Problem Temptation escrita por Boow, Brus


Capítulo 16
The Art Of Inproviso




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473440/chapter/16

É demais pra mim. Eu não posso simplesmente olhar nos olhos de Gabriel e sorrir por toda uma semana sustentando uma mentira que Megan inventou, de forma que ele não surtasse no processo.

Depois da briga com Ashley - e de vê-lo saindo do chalé sem dizer aonde é que se enfiaria - precisei recorrer a todos os meus amigos para conseguir uma ajuda. A parte boa é que de fato eles se empenharam em me ajudar a manter segredo sobre Ashley, criando uma mentira espetacular. A parte ruim é que para que eles criassem essa mentira, eu tive que inventar a minha própria história sobre o porquê Danny flagrou a mim e Ashley Evans aos gritos na cozinha.

E com “criar uma história” eu quero dizer literalmente criar algo, de preferência que não envolvesse Ashley desfalecendo no banheiro, doente e com crises de abstinência e também nada que envolvesse eu e ele deitados sobre os mesmos metros acolchoados.

Por fim eu os convenci de que Ashley e eu brigamos porque ele trouxe uns caras para o chalé e um deles acabou por quase me agarrar no corredor. Isso fez uma veia na testa de Oliver saltar, mas eu disse que o próprio Evans deu uma lição no suposto amigo, mas que eu ainda estava irritada porque não gostava da ideia de estranhos transitando por ali o dia todo e foi por isso que Ashley saiu com aqueles dizeres de “prometo não colocar mais você nos meus problemas”, ou algo assim. Parece que por mais que eu fosse uma péssima mentirosa, dessa vez eu havia sido convincente o suficiente.

E agora estamos todos no aeroporto. Há alguns minutos da próxima grande mentira do dia. Megan havia repassado comigo todos os detalhes. Eu direi a Gabriel que estou hospedada no chalé do sobrinho de Rose Fell, porque o mesmo está passando uma temporada com a família e não se importaria de me deixar com o quarto que sobra no local contanto que eu mantivesse tudo organizado na sua ausência. Tudo bem, podia não ser uma mentira tão grande, mas se por cargas d'água Ashley resolver voltar antes de sábado para o chalé (apesar de ter prometido voltar apenas em sete dias) toda a minha mentira iria por água abaixo.

— Se você continuar roendo as unhas desse jeito vai acabar comendo os próprios dedos, irmãzinha. - Oliver diz debochado sentado em frente ao portão de desembarque ao meu lado. Primeiro olho para os meus dedos que agora já não contavam mais com unhas perfeitamente lixadas, depois olho para o meu irmão que sorri como uma criança travessa. Reviro os meus olhos.

— E se tiver creme de barbear espalhado no banheiro? - Pergunto olhando nervosa para o meu irmão e Megan que está sentado do meu outro lado bufa. Ela já estava cansada do meu pequeno desespero pré mentira.

— Não tem, Erin. Esqueceu que desperdiçamos um dia inteiro de praia para eliminar qualquer rastro de existência do Ashley nas últimas semanas do seu chalé? Além disso, Ash não é o único cara que anda com você, Oliver, Daniel e Noah, apesar de mentalmente crianças, são adultos o suficiente para já usarem creme de barbear. - Ela me olha com seus grandes olhos azuis como se tentasse me passar calma, sorri de canto e continua. - Você só precisa manter a calma e além disso você e o Ash não fizeram nada de errado e...

Mas então eu não estou mais prestando atenção no que minha melhor amiga dizia porque no mesmo instante em que ela falava a voz da informante do não muito grande aeroporto soou pelas caixas de som estrategicamente posicionadas, anunciando que o voo das sete horas de Nova York para Palm Springs havia acabado de chegar.

Danny e Oliver se levantam do banco no mesmo instante que ouvem a informação e pegam plaquinhas que fizeram com folhas brancas da recepção e uma caneta rosa com frases de boas vindas nada masculinas.

A de Oliver escrita com letras grandes e redondas começa dessa forma: “Gabriel Austine” e embaixo em letras menores dentro de parenteses vem a frase “o segundo cara mais sexy do mundo”. Já a de Danny consegue ser ainda mais constrangedora, cheia de corações e um desenho indecifrável que parece muito com uma bola riscada ao meio, mas que o loiro alega ser um beijo, a plaquinha dele diz: “Gabi, o amante mais quente” e embaixo bem pequeno vem um pedido de desculpas dedicado a mim.

É compreensível porque Megan os chama de crianças.

Vendo as pessoas saírem pelas portas automáticas, tenho que me forçar a cruzar os braços antes que eu de fato começasse a roer os dedos ao invés das unhas, que a essa altura quase não existem mais).

Então quando pensei em ir até lá e me certificar de que Gabriel estava em meio as pessoas que chegaram nesse voo, eu o vi. Cruzando a porta de vidro, com seus olhos curiosos e os fones de ouvido da companhia aérea plugados ao seu MP3, enquanto na mão direita trás uma pequena mala de rodinhas.

Eu fico estática. Doze meses e alguns dias sem vê-lo e só agora sou capaz de sentir o quanto Gabriel me fazia falta. Não que eu não soubesse o tamanho da minha saudade pelo meu namorado, mas agora que só alguns poucos metros nos separam, a necessidade de olhar, tocar e principalmente conversar olhando nos olhos dele é quase palpável.

Aos poucos que ele se aproxima eu estudo cada detalhe. É como se fosse a primeira vez que nos víamos. Sempre com aqueles centímetros a mais que eu, que me fazem ficar na ponta dos pés para beijá-lo. Seu cabelo castanho escuro está mais curto do que quando o vi a doze meses atrás, como se ele tivesse cortado especificamente para a ocasião. Mesmo com a camisa branca, fina e de mangas compridas, que estão arregaçadas até os cotovelos, posso facilmente ver o torneado dos seus ombros largos e a musculatura dos braços. Não que ele fosse muito forte, mas mantinha o porte de um nadador. A última coisa que noto é que ele não está mais tão bronzeado quanto era em Miami, eu adorava seu bronzeado, entre várias outras coisas.

Ele sorri abertamente em minha direção, aquele sorriso largo e sincero, que fazia vincos crescerem no canto dos seus olhos, como no rosto de uma criança que recebe um doce.

Megan foi quem - com um empurrão para frente - me tirou do transe, como se me incentivasse em ir na direção dele. E eu, claro, como uma criança saltitante encurtei os metros entre nós.

Quando Gabriel larga a mala e abre os braços para me receber me sinto naquelas cenas de filmes clichês onde o casal se encontra no meio do parque em um dia de chuva e se beijam. A diferença é que aquilo não era um parque e não estava chovendo. E eu detestava clichês.

— Gatinha. – Escuto Gabriel sussurrar em meu ouvido enquanto me abraça forte o suficiente para me tirar do chão durante os curtos instantes que ele se manteve lá, antes de me largar e olhar nos meus olhos.

Tento sussurrar um “oi”, mas não sei se ele sai ou se permanece apenas na minha mente, pois meus lábios foram rapidamente unidos aos de Gabriel. O beijo de Gabriel era bom, sempre era. Passava aquela sensação de segurança e eu me sentia confortável em seus braços. Como se tivesse voltado a uma zona calma, que eu conheço e na qual poderia permanecer por horas e horas. Posso sentir durante o beijo que Gabriel havia sentido tanto minha falta quanto eu havia sentido a sua.

— Palm Springs fez bem a você, gatinha. – Ele disse pegando uma das minhas mãos e levantando para que eu desse uma “voltinha” enquanto ele me observava com um sorriso faceiro no rosto. – Aposto que tem caras aqui querendo competir comigo. - E, mesmo com o sorriso, uma leve careta se forma no rosto de Gabriel. Eu acabo dando uma gargalhada e revirando os olhos.

— Você nem imagina quantos. - Respondo irônica com um sorriso variando entre felicidade de ter meu namorado ali e poder provocá-lo como no colegial e deboche por ver o ciúme dele. Gabriel me olha ainda sorrindo, mas com os olhos levemente serrados, como se tivesse entendido a provocação. Logo depois seus olhos se focam em algo além de mim e ele gargalha, daquele jeito que apenas Gabriel Austine sabe fazer. Gargalhando suavemente e deixando sua cabeça cair levemente para trás.

Olho na mesma direção que ele. As placas de Danny e Oliver são o motivo para a gargalhada.

Depois de Gabriel cumprimentar os garotos e fazer piadas sobre a Megan, se aproveitando da relação bem estreita que eles mantinham, meu namorado pegou a mala de rodinhas e nós seis seguimos para o estacionamento. Gabriel, eu e os garotos fomos em um carro, enquanto Megan ia com Noah no outro.

O caminho foi tranquilo. Meu irmão e Daniel agiam como se tivessem reencontrado um brinquedo antigo. Não calavam a boca. Queriam saber de tudo, quase faziam meu papel de namorada melhor que eu.

Mas eu não estava brava e nem um pouco incomodada com a situação. Na verdade eu estava nervosa, dali a pouco Gabriel entraria no chalé de Ashley e tudo o que eu conseguia pensar era na desculpa esfarrapada que eu daria a ele sobre todos os pertences masculinos presentes no recinto. Então talvez fosse melhor a atenção do meu namorado não estar voltada para mim naquele momento em que eu passava por uma crise interna.

— … Erin com certeza vai amar quando conhecer. – Estamos entrando no estacionamento da pousada quando escuto Gabriel dizer meu nome e volto minha atenção para ele com um pequeno frio na boca do estômago por termos chegado. Ele franze o cenho para mim como se tivesse notado que eu estava longe enquanto ele falava e posso ver que pelo retrovisor meu irmão me encara também, como se tentasse indicar que eu deveria dizer algo.

Abro um sorriso largo.

— Tenho certeza que vou adorar. - Falo confiante sem nem saber do que se trata, sabia que ele me conhecia o suficiente para saber do que eu gostaria ou deixaria de gostar. Gabriel sorri parecendo satisfeito com a minha resposta.

Pouco depois saímos do carro. Megan e Noah já nos esperam para entrar na pousada. Gabriel passa o braço pela minha cintura e os garotos caminham ao lado dele presos em uma conversa fiada. Megan vem para o meu lado e pergunta se eu estou bem. Sorrio contente para mostrar que sim e ela retribui o mesmo sorriso.

Por mais que ela não gostasse de Gabriel, gostava de como eu costumava ficar quando estava com ele. Bom, pelo menos na maioria das vezes.

Passamos em todos os chalés. Primeiro no de Noah e Megan onde Megan se encarregou de mostrar algumas coisas ao Gabriel enquanto ordenava que os outros rapazes fossem ajudar o seu noivo a fazer um jantar para nós seis. Foi então que Danny sugeriu pegar a chave do celeiro com a tia Rose e todos nós fossemos comer lá, já que era grande e tinha comida, ao contrário do chalé de Megan que tinha comida, mas era pequeno... ou do meu, que era grande, mas isento de qualquer tipo de comida que não fosse macarrão instantâneo, maçãs e bolacha. Mas contrariando os planos do irmão, Megan alegou que seria impossível, porque aquela hora tia Rose já teria ido para a sua casa fora da pousada e só voltaria amanhã. E sem nem pensar por muito tempo eu resolvi me manifestar e dizer a primeira grande besteira.

— Ashley tem uma cópia da chave do celeiro no nosso chalé. Ele guarda as ferramentas dele lá. - Falo com um sorriso que aos poucos vai diminuindo quando percebo que usei os termos “Ashley” e “nosso” na mesma frase.

Gabriel parece notar também, porque ele me olha com um sorriso de canto um pouco tenso e ainda ao lado de Megan, perto de um dos quadros que Megan adorava mostrar aos outros, ele pergunta:

— Quem é Ashley? - Apesar daquele sorriso de canto dizer totalmente o contrário, a voz de Gabriel não demonstra tensão nem qualquer outro tipo de sentimento além de curiosidade. Lembro do que Megan havia me dito sobre eu não poder ficar tensa nem nervosa na hora de explicar a Gabriel minha atual situação. Tento seguir os passos, mas é tarde de mais. E como se minha melhor amiga capitasse o sinal do meu desespero, é Megan quem fala com a maior naturalidade do mundo sobre a existência do seu primo.

— Ash é meu primo. Sobrinho do ex-marido da minha tia, na verdade. Ele trabalha na pousada, mas foi passar a temporada de verão com a família fora da cidade. Tia Rose emprestou o chalé dele para a Erin enquanto ele está fora, é um dos chalés mais confortáveis. – Então ela dá de ombros e meu queixo quase vai parar no chão com tamanha naturalidade que as palavras saem da minha melhor amiga, no entanto disfarço minha surpresa com um sorriso.

Gabriel também dá de ombros como se não se importasse com aquilo, mas continua a sorrir de canto, o que comprava que ele não está completamente satisfeito com a novidade.

Pouco depois disso os meninos levaram Gabriel para conhecer a bagunça do chalé deles e combinamos em nos encontrar em uma hora na frente no celeiro. Era apenas o tempo para todo mundo tomar um banho e para Gabriel ter dois minutos de descanso da viagem sentado em frente a televisão.

De mãos dadas eu e Gabriel caminhamos pelos vários chalés até chegar na parte mais “rica” da pousada. Ele me olhou bastante curioso quando parei na frente de uma das portas com entalhes de golfinho, tirei a chave e a abri fazendo sinal para que ele entrasse.

— Não é à toa que você tem trabalhado o dia todo e todos os dias. Cobrir as despesas disso aqui não deve ser fácil. - Ele comenta admirando o local que era maior que os outros chalés no qual ele tinha estado. Eu sorrio dando de ombros.

Meu trabalho era de fato mais pesado que o dos outros, mas na verdade quem o fazia era Ashley. Eu sou apenas a assistente que varre a sujeira que ele faz e entrega as ferramentas que ele precisa. Ou pelo menos eu era.

Mostro para Gabriel os cômodos, que nem são tantos. Indico a porta do quarto de Ashley, que eu havia trancado e deixado a chave no armário da cozinha. E meu quarto é o último. Gabriel faz um comentário sobre termos um problema relacionado à cama ser estreita e completa dizendo como ele faria o “sacrifício” de se juntar a mim naquele pequeno espaço sem reclamar.

Depois disso eu indico que ele pode deixar as suas roupas no meu roupeiro e quando ele abre logo vem a questão “onde estão suas roupas?”. Eu acabo dando de ombros e indicando as malas no canto do quarto. Digo que acabei não tendo tempo para desfazê-las e ele balança a cabeça negativamente rindo e dizendo que não se lembrava de ter uma namorada preguiçosa. Não tento me defender, era mais fácil deixá-lo acreditar nisso do que ter que explicar que na verdade eu tive que refazer minhas malas após descobrir que o colega no quarto em frente era um drogado relativamente perigoso. Ou quase isso.

Deixo que Gabriel vá tomar um banho primeiro e me ofereço para arrumar as suas roupas no roupeiro. Ele aceita. Não são muitas coisas... apesar de ser vaidoso Gabriel, é bastante prático. As roupas que ele trouxe são o número exato de roupas para se passar a semana e uma ou duas de emergência, mas eu tenho certeza que todas elas são caras o suficiente para que, se eu fosse comprar apenas uma de suas camisetas - nas minhas atuais condições - teria que parcelar em doze vezes no cartão de crédito.

Quado Gabriel sai do chuveiro - e volta para o quarto apenas com uma toalha enrolada na sua cintura - já terminei de arrumar suas coisas e estou sentada na cama. Fico admirando quando ele entra no quarto com boa parte do seu corpo à mostra. Ele parece perceber isso, porque se aproxima mais, sorrindo de forma pouco inocente.

— Erin, bate uma foto. Dura mais. – Ele ri convencido se sentando do meu lado na cama. Aquele comentário acaba fazendo meu rosto corar. Por mais que Gabriel fosse meu namorado e tivéssemos intimidade um com o outro, Gabriel tinha esse tipo de poder sobre mim, me deixar constrangida com seus comentários. E ao ver a minha reação, ele acaba alargando ainda mais o seu sorriso.

A mão de Gabriel puxa meu rosto de encontro ao seu, rumo a um beijo lento. Não como o do aeroporto. Esse era mais quente, mais ritmado. Ele não estava tentando matar a saudade apenas com um único beijo, ele parecia querer provocar ainda mais a sensação de falta. Uma de suas mãos segurando de leve a minha cintura e a outra escorregando por uma mecha do meu cabelo. Sorrio quando percebo que ele está tentando me tirar do meu lugar e trazê-lo para o seu colo. Afasto-me lentamente.

— Temos um jantar pra ir. - Sussurro e ele revira os olhos se afastando. Gabriel odiava, acima de tudo, ser contrariado. Era uma personalidade adquirida pelos mimos que recebeu de sua mãe na infância. O senhor Austine até tentou “corrigir” isso, mas o filho já era grande e era tarde demais.

O caminho até o celeiro foi complicado. Sem iluminação e com o terreno desnivelado em meio as árvores que Gabriel mal podia enxergar, tive que ouvi-lo murmurar xingamento até chegarmos na entrada do local onde os outros já nos esperavam com três caixas de pizza grande nas mãos. Aparentemente Noah havia desistido de bancar o mestre cuca para o jantar.

Quando entramos e eu tive que andar cuidadosamente em meio aos cavalos, inclusive aquele que quebrou a baia no dia do apagão com Evans, Gabriel fez piadas sobre os cavalos saírem de onde estavam e virem atrás de mim. Claro que, logo depois, antes que eu pudesse xingá-lo, ele veio ao meu lado e passou o braço pela minha cintura, atravessando o celeiro comigo até a escada na parede.

Não demorou muito para todos se jogarem em algum canto do segundo andar do celeiro, fosse na cama, na mesa ou no sofá e engatarem uma conversa. Noah foi o primeiro a dormir jogado no chão com a cabeça em uma almofada de retalhos, abraçado em Megan, que também estava deitada conversando com meu irmão que estava sentado sobre o sofá.

Daniel e Gabriel jogavam conversa fora encostados em uma janela, enquanto eu, com as costas encostada na cabeceira da cama de casal do recinto, olhava para o visor do celular como se a qualquer momento ele fosse tocar.

Podia ser algo inadmissível, mas eu estava assumindo para mim mesma que a ideia de não saber onde e como Ashley passaria a noite estava começando a me deixar preocupada. Eu estava indignada com ele. Com tanta raiva a ponto de ainda querer gritar em seus ouvidos até ele não poder mais ouvir e sabia que nada em questão da vida daquele cara tinha a ver comigo, mas isso não mudava os fatos: Ashley Evans era um cara com problemas. Era humano e tinha deixado suas dores explícitas para mim, tinha me pedido por ajuda - mesmo tendo-a dispensado mais tarde - e agora estava em algum lugar por aí sabe-se Deus fazendo o quê.

Talvez fosse preocupação à toa, Ashley era adulto e havia vivido longos vinte e quatro anos da sua vida sem ter uma parceira de chalé incherida, ele provavelmente não havia desaprendido a viver no seu mundinho perturbado após esse um mês. Mas eu ainda me sentia responsável por ele, ou então pelo motivo dele ter ido embora... e qualquer coisa que lhe acontecesse nesse meio tempo ia cair sobre minhas costas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!