Rebelde em Hogwarts escrita por Katty Weasley Mellark


Capítulo 20
Théo.


Notas iniciais do capítulo

Oiii!
Espero que gostem do cap. a seguir.
Obrigado pelos reviews!!



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P.O.V. Roberta Pardo.

Já ouviu dizer que Roberta Pardo nunca desiste?

Pois é. Mas é o que estou pensando em fazer com relação ao tal "Admirador."

Eu sou muito curiosa e quanto a isso não resta a mínima dúvida. Mas se há algo muito complicado é descobrir isso. Veja: Eu estou em Hogwarts! Mais de Mil pessoas estudam aqui. E além disso, é obvio que o tal admirador não deixará transparecer que é ele.

Ótimo! Agora estou irritada!

Vou para o jardim de Hogwarts. Poucas vezes eu ia ali. Tenho aula de voo a céu aberto, obvio, mas a não ser isso, não vou muito para a parte externa do castelo.

Eu estava caminhando por sobre a grama verde, procurando o que fazer. Estava entediada! Josy estava ajudando Miguel com Transfiguração- Ela é ótima nessa matéria, já o Miguel... Nem tanto assim.- Eu até procuraria a Lupe, mas o castelo é bem grande e, enfim, não tenho muita paciência.

Quando cansei de andar, parei em frente a uma árvore. Bem, era uma ótima sombra, então resolvi ficar ali mesmo. Sentei-me de costas para a árvore.

Poderia ler um livro. Não... Livros nem pensar. Talvez pudesse fazer algo com a varinha. Melhor não. Eu sei que poderia causar acidentes, afinal, não a dominava muito bem ainda. Então olhei para o céu. Nossa! Quanto tempo eu não observava o céu? Nem me lembro mais da última vez. Bem, tem aquele teto artificial do Salão Principal que era enfeitiçado para parecer o céu a noite, que eu vi quando entrei na escola. Mas aquilo não conta.

Eu estava imersa em pensamentos, pensando coisa com coisa que não tinha nada haver. Eu tenho umas ideias loucas as vezes. Ta, sempre. Mas, enfim, algo me arrancou dos meus pensamentos, pra ser mais precisa, um barulho. Ou uma sequencia deles.

Vinha de trás de mim, fungadas e soluços. Acho que alguém chorava. E eu simplesmente quis ajudar. Eu sei que tenho um espírito muito prestativo.

Levantei e olhei para o lado oposto da árvore com cautela. Era um menino de cabelos castanhos. Ele estava sentado com as pernas cruzadas com um livro em mãos. Mas o livro estava respingado de lágrimas. Como se ele tivesse começado a leitura, mas a tristeza não o deixasse ler.

Fito-o penalizada. Me abaixo perto dele, o que o faz fechar o livro bruscamente e secar as lagrimas em seu rosto desesperadamente com as mão, empurrando os óculos para cima.

Théo evitava me olhar.

–O que houve com você?- Pergunto carinhosamente.

–Nada...- Ele diz. Sua voz estava abafada.- E-eu não estava chorando.

Mordo o lábio inferior. Odiava ver as pessoas chorando ou se sentindo mal.

–Tudo bem, então.- Digo.- Você não é obrigado a me contar, se não quiser.

Me levanto, mas quando estou indo embora ele grita:

–Roberta!- Ele sabe o meu nome, afinal é amigo de Miguel. Já conversei com ele uma ou duas vezes, no máximo. Volto imediatamente e me agacho perto dele- E-eu queria te dizer... s-se quiser me ouvir, é claro.

Sento no chão e cruzo as pernas.

–Pode falar.

–E-estou chateado por causa dos m-meus pais- Ele gaguejava.

Pais. Noventa por cento dos adolescentes tem problemas com eles, mas Théo? Por que ele seria um problema? Está na Corvinal, o que indica que é um bom aluno. É tímido e quieto, não arruma confusões. Ainda por cima é educado. Algo me diz que os problemáticos da história são os pais dele e não ele propriamente.

–E o que aconteceu?- Pergunto, interessada.

–Não aconteceu. A-acontece.- Diz ele, e sou capaz de notar a lágrima que desce de um de seus olhos discretamente.- Acontece todas as vezes que vou pra casa. Acontece todas as vezes que minha mãe me e-evita. Acontece por que estou vivo!

Pronto: Não entendi nada. Mas mesmo assim, é inevitável sentir-se mal por ele. Seja lá do que ele está falando, nota-se que dói muito.

–Você... Poderia me explicar?- Digo. Minha voz sai praticamente inaudível.

–M-meu irmão.- Diz. Seus olhos estão marejados.- Desde que ele morreu, minha vida e-está uma droga.- Ele suspira.

Então ele me conta uma longa história, de que seu irmão participou de uma associação para se livrar dos nascidos trouxas que existiu há algum tempo, mas que já acabou. Em como toda a culpa da morte dele foi jogada sobre o pobre Théo. De como sua mãe passou a desprezá-lo. De como sua mãe dizia com todas as letras que preferia vê-lo morto ao invés do irmão e de como ele chorava sempre que se lembrava disso.

–Isso é horrível!- Exclamo boquiaberta.

–E-eu sei que é.- Diz ele, secando as lágrimas.- Mas n-ninguém se importa.

–Eu...- Começo, mas sou interrompida por alguém me berrando.

–Roberta!

Viro-me para ver quem é e percebo que é Josy que vem correndo desesperadamente em minha direção. Me levanto do chão mal-humorada.

–Roberta...- Ela respira ofegante.- Ro... Até que enfim te achei, menina! Te procurei o castelo inteiro!

–Ai meu ouvido!- Reclamo.- Se queria que eu ficasse surda, então porque não me mandou um berrador?

Ela não respondeu. Olhou para Théo e acenou para ele, educada, depois voltou-se novamente para mim. Ela agarrou meu braço e começou a puxá-lo.

–Ai! O que é isso?! Quer me deixar sem braço também, é?- Me desvencilho.

–Vem, Roberta!- Ela agarra meu braço de novo.- Tem uma coisa que você tem que ver!- Ela olha novamente para Théo.- Você pode vir também, se quiser.

–Não, obrigado- Ele diz.- Prefiro ficar aqui lendo.

–Tudo bem.- Ela diz. Não parava de me puxar.- Mas a Senhorita vem comigo.

–Ta!- Grito- Só não precisa me puxar.

Ela ergue as mãos em rendição e nós duas seguimos correndo para ver não-sei-o-que.

Quando cheguei lá, não entendi nada. O que estava acontecendo?


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Notas finais do capítulo

Théo :(
Gostaram?
Bjooooooooooooooos!



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