A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 32
Alucinação ou realidade?


Notas iniciais do capítulo

Seeii que demorei e me sinto péssima por isso, mas cá estou. Me desculpeeee pela demora sério, eu viajei de férias e agora terminei minha outra fic, Always Forever, vcs ja leram falando nisso? :) Enfim, estou prestes a acabar tambéeeem A RAZÃO DO MEU VIVER e quando acabar essa fic meu coração vai se despedaçar, amo muito ela. Enfim, meu amores, ai está o capitulo! Bem emocionante. Obrigada pelos comentarios lindos e as que me incentivaram a postar logo haha! S2
BOA LEITURA



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– Ela tem os olhos azuis que nem os seus. – já estávamos na porta de casa depois de uma caminhada pelo pôr do sol durante a tarde. Eu estava cansada e queria ligar para Caroline nos encontrar e assim podermos voltar a nos falar.

– Hein? – resmungou Peeta.

– Achei os olhos de Emy iguais aos seus. – repeti. Eu não conseguia parar de pensar naquela pequena garotinha que encantou tanto a mim quanto a Peeta.

– Por que acha isso?

– Não sei, pensei em Caroline e as imagens do olho tão intenso e brilhante de Emy me veio a cabeça. – peguei um copo de água enquanto Peeta preparava a janta. – Você não achou ela um pouco nervosa hoje?

– Caroline?

– Aham. – falei ainda com o copo na boca.

– Eu não entendi porque ela tinha saído desse jeito quando eu perguntei a idade dela. – comentou sem tirar os olhos da panela.

– Quantos anos você acha que ela deve ter? – me apoiei no balcão da cozinha e Peeta saiu rapidamente do fogão para me dar um beijo. Dei risada e o empurrei de volta para a panela.

– Faz o jantar, Peeta!

– Sim, senhora, madame. – fui atrás de Peeta lhe dando um beijo no pescoço e em seguida, roubei a colher da sua mão para provar da sopa a minha frente, que por sinal, estava com uma cara maravilhosa. – Ei!

– Hmm, comida perfeita feita pelo meu cozinheiro perfeito! – coloquei os braços ao redor de seu corpo, lhe dando um abraço.

– Perfeito, é? – ele se virou ficando de frente para mim e de costas para o fogão.

– Não poderia ser feito por alguém melhor. – ele riu e me beijou antes que eu o empurrasse – Você ainda não me respondeu.

– O que, minha linda?

– Quantos anos você acha que Emy tem? – voltei a me sentar na cadeira apenas para observar Peeta cozinhar.

– Deve ter uns cinco ou seis, mais ou menos. – Peeta pegou quatro pratos, quatro talheres e quatro copos.

– Por que quatro? – estranhei já que somos em dois.

– Porque Caroline vem jantar hoje e quero que Emy venha também. – afirmou antes de se dirigir a sala de jantar.

– Tudo bem, ligue para ela enquanto eu tomo um banho.

Avisei rapidamente Peeta, lhe dando um beijo, para em seguida subir as escadas e entrar no grande banheiro da casa, pronta para tomar um banho. Enquanto passava o xampu no meu cabelo, eu fiquei pensando em Emy. Essa garotinha tão adorável. Era incrível como eu não conseguia tirar a figura daquela menininha de tranças da cabeça, seus cabelos iguais aos meus, no mesmo tom. Cada detalhe físico tão parecido comigo e com Peeta, pensando melhor agora. Os olhos iguais aos do meu namorado, aquele azul tão intenso que mesmo a quilómetros de distância eu conseguiria reconhecer, a forma como os dois se deram bem quando conversaram, seu nome...

Emy, Emy... Me lembra... Emily!

Isso! Emily! O nome que demos para nossa filha! O nome mais lindo que achamos para nomeá-la! Não, não pode ser! Caroline? Caroline a tirou de mim? Não! Ela até nos ajudou a procura-la. Não pode ser ela! Será que é minha filha desaparecida? Emy? Minha filha? Eu não posso acusar Caroline de ter sequestrado minha filha. Eu também não posso fazer uma acusação tão forte como essa, afinal, não há apenas minha filha com esse nome no mundo. Preciso conversar com Peeta sobre isso, mesmo achando que ele pode surtar com essa possibilidade e provavelmente dizer que eu estou enlouquecendo. Já sei o que posso fazer, ela sendo minha filha desaparecida ou não. Não vou acusa-la, mas posso reunir o máximo de provas possíveis que eu conseguir da pequena menina: nome da mãe, endereço da sua casa, sua idade, absolutamente tudo! Apenas para conseguir uma confirmação do meu pensamento, e se for verdade, acabar com Caroline!

De tanto pensar, acabei não sentindo as lágrimas quentes escorrerem por meu rosto com essa possibilidade, o que era para ser um banho relaxante acabou sendo mais tenso com tantos pensamentos, do que outra coisa.

Mas afinal, Carol seria capaz de raptar minha filha? Um soluço escapou de meus lábios enquanto eu me debulhava de chorar, agora, deitada em minha cama.

– Katniss? – ouvi a voz preocupada de Peeta na porta, mas eu não levantei a cabeça para responde-lo. – Meu amor, porque está chorando? O que houve? – pude sentir o colchão ao meu lado da cama se afundar com seu peso e suas mãos começarem a fazer um caminho lento pelas minhas costas.

– Em-m, Em-m. – eu não conseguia pronunciar pela minha voz danificada pelo choro junto com soluços e também meu travesseiro tapando minha boca.

– Não estou entendendo nada Kat. – Peeta me virou para ficar de barriga para cima e assim poder deixar minha voz sair. – Fala agora, amor.

– E-eu.

– Respira fundo e fala. – Peeta me incentivou.

– Eu vi uma possibilidade na minha cabeça, talvez eu esteja louca, mas do nada pensei que Emy podia ser nossa filha, Peeta. A fisionomia é tão... – Não consegui terminar a fala, mas pude ver que Peeta entendeu o que quis dizer, já que sua reação foi imediata.

– Como? – Ele estava com os olhos arregalados.

– Pensa Peeta. – sentei na cama e enxuguei meu rosto com as costas da mão. – Ela tem cabelos iguais aos meus, seus olhos, são iguais aos dela e até de longe eu reconheceria eles. É tudo tão parecido... – na última frase, sussurrei mais para mim mesma, mesmo Peeta ouvindo tudo.

– Eu não sei Kat. – ele olhava para o chão e pude ver uma confusão em seus olhos. Eu aposto que eu não estava diferente.

– Deixa comigo, Peeta. – digo decidida.

– O que vai fazer, Katniss? – ele perguntou desconfiado.

– Apenas deixe comigo. – já tinha tudo planejado na minha cabeça mesmo.

§§

– Isso Caroline, gostaria que fizesse isso!! – Dou minha voz mais doce possível ao telefone, espero que eu esteja indo bem.

O pequeno guardanapo quadrado e branco já estava todo amassado e rasgado em minha mão, em puro sinal de raiva. Esses dias, estou ficando muito nervosa, acho que ansiedade do meu plano, pelo menos espero que seja isso.

Enquanto estou ao telefone ouvindo a voz de Caroline, que desde quando nos conhecemos não fui com a cara dela, consigo ver Peeta no canto da sala encostado na parede de braços cruzados em frente ao corpo. Está rindo, mesmo que um pouco tenso internamente.

– Ah, não sei se a mãe dela vai deixar, Kat!

É, preciso fazer o melhor para convencê-la, agora, se ela não trazer Emy pelo bem, trará pelo mal.

– Então me deixa falar com a mãe dela para convencê-la. Passa o telefone para ela! – eu amei essa minha ideia de “falar com a mãe dela”, mas não sei se Carol vai cair.

– Sabe o que é Kat? – pude sentir ela pensar, pela demora ao responder. – Ela saiu para comprar comida para Emy, não sei quando volta e me deixou em responsabilidade, sabe como é, não é?!

– Ah, sim, então se está em sua responsabilidade, traz ela para cá! Garanto que será muito divertido. E outra, vamos apenas comer, um jantar simples e rápido. Peeta já até preparou a comida para nós quatro.

Para os quatro? – ela pareceu se assustar. – Bem, eu não sei.

– Vai Carol, nós gostamos muito dela e aqui já está tudo pronto também.

Quem é tia Ca? – pude ouvir a voz doce de Emy e sorri ao telefone, ela tem uma voz única infantil que alegra qualquer um.

– Oi, Emy, sou eu tia Kat, lembra de mim? – antes que Caroline possa inventar algo eu já havia soltado minha voz e bem alto, se caso não estivesse no viva voz.

– Katniss e Peeta? – sua voz saiu risonha do outro lado da linha, pude ouvir Caroline brigar com ela por não estar no quarto, nesse momento tive que intervir, não deixaria ela falar assim.

– Carol, deixe ela conversar conosco, não há problema nisso. – Segurei uma risada. – Sim, sou eu Katniss, querida. Tio Peeta está aqui também e estamos querendo convidar você e a tia Ca para virem jantar conosco, o que acha?

– Eba!!! Eu quelo, eu quelo tia Ca, porfavor!!! – ouvir aquela voz animada infantil não havia coisa melhor na vida, uma sensação de conforto se estendeu em meu peito. Eu adorava essa pequena, mesmo mal conhecendo ela.

– Tabom vai, vou convencer sua mãe. Ganhou dessa vez Kat!

– Obrigada Carol! – sorri, meu plano está dando certo!

Quando desliguei telefone, depois da nossa conversa, olhei para Peeta, que ao ver meu sorriso já sabia do que se tratava.

– Katniss, Katniss... O que você está tramando?

§§

– Peetaaaa, atende a porta!

Eu estava apenas colocando uma roupa melhor e ajeitando meu cabelo para o tão esperado jantar quando ouvi tocar a campainha. Como Peeta já estava lá em baixo mesmo, apenas gritei. Minha saia num tom marinho rodeava meu quadril com uma regata branca simples abraçando meu busto. A saia com elásticos na borda, me ajudava a ficar mais confortável, já que estou perdendo algumas roupas, por estar ganhando alguns quilos a mais. Estranhei.

Em alguns minutos pronta, desci para o andar de baixo e na sala dou de cara com Carol com um sorriso tão sínico, que se não fosse tempos de experiência em reconhecer, falaria que ela era uma fofa. Meus olhos então se desviaram para a pequena de cabelos negros e olhos azuis no colo de Peeta sorrindo tão abertamente, como quem joga osso para um cachorro ir buscar. Esse sorriso só me fez ter mais vontade de sorrir junto, mas também tinha algo a mais. Como Emy estava no colo de Peeta, eu não tinha reparado antes, mas tanto como os olhos, seu sorriso aberto e singelo com finos lábios eram a cópia de Peeta. Poderia dizer ser um Peeta feminino com cabelos negros.

Eu já não tinha mais dúvidas que aquela poderia sim, ser minha filha.

Apenas não posso acusar.

Sorrindo fui em direção aos dois e quando cheguei perto a pequena soltou um grito de alegria e pulou em meus braços se livrando de Peeta e se agarrando a mim.

Eu nunca senti tanta alegria na minha vida. Meu peito parecia inflar de emoção e tive vontade derrubar lágrimas de alegria ao sentir esses pequenos braços me rodeando. Era tão doce cada parte dessa garotinha. Me lembrei da vez que segurei alguém no colo, Prim, mas foi há muitos anos e não me lembrava de como era essa sensação. Pode apostar que fiquei com medo no começo, mas ao senti-la em meus braços foi como achar as cores em um arco-íris.

– Oi, tia Kat. – ela sussurrou cuidadosamente em meu ouvido.

– Oi, princesa. – sussurrei de volta e dei um beijo em sua testa em seguida.

– Fiquei com saudades. – ela sorriu ainda mais.

– Nem me fale. Pode apostar que eu senti também. – ouvi sua risada gostosa e em seguida a coloquei no chão.

Ao cumprimentar Caroline, “educadamente”, pude observar Peeta chamar Emy da cozinha e ouviu seus passinhos batendo no chão de madeira até meu namorado, restando apenas eu e Carol na sala.

– Ela adorou vocês. – disse de repente, sentado ao sofá.

– Nós também adoramos muito ela. – sorri olhando em direção à cozinha.

– Acho que Emy vai viajar com a mãe. – admitiu e em seguida bebericou do chá que Peeta tinha posto na mesa central.

– Ah, é?! – me fiz de surpresa. – Para onde elas vão?

– Na verdade elas vão morar. – ela sorriu e demorou a continuar. – Sydney.

Eu conheço pessoas como Caroline, tentando fazer de tudo para magoar alguém, achando que agora ficarei triste por Emy ir para um lugar tão longe quanto Sydney, não apenas viajar alguns dias.

Mas eu apenas encenei uma feição entristecida. Agora e nem nunca Emy vai sair de perto de mim sem eu saber a verdade. Nem que eu tenha que atravessar o mapa para ir atrás dessa princesa.

– Nossa! – pus a mão em frente ao coração. – Vou ficar longe dela. Quando ela vai?

– Não tem data ainda, Kat. Também vou sentir falta dela. – ouvi tirar o ar dos pulmões. – Desde que nasceu estive ao lado dela.

– Mas qual o motivo da ida repentina? – isso vai ser interessante.

– Ah! – ela pareceu pensar novamente, igual quando estava ao telefone. É, Carol, sei quando me engana. – A mãe está passando por dificuldades no trabalho e quer se mudar.

– Uma pena, é bem longe.

Carol concordou e sorriu, provavelmente satisfeita com sua resposta por achar que me enganou. Mas estou começando a ter uma certa pena dela. Ela que me espere, porque agora ela pode pensar em responder essa pergunta, mas tem uma que estou guardando que ela não vai poder me enganar.

Nossos próximos minutos foi apenas apreciando o chá que Peeta fez com ervas, nos olhando cara a cara, e ouvindo a bagunça de panelas, colheres e tampas se espatifando pelo chão da cozinha, seguido de risadas entre Emy e Peeta.

Consegui ver uma sombrinha pequenina surgir na porta da cozinha com molho de tomate na ponta do nariz, vestindo um avental no qual se arrastava no chão quando andava. Peeta surgiu igualmente sujo atrás. Ri com a cena.

– Emy, sua mãe vai me matar, você está imunda! – gritou Caroline indo até ela, fazendo com que o sorriso que estava em seu rosto, desaparecesse.

– Calma Carol, ela estava se divertindo, pode tomar um banho antes de ir. – tranquilizou Peeta ao ver a cena.

Eu me levantei e concordei com meu namorado. Foi apenas Peeta se pronunciar que vi Carol corar e sorrir para ele, em seguida, dizer com uma voz doce e calma:

– Obrigada, Peeta.

Posso dizer uma coisa, não gostei nada disso.

– A Emy veio aqui dizer uma coisa às garotas. – Peeta pegou ela no colo e Emy fingiu um microfone com as mãos.

– O jantar está servido! – ela sorriu tão abertamente e com um brilho no olhar, olhou para Peeta, como se perguntasse se tinha falado certo. Ele sorriu e assentiu com a cabeça.

Nos reunimos em volta da mesa posta na sala e pude ver que meu namorado caprichou na escolha do prato, lasanha com molho de camarão, molhava minha boca só com o olhar.

– Uau, parece estar uma delícia. – comentei.

– Muito bom mesmo. – Carol já comia um pedaço. – Sempre muito bom na cozinha, Peeta.

– Obrigado. – agradeceu. – Mas eu não conseguiria sem uma certa princesa ao meu lado.

Vi ele sorrir e olhar na direção de Emy que ria na cadeira ao seu lado. Acho que a pequena gostou do prato, já que sua boca não entrava nem uma agulha de tão cheia.

– Emy, querida, Carol disse que vai morar em outro país com sua mãe. – fiz uma cara triste. – Vou morrer de saudades.

– Ah. – pude ver que o brilho em seus olhos não estavam mais lá, ela não queria essa mudança. – É mesmo.

– Você não quer ir? – Peeta perguntou.

– Quero ficar aqui. – olhou para mim e para Peeta. – com vocês.

Os músculos de Carol se retesaram ao meu lado, ela estava com medo?

– Mas não quer viajar um pouquinho com sua mãe, linda? – perguntei. – Vamos sentir muito sua falta.

– Ela nunca ta comigo. – falou olhando para o prato. Isso deve ferir o coração dela, posso dizer que essa tristeza dela até me feriu.

– Não diz isso, querida, sua mãe trabalha bastante sabe disso. Mas te ama muito também. – Carol disse olhando pra ela.

– Eu sei, mas ela ficava comigo quando eu era um bebê.

– Mas as coisas mudam, querida. – continuou Caroline.

– E seu pai Emy? – perguntei ao mesmo tempo que Carol pôs um pedaço de lasanha na boca, se engasgando em seguida. Achei um pouco suspeito aquilo.

– O pai dela...

– Ele morreu, tia Kat. – diz ela simplesmente.

– Ah, me desculpe, linda. – sorri sem jeito para ela, que me devolveu seu sorriso doce e triste para mim.

– Tudo bem. – deu de ombros. – Eu nem conheci mesmo ele.

– Ah. E qual o nome da sua mãe? Sabe, posso conversar com ela para ver se ela muda de ideia da mudança.. – comentei e olhei para Emy para ouvir a resposta.

– É Gl... – sua vozinha foi interrompida por Carol, que se pronunciou de uma forma mais bruta olhando para Emy.

– Glória. – olhou para Emy novamente, um olhar com vários significados. – Glória.

O rostinho da pequena Emy se virou para o prato e sua mudança de humor foi percebido tanto por mim quanto por Peeta de imediato. Meu namorado me olhou como se dissesse “aí tem coisa”, mas eu sabia que tinha, em toda essa história. Tanto de mãe, quanto de idade da pequena, mas parei de fazer essas perguntas quando percebi ela ficar chateada e o clima tenso pesar. O resto do jantar foi Emy contando as atrapalhadas da cozinha, seu sorriso cresceu novamente, mas ainda tinha uma pontada triste.

– Nossa, o jantar estava incrível. – comentou Carol, quando já tínhamos saído da mesa e agora estávamos conversando na sala de estar. – Agora precisa tomar um banho, não é sapeca?

Emy concordou com a cabeça e eu me ofereci de mostrar o caminho ao banheiro a Carol. Enquanto subíamos, ela me fofocava do seu dia-a-dia, mas nunca tocava no nome de Emy, nem comigo tentando arrancar alguma coisa.

– ... e ele tem cabelos castanhos, é bem alto, olhos escuros...

Nós estávamos andando no corredor a caminho do banheiro enquanto Carol me contava do cara que havia conhecido em alguma casa noturna que havia ido esses dias, no começo eu prestava atenção, mas parei quando uma tontura forte bateu contra mim, o que me fez e apoiar na parede para não cair.

– Tia Kat? – ouvi a voz de Emy e suas pequenas mãos segurarem minhas pernas com sua pouco força tentando fazer com que eu não caísse. – Você está bem?

– Katniss? – Carol me pegou pelos braços e com a visão um pouco turva, mas consciente, conseguir murmurar um “está tudo bem”. – Não está bem, vem aqui.

Caroline me levou até minha cama de deitando lá e tirando de sua bolsa um remédio que eu não conhecia, mas me dando sem menos eu argumentar, já que não iria aceitar.

Aos poucos a tontura repentina começou a desaparecer e pude ver Emy deitada com a cabeça em meu peito perguntando à tia se eu ficaria bem.

– Estou bem agora. – me sentei na cama e olhei para Carol. – Obrigada.

– Não precisa agradecer, Kat. Que estranho essa tontura. – analisou. – Já teve antes?

– Não me lembro. – admiti.

– É melhor ir no médico, Katniss. Isso não é normal.

Dizendo isso, Carol foi para o banheiro com Emy para dar um banho na pequena me deixando na cama deitada ainda me recuperando da estranha tontura que tive.

Ao fechar meus olhos, prestes a dormir um pouco, um barulho incomodava minha ação. Um apito constante, irritante, e que não parava sequer um minuto.

Uma chamada de celular.

Tentei vasculhar com o olhar o quarto para ver se era meu celular com alguém me ligando, mas ele estava ali, na minha mesa de cabeceira. Intacto. Mas o bendito barulho agora havia parado e me lembrei do remédio que Carol tirou da bolsa, provavelmente o barulho vinha de lá.

No instante que peguei o aparelho em minhas mãos, vinte chamadas perdidas apitavam na tela com uma letra na frente. Apenas a letra. Uma letra que eu já havia visto antes, mas que não fazia ideia do que significava. Ou melhor, de quem era.

“G”

Mesmo sem uma mensagem sequer, havia uma chamada de voz, que a curiosidade bateu mais alto quando apertei o botão e a voz arrepiante e assustadora que evitei por muitos anos se fez presente ao meu quarto, me deixando surpresa e assustada na mesma hora.

“Caroline, sou eu, você não me atende, ainda está na casa dessa desgraçada? Ai, vem logo, ta demorando muito aí. Quero a garota aqui comigo agora para arrumar as malas. Decidi que vou embora o mais rápido possível daqui. Essa garota é a cópia perfeita deles, maldita genética, é impossível não perceberem a filha! Vem rápido.”

Engoli a seco e tremi.

Não era ninguém mais, ninguém menos que Glimmer Rabin.

A mulher que arruinou minha vida.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAHHH ELA DESCOBRIIIUUUUU GEEEEEENTE! AGORA PERA! ME DEIXEM UM COMENTARIO AQUI SENÃO FICO MUITO MAGOADA! O que será agora ein! E esses sintomas da Kat? Puts!! Até o próximo capitulo de A razão do meu viver hahahaha
Beijos beijos beijos



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