Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 35
Another Bother


Notas iniciais do capítulo

Bom dia Pessoal!
Bem, eu não sei se existe ainda algum leitor desta fanfic, mas eu estou postando mesmo assim. Esse foi o capitulo mais longo da fic e o mais demorado também. hehe Desculpa pessoal, eu e a Carol temos sérios problemas e fomos muito más como autoras por ter deixado vocês sem capitulos por tanto tempo.
Uma coisa eu e ela prometemos: Não vamos deixar essa fic sem final! Mesmo que demore, iremos dar um fim ela.
Desculpe novamente e Boa leitura!



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Capitulo 34 Another Bother

— Eu não posso acusar ninguém, eu já disse — retornou Rachel, virando de costas e arrumando alguns papeis sobre sua mesa — Eu não estava presente no refeitório quando aconteceu. Não posso afirmar nada, Helena.

— Mas você sabe quem foi. Como toda a escola sabe. Como eu sei! — A anja revirou os olhos irritada — Mas ninguém quer me confirmar! Todos têm medo delas depois do que aconteceu.

— Olha Helena, eu sei que você está pensando — disse ela olhando para Helena — E vingança não é a maneira certa de superar isso. Você já foi um anjo, sabe que isso nunca acaba da maneira certa…

A anja desviou o olhar, observando o chão.

— Eu não ia me vingar delas…

— Então para o que você quer saber quem fez isso? Dar os parabéns é que não é, tenho certeza. — Disse, voltando para os papeis — Já não basta o que aconteceu? Hoje é o funeral dela, Lena. Você pode esquecer isso pelo menos por hoje?

— Esquecer? Uma aluna morreu, Rachel. Minha melhor amiga. Se fosse Jacob ou Paul, você iria querer saber o que aconteceu! Iria querer saber quem causou. E eu já disse, não é vingança!!

Helena não era o tipo de pessoa que levanta e sai batendo a porta, mais foi exatamente o que ela fez daquela vez. Ela estava irritada pela falta de respostas e com Rachel pedindo para ela “esquecer” que nem ao menos se importou.

Andou pisando duro pelos corredores, com a expressão fechada. Não demorou muito para encontrar Renesmee, com a mesma expressão em seu rosto.

— Pelo jeito não conseguiu tirar nada de Rachel também.

— Ela disse que não estava lá na hora que aconteceu. — Respondeu Helena — Você acredita que nem as câmeras pegaram algo?

— Merda! Aquelas garotas não podem simplesmente sair ilesas dessa! — Urrou, sem se segurar e socou a parede do corredor. Ainda bem que não havia ninguém por perto para notas as pequenas rachaduras que se formaram.

— Temos que fazer alguma coisa, aquelas Garotas têm que ser expulsas, no mínimo. O inquérito aberto pela escola está tão parado quanto nós.

— Eu sei, Lena, eu sei. — Resmungou.

— Ei.

As duas garotas se viraram, dando de cara com um garoto alto e moreno como a maioria dos Quileutes. Ele não tinha os músculos dos Lobos, mas estava bem claro a genética índio ali. Abaixo dos olhos do garoto, haviam olheiras escuras.

— Olá…? — Disse Renesmee, lentamente, tentando lembrar se conhecia o garoto.

— Eu vim prestar minhas condolências por sua amiga.

— Ah… O-Obrigada. — Renesmee tentou sorrir um pouco. — Você a conhecia?

— Não. Fui eu que… — O garoto não conseguiu completar a frase. Tinha as mãos fechadas e parecia levemente esverdeado.

Helena arregalou os olhos quando entendeu o que o garoto tentava dizer, alguns segundos após Renesmee. Ela o reconheceu. Havia sido ele quem atropelara Mady. Automaticamente a anja deu um passo para trás, sem conseguir se conter.

— Eu sei que não tenho o menor direito, mas também vou ao velório hoje. E eu quero dizer a vocês duas que eu realmente sinto muito. — ele declarou por final.

Nem Renesmee nem Helena souberam o que falar quando o garoto começou a ir as lágrimas. Queriam consolá-lo, porque sabiam que ele não havia feito de propósito, apenas estava no lugar errado na hora errada, mas ao mesmo tempo, não queriam estar perto dele.

— Sabemos que não foi sua culpa. — Disse Helena, com dificuldade, colocando a mão em seu ombro. — Nada teria acontecido se aquelas garotas não tivessem…

Helena se interrompeu, percebendo que já começava a se descontrolar em sua raiva. Nessie olhou para ela, compartilhando seus sentimentos.

O garoto pareceu confuso.

— Nós estamos tentando provar que foram As Garotas que humilharam Mady — disse — Foi por isto que ela saiu correndo para o meio da rua.

O garoto assentiu levemente entendendo a situação das meninas.

— Eu não vi nada, então... — ele encolheu os ombros — Mas eu posso perguntar para alguns colegas.

— Toda ajuda é bem vinda! — Exclamou Lena, empolgada com a possibilidade.

— Certo — Ele meio que sorriu — Eu preciso ir agora. E... Obrigado por não me evitarem.

As duas garotas, ainda paradas no meio do corredor da escola, apenas assentiram e acenaram enquanto o viam seguir em direção às portas da saída.

A tragédia havia paralisando todos e uma perspectiva de que as amigas de Mady estavam atrás d’As Garotas trazia uma nuvem escura para cima dos alunos, que evitavam qualquer vínculo com aquela história.

Dedurar qualquer ação d’As Garotas ainda era um tabu difícil de ser quebrado. Agora, com uma proporção daquela, ficara impossível. Todos fugiam de qualquer pergunta sobre, com medo do que elas poderiam fazer. Elas haviam conseguido a morte de uma aluna, o que não poderiam fazer com você se você as enfrentasse?

Claro que isto só atiçou a ira recente de Lena e Ness, insatisfeitas com a reação submissa daqueles alunos. Por que aquilo não podia simplesmente se resolver sem que elas tivessem que se estressar ainda mais? Por que elas não podiam simplesmente ser felizes sem perder ninguém?

As perguntas continuaram sem respostas em suas mentes.

Elas pegaram suas coisas dos armários e encheram as mochilas. Nenhuma das duas queria voltar a escola tão cedo, e continuariam pensando assim por bastante tempo.

As vidas delas já estavam bastante difíceis para ainda terem que se preocupar com dever de casa e provas de álgebra. Não que elas não gostassem de ir a escola e estudar as matérias, até porque elas realmente apreciavam tudo aquilo, mas sim porque além de tudo, havia algo sombrio sobre aquela escola agora. Algo que em seus corações que parecia incurável.

Faltava Mady.

Entraram no carro alguns minutos depois e ficaram lá por algum tempo, ainda em silêncio. Nada que dissessem iria fazê-las se sentir melhor ou com que suas raivas diminuíssem, pela injustiça da situação. Elas precisavam de ação e encontrar As Garotas, que desde o incidente, simplesmente sumiram da escola, parecia a única perspectiva de paz para os seus corações furiosos.

Elas finalmente decidiram conversar enquanto Nessie dirigia para casa. Ambas precisavam se aprontar para o enterro de Mady, que seria naquela tarde.

— Eu estou com medo — confessou Lena, no silencio do carro.

— Medo? Do que?

— Do enterro. Eu tenho medo de olhar para ela de novo. A culpa por ela estar lá é toda minha.

— Nossa. — Corrigiu Renesmee — A culpa não é apenas sua, é nossa.

— Mas fui eu quem causei a briga com vocês e Raziel…

— Não importa, já discutimos isto. Todos temos uma parcela de culpa, Helena. Não mais que aquelas garotas estupidas, mas temos.

Helena não continuou a contesta-la, porém, secretamente, não mudou sua opinião.

— Eu não vi os pais dela depois daquilo. Vai ser a primeira vez que vou vê-los ou falar com eles.

— E você está com medo que te acusem.

Helena assentiu, sentindo o gelo em seu coração se prolongar.

— Sim, eu tive um pesadelo sobre isso. E nos últimos tempos, todos os meus pesadelos vem se tornando realidade.

Renesmee ficou em silencio, absorvendo as palavras de sua amiga. Ela entendia aonde Helena queria chegar.

— Você terá que enfrentar isso de uma maneira ou de outra. O que eu posso te dizer é que não vai estar sozinha, tenha certeza disso.

Com aquilo Helena concordou. Aquele seria um momento difícil, mas impossível de evitar. Tudo que podia fazer era enfrenta-lo junto com ela.

O enterro chegara mais rápido do que o esperado.

Todos vestidos com aquelas roupas negras deixavam o ambiente ainda mais sombrio. A voz bem treinada e alta do padre falando sem pausas também ajudava a tornar o clima pesado.

— Por que Deus dá, e Deus tira. Mesmo em um momento de muita dor como este, onde não encontramos respostas para muitas indagações que nos vêm à mente, não ficamos sem alento. Na palavra de Deus encontramos o conforto e a força de que necessitamos. Não nos cabe achar o porquê. Essa resposta só será encontrada na presença do Senhor Jesus quando o nosso dia chegar e formos, também...

Helena parou de ouvir, já não conseguindo focar em nada além de sua tristeza. Não gostava da linha de raciocínio que o padre começava. Ela queria sim saber o porquê e buscaria até que encontrasse a verdade.

Estava frio no cemitério, e mesmo que estivesse quente por ter tido os braços de Seth em volta de si antes de chegarem ali, Helena se arrepiava. Não só pelo vento forte e pela temperatura, mas também pela ocasião em si. Renesmee estava sentada ao seu lado e Helena pode ver as lágrimas caindo de seus olhos. Por algum milagre, naquele dia Helena não derramou nenhuma lágrima. Talvez por que já não tivesse mais lágrimas para derramar, raivosa pela tragédia. Com ódio por ter deixado mais um dos seus preciosos morrer.

Rose. Embry. Mady.

Quanto mais ela não conseguiria salvar?

Quando o padre terminou de fazer todas as orações e discursos, enquanto desciam o caixão, os parentes e amigos de Mady se levantaram e jogaram flores sobre ele. Helena e Renesmee não ficaram de fora. De mãos dadas jogaram flores sobre o caixão da amiga, como um último adeus.

Elas transmitiram seus sentimentos aos pais de Mady, que, ao contrário do que Helena pensava, não a julgaram ou disseram algo crítico. A mãe, chorosa, abraçou Helena o mais forte que pode, e a menina se sentiu grata. Grata por não ser o objeto de raiva dos pais de Mady.

Enquanto andavam de volta ao carro, avistaram o menino que havia atropelado Mady. Ele conversava com os pais dela aos prantos, o pai de Mady estava com uma mão em seu ombro.

— Estava na hora dela, filho — foi possível ouvir quando vendo soprou na direção delas — Não adianta se culpar por algo assim.

Um tanto chocada, Lena percebeu que eles não culpavam à ninguém. Apenas uma alma completamente em paz poderia fazer algo como aquilo e isso deixou-a ainda mais surpresa.

Renesmee olhava para eles quando esbarrou em alguém. Assim que olhou para frente, percebeu que era ninguém mais, ninguém menos do que Pen, uma d’As Garotas. Ela estava com um vestido preto e o rosto desprovido de maquiagem, o que a deixava sem o habitual brilho que tinha quando andava na escola.

Imediatamente as duas Cullen se projetaram ofensivamente em frente á membro d’As Garotas.

— O que você faz aqui? Você não tem direito de estar aqui depois de tudo que você e suas amigas fizeram. — Cuspiu Renesmee, olhando com nojo para a garota.

Pen limpou as lágrimas, fungando.

— O que você sabe sobre direito? Saia da minha frente. — Desfez ela, deixando Helena e Ness para trás, sem qualquer satisfação.

— O que aquela garota estava fazendo aqui? — Perguntou Helena chocada — E ela estava chorando.

— É uma falsa! Não consigo imaginar em nada além de estar fingindo para escapar de alguma suspeita contra ela. Não me surpreenderia nem um pouco se ela e seu grupinho fizessem algo tão dissimulado, mesmo em um enterro!

Helena assentiu, concordando com Renesmee e se dirigindo a saída, mas algo dentro dela a fez parar um momento e olhar na direção que Pen tinha ido. Depois de tudo o que ela e as amigas tinham feito, será que ela sentia algum arrependimento?

Ao chegarem em casa, depois de um banho, as duas se aconchegaram nos colos de seus pais e ficaram em silêncio, sofrendo pelo o luto. Helena estava se sentindo cada vez mais confortável com aquela cena em família. Ela finalmente conseguia se sentir parte da família sem pensar no que havia feito e quem ela havia deixado morrer, mas ainda assim, não conseguia entender como, não só os Cullen mas os Quileutes também, conseguiam não culpá-la.

***

Helena acordou em um sobressalto. Ainda estava encostada em Emmet, que jogava furiosamente um jogo de vídeo game com Jasper. As janelas mostravam que já estava escuro lá fora, indicando que Helena tinha dormido quase a tarde inteira.

— Pai?! — Resmungou.

Emmet apenas sorriu, deu um beijo na testa da filha e depois voltou a olhar para a tv.

— Eu já ia te acordar. Sua vó está quase terminando de preparar o jantar.

— Que horas são?

— Quase sete horas. — Comentou ele — Jacob veio atrás de você e de Ness, mas como você estava dormindo eles resolveram não te acordar. Disseram para depois você dar uma passada na casa de Leah.

— Renesmee já foi?

— Sabe como ela é apressadinha, principalmente quando ela tem a chance de ver Rose.

Lena sorriu para Emmet, mas ele não viu, pois estava ocupado demais atirando em meia dúzia de caras armados. Ela ficou mais alguns minutos sentada, apenas olhando o jogo que seu pai jogava antes de desistir de tanto sangue e ir tomar um banho. Assim que saiu do seu quarto, já vestida com seu habitual vestido florido, foi recebida por uma Esme animada, que a carregou para sala de jantar.

A palavra banquete era pouco para o que foi preparado por Esme. Havia tantos tipos de comida que havia abarrotado a grande mesa de jantar dos Cullen, que diga-se de passagem, era realmente muito grande!

— Deus!! — Exclamou a garota.

— O que foi?! Eu esqueci alguma coisa?

— O que está acontEITA, o que é tudo isso aqui?!? — Exclamou Emmet, aparecendo na porta do recinto.

— Você convidou o bando todo para jantar aqui, vovó? — A garota olhou espantada para a vampira, que pareceu confusa com a pergunta.

— Não! Eu só estava tentando te animar… Tem te acontecido coisas tão ruins ultimamente que resolvi fazer alguma coisinha...

— Coisinha? Você está querendo é engorda-la para assar no natal, isso sim! — Riu-se Emmet, chegando perto da mesa. Até mesmo ele sendo um vampiro e não tendo apetite de comida teve que admitir que havia uma boa aparência.

— Isso é muita comida! Eu não vou conseguir comer nem um terço disso tudo, Esme! — Disse a garota sentindo-se desesperada. Esme havia mesmo feito tudo aquilo apenas para ela comer??

— Bom… Você se satisfazendo já está de bom tamanho. E depois, podemos até deixar para os garotos comerem um pouco se sobrar…

— Eu ouvi a palavra comer? WOW! — Seth apareceu e parou estarrecido ao lado de Helena — Vai ter uma festa por aqui ou algo assim?

— Vocês são exagerados, nem tem tanta comida assim...

— Esme, você está ficando cega com o passar dos séculos? — Brincou Emmet — Nem se todos os vampiros desta casa comessem seria possível terminar com tudo isso.

— Quanto tempo precisou para fazer isto? — Perguntou Helena e Esme franziu o cenho.

— Não tenho certeza. Talvez umas sete horas. Eu não olhei no relógio antes de começar, mas era tarde.

— Bom, então não vamos deixar esfriar. — Disse Seth já acariciando a sua barriga — Ainda bem que eu não comi o lanche na Emily.

— Vou ligar para Renesmee trazer pelo menos Leah e Jacob para ajudar. — Comentou Lena saindo da sala e indo atrás do telefone.

Alguns minutos depois, os três chegaram, trazendo Nahuel e uma Rose gargalhante que andava se agarrando as mãos dele, cambaleando.

A pequena viu Seth na porta da cozinha e cambaleou em direção sua direção com um sorriso quase sem dentes nos lábios.

— Ela quer correr e não sabe nem andar direito. — Riu Jacob

— Incrível como ela já está tão grande — murmurou Helena — Já dando seus primeiros passinhos…

— Primeiros tombos, isso sim — disse Nahuel quando a pequena garotinha quase caiu quando estava bem próxima de Seth, que a pegou no último segundo, colocando-a em seu colo.

— Nossa! Então era verdade que havia comida para um exército — comentou Renesmee entrando no recinto. — Não que eu duvidasse de suas habilidades culinárias, vó. Sua comida é realmente muito boa, mas você exagerou na quantidade.

— Não achei exagero. Se não fosse pelo fedor de vampiro, estaria realmente perfeito — completou Leah.

— Não sei como você ainda não se acostumou com isso, Leah — disse Jacob enquanto já se sentava — Há anos nós estamos aqui comendo a comida da Esme.

— Até hoje Emily acusa Esme de nos roubar pela barriga — disse Seth, sorrindo para Esme enquanto ainda brincava com Rose no colo.

— Pode até ter passado anos, mas eles ainda são fedidos. — Finalizou Leah, pegando Rose de Seth. A garotinha deu um gritinho, as mãozinhas gordinhas espalmando o rosto da mãe — Não é Rose? Não é? Sim, eles são fedidos sim!

— Não concorde com ela tão facilmente, Rose — disse Alice, entrando na sala, onde todos se acomodavam nos lugares diante da mesa — Pelo menos nós não ficamos espalhando esse cheiro de cachorro molhado pela casa dos outros.

— Alice! Resolveu se juntar para o grande banquete? — Riu Emmet — Pensei que você ia caçar com o Edward e a Bella para fugir dos cachorros.

— Até íamos, mas uma certa monstrinha convenceu os dois que seria uma ótima reunião de família ficar para o jantar.

— O que? Eu nem falei com eles! — Exclamou Renesmee — Acabei de chegar, Alice! Você está ficando pirada. Suas visões estão com defeito.

— Assim que Helena ligou para vocês virem para cá o futuro lindo de uma caçada na floresta já sumiu. — Disse Alice com uma careta — Então presumo que tenhamos adiado nossa ida.

— E onde estão eles? — Perguntou Esme

— Estão saindo do chalé em poucos minutos. — Sorriu Alice, feliz por poder ao menos ver algo.

— Então vocês pretendiam fazer uma reunião de família sem mim? — Perguntou Carlisle já descendo das escadas e entrando no cômodo.

— Querido, eu já ia te chamar.

— Então, já posso atacar? — Perguntou Seth, salivando enquanto procurava um prato para pegar um dos deliciosos pratos dispostos na mesa.

— Lena, venha me ajudar a trazer os pratos e talheres. — Disse Renesmee.

Todos se acomodaram em uma das cadeiras da grande mesa dos Cullen. Não demorou para Edward, Bella e Jasper também aparecerem. Mesmo que os vampiros não comessem, sentaram em um lugar, conversando e enchendo o ambiente de barulho. O som de risadas e descontração deixou o ambiente ainda mais leve, dando a impressão para Helena que tudo nunca esteve tão bem.

Helena percebeu o sorriso satisfeito de Esme enquanto os garotos devoravam os seus pratos e entendeu que no final, o plano dela de tentar animar as coisas acabou por dar certo.

Havia uma certa rixa entre os lobos e os vampiros, que deixava o clima ainda mais divertido. As brincadeiras e as tiradas de sarro eram constantes e sempre acabavam por fazer todos rirem no final.

A anja sorriu ao constatar como inimigos naturais acabaram por se dar tão bem. Cada um deles com vínculos que os mantinham unidos. Olhando de fora, ela já conseguia ver o verdadeiro significado de tudo aquilo: Todos faziam parte de uma família.

Logo todos estavam satisfeitos, apenas sentados na mesa, aproveitando a companhia um do outro para conversar. Nenhum deles parecia querer ir logo embora.

— Bom, aproveitando que estão todos reunidos aqui, eu queria fazer um comunicado! Bella...— Disse Alice, chamando a atenção de todos na mesa.

— Não diga que ela está gravida novamente! — Zombou Jacob — Ness você vai ter mais um pentelho para cuidar de fim de semana!

Bella revirou os olhos para o lobo.

— Você sabe que isso é impossível, não sabe?

— Você sempre foi estranha, vai que de tanto treinarem não acabar dando em…

— Faz favor Jacob, cala a boca — murmurou Edward, revirando os olhos.

— Como eu ia dizendo — Alice enquanto Bella enviava um olhar duro na direção de Jacob — Bella e Renesmee estão ficando mais velhas e eu quero comunicar a todos que vocês estão convidados, ou melhor, convocados para a festa de aniversário das duas.

— Bella concordou com uma festa? — Questionou Emmet com um sorriso, pronto para fazer alguma piada.

— Eu só aceitei porque é o primeiro aniversário que Ness terá conosco. Ela merece uma festa. Se fosse por mim, meu aniversário seria esquecido.

— Mesmo quando você completar cem anos Bella, Alice ainda irá insistir em fazer uma festa de qualquer modo. E você vai acabar concordando com ela, sabe disso. — Riu Nahuel e a sala teve que concordar com ele.

— O importante é comemorar!

A família de vampiros e lobos riu, todos animados com a comida e com a oportunidade de conversar. Quando foi a última vez que todos sentaram juntos e conversaram como faziam agora? Sem ser por uma guerra ou algum perigo?

— Então Leah — Começou Helena enquanto comia um pedaço de bolo — Eu acabei sem saber o que aconteceu na sua viagem e do Nahuel. Como foi por lá?

— Fora eu ter sido ignorada e todo mundo estando alvoroçado por conta da nova aquisição da família, tudo bem. — Ela riu, mas logo tomou um tom sério — Ela estava com uma gravidez de risco e é uma das irmãs mais queridas de Nahuel. Ele ficou preocupado a semana inteira que ficamos por lá.

— Eu imagino mesmo… Mas deu certo no final, ao menos? O bebê está bem?

Leah sorriu de lado, olhando para o marido.

— Você acha que ele estaria sorrindo desse jeito se não estivesse? Ela deu o segundo nome do bebe em homenagem a ele. Pareceu um bobo alegre quando soube! — Leah balançou a cabeça — Logo teremos de levar Rose. Ela vai adorar conhecer todos, apesar de as irmãs dele serem umas ciumentas chatas.

Helena riu, concordando.

— É eu entendo. Sei como as cunhadas podem ser chatas as vezes.

— Ahh, sabe é? — Disse a loba, já fechando a cara — Pois saiba que esse até agora foi o meu lado bonzinho, senhorita! Você não vai querer provocar essa loba aqui…

— Provocar? Quem está provocando? Não faço esse tipo de coisa, eu sou um anjo de pessoa. — Respondeu Helena, piscando os olhos diversas vezes para mostrar a sua inocência.

Leah riu da garota, balançando a cabeça em negação, não conseguindo acreditar na menina.

— Quando foi que você ficou tão sarcástica? Você tem que parar de andar com o meu irmão, ele está te estragando!!

— O que que tem eu aí? Eu estou quieto no meu canto, não fiz nada! — Berrou Seth, entrando na conversa e Leah já virou ácida para ele.

— Não se intromete pirralho que a conversa não chegou ainda no chiqueiro.

Helena franziu o cenho, se virando para Leah.

— Chiqueiro?

— Claro, olha o jeito que ele está comendo! Parece até um porco!

— Auto lá!! — Disse ele levantando o dedo no ar — De todos os lobos, eu sou um dos que comem mais decentemente aqui! Sem comparação com Jared, vamos combinar!

Jacob que agora prestava atenção na conversa, balançou a cabeça concordando.

— Aqui só tem lobo civilizado!

Emmet imediatamente caiu na gargalhada, rindo tão alto que todas as conversas paralelas pararam para prestar atenção no que acontecia. Jacob olhou duro para o vampiro que não parava de rir de como aquele comentário era uma piada!!!

— Menos a Rose... — Comentou Nahuel e todos olharam para Rose no colo de Alice. A pequena tinha bolo de chocolate até nos cabelos e não estava nem ligando para a atenção repentina enquanto comia o que restava em suas mãos.

Enquanto todos riam da situação, começando um emaranhado de comentários e brincadeiras, Helena, repentinamente, sentiu um grande desconforto nas costas, seguida de uma leve tontura. Foi muito rápido e não demorou nada para simplesmente sumir, como se nada tivesse acontecido. Ela achava que ninguém tivesse percebido a leve bambeada que ela havia dado, mas se enganou ao ver os olhos de seu tio Jasper a encarar:

— Helena, você está bem?

A pergunta pareceu desencadear novamente o desconforto que rapidamente se elevou para um nível de dor mais profunda e ela não pode conter um arquejo sair dos seus lábios. Suas costas arderam de uma forma estranha, e ela começou a respirar com dificuldade e piscou diversas vezes quando seus olhos se encheram de água.

O que estava acontecendo??

No mesmo segundo, Jasper já estava ao seu lado, amparando Helena e a olhando profundamente. Todos na sala suspenderam suas conversas, surpresos com súbito movimento.

— O que está acontecendo?

Helena respirava com dificuldade. Seth e Emmet já estavam ao seu lado um segundo depois.

— Helena?! — Exclamou Emmet

— Mi-minhas costas. — Conseguiu balbuciar mesmo sem ar.

Subitamente Jasper sentiu um cheiro, que conhecia muito bem. Quase com medo de ver que era verdade, empurrou-a gentilmente um pouco para frente e todos ficaram em choque com o que viram. No tecido de suas costas, duas grandes marcas vermelhas começavam a se marcar no branco de sua roupa.

— Ah meu Deus. — Exclamou Esme.

— Helena! O que aconteceu?! — Perguntou Emmet

— Eu não sei! O que foi? — Perguntou Helena em um tom histérico.

— Você está sangrando, Lena. — Disse Carlisle aflito, tomando o lugar de Jasper e já a amparando para se levantar da cadeira — Vamos levar ela para o meu escritório.

— Alice. — Chamou Edward, e ela não precisou perguntar para entender deveria ajudar Carlisle. Saiu em disparada na frente, para ajeitar as coisas.

— Helena, fique calma, está tudo bem. — Disse um Seth com olhos amedrontados enquanto acompanhava sua namorada ser amparada enquanto era levada até o escritório.

A Anja tateou o ar até conseguir agarrar a mão do lobo, esmagando seus dedos por um momento. Foi apenas neste momento que Seth encontrou seus olhos antes de ela ser pega no colo e carregada escada a cima para longe dele. Encontrou seu olhar completamente assustado, junto à um semblante de uma dor incompreensível. Ela parecia tão aterrorizada quanto aquele dia que Leah a encontrou.

O que estava acontecendo? De um momento para o outro, todo o clima feliz tinha se dissipado e tudo que restou foi medo. Era cedo no dia, mas uma nova preocupação havia se iniciado.


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Notas finais do capítulo

Já não basta Raziel, Mady, As Garotas, agora Helena tem outro problema: Os buracos onde eram suas asas. O que será que poderá ser? Até a proxima!



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