Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 3
Not So Strage


Notas iniciais do capítulo

Booom, Voltamos com mais capitulo!! Estou programando as postagens para todos os Sabados, já que eu e a Carol começamos a Escola e a Facul e tudo anda meio corrido, mas podem ter certeza que um cap por semana terá!
Boa leitura!



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POV Helena.

Acordei em um lugar estranho, com coisas estranhas a minha volta. Meu corpo todo doía, principalmente minhas costas que ardiam como se estivessem em cima de fogo em brasa, podia sentir os pontos feitos no local. Era desconfortável. Ninguém nunca havia me feito pontos antes, afinal, não era necessário, mas eu me senti como uma pequena almofada, toda remendada e costurada. Respirei profundamente, me arrependendo de fazê-lo um segundo depois. Não era só por fora que estava a dor, mas também em meus pulmões e minha garganta. Ela raspava toda vez que eu respirava. Havia uma tala grossa em meu braço esquerdo e uma faixa enrolando meu tórax para manter as costelas no lugar.

Olhei em volta e percebi estar em um pequeno consultório médico, mas não em um hospital. Tentei me sentar, mas isso fez a dor que eu sentia piorar cinquenta vezes, me fazendo soltar um gemido em protesto. Tentei novamente apesar da dor e me sentei. Havia um espelho bem a minha frente.

Olhei pra mim mesma: eu estava horrível. Meus cabelos ruivos, normalmente perfeitamente penteados e cacheados, estavam embaraçados, cobertos de lama, sangue seco e com algumas pequenas folhas e grama presas em si. Meu vestido branco estava completamente manchado de sangue. Eu parecia alguém que tinha acabado de sair de um moedor de carnes. Havia cortes por todos os lados, sangue seco também e curativos maiores, onde não se era possível ver o corte.

Alguns segundos depois, duas batidas na porta puderam ser ouvidas, e um segundo depois ela se abriu, revelando algumas — várias — pessoas que eu já conhecia e entraram em silêncio. O homem loiro, alto e com a aparência impecável, veio até mim com uma lanterninha na mão.

POV Helena OFF

— Olá, eu sou Carlisle Cullen. — sorriu. A menina parou os olhos em Leah que estava logo atrás. Sempre teve um carinho especial pela loba por todo o sofrimento que ela havia passado em sua vida. — Vou apenas checar se você está bem ok?

A menina assentiu lentamente. Ele abriu suas pálpebras com a mão esquerda e lhe pediu para seguir seu dedo enquanto apontava a lanterna para o outro, e ela o fez, enquanto pensava em tudo que havia acontecido até ali.

Ela conhecia as pessoas da sala, talvez mais do que eles mesmos, mas preferiu não contar isso até que eles confiassem plenamente nela. Não podia simplesmente sair por aí falando que não era humana.

— Obrigada pela ajuda. — disse Helena com a voz rouca quando Carlisle finalmente acabou.

— Está tudo bem, não foi nada de mais. — respondeu o médico sorrindo. — Pode me dizer o que aconteceu?

— Se eu contar, vocês provavelmente não irão acreditar.

— Por que não tenta? — perguntou Alice com um sorriso adorável.

A menina ponderou sobre o assunto por alguns minutos. Não acreditava que eles iriam simplesmente jogá-la na rua, mas, por não ser humana, poderiam achar que era alguém querendo fazer mal. Mas como diz um dos ditados mais famosos da terra: ‘ Quem está na chuva, é pra se molhar. ’ Mesmo que ela não estivesse na chuva por vontade própria.

— Eu caí. — disse somente.

— Mas você estava no meio da floresta. Não havia nenhum lugar do qual pudesse ter caído. — comentou Bella. — A não ser que...

A menina estava com o olhar distante, mas assentiu lentamente.

— Você caiu do céu? — questionou Nahuel. — Você é tipo...

— Um anjo. — sorriu um sorriso que não chegou a seus olhos azuis. — Sim, eu sou.

Todos estavam chocados demais para falar qualquer coisa. Um anjo. Ninguém ousava duvidar, afinal, eram vampiros, lobos e híbridos. Se isso era possível, qualquer outra coisa também era.

— E como foi que você caiu? — perguntou Renesmee. Ela estava fascinada. Sempre pensara se seria possível que também existissem anjos na Terra.

— Bom, eu fui jogada na verdade.

— Jogada?! — Exclamou Emmet. — Por quê?

A menina suspirou antes de responder.

— Nós anjos temos muitas regras. Eu quebrei uma delas, fui descoberta e essa foi a minha punição. — disse passando a mão em um dos seus cortes do pulso que ardiam.

— Carlisle... — começou Alice. — Será que ela e Leah não podem tomar um banho antes de Helena contar a história? Aposto que estão se sentindo mal.

As duas sorriram agradecidas para a vampira. Realmente precisavam de um banho. Todo aquele sangue as estavam deixando enjoadas.

— Claro. Vamos deixa—la se limpar. Alice, Ness e Bella as ajudarão. — respondeu o patriarca sorrindo e levando a todos os outros, ainda chocados, de volta para a sala.

POV Helena.

Alice e Bella ajudaram—me a tomar um banho, enquanto Leah tomava banho no quarto de Nahuel e Ness tentava escolher uma roupa para ambas. A quantidade de sangue seco que havia em mim era impressionante, e, se não fosse por Leah, eu definitivamente estaria morta, assim como todos os outros que, algum dia, quebraram alguma regra.

— Aqui. Vista isso. — disse Renesmee me entregando algumas mudas de roupa. — Eu não sei o que você normalmente usa, então, espero que sirva.

— Está perfeita, obrigada. — respondi.

Eu simplesmente amei a roupa que ela havia me entregado. Era um vestido, a altura dos joelhos, em uma cor pastel, e uma sandalinha discreta e delicada. Ficaram perfeitos para o meu tamanho, que não era muito pequeno, nem muito grande.

Eu era alta, não muito, mas era. Não era completamente magra, mas não estava fora de forma.

Sempre me imaginara vestindo uma roupa humana, e sempre que imaginava, era algo parecido com aquilo que ela havia me entregado. Simples, e linda.

Não pude conter um gemido de dor enquanto Bella me ajudava a fechar o zíper do vestido, que ficava nas costas, bem em cima dos dois cortes verticais em que os pontos estavam.

— Venha, vamos encontrar os outros. — disse Alice me levando pela mão.

Eu andava devagar e me equilibrando em Alice, já que não estava acostumada a pernas humanas, mas como sabia a ‘teoria’, não estava passando tanta vergonha.

POV Helena Off

Quando as cinco chegaram à sala, apenas alguns ainda estavam lá. Sam havia dispensado os outros lobos que estavam lá, menos Leah, que se recusou completamente a sair, e Jacob que ficara por Renesmee.

Os Cullen e os dois lobos restantes estavam sentados nos sofás que estavam distribuídos perfeitamente pelo espaço da sala. Nahuel com a filha dormindo calmamente em seu colo. Leah sentou—se a seu lado e Ness sentou—se entre Nahuel e Jacob.

Alice e Bella ajudaram—na a se sentar — o fato de ela ter uma postura perfeita, ajudou a não encostar as costas no sofá — e, assim que a menina estava confortável, Carlisle, sorrindo, perguntou:

— Pode contar—nos sua história Helena?

A menina assentiu e respirou profundamente, antes de começar a contar.

— Bom... cada cidade tem um anjo, que cuida das pessoas residentes. Somos nós que interferimos quando uma pessoa irá morrer antes de ter realmente chegado sua hora, como assassinatos, desastres naturais, essas coisas. — começou a menina. — Não temos permissão para interferir quando a hora da pessoa realmente chegou, e foi o que eu fiz.

— Você salvou alguém em Forks que deveria ter morrido? — questionou Esme.

— Sim, duas pessoas. Deveriam ter sido quatro, mas eu não tive tempo. — disse a menina e a matriarca não pode evitar um pequeno sorriso. Ela quebrara regras, para salvar duas pessoas, mesmo sabendo das consequências. — A primeira pessoa, foi uma a quem, mesmo somente acompanhando do alto, eu era muito apegada. Para salva—la eu tive que machucar outra pessoa, mas eu sabia que ela apenas ia se machucar um pouco. Sei que não é certo, mas eu pensei que seria melhor uma pessoa machucada, do que uma morta.

Todos assentiram. Sim, é melhor uma pessoa machucada do que uma morta. Entenderam o lado da garota, e ficaram com certa pena, afinal, enquanto falava, as lágrimas eram formadas na borda de seus olhos, e se tornavam visíveis ao escorrerem pelas bochechas rosadas da menina.

— Por outro lado, acho que foi um pouco de egoísmo. Eu sempre fui apegada a aquela pessoa e eu não podia vê-la morrer. — continuou distraída enquanto enrolava um pedaço do cabelo ruivo — agora limpo — com os dedos.

— E a segunda pessoa? — perguntou Renesmee, que estava cada vez mais interessada na história da menina anjo, que sorriu com a pergunta.

— Eu sempre fui muito interessada em histórias de romance, e eu salvei uma pessoa que se morresse, iria estragar uma das melhores histórias que eu já havia vivenciado. Ela não merecia morrer, e a pessoa com a qual era casada não merecia o sofrimento, então, mesmo já tendo chegado a hora de ela morrer, eu interferi. — A menina parou de enrolar o cabelo por um segundo, olhou para todos na sala, e depois abaixou a cabeça e voltou à atividade anterior, continuando a história. — Como eu disse, interferir na morte de alguém, a quem a hora já chegou, é proibido. Eu consegui esconder por alguns anos, até que meu irmão, o anjo Raziel, chegou a Forks. Ele é um anjo das trevas, ou como vocês dizem, 'do mal', mas ainda toma conta dos anjos infratores, como sempre fez. Ele é como um humano que segue a religião radicalmente. Não suporta que ninguém desobedeça às regras, e, eu não sei como, ele descobriu que eu o fiz.

Todos escutavam atentamente, a história era interessantíssima. Não apenas por se tratar da história de uma menina anjo, mas sim por que nunca haviam nem pensado na possibilidade de uma história assim acontecer.

— Meu irmão é o que vocês podem chamar de vice presidente. Ele controla tudo o que acontece com os anjos infratores de cidades de todo o mundo, por isso nunca está aqui. Quando ele descobriu que eu havia interferido em duas mortes naturais, ele ficou louco. Nunca o havia visto gritar daquele jeito. — A menina abaixou a cabeça, as bochechas ficando rosadas. — Entendam, ele, mesmo sendo 'do mal', é o segundo anjo maior, tem que dar o exemplo. Absolver—me seria considerado algum tipo de corrupção.

— Ele que fez isso com você? — questionou Leah, chocada, apertando um pouco mais a mão de Nahuel.

— Sim, mas eu entendo. Eu sabia das consequências quando fiz o que fiz e não me arrependo. Ele lutou a vida inteira para chegar onde está, e eu não queria destruir todo o seu esforço. — A menina respirou fundo antes de continuar. — Então ele fez comigo o que sempre fazem com todos os outros anjos que desobedecem as regras: colocou-me em uma cela, e me fez aguardar pelo meu Julgamento. Enquanto eu estava lá, outra pessoa que eu gostava muito aqui na terra — aquela terceira e também a quarta pessoa de quem falei — morreu, e eu não pude fazer nada. — abaixou a cabeça outra vez. — Depois do julgamento, onde fui declarada culpada, eles fizeram comigo o que fizeram com qualquer anjo que já tenho quebrado alguma Lei Principal alguma outra vez: mandou que arrancassem minhas asas, me vestissem com roupas humanas — para que ninguém desconfiasse quando me achassem — e me jogaram.

Todos estavam chocados. Aquilo era bárbaro. Não podem simplesmente jogar uma pessoa por salvar duas vidas.

— Mas isso é assassinato. — comentou Bella chocada. A menina deixou—se soltar um pequeno sorriso. Era bom ver alguém se preocupar com ela. Mas ainda assim, assentiu negativamente com a cabeça.

— Não é para nós. É como a pena de morte dos Estados unidos. Você faz uma coisa errada e paga com a sua vida. A maioria das pessoas que são jogadas do céu morre, e sempre é em alguma área da floresta que seja perto da cidade, para que alguém os ache, e sempre a morte é dada por ataque de animais. Eu estaria morta se não fosse pela Leah.

A menina sorriu para a loba na sala, que sorriu de volta. Era a primeira vez que a menina anjo via Leah sorrir, ao vivo. E ficou feliz por presenciar aquela cena. Ficou feliz por ela ter alcançado a felicidade.

— Mas você está viva, suas asas vão crescer novamente e você poderá voltar, ou ir para outro lugar, certo? — questionou Sam.

— Na realidade não. — respondeu a menina mexendo as omoplatas desconfortavelmente. — Eu continuo com a minha imortalidade, já que eu não morri; mas quando se corta as asas de um anjo, elas nunca crescem novamente. Então vou ter que viver como uma humana. Ou uma vampira, como vocês. — sorriu para os Cullen que sorriram de volta.

— Você não nos contou quem salvou... — comentou Jasper. — Mas tudo bem se não quiser.

— Não sei se estou pronta ainda, me desculpem.

— Nós entendemos, não tem problema. — comentou Edward que ainda estava meio perturbado. Não com os pensamentos de todos mais a história em si.

— Mas então Helena... — começou Esme. — Não nos contou quantos anos tem.

— Eu não...

A menina não pode terminar, pois no momento em que iria falar, a porta da sala se abriu, e Seth Clearwater passou por ela em seguida. Perguntando se Helena já havia acordado, antes de perceber a presença da menina na sala.

Ele estacou. Quando olhou para a menina pela primeira vez; Quando o castanho se ligou pela primeira vez com o azul; Foi como se todo o seu mundo caísse ao chão. Nada mais importava; a partir daquele momento ele viveria para ela. Foi como se cabos o conectassem a ela; Ela que o puxava para a terra, e não a gravidade.

Tudo o que ele fez foi ficar ali, encarando-a, até que Jacob, com um sorriso de canto, pigarreou, fazendo os voltarem a ‘terra’.

—...me lembro. — concluiu Helena, se recompondo. — Eu apenas me lembro que nasci em um dia de inverno, a muito tempo.

A menina sabia o que havia acontecido. Sabia que daquele momento em diante sua vida iria mudar. Sabia que Seth nunca acreditou que teria um imprinting, e se sentia honrada em ser a escolhida, pois sabia o quão puro, era o coração do menino.

Ninguém conseguia parar de sorrir; mesmo tendo entrado em conversas paralelas. Sabiam o quanto Seth havia procurado por seu imprinting. E sabiam que ele e Helena seriam feliz, afinal, ambos tinham um bom coração, e até combinavam na personalidade.

***

— Estão com fome? — questionou Esme aos que se alimentavam — Jacob, Renesmee, Leah, Nahuel Seth e Helena — depois de algumas horas de conversa. Rose havia ficado com Alice. Sam havia voltado para LaPush para controlar o bando. Todos assentiram. — Sigam-me.

Eles a seguiram até a cozinha, que — como sempre — estava impecavelmente arrumada.

Helena estava impressionada. Ver tudo de cima é uma coisa, mas poder interagir com os objetos, era completamente diferente.

Eles se sentaram em volta da bancada de mármore que havia no centro da cozinha, e olharam para Esme em expectativa.

— Sei que todos aqui comem de tudo, mas e você? — disse olhando para Helena docemente passando a mão em seus cabelos. — O que gosta de comer querida?

— Eu não sei, nós anjos, como nos filmes, só comemos frutas. Nunca experimentei outra comida humana.

— Faça sua deliciosa lasanha para ela experimentar, vovó. — sugeriu Renesmee sorrindo. Os outros — que já haviam experimentado a lasanha da matriarca Cullen — concordaram avidamente. Esme concordou sorrindo e começou a preparar a lasanha, enquanto os jovens, mais precisamente Leah, Helena e Renesmee, conversavam enquanto Jacob, Nahuel e Seth observavam, sorrindo e concordando nos momentos certos.

— E podemos te levar para conhecer a praia pessoalmente. — sugeriu Renesmee sorrindo. — Você irá adorar.

— Sim. — concordou Leah. — E você tem que conhecer La Push e o resto dos lobos.

— Eu vou adorar conhece-los pessoalmente. — comentou Helena sorrindo. — São pessoas adoráveis.

Eles continuaram conversando, enquanto Esme — que preparava a saborosa lasanha — ria de algum dos comentários.

...

Depois de algum tempo, eles estavam acabando de comer a lasanha e estavam cheios.

— Obrigada Esme, estava realmente deliciosa. — comentou Helena. — Acho que eu vou ficar viciada.

— Com certeza você vai. — comentou Jacob. — Eu sou.

— Quer dar uma volta? — perguntou Leah. Helena assentiu se levantando junto com Nahuel. — Seth, você vem?

— Claro. — disse se levantando.

Ele ainda não havia falado diretamente com Helena, e isso a estava deixando confusa. O que havia de errado com ela?

Foram até o quarto de Renesmee que lhe emprestou uma calça jeans e uma blusa de frio, já que estava ventando um pouco e ela era praticamente humana. Logo após eles seguiram até a sala, onde todos ainda estavam fazendo atividades diferentes; Edward tocava piano, com Bella sentada ao seu lado; Emmet e Jasper jogavam videogame; Alice brincava com Rose e Carlisle lia um livro, enquanto Esme ainda estava na cozinha.

— Mamãe, papai, iremos dar uma volta, tudo bem? — perguntou aos pais, Renesmee.

— Claro querida, mas tenha cuidado. Jacob irá com você, certo? — perguntou Bella e Renesmee assentiu sorrindo. — Então vá, tome cuidado e não volte muito tarde.

Os seis seguiram até a porta e se dirigiram até o carro de Nahuel, onde Renesmee, Jake Leah e Helena se sentaram no banco de trás do carro — Renesmee no colo de Jake — , enquanto Nahuel se sentava no banco do motorista e Seth se sentava ao seu lado.

Foram em direção a Forks. Helena olhava a tudo com curiosidade. Era muito diferente de olhar por cima, definitivamente. Eles seguiram em direção a Portland, a cidade ao lado de Forks, onde, em uma de suas praças, estava ocorrendo uma feirinha artesanal.

Quando Nahuel finalmente parou o carro e desceu, Helena pensou que não poderia se sentir mais feliz. Tudo era colorido, a música tinha uma melodia linda e a risada das crianças, acompanhadas de seus pais e amigos, era contagiante.

Eles andaram por um tempo, visitando as barraquinhas, até que Renesmee disse:

— Leah, vamos voltar a aquela barraquinha onde haviam aquelas pulseiras artesanais? — piscou.

— Claro, vamos.

As duas seguiram de volta para a tal barraquinha, arrastando Jacob e Nahuel, enquanto riam.

Seth e Helena se entreolharam. Ambos sabiam o que os outros três estavam fazendo, e não sabiam o que dizer um para o outro.

— Vamos continuar andando? — perguntou Seth sorrindo.

Foi a primeira vez que ele se dirigiu a ela, e isso fez o coração da menina anjo acelerar; e Seth pareceu perceber isso, pois sorriu gentilmente.

— Claro. — concordou a menina, e eles começaram a andar pela feirinha.

Enquanto andavam, ambos tentavam pensar em alguma coisa que servisse para puxar assunto. Antes que pudessem começar a conversar sobre qualquer coisa, passaram em frente a uma barraquinha que vendia doces como maçã do amor, bolos, tortas, churros, e o que chamou a atenção de Helena: Uma máquina de algodão doce.

Ela olhava para a máquina maravilhada. Não era como se nunca houvesse visto uma antes, mas como antes, era muito diferente estar em frente a tudo, e poder tocar em tudo.

— Você quer um? — perguntou Seth sorrindo magnificamente.

— Seth, você não precisa... eu não...— ela não pode completar a frase, pois Seth colocou o dedo indicador sobre seus lábios.

— Por favor, eu insisto. — disse para a menina, que sorriu.

— Sim, eu gostaria de experimentar, por favor.

Seth sorriu e comprou um algodão doce grande para dividirem. Sentaram-se em seguida em um dos bancos da praça.

— Aqui. — disse Seth estendendo o doce para a menina. — Você só tem que puxar um pedacinho e colocar na boca, assim. — Fez o movimento explicado para ela entender melhor.

— É tão macio. — comentou com a ponta dos dedos encostando-se ao doce. E depois de pegar um pedaço e colocar na boca, acrescentou: — E tem o gosto melhor do que eu imaginei. Obrigada Seth.

— Você não tem que agradecer, sabe disso. — sorriu. — Vamos ir andando? Ainda tem várias barraquinhas para olharmos.

Os dois seguiram pela praça, ambos sorrindo e comentando sobre as coisas que haviam nas barraquinhas. Helena estava impressionada, tudo era tão maravilhoso.

— Mal posso acreditar que são feitas a mão. — comentou Helena passando os dedos sobre algumas pulseiras e braceletes que estavam em cima de uma bancada.

— É impressionante, não é? — perguntou Seth sorrindo.

Ele estava maravilhado com a nova habitante de Forks. Não apenas pelo fato de ter tido um imprinting por ela, mas também pelo fato de que tudo e todos pareciam deixa-la maravilhada. Ela sorria de uma maneira doce e inocente que a fazia iluminar, literalmente.

— É melhor voltarmos Seth, está ficando tarde.

— Claro, só um minutinho.

Ele voltou para a barraquinha e conversou com a dona, algo que Helena não conseguiu escutar. Quando voltou estava com um pequeno pacotinho branco na mão.

— Pegue. — disse colocando em suas mãos. — É pra você.

— Seth, eu não posso aceitar. Você já me comprou o doce e eu não tenho como lhe pagar de volta eu...

— Por favor, aceite.

Ela não iria aceitar, não era certo; mas alguma coisa no olhar de Seth a fez pegar o pequeno pacote. Ela conseguia ver e seus olhos, que ele fazia por que realmente gostava dela, não por que se sentia obrigado. O que a fez se sentir bem.

Helena abriu o pacotinho e virou o conteúdo em suas mãos. Era uma linda pulseira. Delicada, diferente e única.

— Assim como você. — disse Seth, como se estivesse lendo seus pensamentos.

Ela não conseguiu dizer mais nada, apenas abraçou-o forte, e pra ele, isso foi o suficiente.

Seguiram de volta ao carro. Leah e Nahuel estavam sentados em um banco ao lado do carro com um pacote de pipoca doce em mãos, e Renesmee e Jacob estavam em uma das lojinhas mais próximas. A loba sorriu quando viu os dois rindo e conversando, se sentia bem por Seth. Não apenas por ele finalmente, ter encontrado seu imprinting, mas também por ser com Helena.

Ela não sabia como, mas se sentia bem, perto da menina; se sentia feliz, e também, junto com a felicidade, vinha um sentimento que ela não entendia muito bem: era uma mistura de gratidão, compaixão, compreensão e lealdade. E ela não sabia o por que.

Os quatro conversaram ali até Jacob e Renesmee voltarem ao carro, sorrindo. Renesmee tinha três lindas pulseirinhas no braço que combinavam perfeitamente com ela. Alegres e colorias.

Voltaram para a grande casa dos Cullen, rindo e cantando as músicas do rádio. A chegada de Helena, de alguma maneira, havia mudado a loba ainda mais. Mudado, definitivamente, para melhor.

Assim que chegaram a grande casa, Renesmee foi imediatamente mostrar aos pais o presente que havia ganhado de Jacob, que estava do lado sorrindo ao ver a animação na garota a um presente dado por ele.

Seth decidiu voltar pra casa, pois já estava realmente tarde e Sue já deveria estar preocupada. Helena agradeceu mais uma vez antes de ele correr em direção à floresta. Nahuel e Leah foram para seu chalé, carregando uma Rose sorridente nos braços. A menina adorava Alice.

Renesmee e Helena foram até o quarto da hibrida e entraram em uma conversa animadíssima sobre o que a menina iria conhecer no dia seguinte, mas como estava muito cansada, logo a mais nova adormeceu, deixando Helena perdida em pensamentos.

Percebendo que não conseguiria dormir, Helena se levantou, tirou os sapatos de Renesmee, deixando-os no chão, e a cobriu. Logo após, seguiu em direção à sala, onde apenas Carlisle, Esme, Emmett Edward e Bella estavam.

— Oi gente. — cumprimentou a menina se sentando ao lado de Emmett.

— Oi querida, está melhor? — perguntou a matriarca sorrindo.

— Sim, obrigada mesmo, a todos vocês. Prometo que vou arranjar um jeito de pagar de volta tudo o que gastaram comigo. — prometeu olhando para os cinco na sala.

— Você não precisa pagar nada, já é praticamente da família. — disse Carlisle com seu jeito paternal de ser. — E não insista, por favor. — concluiu vendo que a menina parecia querer contrariar.

Ela olhou para Edward e Bella procurando algum apoio, mas estes apenas levantaram os ombros e sorriram. Ela sabia que eles não podiam fazer nada, mas não custa tentar.

Helena ficou sentada no sofá com Edward, Emmett e Bella, assistindo a um filme na TV, e sem nem mesmo perceber, cochilou por um momento.

Sim, anjos dormem. Não muito, como os humanos, afinal tem que cuidar de sua cidade, mas dormem, afinal, se não fossem pelas asas, seriam completamente iguais a nós. Para Helena, agora que estava sem 'trabalho', ela iria aproveitar ao máximo esta nova dádiva que lhe fora proporcionada.

Alguns minutos depois, enquanto ainda estava com o sono 'leve', sentiu o peso de seu corpo ser aliviado e percebeu estar sendo carregada, em direção a algum lugar, que, abrindo um pouco os olhos, pode perceber ser o quarto de Renesmee.

— Edward?! — questionou sonolenta.

— Não, eu sou o Emmet. — riu o vampiro colocando ela na cama ao lado da híbrida. — Você dormiu lá em baixo.

— Ah, obrigada. — murmurou com a tentativa falha de sorrir.

— Volte a dormir. Boa noite.

— Boa noite. Obrigada.

Ela apagou mais uma vez, e dormiu profundamente, um sono sem sonhos.


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