Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 30
Imprinting Connection


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde meus queridos leitores!
Eu demorei, mas cheguei. Estavam ansiosos? Bom, como vocês podem começar a notar, nossa maratona já vai chegando ao final. O ultimo Capitulo seguido sai na sexta-feira e depois voltamos à nossa rotina de capitulos normais.
Fiquem calmos, eu e a Carol já estamos muito adiantadas. Estamos fazendo de tudo para vocês receberem-os o mais rapido possivel.
Aproveitem o capitulo e até a amanhã!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473688/chapter/30

Capitulo 29 – Imprinting Connection

POV Seth Clearwater

A neve havia derretido durante a noite, mas isso não deixava o clima menos gelado. Não que eu sentisse alguma diferença quanto ao clima, mas enquanto eu estava deitado naquela grama, eu podia sentir minha camisa ir cada vez ficando mais encharcada.

Ali, no alto do penhasco, não era um dos lugares mais secos de La Push, mas também não poderia se considerar como o mais molhado. Havia lugares bem piores para você sair com os pelos fedendo à cachorro molhado e eu e a matilha sabíamos muito bem sobre isso. Mais do que gostaríamos, na verdade.

Não fazia muito tempo que eu estava deitado ali, mas para mim, aquelas horas pareciam uma eternidade. Eu tentava inutilmente direcionar meus pensamentos para todas as outras coisas, mas sempre, sem falhar nenhuma vez, eles voltavam diretamente para ela. Era claro, como poderia ser diferente?

Nos últimos dois dias, eu havia sido dispensado das rondas pela minha “atitude pirralha” enquanto estava conectado com meus irmãos. Eu sinceramente fiz de proposito ao não deixar nada bloquear minha mente, principalmente quando Jacob estava junto, expressando tudo o que eu não conseguia dizer em palavras para ele. Não era muito bonito de se ouvir, mas eu continuei mesmo assim.

Eu estava ressentido, para dizer o mínimo. Ele realmente havia me dado um comando alpha para me manter longe do meu imprinting. Até aí, tudo bem, eu havia entendido o recado, mas quando fiquei sabendo que, para os demais lobos, ele apenas deu um aviso, sem comando, eu quase enlouqueci. Porque eles tinham a opção de falar com ela, mesmo avisados para não fazerem, e eu não?

Jacob era um imbecil.

E isso era tudo o que eu mantinha em mente, em meio aos meus pensamentos à Helena. Ele era o imbecil que me mantinha longe dela todo esse tempo.

Para melhorar, ele não queria arriscar que eu me sentisse mais tentado e me proibiu de sequer visitar também Rose. Ou Leah. Ou minha mãe. Disse que manter, principalmente à mim, longe do meu imprinting era o que a salvaria… Pff, um soco na cara dele que me salvaria, isso sim.

Claro que, eventualmente, eu entendi o que Jasper sugeriu.

Helena havia passado por um momento crítico em seu psicológico já abalado. Ela havia caído do céu e sido caçada pelo seu irmão (ou tão caçada quando ele parecia estar tentando caçá-la). Então, com a menor desestabilização e ela simplesmente cedeu.

Carlisle havia passado algumas horas do seu dia, me explicando e tentando me convencer sobre os problemas e causas de uma desestabilização psicológica, mas tudo o que eu respondia para mim mesmo era que, se ela estivesse comigo, ela poderia superar.

Eu sentia isso, sentia que o lugar dela era comigo e que, se ela estava realmente tão mal, o que ela exatamente precisava era o meu apoio. Eu poderia ajudá-la, eu sentia aquilo. Eu seria o que ela estava precisando…

Você quebrou a confiança dela, seu babaca! Eu pensei rancoroso, virando de lado na grama, observando as nuvens escuras do céu. Como ela precisaria da pessoa que era o motivo de ela estar assim?

Minha cabeça latejou e pela quinquagésima vez eu tentei parar de pensar sobre isso. Pensar sobre tudo aquilo não estava ajudando, nem à Helena, muito menos à mim.

Já havia passado algumas horas desde que eu havia recebido a notícia que ela acordara. Leah ligou assim que a respiração da garota se desestabilizou. Todos estavam preocupados (nem fale em mim) por conta de ela ter dormido mais do que o esperado.

Dois dias inteiros. Para um anjo, isso era quase como um coma, mas Jasper afirmou, assim como Edward, que ela estava dormindo por conta própria. Havia uma defesa em seu corpo que parecia consciente da situação psicológica dela.

Jasper afirmou que ela estava se escondendo dentro de si. Era como uma casca serena ao redor de um bolo de sentimentos confusos. Ele próprio não conseguia identificar por inteiro um antes de ele mudar para outros.

E eu? Eu ficava de fora, esperando quem quer que tivesse notícias dela ser caridoso o suficiente para me contar. Sentado impotente naquele maldito penhasco idiota, com vista para a praia.

Eu tentei me distrair com ela, a praia eu digo, tentando achar alguma espécie de padrão nas ondas raivosas que iam em direção à areia. Era claro que não havia, mas eu me sentia cansado e tentado demais ao pensar em planos e jeitos de encontrar com Helena para pensar em algo mais interessante.

Uma, duas, três ondas então uma pequena calmaria. Helena estaria com fome quando ela acordasse, ela provavelmente se sentiria fraca depois de tanto tempo sem comida.

Quatro, cinco, seis e sete. Essa última sequência completava a anterior, deixando mais uma brecha para o mar voltar a se juntar novamente na parte mais funda.

A parte funda do mar era negra, assim como uma parte do céu começava a ficar. Eu me perguntei se anjos comiam regularmente no céu e se sim, o que exatamente eles comeriam. Quando eu pensava em céu, tudo o que me vinha à mente era nuvem rosas e o amanhecer. Talvez algo próximo à lavanda, mas nada disso parecia se encaixar muito à imagem da Helena.

Claro, Helena sempre usou vestidos claros e floridos, que traziam aquela calma de anjo dela à tona, bem na sua cara, mas ainda assim, não é como se ela combinasse com lavanda. Os vestidos que ela usava, lhe realçavam os olhos e era impossível não ficar hipnotizado por alguns momentos.

Acho que era exatamente por causa dos vestidos que eu achava que ela não combinava com o céu.

Helena sempre usava vestidos. Não apenas porque ela achava bonito, mas principalmente por causa que eles, em geral, eram leves e não a deixava presa. Ela quase nunca usava uma jaqueta, por exemplo. Dizia que o machucado em suas costas, onde deveriam ter as asas, raspava com mais frequência e ela preferia evitar que o corte se abrisse, mesmo que ele sempre ficasse aberto no final do dia de qualquer jeito, com ou sem jaqueta.

Eu enfiei meu rosto entre as mãos, me sentindo um inútil. Nem mesmo com isso eu havia como ajuda-la. Afinal, eu havia feito realmente algo de útil todo aquele tempo?? Não me surpreenderia se Helena me odiasse agora.

Fechei os olhos, apertando-os o máximo que pude antes de abrir e encarar novamente a praia lá em baixo. Eu dei um longo suspiro, percebendo que apenas poucos minutos haviam se passado desde a última vez que olhei no relógio.

Eu não era capaz de manter meus pensamentos em outra coisa a não ser ela e definitivamente eu não podia ficar longe dela por muito mais tempo.

Como eu poderia quebrar uma ordem alpha?

Em um respiro mais profundo, eu capturei algo no ar que eu reconheceria em qualquer lugar. Eu dei um pulo, me inclinando em direção à ponta do penhasco, inspirando o mais profundo que eu podia.

Não, com certeza aquele cheiro era dela. Eu estive sem este aroma por mais de dois dias, não havia como me confundir. Eu me inclinei ainda mais na beira do penhasco. A brisa que vinha em direção do penhasco logo mudou de direção e eu franzi o cenho.

Daquela maneira em que o vento soprava, só poderia ter vindo da praia. Não havia como evitar eu procurar em cada cantinho dela à procura de Helena, por mais louco que poderia ser, ela realmente estar lá. Leah havia se comprometido à deixa-la segura, não tinha como ela estar ali.

Após alguns minutos de procura, eu desisti, tentando puxar na memória novamente o seu cheiro. Será que era mesmo o cheiro dela? Não, não, é claro que era o cheiro dela. Eu não estava ficando maluco… Estava?

POV Helena

Eu não estava ficando maluca… Estava?

Enquanto andávamos de volta pela praia, o sentimento de que ele estava presente nunca deixou o meu corpo. Mas ele não poderia estar lá, poderia? Poderia eu estar sentindo sua presença mesmo quando ele não estava, literalmente, presente?

Claro, ele estava em um plano mais no fundo, nos meus pensamentos, sempre presente, mas não estava ali fisicamente. Eu provavelmente estava delirando.

Haviam se passado mais de dois dias que eu não o via (ou qualquer um), e mesmo em meus sonhos, eu percebi que a cada minuto eu não me deixava de perguntar se ele estava pensando em mim.

Ele mentiu pra você, Helena. Esqueça-o.

Esquece-lo. Sim, era o que eu deveria fazer, o que eu precisava fazer; mas também era a única coisa que eu jamais conseguiria; Aquilo era algo claro, como agua cristaliza. Ele tinha meu coração, minha alma e a minha mente, todos voltados a ele, então esquecê-lo era uma coisa que nunca iria aconteceria… Mas que eu poderia deixa-lo ter qualquer uma daquelas coisas depois de tudo?

Ah, como eu queria que ele não tivesse participado de toda aquela mentira…

Helena! Sacodi a cabeça, me repreendendo. Acorde, pare de pensar apenas nisso!

Eu tinha agora problemas um pouco maiores para pensar além de Seth, ainda mais agora que eu sabia de algumas novidades sobre Raziel…

Seu cheiro parece estar no ar… Ele não poderia estar aqui, poderia?

Balancei a cabeça, me concentrando. Eu precisava pensar nos meus problemas.

Meu irmão.

Esse era outro que eu deveria detestar, odiar e esquecer; mas eu também nunca conseguiria, já que ele… bom, era o meu irmão. Por mais que ele tentasse me matar, eu simplesmente não conseguiria odiá-lo, mas eu precisava entender todos os motivos de ele estar atrás de mim. Não poderia ser apenas por eu estar viva. Tinha que ter algo mais.

Quando chegamos ao centro da cidade novamente, Rachel seguiu para a casa de Quil para deixar a Claire, já que ela dormiria lá por alguns dias enquanto seus pais iam visitar um parente em uma tribo vizinha, ou algo do tipo. Ela tentou insistir para eu ir junto, mas eu me recusei. Precisava de um tempo longe dos lobos, mesmo que ver Quil não fosse tão ruim.

Eu me vi parada no meio do caminho, sem saber exatamente para onde ir.

Desde que cai do céu, meu abrigo tinha sido com eles. Minha casa. Para onde eu iria agora?

A decisão se formou antes de eu notar que já andava. Eu não queria ver lobos, mas a ideia de ver Emily e seu coração grande fizeram minhas pernas andarem por si. A ideia de ter o conforto da compreensão, que eu sabia que ela oferecia, me fizeram quase correr pelo caminho até sua casa.

Enquanto eu andava até a casa da Emily, não poderia deixar de pensar em como era estranho não ter ninguém por perto. Tudo ainda era muito estranho pra mim, e eles sabiam disso e sempre tentavam me ajudar.

Era uma coisa da qual eu sentia falta, mas teria que me acostumar. Eu teria se eu quisesse me manter sozinha, como eu queria.

De longe, a casa já parecia estranhamente vazia e eu franzi a minha própria testa, preocupada de algo ter acontecido na minha ausência.

Onde todos estavam?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!