Falling For You escrita por Gii, CarolBeluzzo


Capítulo 17
Seth Clearwater


Notas iniciais do capítulo

Bom dia garotas! Bom, eu demorei um pouco mais caprichei demais! Você com certeza vão gostar do que tem neste capitulo (que está um pouco grande). Aliás, não se acostumem com o clima tranquilo. Ele está prestes a acabar!!
hehe
Boa leitura!



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Capitulo 16 — Seth Clearwater

Eu estava preocupado com aquele olhar triste que cruzava os olhos da minha pequena anjinha enquanto ela olhava pela janela do carro, à caminho da escola.

Tentei de todas as formas fazer ela pensar em outras coisas e a forçar a entrar nas minhas brincadeiras e distrai-la o caminho todo, mas quando finalmente paramos em frente à escola, aquele olhar triste ainda continuava lá.

Eu sabia que a única coisa que poderia deixa-la melhor era ver Renesmee melhor, mas isso não tornava menos doloroso ver seu rosto triste. Quando descemos do carro, Mady já atravessava o estacionamento rapidamente, daquele seu jeito desajeitado e ansioso.

Ela parecia gostar da companhia de Helena. Ela sorriu tímida para mim e abraçou Helena antes de olhar confusa para o carro vazio.

— Renesmee não veio hoje. — respondeu Helena aos seus pensamentos — Ela está doente.

— Doente? — perguntou a garota, parecendo ficar preocupada também. — Parece ser bem sério, pela sua cara

— Sim, todos lá de casa estão preocupados. Não é nada normal ela ficar doente assim. Ela vai ficar deitada na cama dela pelo resto da semana pelo jeito...

— Na sua casa? Mas por que não levaram ela pro hospital? Quero dizer… Hãn… Se ela está mal deste jeito e tudo mais…

— O avô de Ness é o plantonista do hospital de Forks. — eu me intrometi — Ele que está cuidando da Ness em casa, por pedido dos pais dela.

— Ah! — a garota pareceu envergonhada — Desculpe, eu não sabia…

— Não há problema algum, não tinha como saber. — Helena disse — Acho que logo, logo ela estará bem.

Mesmo ela falando aquilo de maneira enérgica, tentando confortar a amiga, parecia que não conseguia se convencer. Eu suspirei.

— Tomara que sim. Isso aqui fica bem menos agitado sem ela. — Completou Mady — Talvez eu vá fazer uma visita para ela… sabe, só para saber como ela está.

— Não! — gritamos eu e Helena juntos e Mady nos olhou assustada.

— Er, quero dizer, melhor não, Mady… — eu tentei concertar

— Hãn, é, nem eu posso entrar no quarto de Ness, sabe? Acho que não vão deixar você ver ela também. — continuou Helena — Hã… Se quiser, posso levar algumas flores para ela em seu nome. Eu já pretendia passar na floricultura mesmo.

— Ah… Tudo bem. Tem uma floricultura no caminho de casa. Depois da escola nós podemos passar lá, não é?

— Pode ser — respondeu Helena, parecendo aliviada. — Passamos lá e ai já vou para a casa da Leah encontrar a Dona Sue.

— Ah sim, você vai cuidar da filha da Leah, né? Eu tinha me esquecido.

— Meninas, sem querer interromper, mas já interrompendo, vocês estão atrasadas para a aula, deviam entrar. — comentei.

Elas se sobressaltaram. Nem haviam percebido o horário. Helena veio até mim, me deu um selinho e um beijo estalado na bochecha e seguiu até onde Mady estava. Acenaram para mim e entraram na escola.

Fiquei alguns minutos observando a movimentação dos alunos atrasados pelo estacionamento, apenas para demorar um pouco mais ali. Eu tinha que admitir que sentia um pouco de falta daquele lugar, apesar de já tê-lo considerado como meu inferno particular.

Entrei no carro pouco tempo depois, já seguindo direto para casa, apenas para deixar o carro. Fui o caminho todo meditando sobre meio de fazer Helena se distrair na parte da tarde, enquanto cuidávamos de Rose. Eu tinha certeza que Rose iria perguntar de Nessie e com Helena preocupada com a prima, talvez não fosse tão divertida aquela tarde.

Talvez, eu repeti mentalmente. Eu estava disposto a fazê-la esquecer aquilo o suficiente para ficar feliz.

Pensando nisso, eu só havia notado agora que, sem Renesmee, Jacob também não iria na casa de Leah. Talvez ele apenas desse uma passada e inventaria alguma desculpa para voltar para a cabeceira da cama de Renesmee.

Eu não o condenava por isso… Na verdade, pensando bem, estava bem feliz. Eu e Helena sozinhos por um longo espaço de tempo. Aquilo soava incrivelmente agradável.

Eu sorria bobamente enquanto descia do carro e me encaminhava para o meio da floresta. Eu teria que correr um bom tanto na forma de lobo para achar Jacob se ele não estivesse conectado. Eu torci mesmo para que ele estivesse, pois precisava de uma boa cama para tirar o sono atrasado.

Depois de uns dez minutos ele apareceu.

“ Jake! Finalmente, cara! Onde você estava? “

“ Eu estava conversando com o Sam. Deixou as meninas no colégio? ”

Congelei. Não tinha pensado em como iria contar para ele.

“ Contar? Seth? Aconteceu alguma coisa? ”

“ Bom, a Ness não foi pra escola hoje. ”

“ O que?! Por que? ”

“Parece que a Lena acordou de madrugada e a Ness estava suando frio e com febre. Carlisle acha que é uma virose, então nem deixou meu anjo vê-la direito e pediu para que a monstrinha ficasse de cama até melhorar. ”

Claro que na metade da conversa ele já estava correndo para a mansão, deixando tudo o que estava fazendo para trás. Assim que ele desconectou para ficar com seu imprinting, eu corri para casa e me joguei na cama, parando apenas para ligar o alarme que indicaria o horário de pegar Lena na escola. Depois disso, apaguei.

Acordei com o celular esperneando e o toque de Lena me avisando que ela estava me ligando. Eu demorei alguns segundos até conseguir encontrar o botão para atender.

— Lena? — atendi, meio grogue.

— Olá senhor “Eu vou te buscar na saída”. Como está? Parece que te acordei. — ela riu do outro lado da linha.

— Que horas são? Você está no intervalo?

— Você estava mesmo dormindo, não é? — ela riu novamente e eu pude ouvir a voz de Mady, ao fundo, dizendo algo como “Que furo! ”

Eu pulei da cama, olhando pela janela e vendo o céu nublado. Afastei o celular para ver a hora. Eu estava muito atrasado.

— Eu e a Mady estamos vendo umas flores aqui, sabe? Qual cor você acha que a Ness vai gostar mais? Lilás ou amarela?

Eu me joguei pelo quarto, enfiando o tênis no pé de qualquer jeito e pegando a camisa jogada em cima da cômoda, sem desgrudar o ouvido do celular.

— Hã… Não sei…

— Ah, esquece. Não vou te amolar com isso, pode voltar a dormir que eu e a Mady…

— NÃO, NÃO, NÃO, EU JÁ ESTOU INDO PARA AI!

Eu bati a porta da frente e fui em direção ao carro, mas tive que voltar ao perceber que estava sem as chaves.

— Não quero te atrapalhar, Seth. Tudo bem mesmo, sabe? Eu gosto de tomar chuva as vezes. Faz bem pra saúde e tudo mais.

— Desculpe de verdade Lena, eu caí no sono. Não ouvi o celular despertando. Não fique brava comigo! Eu já estou indo para aí, chego em cinco minutos, eu prometo!

Eu desliguei antes que ela falasse qualquer coisa e já liguei o carro. Eu não acredito que eu tinha dormido demais!

Cheguei em frente a floricultura derrapando o pneu ao frear até parar. O carro deu um solavanco e Lena e Mady já se despediam. Assisti Lena vindo na direção do carro carregando um buque de margaridas nos braços lentamente, parecendo segurar o riso por todo o caminho, até que ao entrar dentro do carro, ela fechou a expressão.

Eu senti um arrepio passar por toda a minha coluna e ir até a ponta do dedo dos meus pés e tive certeza de que ela estava magoada. O que eu havia feito?

— Lena, me desculpa, eu capotei totalmente e não escutei o despertador tocar. — Eu disse com o carro ainda parado. — Eu juro que não foi de propósito.

— Ok Seth. Eu entendi. Tudo bem, sem problemas. — respondeu olhando para as flores em seu colo. — Podemos ir? Temos que cuidar da Rose.

Eu havia conseguido estragar o dia perfeito que planejara com apenas nós dois em apenas um golpe! Como consegui ser tão burro? Suspirei e voltei o olhar para a estrada enquanto dirigia, olhando para ela de vez em quando.

Chegamos a casa de Leah depois de alguns minutos, ainda em silêncio e eu já estava me sentindo angustiado.

Quando entramos na cozinha, Rose estava brincando sentada no tapete e mamãe estava acabando de almoçar.

— Que bom que chegaram, não posso me atrasar. — levantou-se em ímpeto — Onde está Nessie? — perguntou confusa enquanto lavava o único prato que havia utilizado.

— Ela não se sentiu bem pela manhã, então ficou de repouso. — respondeu Lena. — Espero que não se importe de só eu ter vindo.

— Não, querida. Claro que não me importo. Mas tem certeza que consegue sozinha?

— Claro, Sra. Clearwater. — sorriu. — E Seth estará aqui para ajudar-me. Não se preocupe. Quando voltar, tudo estará em perfeita ordem.

Dona Sue pensou um pouco, mas estava atrasada então decidiu aceitar. Explicou para Helena onde estavam as mamadeiras, papinhas, sucos e outros tipos de comida que havia deixado prontos para Rose, e depois disso, seguiu para seus afazeres.

Helena colocou as flores de Ness em um vaso, lavou as mãos na pia e seguiu até onde Rose estava brincando, pegando-a no colo, enquanto eu somente observava. Sentando em uma das cadeiras em volta da mesa.

— Seth, segure-a por favor? Vou esquentar alguma coisa para ela comer. Sue disse que ela ainda não almoçou. — disse me entregando Rose retirando com cuidado seus cabelos de dentro dos dedinhos da pequena.

Helena esquentou cuidadosamente uma porção da sopa de batatas que minha mãe havia feito, e provou um pouco no torso da mão para checar se não estava mais quente do que o esperado.

Quando teve certeza de que estava na temperatura certa, ela se sentou na cadeira a minha frente, prendeu o babador no pescoço da pequena e começou a dar a sopa para ela, com a colher de bebê roxa que ela mais gostava, assoprando lentamente.

Aquilo me fez sorrir e pensar no futuro enquanto passava a mão nos cabelos de Rose delicadamente. Algum dia, dali a algum tempo ela estaria fazendo aqueles mesmos gestos, mas com um bebê nosso, de olhos grandes e azuis como ela.

Depois de dar toda a porção de sopa para Rose, Helena a pegou-a do meu colo e se dirigiu as escadas.

— Seth, pode separar uma muda de roupas de frio para Rose? Vou dar um banho nela e tentar fazê-la dormir um pouco.

— Tudo bem, meias também? — perguntei apoiado no batente da porta do banheiro.

— Sim, por favor. — respondeu sem virar pra mim, já enchendo a banheira com água que devia estar morna.

Suspirei e segui até o quarto de Rose, procurando uma roupinha de frio. Não foi muito difícil encontrar, já que Leah havia me feito ajudá-la a guardar os presentes do chá de bebê e eu tinha uma ideia de onde as coisas estavam.

Segui novamente até o banheiro com a muda de roupas e um par de meias em mãos e mais uma vez encostei-me no batente da porta, para observá-la. Ela dava banho em Rose, que estava distraída com um patinho de borracha e espirrava água para todos os lados quando o batia repetidas vezes na banheira.

Depois de mais alguns minutos dando banho na pequena, Lena finalmente tirou a bebe da banheira e eu entreguei as roupinhas para que Helena pudesse trocá-la.

— Você pode pegar um pacote novo de fraldas, Seth? Este aqui acabou de vez. — disse concentrada no trabalho que era passar talco e fazer Rose ficar parada. — Calma bebe, já vou colocar roupinha em você. Você vai ficar bem quentinha! Você vai ver vai ser o bebe mais quente do mundo...

Eu corri até o armário do corredor para pegar um novo pacote de fraldas com um sorriso no rosto que não consegui tirar. Lena continuou a falar com os resmungos de Rose, que reclamava de frio, e eu não conseguia evitar achar aquela cena mais do que perfeita.

Helena a trocou rápido, apesar de Rose ficar se remexendo o tempo todo. Ela a colocou de pé quando terminou, dizendo mais para si mesma:

— Viu, não foi tão difícil assim, não é mesmo?

Rose esticou os bracinhos, dando gritinhos e Lena a pegou no colo.

— Acho que ela está com frio, Seth. — Ela me olhou preocupada e eu sorri o meu melhor sorriso.

— Bom, então acho que é o meu trabalho agora. Vem aqui com o tio, Rosinha! Vamos fazer você ter o melhor sono da sua vida.

Em geral, quem colocava Rose para dormir era Jacob, que fazia questão e não dava nem cinco minutos e a garotinha já estava babando em seus braços, mesmo com ele conversando e rindo alto enquanto a balançava de um lado para o outro. Eu tentei imitar o jeito que Jacob e geral fazia, andando de um lado para o outro, com ela encostada no peito.

Comecei a cantarolar uma música que eu lembrava que Sue cantava para mim quando pequeno, que eu não sabia ao certo a letra, mas a melodia parecia gravada na minha cabeça.

Rose demorou mais do que demoraria com Jacob, mas logo caiu no sono e eu a levei para o quarto, que Lena havia ligado o aquecedor.

— Parece que ela caiu no sono de vez — sussurrou Helena da porta do quarto, enquanto eu ajeitava a cobertinha rosa dela.

— Depois de um banho gostoso daquele, acho que até eu cairia no sono agora. — sussurrei de volta, saindo do quarto, acompanhado de Lena.

— Está bem friozinho hoje, não é? Bom para uma pipoca e um filme embaixo das cobertas.

Eu sorri grande.

— Não sei te dizer se está frio, mas achei uma excelente ideia. — eu respondi — eu estouro a pipoca e você acha o filme e a coberta, pode ser?

Helena riu do meu entusiasmo antes de ir em direção da sala.

Eu havia enchido a bacia com as pipocas e estava parado em frente ao balcão as encarando, como se esperasse algo. Eu podia ouvir claramente Helena zapeando pela teve atrás de algum filme, sabendo que ela já havia preparado o cobertor e que logo, logo estaríamos os dois, juntos, um ao lado do outro.

Meu coração parecia que ia sair do peito pulando. O que havia de errado comigo? Nós apenas íamos assistir um filme. Eu sentaria ao seu lado, passaria o meu braço por trás dela disfarçadamente e a aqueceria com o meu calor, até ela desistir da coberta e se encostar em mim e nós passaríamos duas horas juntos, grudados um ao outro.

Quantas vezes eu havia sonhado com aquilo, mesmo?

Eu tentei respirar fundo.

Isso não é hora para fraquejar, Clearwater! Seja homem!

***

Eu peguei o pote de pipocas e marchei até a sala. Ela olhou para trás no momento que passei pela porta.

— Eu não encontrei nada de muito bom. Queria assistir alguma comédia, mas tudo que encontrei é uma comédia romântica. Você se importa?

Eu coloquei a tigela sobre a mesa de centro e sentei no sofá, tentando parecer natural. Meu coração queria sair pela boca. Comédia romântica. Deus.

— Claro que não. Qual é o nome?

— Acho que é “Sorte no Amor” — ela disse se jogando no lugar ao meu lado direito. — Parece ser legal.

— Pode ser então. — comentei sorrindo. Não iria falar pra ela que já assisti, é claro, então apenas fiquei em silêncio.

Ela estava sentada com a cabeça praticamente apoiada no ombro, o que parecia ser bem desconfortável, então eu decidi que estava na hora de acabar com aquele incomodo entre nós.

— Anjinha? — perguntei aproximando meu rosto do seu.

— Hm?!

— Você não está brava comigo não é? — perguntei beijando sua bochecha. — Foi sem querer. Eu juro. Eu nem percebi o tempo passando.

Ela olhou pra mim por um segundo e depois se virou novamente para a tv com uma expressão engraçada no rosto depois de mais um segundo ela apoiou a cabeça nos joelhos e começou a rir.

— Do que está rindo? — perguntei confuso.

— Você não achou realmente que eu estava brava, não é?! — perguntou incrédula. — Sabe que não consigo ficar brava com você, Seth. Eu estava brincando.

Eu a encarei, chocado.

— Ah, então é assim?! — perguntei sorrindo sarcástico. — Sua espertinha. Me enganou direitinho. Sabia que fiquei realmente preocupado? Eu havia até planejado algumas coisinhas para você me desculpar.

Helena olhou espantada para o namorado.

— Sério? O que você ia fazer?

— Não vou contar, vai perder toda a graça!

— Conta, Seth. Não me deixe curiosa.

— Você me enganou. Não tinha esse direito. Não vou te falar nada. — respondi cruzando os braços. Ela murchou. Abaixou a cabeça e encarou os dedos. Quando ela ia começar a se desculpar, eu continuei. — Na verdade, você tem direito a uma coisa.

Comecei a me aproximar lentamente, insinuando que iria beija-la enquanto ela me olhava desconfiada, mas ainda assim com um pequeno sorriso nos lábios. Quando eu já estava bem perto, sem ela esperar, movi minhas mãos para sua barriga e comecei a lhe fazer cócegas. Ela tentava não gritar, por causa de Rose, mas ria loucamente, mesmo assim.

Continuei por um tempo, até que percebi que ela estava deitada no sofá e eu estava praticamente por cima dela. Sua respiração estava descompassada, seus batimentos cardíacos estavam mais rápidos do que o normal e nossos rostos estavam bem perto um do outro. Algumas lágrimas desciam por sua bochecha por causa das gargalhadas excessivas, mas o sorriso continuava ali. Depois de alguns minutos nos encarando, eu simplesmente não aguentei mais e a beijei.

Ela pareceu surpresa quando eu encontrei os seus lábios e dei pequenos beijos no canto de sua boca. Eu simplesmente não conseguia aguentar apenas olhar o modo como os seus lábios se curvavam. Havia muito tempo que eu queria sentir a textura daquela região e agora, que eu estava provando, sentia simplesmente meus braços tremendo e minha respiração se extinguindo muito rápido.

Lena não ficou sem reação por muito tempo. Ela começou a reagir aos pequenos beijinhos que eu distribuía sob seus lábios e o modo como os seus olhos se estreitavam e brilhavam me deixaram simplesmente extasiado.

Se beija-la era surpreendente, o retribuir de seus lábios era fantástico. A cada toque dela, eu sentia uma fome estranha me dominar, como se meu lobo se agitasse dentro de mim e minha temperatura se elevasse. Eu comecei a sentir muito calor enquanto Helena começou a explorar com seus pequenos beijos o meu queixo.

Havia aquela coisa em seus olhos. Algo como um misto de curiosidade e paixão que eu notei que era impossível resistir.

E eu não resisti.

Eu aproximei nossos lábios com uma fome diferente e quando nos beijamos daquela vez, havia eletricidade no contato. Ela havia passado os braços ao redor do meu pescoço e eu ataquei os seus lábios de forma voraz e pedi passagem por entre os seus lábios, foi da forma mais gentil que consegui imaginar no momento.

Eu necessitava daquele contato novo e quando ela saiu do seu estado de surpresa inicial e realmente aproveitou aquilo… Bem… Foi o melhor momento da minha vida.

Agarrei a sua cintura sem conseguir me segurar enquanto nossas línguas dançavam de uma maneira tão quente que era impossível parar. O ar não importava mais, eu não queria parar. A sensação de ter as suas pequenas mãos tremulas ao redor do meu pescoço, segurando com força, como se…. Como se ela quisesse me prender ali para sempre, era simplesmente magnífico.

Eu sentia minha temperatura subir cada vez mais enquanto sentia cada pedacinho do corpo dela encostado no meu, comigo ainda por cima dela no sofá. Meu lobo parecia ir à loucura enquanto eu subia lentamente a minha mão da sua cintura, apenas para fazer a curva das suas costelas e voltar.

E quando finalmente nossos lábios se separaram por conta do ar, eu sentia que eu estava em chamas. O rosto de Helena estava corado e seus olhos deleitosos. Sua boca estava levemente avermelhada e eu me sentia meio vitorioso ao pensar que eu tinha feito aquilo.

Não consegui deixa-la respirar por muito tempo, com meu lobo inquieto dentro de mim. Simplesmente voltei a pressionar o seu corpo contra o sofá novamente e devorar os seus lábios na dança maravilhosa que era o nosso beijo. Eu quase não aguentava mais aquele calor. Ele parecia vir em ondas, cada vez mais intensas e piores. E a fome só aumentava. Eu não conseguia mais parar.

Eu senti as mãos de Helena na barra da minha camiseta, a segurando com força. Ela resmungou algo enquanto nos beijávamos e eu liberei os seus lábios ofegantes a tempo de entender o que ela dizia.

— Está calor.

Aquilo foi o que bastou para que o meu lobo simplesmente pirasse.

Ela começou a puxar a minha camiseta de forma lenta e torturante e quando estava na altura do meu tórax e eu já levantava meus braços, um trovão alto e forte se fez, tirando nossa incrível concentração e acordando Rose.

Ela começou a chorar, assustada pelo maldito trovão.

Eu olhei para Helena e ela imediatamente pulou de onde estava, se esgueirando por baixo de mim e correndo em direção ao quarto de Rose. Eu fiquei encarando por algum tempo o lugar vazio onde ela estava antes de me sentar direito no sofá e encarar o filme que havíamos esquecido e as pipocas agora frias.

Enchi a mão com elas e enfiei na boca. Olhei de modo amargo pela janela, vendo a tempestade cair e mais trovões se fazerem.

Maldito seja.


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Notas finais do capítulo

hehehe uiç



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