Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 25
Os erros do coração.


Notas iniciais do capítulo

Gente, vou logo avisando, essa está meio Vondy.



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P.O.V. Roberta Pardo.

Tenho uma certa desconfiança de que Miguel e Giovanni estão aprontando. Se Miguel agindo sozinho já se deve tomar cuidado, imagine só com Giovanni, que não é lá muito confiável? Josy já percebeu que eu ando meio pensativa, pois ela não pára de me amolar.

Eu começaria a investigação hoje mesmo se já não tivesse um compromisso. Tenho que fazer aquele trabalho horrendo com um garoto mais horrendo ainda.

Agora estou, caminhando sem cessar, em busca da Sala Comunal da Sonserina. Mesmo com a tal da trégua, não consigo deixar de sentir raiva por ser obrigada a fazer o trabalho com esse menino. Tão lindo, porém tão descerebrado... onde será que o mundo vai parar, Merlin? Hoje em dia as coisas estão complicadas assim.

No caminho, tropeço em Miguel, que vinha correndo em direção contrária a minha. Ele se desequilibra e eu também, mas logo nos ajeitamos. Ele olha em volta e seu olhar para em mim. O sorriso que ele me lança é de deixar qualquer um desconfiado. Ele ia tornar a correr, mas puxo-o de volta pela capa.

–Robertinha!- Ele sorri.- Foi mal, mas é que agora eu tenho que procurar a Mia para fazer o trabalho e...

–Miguel, a Sala Comunal da Sonserina é pra lá.- Indico com a cabeça, soltando sua capa.

–Então, mas é que...- Ele olha em volta.- Mia costuma ir a essa hora para... hm... para a biblioteca.

Franzo as sobrancelhas.

–A Mia quase nunca frequenta a biblioteca.- Digo.

–Mas eu já fui na Sala Comunal da Sonserina e o Diego me disse que ela já saiu de lá.- Ele mente.- Inclusive eu estava voltando de lá agorinha mesmo.

Estudo sua expressão.

–Sei...- Digo balançando a cabeça.- Se é assim, então por que a Brabie me disse que você havia adiado a data do trabalho?

Ele arregala os olhos, e olha para mim.

–A Mia disse isso?- Ele pergunta.- Mas ela é maluca, você sabe.

Giro os olhos e empurro para o lado.

–O.K., Miguel, Some daqui logo.- Digo tornando a andar. Ele começa a correr.

Sinceramente, nunca vi ninguém mentir tão mal assim. Nem mesmo a Lupita, que é uma santa.

Estou tão perdida em pensamentos que nem me dou conta da hora que chego a Sala Comunal. Eu grito o nome do Bonequinho Plastificado e ele não demora a aparecer.

Do mesmo jeito de sempre, os cabelos oxigenados lambidos para trás, e aquelas nada simpáticas vestes sonserinas. Ele me olha de baixo à cima e assobia. Dou-lhe um tapa na cara e saio puxando-o pelo braço. Ele protesta, mas eu não paro.

–Hey, hey!- Ele desvencilha-se da minha mão e para a minha frente, me forçando a parar.- O que aconteceu com o nosso trato?

–Eu sei, mas você fica assobiando para mim que nem um tarado, você queria o quê?- Digo empurrando-o.- Virou passarinho agora é?

–Meu amorzinho, isso foi apenas um elogio.- Ele diz com um sorriso patético na cara.- Mas entendo sua reação já que não está acostumada a receber muitos.

–Escuta aqui seu...- Aponto o dedo na direção de seu nariz, mas ele empurra minha mão para o lado e interrompe minha frase.

–Estamos perdendo tempo.- Ele diz.- Vamos logo.

Por mais que eu deteste esse estúpido mais que tudo ele tem razão. Além do mais, ele realmente não fez nada demais. Caminhar com esse descerebrado pelo castelo é um mico que sou obrigada a pagar. Imagine só: Roberta Pardo andando ao lado do filhinho de papai que é o Diego? Vou ficar mal vista.

Quando chegamos a biblioteca, procuro um livro de Magia Negra que demoro a achar, mas logo encontro. Sentamos em uma mesa e combinamos que eu leria e ele escreveria.

Está tudo normal, eu lendo sem parar, sem nem olhar para esse idiota. Mas quando ergo os olhos do livro para conferir se ele está anotando o que estou lendo, flagro-o me olhando. Ele desvia o olhar um pouco atrapalhado.

–Você não está escrevendo?- Digo, puxando o pergaminho e vendo que nem sequer uma linha foi escrita.- Você está me fazendo perder tempo.

Ele coça a cabeça com a ponta da pena, que ainda nem foi mergulhada no tinteiro.

–Desculpe, eu só estava pensando.- Ele mergulha, finalmente, a ponta da pena no tinteiro.

–Olhando para mim?- Pergunto, ele olha para o pergaminho e seu rosto fica mais corado.

–É que eu estava distraído.- Ele diz.- Agora faça o favor de ler esse negócio aí logo, ou então esse trabalho não vai sair nunca.

Leio em voz alta, dispensando os pensamentos que começaram a invadir minha cabeça, para me concentrar no trabalho.

P.O.V. Diego Bustamante.

Assim que terminamos o trabalho, faço questão de voltar para meu quarto. Adentro a Sala Comunal, subo as escadas, ignorando qualquer um que no caminho estivesse, e subo para meu quarto.

Jogo-me em minha cama de barriga para cima e penso.

O que está acontecendo comigo? Por que fico tão estranho quando estou perto dela? Por que me pego pensando nela inúmeras vezes? Por que sonho com ela praticamente todas as noites?

Uma coisa é certa: O cupido me flechou.

Estou apaixonado pela garota mais insuportável, indesejável, rebelde, sem noção, implicante, impertinente de toda a Hogwarts.

Por que ela, Merlin? Poderia ter me apaixonado por Vick, que é minha namorada. Mas me apaixonei pela única garota que sei que nunca terei.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Será que mereço algum comentário? :3