P.O.V Roberta Pardo.

–Vamos! Fale logo!- Disse nervosa. Josy e Miguel me lançaram um olhar de advertência.- E vocês dois? Que que foi hein?- Ambos desviaram o olhar.

–Se acalme Srta. Pardo.- Disse o anãozinho. Céus como é estranho conversar com esse pingo de gente.- Pois bem.- Ele pigarreou.- A detenção da srta. e de seus... hum... digamos, colegas será a seguinte: Ficarão encarregados de arrumar essa sala.

–Molezinha!- Falei.

–Mas com o feitiço de Levitação.- Continuou.

–O QUE? Mas eu nem ser fazer esse tal de Vinga a Moça aí!- Falei

–É Wingardiun Leviosa.- Corrigiu-me. Em seguida pegou sua varinha sobre a mesa e com um meio- circulo e um saculejo e com a menção dessa palavra estranha, uma pena que jazia sobre sua mesa começou a flutuar.

–Valeu cara. Mas se você não sabe, eu entrei em Hogwats ontem. Ontem, ouviu bem?- Falei estressada.

– Sim, senhorita, mas nada melhor que prática para o aperfeiçoamento, não acha?- Falou ele muito calmo. Josy e Miguel olhavam de mim para o anão e vice-versa.

–Não. Não acho.- Disse me levantando.- O que aconteceu com "vou pegar leve vocês só fizeram uma desordem na minha sala, nada de mais."?

–Exatamente. Bagunçou arruma, não é mesmo? Agora poderiam se retirar, por favor?- Disse ele com um olhar amargo.- E não tentem me passar a perna, ouviu?- Quis rir. Passar a perna em um anão.- Lançarei um feitiço na sala.

–Ta legal, posso ir agora?- Falei

–Sim, senhorita.- Disse. Sai de lá com os nervos a flor da pele.

–Roberta... Se você quiser eu te ensino o que eu aprendi na aula. Podemos treinar.- Falou Josy.- Aquele anão é meio biruta sei lá. Não gostei muito dele.- Miguel deu uma risadinha.

–Tudo bem, Josy. Agora vamos ir para o salão principal?- Falei com a voz controlada.

–O.K., Vamos nessa- Disse Miguel.

Ao chegar no salão principal vi que tinha pouca gente na mesa Sonserina- Aqueles descerebrados estavam lá, para minha infelicidade. Agora eu tenho que fazer aquele trabalho estúpido! Por culpa de quem? Do Bonequinho de Plástico, é obvio! Olhei para a mesa Corvina que estava completamente vazia, com exceção de um garoto de óculos que comia enquanto tentava se defender dos deboches vindos da mesa Sonserina.

–Ah, não! Isso não é certo! Eles ficam mexendo com o menino só porque ele é mais fraco! Já volto meninas.- E lá se foi Miguel! Mais conhecido como Super Homem, salvador de criancinhas inocentes. APLAUSOS. Vi ele peitar um menino que puxava os cabelos do nerd. Logo após ele sentou ao lado do menino e por ali ficou.

Olhei mais em volta. A mesa Grifina estava lotada e a Lufina Continha poucos alunos. Lupe estava lá.

–Vamos ir falar com a Lupe, Josy?- Olhei ao meu redor e Josy também tinha desaparecido. Foi se juntar a Miguel e ao Nerd. Revirei os olhos e caminhei até a mesa Lufina.

–Lupe!- Chamei.

–Oi Roberta, senta aqui.- Ela colocou a mão sobre o acento vazio ao seu lado.

–Lupe, não vai acreditar.- Falei com um olhar amedrontador.

–O que houve Roberta? O que você fez?- Falou ela. Parecia me conhecer há muito tempo.

–Um ridículo Sonserino e sua fiel escudeira arrumaram confusão comigo na sala de feitiços.

–Foi isso mesmo ou foi você quem arrumou a confusão?- Falou ela me fitando.

–Que isso, amiga.- Diz eu agora sorrindo.

–Ta bom e no que deu?- Falou ela curiosa.

–Deu é que agora eu tenho que arrumar a sala de Feitiços com magia e mais: Ao lado dos dois imbecis.- Falei começando a me estressar de novo. Suspirei. Ela olhou para a salada que comia. Ficamos em silêncio.

***

–Ah que droga!- Reclamei. Já estava em meu quarto. Josy me ensinava a usar o feitiço. Raquel dormia.- Vingarium na Moçá!- Falava agitando a varinha

–Roberta é WINGARDIUN LEVIOSA, quantas vezes tenho que repetir?- Disse Josy sentando- se na cama. Sentei ao lado dela.

–Desisto!- Joguei a varinha no chão. Uma coruja bicou a janela. Josy se levantou para pegar a carta.- Deixa Josy, deve ser para essa nojentinha aí.- Ela apanhou a carta.

–Não Roberta. É para você.- Disse me entregando o envelope.

–Para mim?- Apanhei a carta e li.

Roberta, meu amor.

Por que você nunca me escreve? Para qual casa você foi, meu anjo? Estou com tanta saudade de você...

Não li o resto da carta.

Assinado: Alma Rey.

–Como minha mãe é melosa...- Suspirei. Guardei a carta.

–Nem vai responder a carta?- Falou Josy.

–Entrei em Hogwarts ontem e minha mãe diz já estar sentindo saudade.- Revirei os olhos- Por favor, né Josy?! Agora vamos dormir logo por que amanhã eu tenho detenção.

–Tudo bem então. Mas eu só vou dormir depois que fizer cinquenta flexões, O.K.?- Disse Josy. Revirei os olhos.

–Você quem sabe.- Falei me jogando na cama. Dormi rápido. Sem sonhos.