Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 22
The Lovely House


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindinhas! Aqui é a Nuvem Branca, postando um capitulo e prometendo TRETA! Isso mesmo. Eu e a Carol passamos um Domingo todo escrevendo e terminamos cerca de uns 4 capitulos hehe E já imaginam o que rolou...
Vou postar essa semana mais um e semana que vem posto o próximos!
Espero que vocês gostem!
Boa leitura!



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Capitulo 21 — The lovely house

As últimas aulas passaram lentamente. Para Helena, aquele dia teria acabado no almoço, mas, enquanto estava lá fora chorando sozinha, pode ouvir o sinal tocar e os passos e conversas dos alunos vindos do refeitório. Ela se levantou, limpou os olhos com a manga da blusa e seguiu para seu armário, pegando o necessário para a próxima aula.

Mady pareceu que havia nota dos olhos inchados da garota, mas ainda sim ficou em um silêncio confortável. Para Helena, era tudo o que ela precisava. Esse era um dos pontos bons da Mady: saber quando as pessoas precisam de espaço.

Quando as aulas finalmente chegaram ao seu fim, Helena deixou suas coisas no armário antes de seguir até o estacionamento, aonde esperava encontrar Jacob ou Seth, mas ao invés deles, encontrando Sue Clearwater sorrindo para ela com Rose no colo.

— Senhora Clearwater, não esperava lhe encontrar aqui. — comentou a menina abraçando a sogra e dando um beijo na testa de Rose, que parecia cansada. — Aconteceu alguma coisa com Seth e Jacob? Os meninos?

— Não aconteceu nada, criança. Acalme-se. — tranquilizou-a retribuindo o abraço e sorrindo quando lhe soltou. — Apenas recebi o dia de folga por ter feito hora extra ontem à noite. Então telefonei para Seth e disse que podia vir lhe buscar hoje.

— A senhora me levará até a casa dos Cullen? — Questionou Helena andando ao lado de Sue até o carro.

— Na verdade eu estava pensando em uma fazer companhia para a outra hoje. O que acha? Rose vai adorar.

Helena corou. Não estava esperando por isso e tinha certeza de que iria se embolar toda na hora da conversa.

— Eu irei adorar senhora Clearwater.

— Então ótimo! Mas não ficaremos na casa de Leah! Vamos para minha casa por que são raros os dias em que consigo uma folga, então vou tentar aproveitar ao máximo para dar um jeito naquele lugar.

— A senhora é casada com o pai de Bella, não é? O senhor Swan.

— Sim, isso mesmo. Ele deve aparecer lá para comer alguma coisa e você poderá conhece- lo.

O caminho até a casa de Sue foi bem tranquilo. Rose adormeceu na cadeirinha e as duas foram conversando tranquilamente. Sue em algum momento percebeu que Helena parecia se esforçar para esconder os olhos distantes e preocupados. Ficou a se perguntar o que um poderia tirar a paz dos olhos de Helena.

Ao chegarem, Helena se encantou pela casa. Era pequena e tinha uma decoração adorável e aconchegante.

Sue colocou Rose deitada no sofá e seguiu para a cozinha onde começou a preparar o almoço, ainda conversando com Helena e tentando manter aquela tristeza longe dos seus olhos, enquanto a ultima estava maravilhada com a agilidade da mais velha.

— A senhora poderia me ensinar? — perguntou sem perceber.

Sue lhe deu um sorriso.

— Claro que sim querida! Esta receita que vou fazer eu aprendi com a minha mãe e ela aprendeu com a dela.

Helena e Sue ficaram horas na cozinha, conversando e picando alimentos. Sue ensinou Helena um modo de cortar os alimentos mais rápido e após cozer algumas cenouras e rabanetes, elas os picavam com agilidade e iam jogando nas panelas.

Lena se sentia extremamente feliz enquanto conversava com Sue, por um momento esquecendo-se de suas preocupações. A conversa vinha fácil com a matriarca e o seu ritmo de fala a fazia lembrar as conversas que Lena tinha nas nuvens, com seus amigos. Lembrar-se de seus amigos, que podiam muito bem estar olhando para ela agora, fez o seu coração se aquecer e rir. Responder Sue ficava cada vez mais fácil e natural.

Quando se deu conta, Helena fazia as perguntas que sempre quis fazer enquanto estava no céu. Apesar de ela ouvir e ver tudo o que ocorria, cuidando dos cidadãos, ela não conseguia às vezes entender as implicações por trás dos seus atos.

Então, quando Sue abriu uma brecha, ela não pode se conter em perguntar sobre como Sue se sentiu quando toda a situação Leah e Sam aconteceu e como foi descobrir que seus dois filhos eram lobos.

Sue não parecia incomodada com suas perguntas enquanto respondia, dizendo alguns detalhes que Helena não havia conseguido enxergar, como quando toda a atenção estava em Leah, Seth havia se excluído do seu grupo de amigos da escola e fica muito mais recluso e taciturno. Enquanto contava a história do seu ponto de vista, e como foi difícil perder Harry, ela fazia pequenas pausas, explicando sobre o próximo passo e o que faltava para elas completarem o prato.

— Leah abraçou a sua ira, eu estava à beira de uma depressão e Seth se esforçava para manter alguma estrutura na nossa família. Ele amadureceu rápido demais. Deixou os amigos e tomou as responsabilidades de homem da família para si. — Sue olhou para Helena — Eu não poderia ficar mais orgulhosa, Seth foi o meu apoio para conseguir seguir em frente, mas ainda sinto que ele deixou para trás uma parte importante da sua vida. Ele cresceu rápido demais, principalmente por conta das transformações. Acho que você sabe que fiquei bem surpresa quando uma hora ele era apenas um garotinho e no dia seguinte, um dos protetores de La Push.

— Sim, eu me lembro disso. Nesta época você passava muito tempo sozinha.

— É o fardo dos pais de lobos. Não é atoa que Billy vivia aqui em casa — Sue riu — Mas, apesar de ter sido uma época dura, nós a superamos bem e tudo se ajeitou aos poucos. Não há nada que possamos fazer quando a dor é tão forte, apenas esperar para que passe. O tempo e a perseverança curam tudo.

— Isto é algo que eu não posso contestar. Eu já vi muitas vidas mudarem diante dos meus olhos. — Disse Helena

— Espero que você esteja falando de mudanças mais positivas do que negativas — brincou Sue

— Sim — helena riu — Apesar de tudo o que aconteceu de aterrorizante nesta parte do mundo, aqui é uma terra bastante feliz.

Sue sorriu para a anja, parecendo satisfeita de ouvir aquilo.

— Bom e parece que está quase pronto o cozido. Vou deixar em fogo baixo por mais alguns minutinhos e limpar esta bagunça. — Disse limpando as mãos no avental — Que tal você ir dar uma olhada na Rose? Logo ela irá acordar.

Helena saiu da cozinha sorrindo sozinha, sentindo extremamente feliz. Conversar com Sue daquele modo parecia ter libertado uma parte dela que ela não se lembrava fazia um tempo. No céu, tudo era dito, tudo o que se pensava e o que se achava... Nada era escondido.

E nos últimos dias, aquele clima tenso entre os Cullens e o bando parecia sufocar aquela parte de Helena aos poucos. Com Sue, com aquela conversa, tudo pareceu mais livre, mais fácil. Ela parecia sentir que era ela mesma novamente enquanto agachava ao lado do sofá e observava Rose ainda dormindo.

Acariciou levemente um dos seus cachos negros antes de se levantar. A decoração na casa de Sue e Charlie eram aconchegantes e lhe dava um ar de estar em casa. Era simples e cheio de portas retratos de Bella, Ness, Seth e Leah pequenos. Um em particular chamou a atenção da anja. Um que se encontrava pousado em uma prateleira acima da lareira. Todos os membros mais velhos de La Push. Ela podia ver Billy e Harry, mais jovens, assim como o velho Quil, abraçados de lado, sorrindo para a câmera.

Depois daquele porta-retratos, Helena parou para realmente prestar atenção nos detalhes das fotos encontradas naquela prateleira. No segundo ela podia ver Bella, Jacob e as gêmeas sentados na areia da praia ainda quando pequenos; no terceiro Renesmee estava agarrada em Jacob no seu primeiro natal; no quarto Seth e Leah sentados lado a lado na varanda da frente, e o maior, o quinto e último daquela prateleira foi o que partiu Helena ao meio.

Todos os meninos e Leah estavam reunidos em volta de uma fogueira, sorrindo e carregando pratos com hambúrgueres. Isso não era ruim. Não, de jeito nenhum. O que partiu o coração de Helena foi ver o quanto Embry estava feliz em meio aos amigos. Ele estava, no momento da foto, com Seth sentado no chão a sua frente enquanto ele estava sentado entre Jacob e Quill — seus melhores amigos — rindo abertamente de alguma coisa que alguma coisa que algum deles havia dito.

Lena não conseguiu resistir ao impulso de pegar a foto, e quando o fez suas mãos tremiam um pouco.

Correu os dedos lentamente pela imagem, demorando-se um pouco mais em Seth, e depois parando os dedos em cima de Embry. Era praticamente involuntário, mas ela não lutou contra o movimento. Ela esperava sentir alguma coisa com o toque. Esperava algum sinal de que ele a perdoava por não ter sido cuidadosa. Por não ter lutado mais. Queria sentir, por alguns minutos, algo diferente do que estava sentindo há dois dias. Algo diferente de ansiedade e preocupação.

Demorou mais alguns segundos para Helena perceber que Sue estava parada na porta da sala olhando para ela com feições bondosas. Ela se sentiu envergonhada. Não só por ter sido pega mexendo em coisas que não são dela, mas por ver o quanto conseguiu estragar. Quanta felicidade ela não iria ver porque não se esforçou para salvá-lo. Simplesmente assumiu que não teria chances e não fez nada.

— Seth me contou que você se culpa por Embry e Rosalie. Por não conseguir salvá-los.

A garota abaixou os olhos, olhando novamente para o retrato.

— Eu não fiz o suficiente para protegê-lo.

— Isto não é verdade. Você fez tudo que estava ao seu alcance. Não é sua culpa, nem de nenhum de nós. — Sue acariciou o seu braço — Por algum tempo, todos se culpavam assim como você, mas, aos poucos estamos superando isto. Principalmente os lobos.

— Eu não pude ver o que aconteceu nos dias seguintes porque fui trancada para julgamento, mas imagino como deve ter sido.

— Foi muito duro. Principalmente para os garotos, que sentiram tudo que Embry sentia. Mais difícil ainda para aqueles lobos que não tinham um imprinting para se apoiar.

Helena sentiu a dor no seu peito espalhar.

— Seth…

— Sim. Ele tinha muitos pesadelos. Costumava acordar várias vezes a noite, e pela manhã estava exausto.

— Eu sinto muito, Sue. Eu realmente tentei ajudar Embry e Rose, mas eu já estava de mãos atadas. Eu já havia sido deposta do meu cargo e mesmo eu querendo, não consegui fazer o suficiente.

— Como eu disse, não foi sua culpa, nem de nenhum de nós. Se tivermos que culpar alguém, seria a própria vampira que fez isso, não?

Helena balançou a cabeça minimamente, se sentando no sofá, ainda com o porta-retratos na mão. Sue se sentou ao seu lado.

— Depois disso, eles começaram a, devagar, aceitar o fato de que não o veriam mais. A casa da Emily virou algum tipo de consultório psicológico. Eles passavam o dia inteiro lá, quando não estavam na ronda.

Helena observou os olhos distantes de Sue vagar pelo cômodo.

— Mas… Eles tiveram algum progresso, não é Sue? Eles conseguiram superar, pelo menos um pouco...

— Sinceramente eu acho que não. A morte de um irmão não é algo tão simples de se superar. Eles cresceram juntos e partilhavam de sua vida e seus pensamentos. Seus planos de vida e seu futuro… Talvez estejam apenas se acostumando com a vida sem Embry. Os novos problemas e os bebês de Emily e Leah ajudam um pouco, mas sei que ainda há dor e culpa nos corações deles, assim como há no meu. Claro que Embry, aonde quer que esteja eu tenho certeza não nos culpa. Não parece ser do feitio dele.

Helena sorriu, tentando confortar a mais velha.

— Ele provavelmente está fazendo piadas em algum lugar.

As duas sorriram sabendo que era verdade. Embry, aonde quer que esteja, estaria fazendo quem estava com ele feliz.

O barulho de pneus na entrada da garagem tirou as duas de seus pensamentos e Helena viu Sue se levantar para abrir a porta da frente para, quem Helena descobriu ser Charlie.

Ele cumprimentou Sue e se virou, ficando surpreso ao encontrar Helena parada ali.

— Charlie, esta é Helena. A namorada de Seth. — apresentou Sue. — Helena este é Charlie Swan.

— É um prazer, Senhor Swan.

— O prazer é meu, Helena. Seth falou muito sobre você;

Helena corou.

— Fique tranquila — riu Sue — Ele falou muito bem. Não deixe a garota assustada Charlie.

Ele encolheu os ombros disfarçando um sorriso que Helena conseguiu pegar.

— E como foi no trabalho hoje? — Sue perguntou casualmente

Charlie suspirou, retirando o casaco e o coldre com a arma para logo em seguida pendurar ao lado da porta.

— Cansativo como sempre; alguns garotos andaram aprontando no bar do John.

— Espero que não seja nenhum dos nossos…

— O dia que eu pegar algum deles, você será a primeira, a saber, fique tranquila — ele deu um largo sorriso para Sue e por um momento Lena pensou em ter o visto corar.

— Então suba logo para se lavar, antes que a comida que Helena preparou com tanto esforço esfrie.

— Helena fez a comida hoje? — perguntou ele espantado. Helena franziu a testa para Sue.

— Eu não fiz tudo sozinha. Sue foi quem fez grande parte, eu apenas estava aprendendo como fazer.

— Ah, querida, não desmereça o seu trabalho! — ela balançou a mão no ar — Ande logo Charlie, eu já estou servindo o seu prato.

Sue saiu da sala, indo em direção da cozinha ainda apressando o homem e Helena a seguiu. Charlie já estava quase no topo das escadas quando o barulho da porta da frente revelou a figura um pouco suada de Seth.

— Eu juro que eu ouvi as palavras Helena e comida na mesma frase. — ele declarou, entrando na cozinha.

— Seth! — resfolegou Helena, sem conseguiu conter o seu coração que disparara.

Seth pareceu relaxar ao observar a figura da anja encostada na pia ao lado de sua mãe. Ele sorriu e Lena sentiu seu peito esquentar.

— Querido, você demorou! Helena já estava ficando entediada de ficar fazendo companhia para mim. — disse Sue, sem se virar do seu trabalho com os pratos que ia enchendo.

Helena arregalou os olhos. Ela, em algum momento, havia parecido desinteressada? A anja agarrou o braço de Sue.

— É claro que não, Sue! Por favor, nunca pense em algo do tipo!

— Calma, calma — riu a mulher, terminando o ultimo prato — estou apenas brincando. Agora faça Seth se apressar e ajudar nós a levarmos os pratos até a mesa, sim?

Helena respirou fundo, se sentindo boba, mas aliviada.

Enquanto levava os pratos até a mesa, Charlie apareceu na cozinha com uma recém-acordada Rose em seu colo e, aparentemente, faminta. A conversa na mesa foi divertida e leve, com Seth e Sue mantendo a conversa sempre ativa e o tom brincalhão junto de Rose, enquanto Charlie e Helena trocavam silenciosamente olhares cumplice.

No fim, depois de se despedirem de Charlie, Sue e Rose, alegando que precisavam dormir cedo para começar o dia seguinte descansados, Helena se viu renovada. Aquele tempo conversando com Sue e o modo tímido de Charlie lhe trouxeram uma sensação familiar que aqueceu o seu coração e fez um novo animo lhe percorrer. Ela estava ainda incomodada pelo fato de esconderem algo dela, mas com aquele dia, Lena se sentia bem melhor.

O sorriso de lado de Seth, perguntando o que ela fizera tanto com sua mãe que a deixara tão radiante fez Helena apenas se sentir aquecida ainda mais. Principalmente porque a pequena ruga que se formava na testa de Seth nas ultima semanas, naquele pequeno momento, havia desaparecido.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Vou postar o próximo na sexta ;)



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