P.O.V Roberta Pardo.

E lá estava eu: Deitada na cama cantarolando e tentando esquecer aquele idiota.

Josy adentrou o quarto e sentou com as pernas cruzadas em sua cama.

–Ai Roberta... Eu acho...

–O que que você acha?- Falei desconfiada me sentando.

–Acho que você está louquinha por ele.- Disse séria.

–Por quem? Pelo Bonequinho de Plástico?- Revirei os olhos.- Só se for louquinha de ódio.

–Do ódio para o amor é um pulo, sabia?- Ela abafou uma risada.

–Ai Josy, já não basta a Lupe, agora você também?!- Disse com uma careta.

–Calma, foi só uma opinião.- Ela estendeu as mãos em rendição e deu um largo sorriso.

–Aé é?- Olhei para ela maldosa.- Você vai ver a opinião!- Saltei rapidamente da minha cama e pulei na dela, quase matei ela de cosquinhas. Até o momento que a Raquel chegou.

–Bom Halloween!- Disse ela. Não respondemos.- Poderiam me dizer onde compraram essa fantasia?

–Pois a única fantasiada aqui é você. Aliás, Você precisou matar uma cobra para fazer essa fantasia, ou já comprou feita?- Implicou Josy.

–Não vou perder meu tempo com coisas inúteis.- Ela se virou. Vi Josy partir pra cima dela. Elas iriam sair no tapa. Que legal! Raquel sairia toda machucada. Mas ela pressentiu a aproximação de Josy e se virou para lançar um feitiço nela. Eu com os meus reflexos rápidos, tive tempo de lançar um feitiço de levitação que fez a varinha de Raquel pairar metros do chão.

–Me devolve minha varinha, Roberta.- Pediu com sua irritante voz mansa.

–Por que eu faria isso?- Perguntei séria. Ela deu um gritinho histérico e saiu enfurecida do quarto. Deixei a varinha cair no chão.

–Valeu Roberta.- Falou Josy se aproximando.- Sabe-se lá quantos feitiços terríveis essa aí pode conhecer... Talvez até mesmo Maldições Imperdoáveis.

–Sei disso...- dei um longo suspiro.- Aonde paramos?- Voltei a fazer cosquinhas na Josy.

–Ro...Ro...Roberta!- Falou ela em meio as gargalhados. Parei as cosegas para que ela pudesse respirar.

–Vou passar o Natal em Hogwarts e você?- Disse ela ofegante.

–Acho que esse vai ser o primeiro natal que eu passo por aqui. Vai ser legal.- Falei sorrindo

P.O.V Diego Bustamante.

Me encaminhava para meu dormitório com Tomaz e Giovanni em meus calcanhares. Adentramos a sala comunal e eu me atirei no sofá.

–Nosso garotinho está crescendo- Afinou a voz Giovanni.

–Como crescem rápido- Juntou as mãos Tomaz.

–De que vocês estão falando?!- levantei os olhos para ambos que faziam uma ceninha tipo papai e mamãe. Os dois começaram a gargalhar e Tomaz sentou-se ao meu lado.

–Aceite a realidade, meu caro.- Tomaz colocou o braço sobre meu ombro.

–Por mais que você negue, sabemos muito bem.- Continuou Giovanni que permanecia de pé.

–Poderiam ser mais claros?- Falei confuso.

–Roberta!- Fizeram coro.

–Sabemos que você a ama, garanhão.- Implicou Tomaz.

–Não vale negar.- Completou Giovanni.

–Claro que não, gente! Pelas barbas de Merlin!- Disse me levantando.- Eu já disse que não, aceitem.- Fui para o meu quarto e mei deitei na cama pensativo.

Será que sim? Claro que não, que isso Diego, ela não passa de uma Sangue-Ruim. Eu tentava me convencer mas ela vinha a minha mente toda hora. Não a amo, não a amo, não a amo. Dormi pensando nessas palavras.

O Natal está próximo. Acho que vou ficar aqui em Hogwarts mesmo. Meu pai só sabe me amolar com esse papinho chato de Ministério. Nem ao menos pergunta se estou bem... Sofria com isso.

P.O.V Mia Colucci.

–Vick, Onde você vai passar o natal?- Perguntei enquanto ajeitava a franja e colava uma estrelinha azul na minha testa.

–Acho que na escola... somente meu irmão vai estar em casa. Você sabe como ele é.- Ela revirou os olhos.

–Ai amiga, não esquenta. Se você quiser, te convido para passar o natal comigo e meu Daddy, o que acha?- Convidei.

–Ai Mia seria o máximo!- Se empolgou ela.

–Okay então.- Deitei-me na cama e pensei naquele garoto.

Não, não Mia, esquece. Ele é da Celina. Celina. Somente dela Uma lágrima caiu. Sequei-a rapidamente antes que a Vick Visse e começasse a me perguntar coisas as quais eu não estava nem um pouco afim de responder.

Uma coruja bicou a janela. Levantei-me depressa para recolher a carta. Vi a coruja negra.

–Olá Billy!- Fiz carinho na coruja de meu pai e recolhi a carta.

Querida Mia

É com muito desprazer que informo-lhe que não passarei o Natal em casa. Preciso resolver alguns assuntos do Ministério. Se quiser, pode passar o natal na casa de suas amigas, caso contrário, deverá permanecer em Hogwarts.

Abraços

De Franco Colucci.

Comecei a chorar. Chorar muito. Não era o primeiro natal que passávamos separados.

–Mia! O que foi?!- Disse Vick preocupada.

–Não tem aquele convite de natal que eu te fiz, amiga?- Falei em meio aos soluços e ela assentiu.- Cancela.

–O que houve?- Perguntou ela séria.

–De... novo... meu... pai... vai... trabalhar... quando... era para... ficarmos... juntos- Disse chorando muito.

–Amiga, vai dormir, vai. Vai te fazer bem.- Deitei-me na cama, mas não consegui dormir. Esperei um tempo para Vick adormecer.

Levantei-me e vagarosamente desci. Queria ir para o Corujal. Ben, minha coruja das neves, era meu melhor amigo depois de Vick e Celina. Para ele eu contava tudo e quando estava triste, gostava de ficar perto dele.

Chegando no Corujal encontrei o menino que estava em meus sonhos. Ele mandava uma carta provavelmente. Até que ele me notou.

–Oi Mia.- Cumprimentou ele. Não podia ficar ali. Virei-me para sair correndo mas ele me impediu.

–Me solta seu Caipira sem graça!- Eu me sacudia para tentar fugir.

–Calma... Calma...- Ele passou a mão em meus cabelos e eu fiquei parada.- Por que está chorando?- Ao fazer essa pergunta eu desabei de vez. corri e abracei ele. Ele retribuiu o abraço.

–Eu odeio natais. Odeio!- Disse chorando.