Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 28
Despistando-a


Notas iniciais do capítulo

Olá! :) Nem demorei tanto assim dessa vez, né?
Boa leitura, amo vcs s2



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P.O.V. Mia Colucci.

–Miguel, o que está fazendo aqui?- Pergunto, confusa e surpresa.

Observo-o reunir todo o ar que consegue em seus pulmões e soltar tudo de uma vez. Ele dá dois passos na minha direção.

–Não estou fazendo nada...- Ele desvia o olhar para o corredor. Posso ver que está preocupado.

–Isso está estranho.- Falo, recuando.

–Mia, Mia, por favor- Ele junta as mãos em súplica.- Não chame ninguém. Não conte para ninguém que me viu aqui...

Semicerro os olhos.

–Você está na Sonserina por que?- Pergunto, desconfiada.- Só prometo não contar se você prometer me dizer.

Ele me encara por uns segundos. Poderia estar decidindo se me contaria ou não, mas também poderia estar inventando uma mentira. Agora tá ficando estranho. Ele parece paralisado.

Estalo os dedos na altura de seus olhos e ele pisca, voltando a realidade. Seus lábios se contorcem.

–Você vai me bater se eu disser?- Ele pergunta.

–Depende.- Digo, fechando a porta do quarto atrás de mim.

–Certo.- Ele suspira.- Vim te ver.

Pisco, confusa. Como assim veio me ver? Uma parte do meu cérebro está feliz, mas a outra quer chutar o caipira para fora da Sala Comunal. E além do mais, como conseguiu entrar? Aqui tem senha, que eu saiba.

Dou um tapa em seu braço.

–Você não deveria ter vindo, seu maluco.- Brigo.- E além do mais, pra que queria me ver uma hora dessa? Poderia ter esperado até amanhã!

Ele aperta a ponte do nariz, reunindo toda a paciência que conseguia.

–Eu tinha que te dizer...- Ele faz uma pausa.

–Me dizer o que, Miguel?- Digo, já irritada.

–Uma carta... de seu pai- Ele pensa um pouco.- veio parar no meu quarto.

–Me entregasse amanhã!- Digo.- Espere, você disse do meu pai?

–É.- Ele diz.

–Então onde está a carta?

Ele franze os lábios, pensativo.

–Meu livro de Trato das Criaturas Mágicas a estraçalhou.

Baixo o olhar, entristecida.

–Amanhã eu mandarei uma carta para ele.- Digo, abrindo a porta do quarto.- Perguntarei o que ele queria me dizer...

Antes que eu pudesse entrar no quarto, ele me puxa de volta pelo braço.

–Espere, Mia, é mentira.- Ele diz, de uma vez.

Ergo as sobrancelhas.

–Mentira? Então o que veio fazer aqui, de fato?- Pergunto. Ele desvia o olhar por uns instantes e depois torna a olhar para mim, com um sorriso travesso.

–Não vai me bater?- Pergunta novamente.

–Não, Miguel, eu não vou. Satisfeito?- Digo, revirando os olhos.

E o que acontece a seguir, simplesmente eu não esperava. Miguel me puxa para perto de si e me beija. E eu retribuo. No começo, tento escapar, mas depois acabo cedendo. Algum tempo depois, nos separamos. Ele me lança um sorriso satisfeito, mas estou perplexa.

–Por que fez isso?- Pergunto.

–Foi o que vim fazer.- Ele diz, triunfante, pegando um pano preto do bolso traseiro. É uma touca ninja. Ele a enfia na cabeça. Apenas seus olhos ficam visíveis.- E não ouse falar mal da minha touca.

Reviro os olhos, sem conseguir conter o sorriso.

–Eu não ia falar nada, mas já que tocou no assunto: Sua touca é ridícula.

Ele dá de ombros.

–Melhor do que patética.- Ele me dá as costas e caminha pelo corredor, se afastando cada vez mais.- Te vejo amanhã.

Aos poucos, Miguel vai saindo do meu campo de visão, e logo estou sozinha. Abro a porta com cuidado e entro no quarto, me jogando em minha cama.

–Te vejo amanhã.- Repito, murmurando para mim mesma.

E logo pego no sono.

**

P.O.V. Miguel Arango.

O que eu fiz? A ideia foi brilhante, confesso, mas não deveria ter beijado Mia para salvar minha própria pele. Isso me deixará pensativo por semanas.

Ao descer as escadas, me deparo com Giovanni, que está sentado em uma das poltronas comendo salgadinhos. Arranco a touca da cabeça e a atiro no chão.

–Você não parece bem.- Diz Giovanni, se levantando e estendendo o pacote de salgadinhos para mim.- Quer um biscoito? Achei em um quarto aí...

Passo direto dele e sento-me em uma poltrona, com os cotovelos nos joelhos e as mãos nos cabelos.

–Mia me achou.- Digo.

Ouço alguma coisa cair no chão, e ergo a cabeça para ver o que é. É o pacote de salgadinhos, que ele deixara cair, boquiaberto.

–Você...

–Eu despistei ela, não se preocupe.- Digo.

–Eu te avisei, seu idiota.- Ele me empurra para o lado, se sentando.- Mia costuma sair no meio da noite.- Repete- Você deveria ter tomado mais cuidado.

–Eu já falei que despistei ela.- Falo.- Não estou com paciência para sermões.

–Dane-se.- Giovanni dá de ombros.- Você merece sermões. Agora diga-me: Como a despistou?

Hesito. Contar ou não contar? Eis a questão. Talvez eu precise mesmo desabafar. Mas mesmo assim, desabafar com Giovanni? É coisa de maluco.

–Falei que tinha recebido uma carta do pai dela e vim avisá-la. Mas meu livro de Trato das Criaturas Mágicas a estraçalhou.- Digo meia verdade.- Só isso.

–E ela acreditou?

–Ela é Mia Colucci.- Digo.- Acredita em qualquer coisa.


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Notas finais do capítulo

Só queria dizer uma coisa: Eu aaaaaaaaamo Ponny :3