No dia seguinte chegou uma carta, junto com a lista dos nossos materiais escolares ( Sim, eles nao haviam mandado ainda) dizendo que o Moreno foi nomeado capitão do time de Quadribol.

– Moreno! Parabéns! - Sorri e o abracei, lhe dando um beijo.

– Isso equipara você aos monitores! - exclamou Hermione alegre. - Agora vai poder usar nosso banheiro particular e todo o resto!

– Me sinto excluída, sou a única que não tem um título especial. - eu disse, risonha.

– Não é bem assim Alpha, você foi nomeada monitora! Junto comigo e Hermione! - disse Rony, balançando minha carta.

– QUE? - eu disse surpresa. - Mas são só dois monitores!

– Hermione virou Monitora-chefe! - disse Harry feliz.

– Que legal! - disse feliz. - abraço em grupo!

Nos abraçamos rindo, Harry prendeu o meu crachá na blusa, ficou até bem em mim, prendi o crachá de capitão nele também e nos beijamos. ( n/a: que momento fofo).

– Uau, eu me lembro de quando Carlinhos tinha um desses. - disse Rony apontando para o crachá no peito de Harry. - Harry, que legal, você vai ser meu capitão, e o de Alpha, isto é, se me deixar voltar, ha ha...

– Bem, acho que não podemos mais adiar a ida ao Beco agora que as listas chegaram, e parabéns Harry e Alpha, e claro, Hermione. - disse a Sra.Weasley em tom triste.

– Mamãe, a senhora acha sincera,ente que Você-Sabe-Quem vai estar escondido atrás de uma estante na Floreios e Borrões? - Rony falou rindo.

– O sorveteiro e Olivaras desapareceram não foi? - ela disse brava.

– Desapareceram? - disse assombrada.

– Sim, você estava dormindo quando Lupin trouxe as noticias, mas de qualquer forma. - se dirigiu a Rony. - se você acha que segurança é motivo para risadas pode ficar em casa, eu mesma compro seu material.

– Não, eu quero ir ver a loja de Fred e Jorge! - Rony disse apressado.

– Então guarde suas opniões para você mesmo! Antes que eu decida que é imaturo de mais para ir conosco. - Molly respondeu com raiva. - E isso se aplica a volta a Hogwarts também!

Rony se virou para mim e para Harry que estávamos abraçados, incrédulo.

– Caramba, não se pode mais nem brincar nessa casa.

– Gente! - Heloísa finalmente disse algo, até então ela estava quieta olhando sua lista. - EU SOU MONITORA!

Nós rimos e a abraçamos. Nos dias que se seguiram Rony tomava cuidado para não falar de Voldemort atoa. O sábado amanheceu sem gritos da Sra.Weasley, embora ela parecesse muito tensa no café da manhã. Gui, que ia ficar em casa com Fleur ( para a felicidade de Mione,Gina e Heloísa.), passou uma bolça cheia de dinheiro para Harry.

– E cadê o meu? - perguntou Rony, com olhos arregalados.

– Já está com Harry, seu idiota. - respondeu Gui, revirando os olhos. - saquei do cofre para você, Harry, porque está levando cinco horas para o público acessar os depósitos em ouro, as medidas de segurança estão muito rigorosas. Dois dias atrás, enfiaram, vocês sabem onde, um honestímetro no Arkie Philpott...bem,confiem em mim, assim foi mais fácil.

– Imagino. - estremeci.

– Obrigado,Gui. - disse Harry, colocando o dinheiro no bolço.

– ele é sempre tam atenciose. - ronronou Fleur com um ar de melosidade, acariciando o nariz de Gui. Eu e Gina nos olhamos segurando o riso, eu podia gostar de Fleur, mas ela era muito melosa.

No dia que fomos ao Beco, estava nublado e escuro. Um dos carros especiais do Ministério da Magia, estava nos aguardando em frente a casa, quando saímos ainda vestindo as capas, a minha Harry me deu de aniversário, que é um pouco antes do dele, era uma capa azul-celeste esvoasante, com um A bordado na frente.

– Que bom que papai pode requisitar carros outra vez. - Rony comentou feliz, espreguiçando-se enquanto o carro saia suavemente d'A Toca. Gui e Fleur acenavam da janela da cozinha, eu dei um aceno leve pela janela e me acomodei entre Harry e Heloísa. Eu, Harry,Rony,Heloísa,Hermione e Gina estávamos no banco traseiro enfeitiçado do carro.

– É melhor não se acostumarem, é só por causa do Harry. - avisou o Sr.Weasley, ele e a mãe, como eu as vezes chamava Molly, iam no banco dianteiro do motorista do Ministério. - Ele é considerado de máxima segurança, e vamos receber reforços no Caldeirão Furado.

Não me agradava muito fazer compras cercada de um batalhão de aurores, mas era pelo bem de Harry, embora ele também não aparente gostar muito disso.

– Chegamos. - anunciou o motorista, após um tempo surpreendentemente rápido, falando pela primeira vez na viajem, parando á porta do Caldeirão Furado. - Tenho ordens de esperar pelos senhores, têm ideia do quanto tempo vão demorar?

– Umas duas horas, espero. - respondeu papai, como eu ás vezes também chamava Sr.Weasley. Ah que bom, ele está aqui!

Olhei pela janela como os outros fizeram, e graças a Merlin, não havia aurores na porta do bar, no lugar deles, havia apenas Hagrid, sorrindo para nós.

– Harry! - trovejou Hagrid, no momento em que eu e Harry saímos do carro, com os outros saindo logo atrás. - Bicuço, quero dizer, Asafugaz, você deveria ver Harry, está tão feliz a voltar ao ar livre.

Sorri, Hermione havia me contado de Bicuço, na verdade, ela me contou de todas as aventuras deles.

– Que bom que está feliz. - respondeu Harry, rindo e massageando as costelas depois do abraço do meio-gigante, que no momento está me esmagando em um abraço também. - Não sabíamos que "reforços" queria dizer você!

– Eu sei, como nos velhos tempos, né! Sabe, o Ministério queria mandar um bando de aurores, mas Dumbledore disse que bastava eu. - explicou Hagrid orgulhoso estufando o peito, ele realmente tem o direito de ter todo esse orgulho, ele é mil vezes melhor do que um bando de aurores escolhidos pelo ministério. - Então, vamos andando...vocês primeio, Molly, Arthur...

Pela primeira vez na minha vida, o Caldeirão Furado estava completamente e inteiramente vazio. Quando entramos, Tom, ergueu a cabeça esperançoso, mas antes que pudesse falar algo, Hagrid anunciou:

– Só estamos de passagem Tom, você compreende. Assuntos de Hogwarts, sabe como é.

O probrezinho assentiu tristonho e continuou a enxugar os copos, me deu pena, eu quase falei para pararmos e tomarmos algo rapidinho. Eu, Harry, Heloísa,Hermione e os Weasley atravessamos o bar e saímos para o pequeno beco frio nos fundos, onde ficavam as latas de lixo. Hagrid ergueu um guarda-chuva cor de rosa e deu uma pancadinha em um certo tijolo no muro, que no mesmo instante se abriu em um arco, revelando o Beco Diagonal. Nos atravessamos olhando para todos os lados. O Beco estava diferente.Os arranjos coloridos e brilhants nas vitrines exibindo livros de feitiços, ingredientes e caldeirões para poções estavam ocultos por grandes cartazes do Ministério da Magia. A maioria, sombria e roxa, era uma versão ampliada dos panfletos sobre segurança que vinham sempre com o jornal. Em algumas outras vitrines haviam fotos animadas em preto e branco dos Comensais da Morte que se sabiam estar foragidos. Em um, a irmã da minha mãe sorria desdenhosamente. Algumas vitrines estavam fechadas com tábuas, inclusive a da sorveteria que eu ia com Draco todas as vezes que vínhamos aqui. No lugar, tinham surgido várias barracas de aspecto miserável ao longo da rua. A mais próxima, instalada à porta da Floreios e Borrões sob um toldo de listras manchado, exibia um letreiro de papelão:

Amuletos: Contra Lobisomens, Dementadores e Inferi.

Um bruxo miúdo e mal-encarado sacudia braçadas de correntes com símbolos prateados para os transeuentes.

– Uma para a garotinha, madame? - ofereceu a sra.Weasley quando passamos, sorrindo medonhamente para mim. - Para proteger esse lindo pescocinho?

Harry se aproximou de mim e me abraçou pela cintura, protetoramente, eu quase ri, mas apenas um pequeno sorriso brotou em meus lábios.

– Se eu estivesse de serviço...- disse o sr.Weasley, que foi promovido, olhando com raiva para o vendedor de amuletos.
– Sei, mas não vai sair prendendo ninguém agora, querido, estamos com pressa. - resmungou a sra.Weasley, nervosa, consultando uma lista. - Acho que é melhor irmos à Madame Malkin primeiro, Hermione quer vestes de festa novas, Alpha precisa de novas capas e os uniformes de Rony não estão mais nem cobrindo os tornozelos dele, e você também deve estar precisando de novos, Harry, cresceu tanto, assim como Heloísa...vamos,todos...

– Molly, não faz sentido irmos todos à Madame Malkin - explicou o sr.Weasley. - Por que os cinco não vão com Hagrid, e nós vamos comprar todos os livros escolares na Floreios e Borrões?

– Não sei - respondeu a Sra.Weasley ansiosa, visivelmente dividida entre o desejo de terminar as compras rápido e o de manter o grupo junto. - Hagrid, você acha...?

– Não se preocupe, eles vão ficar bem comigo, Molly - disse Hagrid, tranquilizando-a e fazendo um aceno vago com a mão enorme. A sra.Weasley não pareceu inteira,ente convencida, mas permitiu a separação, apressando-se em direção à Floreios e Borrões, com o marido e Gina, enquanto o resto de nós seguiam Hagrid para a Madame Malkin, Harry ainda me mantinha no abraço, em um gesto protetor.

– Acho que vai ficar meio apertado lá dentro com todos nós. - falou Hagrid, parando à porta da Madame Malkin espiando a vitrine. - Vou ficar de guarda aqui fora, tá?

– Vou ficar também, odeio comprar roupas, eu não preciso de novos uniformes. - disse Heloísa, parando ao lado de Hagrid.

Então eu,Harry,Rony e Hermione entramos juntos na lojinha. No primeiro momento parecia vazia, mas, assim que a porta se fechou atras de nós, ouvimos uma voz conhecida que vinha de trás de uma arara de vestes formais verdes e azuis com brilhos.

–...não sou criança, caso a senhora não tenha reparado,mãe. Sou perfeitamente capaz de fazer minhas compras sozinho.

De primeira reconheci quem era, Draco, gelei na hora, uma voz, que reconheci ser de Madame Malkin, o respondeu.

– Bem,querido, sua mãe tem razão, ninguém deve ficar andando por aí sozinho, não é uma questão de ser ou não criança...

– Vê se olha onde está enfiando esse alfinete!

Draco saiu de trás da arara usando um conjunto de vestes verde-escuras, em que cintilavam alfinetes na barra da saia e das mangas. Ele caminhou até o espelho e estudou como ficaria, demorou um pouco para nos ver refletidos por cima de seu ombro, seus olhos se estreitaram.

– Se você queria saber a razão do mau cheiro, mãe, uma Sangue Ruim acabou de entrar. - disse Draco.

– Não a chame assim! - exclamei empunhando minha varinha, assim como Harry e Rony.

– Não há necessidade de falar assim! - disse Madame Malkin, saindo ligeira de trás da arara, segurando uma fita métrica e uma varinha. - E também não quero ninguém empunhando varinhas na minha loja!

Hermione que estava um pouco atrás de nós,sussurou:
– Não façam nada, sinceramente, não vale a pena...

– E como se vocês pudessem usar magia fora da escola. - meu irmão debochou. - Quem lhe deu o olho roxo, Granger? Quero mandar flores para eles. - ele se referiu a brincadeira de Fred e Jorge.

– Agora basta! - disse Madame Malkin energicamente, olhando por cima do ombro em busca de apoio. - Madame, por favor.

Minha mãe saiu de trás da arara de roupas, eu paralisei, acho que teria caido no chão, se Harry não tivesse me abraçado pela cintura como havia feito a um tempo atrás com a mão livre.

– Guardem isso. - ela disse friamente para nós, me olhou e pareceu ficar mais pálida do que já é, porem continuou seu dircuso. - Se vocês atacarem o meu filho outra vez, vou garantir que seja a última coisa que farão na vida, o mesmo vale para você Alpha, nunca, ataque seu irmão.

Estremeci e Harry me apertou ainda mais.

– Apontar varinhas agora é atacar? - debochei. - onde está escrito isso? Me mostre!

– Vai mandar uns coleguinhas Comensais nos matar, vai? - debochou Harry, me apertando ainda mais, eu vou virar pó!

Madame Malikin soltou um guincho e levou as mãos ao coração.

– Francamente, você não devia fazer acusações...dizer uma coisa perigosa dessas...Guarde, as varinhas, por favor!

Mas nenhum de nós abaixou a varinha. Minha mãe deu um sorriso antipático.

– Estou vendo que o fato de ser o favorito de Dumbledore lhe deu uma falsa sensação se segurança, Harry. Mas Dumbledore não estará sempre aqui para protege-lo.

– Pois é né, mas ele sempre terá aos amigos para protege-lo. - debochei.

– Amigos fracos.

Harry correu os olhos por toda a loja com um ar zombeteiro.

– Uau...que diria... Dumbledore não está aqui agora! E meus amigos são fracos! Então, por que não experimenta? Talvez lhe arranjem uma cela de casal em Azkaban para fazer companhia ao perdedor do seu marido.

Draco fez um movimento agressivo em direção a Harrry, mas tropeçou nas vestes muito longas, eu e Rony gargalhamos alto.

– Não se atreva a falar com a minha mãe assim, Potter! - Draco vociferou.

– Tudo bem, Draco. - Narcisa disse segurando o ombro do meu irmão. - Prevejo que Potter irá se reunir ao querido Sirius antes de eu me reunir ao Lúcio.

Eu ergui a varinha mais alto, percebi que Harry também fez isso.

– Harry, Alpha, não! - gemeu Hermione, agarrando nossos braços e tentando abaixa-los. - Pensa...você não deve...vai se meter em uma encrenca.

Madame Malkin agitou-se um momento sem sair do lugar, então pareceu resolver agir como se nada estivesse acontecendo. Curvou-se para Draco, que ainda encarava Harry, e consequentemente eu, com ferocidade.

– Acho que essa manga esquerda devia ser um pouquinho mais curta, querido, me deixe...

– Ai! - berrou Draco, dando um tapa na mão da mulher. - Olhe onde enfia os alfinetes,mulher! Mãe...acho que não quero mais essas vestes...

E puxando as vestes pela cabeça, atirou-as no chão aos pés da pobre Madame Malkin.

– Você tem razão, Draco - disse Narcisa, lançando um olhar de desprezo a Mione - agora sei que tipo de ralé compra aqui...será melhor comprarmos na Talhejusto e Janota.

Ela e Draco começaram a andar para sair, mas antes, ela parou em minha frente e me puxou pelo o braço, me abraçando, eu não me movi.

– Sinto sua falta Alphinha.

– Desculpe, mas sente falta de que? Nunca fui sua filha, mãe protege, como a sra.Weasley. - disse e me soltei do seu abraço, ela me encarou incrédula, e parecia triste, lançou um olhar de raiva a Harry e ela e Draco saíram, nervosos.

– Francamente! - exclamou Madame Malkin, apanhando as roupas e passando a ponta da varinha por cima para remover o pó, como se fosse um aspirador.