A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 33
Novo membro da família


Notas iniciais do capítulo

MEU DEUS QUE SAUDADES! Há quanto tempo que eu não postava? Eu ate mandei um aviso no "capítulo passado" como eu disse, mas eu vou dizer e confessar que foi uma decepção pra mim. Tantas visualizações e NADA, eu nao recebi NADA por estar voltando com a minha primeira historia de Jogos Vorazes. Nem um comentario.
Eu me desculpei pela parada, pela quantidade de coisas que aconteceram eu me desculpei com vcs por ter parado o meu compromisso com todos vocês, mas como ainda tenho leitores, eu mereço algum comentário nao é mesmo?
E foi por isso mesmo que eu demorei MUITO depois desse aviso para postar novamente. Eu nao gostaria de continuar assim, eu ja disse que vou terminar a história, mas eu gostaria de fazer isso em conjunto, juntos, e nao foi isso que eu recebi. Espero que me compreendam e fiquem comigo nessa jornada.
Chega de papo de obrigada por estarem acompanhando depois de tanto tempo!
BOA LEITURA:)



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O som do chuveiro desligando foi o que me fez voltar ao mundo real. Eu apenas não podia crer no que eu tinha acabado de ouvir.

Glimmer? Meu passado voltou. Ou pior, ele nunca foi embora.

Era difícil ter que ouvir as vozes na minha mente se repetindo diversas vezes, o passado voltando, todas as suspeitas de Emy desde a primeira vez que a vi, tudo! Mas isso não era possível! Minha filha desaparecida, quer dizer, roubada por uma pessoa que dizia ser nossa amiga.

Deixei Caroline no banheiro com Emy quando elas estavam prestes a sair de lá e corri escada abaixo, ainda me apoiando nos móveis e paredes para a tontura não me levar ao chão.

Eu precisava chegar até Peeta.

— PEETA! – gritei o máximo que pude do alto da escada. Não tenho duvidas que as duas ouviram do quarto, mas pouco me importei. – PEETA!

— Katniss, o que houve? – avistei Peeta no centro da sala me lançando um olhar preocupado, pelo jeito tanto pelo grito quanto pela minha dificuldade em chegar até ele. – Você está me assustando!

— Peeta, você não sabe o que aconteceu!

Com uma dificuldade enorme eu consegui descer completamente a escada, me apoiando em cada milímetro dela. Eu não sabia como estava minha fisionomia no momento, mas eu suspeitava em estar com um aspecto cansada e talvez pálida, pela tontura.

— Katniss, o que houve com você? – ele foi chegando mais perto, para me ajudar a apoiar.

— Peeta, a Glimmer, ela... Eu ouvi... – eu estava me segurando fortemente para não desmaiar com a tontura cada vez maior. – no celular.

— Você o que? KATNISS!

E mais uma vez eu estava vendo a luz preta a minha frente, aqueles pontinhos que ficam cada vez maiores, parece que eles realmente gostam de aparecer na minha vida. E dessa vez não foi diferente. Eu apenas senti braços fortes me carregarem antes de apagar completamente. E novamente, na imensa escuridão.

§§

— Você só pode estar brincando!

Uma voz fina, melodiosa e jovem, bem familiar, me fez despertar calmamente da escuridão que eu me lembrava bem que estava. A pouca luz que saia da grande janela do quarto branco e frio ainda tinha capacidade de me incomodar, por isso abri os olhos devagar percebendo uma grande movimentação no ambiente.

Alí estava toda minha família junto a família de Peeta. E não pude deixar de notar do lado da cama, meu noivo.

Prim. Era de Prim a voz.

Todos estavam aglomerados no pequeno quarto, sussurrando provavelmente para nenhum médico entrar e ver o tanto de visitantes já que nem de longe eles deixariam tanta gente entrar.

Eu só não sabia o motivo de tanta euforia.

— Filha! – a voz de minha mãe se fez presente, foi quando todos olharam para mim com sorrisos largos no rosto. Incluindo Peeta.

— Está tudo bem? – perguntei me sentando na cama olhando meus pais, minha irmã, meus sogros e meu noivo.

— Kat, você desmaiou ontem. – Peeta contou alegremente. E só não entendia o motivo dos sorrisos. Estava claro que ontem ouvi Glimmer no telefone, não me esqueci disso, eu só não falaria isso na frente dos meus pais.

— E por que estão todos sorrindo? – e não foi que eles sorriram mais ainda?!— Está tudo bem?

— Meu amor. – Peeta pegou minha mão e colocou entre as dele, respirando fundo. – Você está grávida.

— O que? – minha reação foi um pouco diferente dos meus parentes. Mas eu não podia contar sobre minha vida, concluo que apenas Peeta deve ter entendido, mesmo com sua felicidade ultrapassando o medo.

Peeta não parecia se importar com nada do mundo a fora. Agora eu sei, sei que Glimmer ainda está na minha cola, mesmo depois de anos. Ela está com Emy, minha primeira filha e agora um próximo filho a caminho, ela teria a coragem de fazer tudo de novo? De uma coisa eu tenho certeza, Glimmer e Caroline vão trazer minha filha para meus braços mais cedo ou mais tarde. Agora não tenho dúvidas que encontrei minha Emily, quero ela conosco onde não deveria ter saído. E sobre nosso novo filho? Vou fazer o mesmo que Peeta. Não quero me importar com elas, depois de anos, quero ser feliz como devo. O dia da cadeia das duas estão cada vez mais próximos pensando bem, e um novo filho dentro de mim, isso que me dá motivo para sorrir alegremente e finalmente exibir o sorriso junto as lágrimas que meus parentes estão mostrando.

— Não acredito. – falei mais para mim mesma, porém todos no quarto puderam ouvir. – Isso é...

— Incrível!! – completou Peeta.

Como pude ser estúpida ao pensar em alguma tragédia para esse esperado filho meu. Peeta sempre amou crianças e com certeza estava louco para ter outro, conosco, bagunçando a casa. Eu que sou egoísta, a ponto de pensar apenas em Glimmer e Caroline. Quero ter o que jamais tive.

— Vamos para casa, querida? – minha mãe veio até a ponta da cama me ajudar a me levantar. – O medico nos disse que você pode ainda ter outras tonturas, mas não se esqueça dos dias 22, okay?

Como me esquecer, mãe! O dia das visitas de todos, praticamente, uma festa por mês quando vem nos visitar.

— Não esquecerei. – sorri para ela recebendo um outro sorriso em troca.

A minha família e a de Peeta nos ajudaram chegar em casa bem e nos acomodaram. Como disse Peeta, nos mimaram até demais, deixando comida pronta para semana e roupas lavadas e guardadas. Sem contar que não permitiram o Peeta trabalhar na padaria todos os dias para ficar cuidando de mim, mesmo eu dizendo que aquilo era um completo exagero, afinal, eu só estou grávida.

— Exagero nenhum, Katniss. Tem que se cuidar. Vai que tenha outra tontura forte, quem vai estar aqui? – disse a mãe de Peeta.

— Não terei outra tontura, senhora Mellark. – respondi sem graça, me ajeitando no sofá.

— Anos e anos e você ainda me chamando de senhora Mellark, Katniss. – me repreendeu com um sorriso. – Bom, queridos, nós já vamos porque temos muito tempo a chegar na cidade.

— Obrigado por tudo mãe. – Peeta se levantou do meu lado e foi se despedir, fiz o mesmo em seguida. – Se cuidem. Até dia 22!

— Até querido, cuide da Katniss! – acenou e entramos em casa novamente.

Não demorou muito e meus pais partiram também, avisando que algum problema era apenas ligar e que chegariam em breve.

Quando sentamos no sofá, apenas eu e Peeta, sozinhos com nosso filho eu resolvi começar a conversa que estava tendo com ele antes do acontecido recente.

— Peeta... – comecei, mas fui cortada pelo meu noivo.

— Vai voltar ao assunto, não é? – perguntou preocupado e ao mesmo tempo cansado.

— Sim. – respirei e me ajeitei No sofá. – Peeta, antes da Caroline sair do banheiro ontem com a Emy, eu ouvi...

Fui cortada novamente, mas agora pelo toque do telefone fixo de casa.

Maldita hora! Não poderia tocar depois?

— Eu atendo. – levantei do sofá e peguei o aparelho em minhas mãos me arrependendo imediatamente do meu pensamento anterior.

Tia Kat? – aquela suave e delicada voz do outro lado da linha vez minha paz voltar e pude sorrir, mesmo ela não vendo.

— Oi, minha querida. Que bom falar com você. – suavizei minha voz e falei no mesmo tom da pequena.

— Eu implorei pra Tia Carol me deixar falar com você, tia. Eu queria saber como está. Você passou mal ontem, mas não pude te ver porque o Tio Peeta te tirou rápido de casa. — sorri com a preocupação de Peeta em não deixar Emy me ver naquele estado.

— Eu estou muito bem, linda. Não foi nada demais, eu estou muito bem agora.

— Que boom!! Mas ta bem pra brincar tia?

Sim, pequena. – dei uma risada fraca. – Estou pronta para brincar muito com você.

Depois da ligação de Emy, fiquei com outra sensação no corpo. Como fiquei feliz ao conversar com a minha menina que se preocupou tanto comigo. Mesmo assim, isso me ajudou na hora que fui conversar com o Peeta.

— Então, deixa eu ver se entendi. – ele parou para pensar e olhou novamente para mim. – Você estava no quarto quando ouviu uma mensagem de voz de Caroline e era Glimmer falando para fugir com Emy? – confirmei com a cabeça. – E depois veio correndo até mim, mas então, desmaiou?

— Sim, eu tenho certeza que era ela, Peeta. Eu nunca iria esquecer essa voz. Nunca.

— Tudo bem. – ele me abraçou apertado, talvez sabendo do medo que senti na hora e que sinto agora também. – Ligarei para o John.

E assim foi nossa noite, um pouco conturbada pelos pesadelos constantes, mas meu noivo estava aqui para me consolar com seus braços e lábios prometendo que na manhã seguinte que tudo iria se resolver.

Bom, assim espero.

§§

— Katniss, infelizmente, isso aconteceu. Glimmer fugiu da cadeia pouco depois de serem presos e não queríamos te incomodar lhe dando esse aviso.  Faz alguns anos e tínhamos encontrado fotos dela em uma cidade longe daqui então não iríamos imaginar que ela te provocaria novamente. Me desculpe.

— Como assim? Isso é um absurdo John, você deveria ter me contado!

Sim, eu estava furiosa, e com razão. Eu e Peeta viemos para a delegacia na manhã seguinte e acabamos por descobrir que há algum tempo que Glimmer fugiu escondida da prisão sozinha. John não havia me contado sobre isso e também não conseguiram a prender novamente.

— Me desculpe, Katniss. Vamos dar um jeito de encontrá-la, eu prometo. – John estava se sentindo muito culpado em não ter me contado. – Me desculpa novamente.

— Não me esconda mais nada John. Eu estou esperando um outro filho e quero esse seguro comigo em meus braços. Glimmer já fez muitos estragos na minha vida e não vai continuar fazendo.

Dito isso eu levantei da cadeira da delegacia e fui em direção a minha casa, eu nem cheguei a prestar atenção se Peeta estava me seguindo. Creio que não, mas assim que deixei a delegacia fiquei com uma sensação ruim por John ter me escondido sobre o ocorrido.

Esses hormônios de gravidez não vão me ajudar em nada ficar na delegacia então a melhor opção foi ir embora, porém assim que cheguei o telefone estava tocando incessantemente na sala de estar.

— Alô?

Katniss?— pude reconhecer Annie do outro lado da linha.

— Ann que bom que me ligou, que saudades. – soltei o ar dos pulmões de alivio e saudade de conversar com a minha amiga.

Eu também estava com saudades, sua louca. Sumiu! Bom, na verdade todos sumiram né. Só eu e o Finnick estamos aqui. O resto viajou! – pude ouvir sua risada.

—  Annie, tantas coisas aconteceram que eu mal pude ter tempo de respirar se quer saber.

Eu também, Kat. Mas estou para trazer muitas novidades para vocês dois, inclusive mostrar o quarto de Andrew que já está pronto. Sabe como o Finnick pode ser o pai babão o tempo todo, não é? E você Kat, me conte tudo!

A conversa foi animadora com a Annie, minha melhor amiga, mesmo distante de mim ainda me passa segurança e conforto em tudo que eu lhe digo. Não foi diferente quando eu contei da inesperada gravidez, o que havia me aterrorizado no começo, mas que agora eu pude compreender o presente que eu recebi. E me sentir no final, extremamente feliz.

Eu ainda posso afirmar que em certos momentos a angústia e o medo falam mais alto, as marcas presentes no meu passado ainda sangram de vez em quando, principalmente se tratando de Emy, mas de acordo com Peeta, eu devo sorrir, eu devo apreciar e aguardar o momento em que tudo estará no lugar, assim como deve ser.

Em um rompante a porta foi aberta por Peeta, invadindo e parando meus pensamentos quaisquer. Ele não estava me seguindo assim que saímos da delegacia. Estava ofegante e com uma expressão indecifrável no rosto.

— Caroline foi cumplice de Glimmer, não foi?

Sua pergunta foi direta, eu estranhei a reação inusitada dela, sua postura segurando a maçaneta da porta, o peito por baixo da camiseta subindo e descendo rapidamente pela respiração acelerada e sua pele se tornando uma coloração mais avermelhada.

— Ahn...

— Não foi? – tornou a repetir.

— Peeta... Por tudo que eu sei, deduzi e ouvi ontem, sim.

E novamente eu estranhei a reação do meu noivo que veio ao meu encontro em um único passo, deixou um beijo no topo de meus cabelos e acariciou delicadamente meu ventre antes de sair porta a fora não deixando de batê-la pela raiva.

Eu bem que tentei telefonar a todo custo pra Peeta, não sabia o que havia dado nele para agir daquele jeito ou até mesmo seu rumo ao sair daqui. Ele não estava em condições normais e como conheço Peeta por seu jeito delicado e paciente, quando ele se comportava desse jeito, as coisas estavam preocupantes e fora do controle.


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Notas finais do capítulo

Falta tãaaaaaaaaao pouco pra acabar a fic...:( O que acham que acontecerá até o final? Comentem! Até o próximo!!!



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