. Isso irritou Helena, que não via a hora de chegar logo. — Você andando sozinha por La Push? Jamais!

— Mas pai… Você tem uma ideia melhor? Eu preciso chegar lá o quanto antes! Fora que essa linha do tratado nem faz mais sentido! Vocês são quase família já!

Emmett encarou a anja.

— Olha Helena, eu sei que você tem pressa e já monitorou muito nossas vidas lá de cima, mas não é assim que as coisas funcionam! Quer saber, eu vou voltar para casa. Você ir sozinha não vai rolar.

Helena segurou o volante, impedindo que seu pai fizesse o retorno na pista.

— Não! Pai, nós já estamos quase na linha do tratado! Por favor, não dá para você me abrir uma exceção só hoje? Eu realmente preciso ver o Seth!

Ela tinha razão sobre estarem chegando, não muito a frente ele teve que parar o carro, sem poder mais prosseguir. Ele encarou a filha que já estava quase desafivelando o cinto e voando porta a fora. Para Helena, apesar de achar doce a preocupação do pai, também achava desnecessária. Ele não lembrava aquele tempo que passou na casa de Mady? O quanto ela andou sozinha por aqueles lados?

Emmett se preparava para prender novamente a filha no banco do carro quando o som súbito de um motor de carro tirou a atenção de ambos daquela discussão. Jacob apareceu em seu Rabbit, virando a esquina próxima, parando em frente ao jipe e saindo do carro com um sorriso presunçoso no rosto.  

— Recebi uma ligação de uma certa vampira psíquica, dizendo que alguém iria precisar passar. — disse parando em frente aos dois. Helena pulou correndo do carro e Jacob a puxou para um abraço.  

Emmett balançou a cabeça sem conseguir acreditar em como aquela anjinha sempre conseguia se safar. Ele colocou seu melhor sorriso no rosto assim que ambos soltaram no abraço.

— Cachorro! Isso, ótimo, você está aqui. Helena está uma pilha de nervos, e precisa ver o cachorro mais novo logo ou vai explodir. — Exclamou Emmett encostando no jipe. — Acredita que ela queria ir correndo? Sozinha!  

— Isso é coisa de humanas ou híbridas que se relacionam com Cullens. — disse Jacob em meio a uma risada — Adquirem um amor platônico pelo perigo.  

Emmett estreitou os olhos com a provocação.

— Andar conosco? Que me lembre Bella pulou de um penhasco depois de ser coagida por um lobo... — retrucou.

— Olha, ninguém foi coagido a nada…  

— Já chega! — Interviu Helena perdendo a paciência e surpreendendo ambos. — Jacob, você não está cumprindo seu propósito, que no momento é me levar até o Seth. Então vocês dois parem de discutir o passado e vamos atrás do Seth porquê... as coisas não estão boas! Seth está realmente mal, e é minha culpa. Por favor, me deixa ir!

Emmett olhou para Helena com um sorriso orgulhoso. Aquela sim era sua filha.  

— Entre no carro então, baixinha. Não posso te levar pra lugar nenhum se você não… — resmungou Jacob. E antes mesmo de acabar, Helena já estava no carro, de cinto e sorrindo inocentemente pelo vidro. — Entrar. Nossa, deve ser séria mesmo a coisa com Seth.

— Você não sabe quanto. — Respondeu ela. — Podemos ir, por favor?

— Você que manda, madame. — Disse ele. Helena virou uma última vez, acenando para o pai antes do Rabbit virar a curva e se perder da vista do vampiro, não antes de ela notar ele entrando no carro balançando a cabeça, como se não acreditasse naquela situação.

O silêncio se fez por um momento, antes de Helena perguntar sobre o que mais a preocupava.

— Você falou com ele? Sabe como ele está?

Jacob respirou fundo por um momento, antes de soltar o ar e responder:

— Ele não quis falar com ninguém. Acredite, eu tentei. Mas ele preferiu ficar sozinho. Nem se transformou. Acho até bom que você vai ir falar com ele, ninguém fica bem quando Seth não está bem.  

Helena abaixou a cabeça, suspirando.  

— É tudo minha culpa. Parece que desde que eu caí aqui, tudo que eu tenho feito é estragar a vida de vocês.

Jacob franziu a testa.

—  Não acho que você esteja estragando tudo. Na verdade, Seth ficou muito mais feliz a partir do dia em que te viu pela primeira vez. Ele, ao contrário de outros lobos, sempre quis achar seu imprinting. Todos ficamos muito felizes quando aconteceu.  

— Seth é muito importante para você, não é? — Perguntou Helena, sorrindo ao notar o sentimento que havia na voz de Jake quando falava de Seth.

— Não só para mim, Lena. — Sorriu Jacob — Ele é nosso irmão mais novo, todos realmente querem o melhor para ele.

Helena sorriu, concordando. Ela lembrava muito bem da ver aquele sentimento de irmandade que o bando tinha, quando ela ainda estava no céu. De certa forma, era estranho e até mesmo melhor, poder ver aquele sentimento tão de perto e até mesmo experimentar um pouco através de Jacob.

— Olhe para sua direita, daqui já dá para ver os penhascos e mais para trás é a praia. Vou te deixar lá, porque não tem como subir até o penhasco de carro. Sabe que ele está lá, não sabe?

— Sim. — Assentiu. — Eu vou correr até lá, de qualquer forma.

Cinco minutos depois, Jacob estava parando o carro em uma das vagas de estacionamento que estavam disponíveis em frente à praia.  

— Tem certeza de que quer ir sozinha? — perguntou Jacob quando ela abriu a porta para sair do carro. — Não quero que o seu pai venha me encher o saco depois por negligência.

Helena sorriu.  

—  Está tudo bem Jacob. Eu sei o caminho. Seth já me levou até lá antes. E não se preocupe com o meu pai... Se você não contar eu não conto.  

Helena saiu do carro sorrindo para o lobo, saindo correndo logo em seguida. Ela podia não estar nas melhores condições para se esforçar, mas não poderia ir devagar. Lena precisava do seu lobo e ele estaria no topo daquele lugar.


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