A razão do meu viver escrita por Mih Mellark


Capítulo 28
A princesinha! Mas...


Notas iniciais do capítulo

NOSSA! Muita calma nessa hora...
Quase dois meses sem postar! OMG! ME DESCULPEEEEMM! Eu já pensei e vou recompensar vocês com certeza! Em alguns capítulos faço algum bônus pra vocês, mas se muita, muuuuuuuita coisa aconteceu comigo nesse tempo. Leaim porfavor! Bom,escola também né pessoal! To estudando muito esse período, mas hoje acabaram as provas então vou escrever o bônus de vocês!! Ufaa. Ué Mih, porque demorou tanto?
Tenho minhas explicaçãoes além das provas. Galera, o que aconteceu? Muitos não visualizaram a fic e de tantos leitores que eu tinha antes do nada sumiram! WHAT! Eu realmente fiquei triste:( Peço desculpas mas VOU RECOMPENSÁ-LOS! VAI TER UM BÔNUS BEM LEGAL QUE VOU POSTAR! Não sei quando, mas vai!
AGORA GENTE VOCES VIRAM TUDO QUE ESTÁ SAINDO DO FILME?! Faltam 12 dias meu deeeeus, enfim, voltando, queria me desculpar e acabei esse cap agr!! Nesse, o começo esta bem fofooo e eu ameei faze-lo. Bem vindos aos novos leitores! Falo mais lá em baixo.



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Meses depois

Sete meses de gravidez, esse tempo passou como um vulto! Meu deus, já estou de sete meses! De um tempo para cá, pesadelos constantes andam vindo em meus sonhos e a cada dia fico mais nervosa. Pelo que? Minha filha está chegando e o pavor de alguém machucá-la é enorme. Você deve estar se perguntando: você falou menina? Com “a” no final? Sim, a resposta é sim. Mês passado fomos até a doutora Maria saber o sexo certinho do bebê, foi pura festa quando confirmamos nossa suspeita da pequena Emily.

FLASHBACK ON

– Peeta pelo amor de Deus para de bater essa perna, eu já estou ficando irritada. – sei que hoje é um grande dia, o dia de confirmar ou não nossa suspeita sobre o sexo do meu bebê, e Peeta não para quieto, com razão, mas isso está me dando nos nervos já.

– Me desculpe. – ele me deu um sorriso tímido e no minuto seguinte começou a fazer nós nos dedos até ficarem brancos.

Estou de seis meses e minha barriga está parecendo uma melancia de tão grande, várias atividades estou bloqueada de realizar. Peeta fica no meu pé o tempo todo, ou pedindo para não fazer esforço ou pedindo para ficar descansando. Depois daquela visita de minha família na nossa casa, eles ligam todos os dias para saber como estamos e já avisaram que em breve viriam nos ver novamente.

Eu às vezes fico com pena deles, nós nos mudamos e eles que são obrigados a vir nos visitar? Eu já conversei com Peeta a respeito disso e eu disse que me sentia incomodada, mas ele não me liberou pegar avião, grávida – não me diga o porquê – mas de vez em quando Peeta exagera um pouco. Mesmo assim, dei de ombros.

Em três meses meu bebê nasce e tenho certeza que vai ser mimado por todos, Peeta que sempre vai fazer todos os pratos preferidos do nosso bebê, Caroline que vai comprar todo o tipo de roupa em todas as cores, formas ou tamanhos e minha família também que fará sempre companhia e ajudará nas melhores ou piores fases. Bom, e claro, eu também.

Peeta começou sua faculdade faz uns dois meses, ele não poderia estar mais feliz! Eu estou bem feliz por ele também. Todos os dias a noite quando chega em casa, conta as novidades das aulas com um sorriso de orelha a orelha e é quando eu percebo que cozinhar realmente faz bem à ele. Falando em faculdade, eu decidi que vou prestar letras. Sim, quero ser professora. Peeta ficou contente com a minha escolha e principalmente por ter decidido algo depois de enrolar tanto.

Nesses meses que passaram, comecei a fazer os testes e mais testes das faculdades da cidade, o resultado ainda não saiu, mas em breve sairá. Annie, Clove, Madge, Finnick, Cato e Gale vieram para cá nos visitar também e resolvemos que todos os meses eles viriam. O dia ficou marcado, todos os dias 22 do mês eles viriam nos ver, não me pergunte o porquê dessa data, apenas foi a data da visita desse mês então, ficou.

– Senhorita Katniss Everdeen. – o chamado da doutora que me tira dos meus pensamentos e quando olho para Peeta já o vejo quase invadindo a sala da coitada.

– Peeta! – o repreendo – Desculpe doutora. Estamos meio ansiosos.

– Sem problemas. – ela deu risada e logo me mandou deitar na cama sem a blusa, e foi o que eu fiz. – Katniss, que barrigão. Faz muito tempo que não te vejo, como você está linda!

– Sempre está, doutora. – Peeta comenta e pega minha mão dando um beijo demorado na mesma. A doutora nos olha sorridente antes de voltar ao trabalho e passar o típico gel gelado em minha pele.

– Então me conta mamãe, como está indo a gravidez? – ela pergunta enquanto movimenta o aparelho sobre minha barriga e focaliza na tela ao lado.

– Entediante. – dou risada. – Peeta não me deixa fazer nada. – respondo olhando para ele que apenas sorri e nem sei se está prestando atenção na nossa conversa. Peeta está tão concentrado no monitor com seu sorriso que parece que vai rasgar sua cara apenas pensando em nosso bebê, que não me olha sequer. Mas sei que é por uma boa causa.

– Normal, Katniss. – ela mexe mais um pouco e logo dá um gritinho de alegria. – Uau! Já sei qual o sexo do pequenino que está aí dentro de vocês, querem saber?

– Mais é claro. – dou risada pela atitude de Peeta, ele parece uma criança na primeira vez em que vê um doce. Amo esse seu jeito. Meu Peeta. A doutora desliga o aparelho e me limpa nos deixando curiosos de propósito.

– Parabéns, mamãe e papai, vocês vão ter uma linda princesinha.

E meu dia não poderia ter sido mais feliz.

FLASHBACK OFF

Todos nos deram parabéns por telefone e nesse dia fomos jantar fora, mas quando voltamos Peeta fez questão de preparar um bolo especial escrito Emily no topo. Depois de muitas fotos tiradas por ele também, resolvemos tirar a noite só para nós e bem, com esses hormônios a flor da pele, você já sabe muito bem o que aconteceu.

§§§

– Bom dia minha grávida linda. – senti Peeta dar um beijo em meus lábios e outro, em seguida na minha barriga. – Bom dia, minha princesinha.

– Bom dia, meu amor. – me estiquei e finalmente abri os olhos me deparando com minha imensidão azul por cima de mim. Agarrei sua nuca e lhe dei um beijo de tirar o fôlego que apenas o ar nos fez interromper.

– Hum, já começou ótimo o dia. – dei um tapa de leve em seu braço seguido por nossas risadas. – Kat, sabe que dia é hoje?

– Não? – isso soou mais como uma pergunta, mas não tenho capacidade de raciocinar de manhã. – Sábado?

– Estou falando do dia do mês, amor. – Peeta deu risada e eu apenas murmurei um não de novo. – 22.

Hoje é dia 22! Dia da visita dos nossos amigos!

Olho para o pequeno relógio localizado na mesinha de cabeceira e constato que já são 10:00! Meu deus, dormi demais! Tenho que arrumar a casa porque eles sempre chegam de manhã, para aproveitar melhor o dia.

– Peeta, por que você não me acordou antes? Olha o horário! – apontei para o relógio, mas Peeta nem pareceu se importar.

– Tivemos uma longa noite. – ele sorriu maliciosamente. – Não era justo acordar uma grávida cedo, não é mesmo? – ele fala com uma voz arrastada, se engatinhando até onde eu estou para capturar meus lábios, mas dessa vez, eu não deixo.

– Epa! Pode parando porque estamos atrasados. Peeta prepara algo bem especial pro almoço enquanto eu arrumo a casa. Vamos, vamos, vamos. – alertei já me levantando, com um pouco de dificuldade, e corri colocar uma roupa qualquer para começar.

§§§

Din Don

O som da campainha me desperta bem na hora que estou terminando de varrer o chão do corredor, mesmo assim, largo tudo deixando cair a vassoura contra a madeira e fazer um agudo ruído, para ir correndo atender nossos amigos.

– KAT! – o grito em uníssono de meus amigos é capaz de se ouvir do outro lado da rua. Apenas enxergo um borrão colorido, já que depois de gritarem todos pulam em cima de mim.

– Uau, que saudades de vocês também.

Afrouxei o abraço e pude reconhecer melhor meus amigos, sendo assim: Annie e sua típica roupa delicada mais pra um tom rosado, Clove vestida com um short preto curto e regata cinza justa, Madge com um vestidinho florido e soltindo e Finnick com Cato e Gale atrás. E bem, eu não estava arrumada, nem um pouco na verdade, minha vestimenta não era nada mais do que um short de moletom com uma camiseta verde do Peeta. Manerem, estou grávida! Não é tudo que me serve!

– Cuidado com a minha filha hein. – ouvimos a voz de Peeta bem atrás de mim na porta e todos rimos no momento em que me virei para encará-lo.

– Só a filha, é? – perguntei fingindo indignação.

– Vish, não deixava em Catnip. – ouvimos Gale se pronunciar.

Depois de todos nós nos acomodarmos na sala, Peeta trouxe o almoço e com isso a manhã não poderia ter passado com mais animação, essa turminha realmente é a melhor!

– Mas e aí Kat, como vai nossa princesa? – Annie perguntou enquanto ainda estávamos na mesa, apenas batendo papo.

– Muito pesada e cansativa, viu! – coloquei a mão na barriga. – Mas sei que valerá a pena.

– Com certeza! Não vejo a hora de ver a carinha dela! – Clove veio até minha cadeira depositar um beijo em meu ventre.

– Eu acho que vai ser uma mini Peeta. Loira de olhos azuis. – disse Finnick.

– Já eu acho que pode ser uma mini Katniss, morena com olhos cinzentos. – disse Cato.

– E se for uma mistura dos dois? – indagou Madge.

Pensando bem, não parei para pensar nisso. Cor de cabelo, cor dos olhos e outras características não vieram a minha mente, mas na de Peeta já. Ele me comentara que queria uma garotinha igual a mim. Cabelos castanhos com pequenos olhos acinzentados. Se eu diria que concordo? Bem, não ligo para isso, se minha filha for saudável e feliz eu já estou bem satisfeita, mas se fosse escolher, gostaria de uma loirinha igual a Peeta com penetrantes olhos azuis iguais aos do pai.

§§§

– E você Kat, nossa próxima professora, é?

Estamos em frente a televisão novamente conversando, fazemos apenas isso, colocar o papo em dia. Comentamos mais cedo de nossas profissões que estamos a caminho e fico muito feliz pelos meus amigos estarem fazendo e principalmente conseguindo o que gostam. O único problema é Madge e Gale. Ah como eles deram trabalho quando morávamos lá na outra cidade... Nunca se assumiam, muitos rolos acontecendo e bem há algum tempo eles estão juntos como cada um aqui também, mas a tristeza é que Gale acabou de nos contar que vai para a California cursar engenharia e fica do outro lado do país, sendo assim, um pouco difícil se comunicarem e bem, conosco também.

– Não queria ficar tão longe de vocês, mas minha mãe me apoiou em tentar e bem, consegui. – Gale falava a respeito da universidade. – Prometo ligar sempre Madge, e todos os dias 22 dos meses também.

– Vou morrer de saudades. – dei um abraço apertado em meu amigo e foi o tempo de ver o olho de Peeta se estreitar, mas afinal sabe que trato Gale como irmão, ele está apenas brincando.

– Nem me fale, Catnip. Mas quero sempre fotos dessa princesa aqui. – ele acariciou minha Emily e foi mesmo segundo que senti um chute no local. – Catnip?

– Ai meu Deus! – eu fiquei chocada. Coloquei as duas mãos em frente ao local do chute não acreditando que senti Emily pela primeira vez me chutando.

– Meu amor? Kat o que houve? – Peeta correu e se ajoelhou ao meu lado, já que eu estava sentada no chão.

– Ela... Ela... Chutou. – eu sorri bobamente e olhei para meus amigos que retribuíram o sorriso e logo se ajoelharam ao redor.

– Emily, papai ta aqui. – sussurrou Peeta e colocou as mãos em cima das minhas foi quando senti uma pressão na barriga em questão de segundos e um susto tomou conta de mim, mas logo se esvaziou quando percebi que não passou de outro chute da pequena.

– Que cena linda! – ouvi a voz de Annie e logo olhei para sua face percebendo pequenas lágrimas escorrerem, Finnick a abraçou e ficaram nos assistindo com um sorriso de orelha a orelha.

– Vocês são uma família linda, sem dúvidas. – comentou Clove com Cato também em seu enlaço assistindo eu e Peeta encantados com Emily.

Olhando ao redor, pude ver todos felizes novamente. Voltem ao passado, sim, lá no último dia em que fiquei na outra cidade, no meu último dia antes de me mudar pude ter o vislumbre dos meus amigos juntos e acima de tudo, felizes. E agora, vejo que essa felicidade de todos permaneceu. Se estabilizou, não morreu, não deixou de existir e nem foi uma coisa passageira. E se ele também não se estabilizou, ele cresceu!

Quem diria, hein?! Éramos amigos de baladas, viagens e aventuras nunca cogitei essa possibilidade de nos juntarmos como... Casal! Annie e Finnick formam o casal mais romântico e fofo que já conheci. Cato e Clove é o típico casal que briga muito, são descolados, mas se amam muito. Madge e Gale ainda estão se conhecendo em meio ao namoro deles, contudo são perfeitos um para o outro e se gostam timidamente, mas se gostam.

Você está se perguntando: Eu e Peeta? Ah, não sei descrever nosso relacionamento. Corajosos? Ansiosos? Lutadores? Medrosos? Amorosos? São tantos que eu não sei escolher apenas um, mas nos amamos mais que tudo e agora com nossa menina se mexendo em nossas mãos, não poderíamos estar mais conquistados. Foi difícil aceitar Peeta quando voltei, vê-lo com Glimmer me quebrou em milhões de pedaços, mas ele fez certo em seguir em frente depois de tudo o que aconteceu conosco. Brigamos muito, tivemos Glimmer em nosso enlaço para nos barrar o amor que sentíamos, mas agora estamos aqui e só tenho que agradecer pelo final ao seu lado.

– Eu amo muito vocês. – olhei para todos com os olhos marejando e quando os mirei em Peeta, pude ver também as grossas lágrimas escorrerem por sua pele clara.

– Eu também. – Peeta deu um longo beijo em meu ventre antes de se concentrar em minha boca.

– Ah, momento sentimental! – gritou Finnick e todos se ajoelharam em um abraço de urso. Somos melosos, sim. Nos amamos, sim. É muito água com açúcar, sim. É o nosso jeito.

A tarde já havia passado e o pôr do sol estava pairando no céu azul transformando sua tonalidade em um tom alaranjado, o favorito de Peeta. O sanduíche de atum que eu estava comendo estava no final e a fome ainda estava presente em meu corpo, por isso decidimos fazer uma torta já que era inadmissível eu sentir fome.

– Pronto Kat, pode comer mais. – Peeta colocou um pedaço generoso de torta de frango em meu prato antes de servir o resto da turma.

– Mas, mudando de assunto agora. – Gale começou a falar, mas parecia que estava tentando ser cauteloso com algum assunto o qual eu não sabia. – O que aconteceu com John, Kat?

Congelei no mesmo segundo. O John.

FLASHBACK ON

– Não Peeta! – o suor escorria pelo meu rosto e minha barriga não parava de se contorcer, não pelo bebê, mas sim pelas cócegas que ele estava fazendo em mim.

Minha família ainda estava aqui, em alguns dias eles já partiriam por isso estavam aprontando as malas e nós descansando no sofá da sala apenas esperando. A televisão estava ligada a um canal qualquer enquanto ficávamos aos beijos e carícias até sentir as cócegas que ele fazia. Eu ria, me contorcia, gritava para parar, mas mesmo assim Peeta foi cruel e só parou quando fingi que o bebê estava me machucando.

– Ah Katniss não tem graça, você me assustou. – ele se sentou novamente e cruzou os braços em frente ao peito.

– Você não queria parar, eu não tinha escolha. – lhe dei rapidamente um selinho antes de ouvir o toque do telefone fixo soar pelo cômodo. Me levantei rapidamente apenas para pegar o aparelho e voltar para o lado de Peeta. – Alô?

– Katniss? – uma voz desconhecida pra mim se pronunciou, coloquei no viva-voz para Peeta poder ouvir e o vi franzir as sobrancelhas pelo som desconhecido.

– É ela.

– Katniss, meu nome é Ben. – o tom de voz de Ben era de desespero, o que me assustou um pouco, afinal, quem é Ben? – Sou policial, colega de John e estou ajudando no caso de você e Peeta Mellark.

– Er... – tentei falar, mas logo Ben me cortou. Porque diabos ele está me ligando?

– Katniss por favor, me escute. Depois da morte de Beetee, John foi revistar a casa em que ocorreu o crime enquanto alguns policiais estavam fora. Ele foi à procura de pistas, mas não achou nada. Foi quando estava sozinho que ouviu um barulho, mas quando estava saindo sentiu algo em sua perna. – a medida que esse tal de Ben falava eu arregalava mais os olhos de indignação. Como é possível? Aquela casa não esta vazia?

– Como que é pos...

– Katniss, porfavor, apenas escute. Continuando, John chegou até o escritório onde eu estava e começou a me contar o acontecimento, mas eu reparei que algo estava estranho nele e foi então que ele apagou e agora estou no hospital. Acabei de receber informação do médico que uma pequena cápsula foi posta em sua perna, injetada. A cápsula estava contendo algum veneno que graças a Deus não se espalhou pelo corpo, foi retirada a tempo e por isso John não sofreu algo mais grave. Katniss, eu preciso desligar, estamos investigando mais o caso depois disso e não se preocupe que John ficará a salvo, mas passará um bom tempo ainda em observação pois não sabemos se terá alguma outra reação esse veneno. Depois nos falamos.

E o “bip” foi soado depois disso. Tão apressadamente como os recentes fatos passeando em minha mente.

FLASHBACK OFF

– Aquele dia foi de puro caos. – confessei.

– Quanto tempo tem isso, Kat? – Finn perguntou. Todos estavam em um silêncio absoluto, não era de se esperar.

– Uns seis meses mais ou menos, faz muito tempo, mas eu e Peeta ficamos muito assustados.

– Vocês falaram com ele depois disso? – Gale questionou, e a verdade é que falamos apenas por telefone porque ele ainda está em estado de observação.

– Só por telefone. – disse – Ele ainda ta no hospital.

– Ainda? Uau, faz muito tempo.

– Sim. – disse Peeta. – Mas Ben agora está no comando da investigação de Glimmer enquanto John não está apto. Faz muito tempo que ele está no hospital, mas é o melhor a fazer no momento, já que a cápsula detectada é totalmente nova e desconhecida entre todos, por isso tão investigando também.

– Nossa, é uma surp... – a campainha interrompe a fala de Annie, apenas olhamos uns para outros tentando imaginar quem era. Nossos amigos nos olharam em expectativa, mas não estávamos esperando ninguém então me levantei e fui até a porta atender.

– Caroline? – A figura da amiga da escola apareceu na minha frente. Ela abriu um largo sorriso antes de focá-los em minha barriga e percebi seus olhos se arregalarem ao ver. Realmente faz muito tempo que não a via.

– Katniss! Meu Deus que barriga enorme, você está linda! – ela disse já adentrando a casa, mas parou quando percebeu a quantidade de pessoas em minha casa e principalmente quando percebeu todos os olharem em cima de si. – Er... Cheguei em uma hora ruim?

– Carol, esses são meus amigos da outra cidade. Galera, essa é Caroline, uma amiga nossa.

Pude vislumbrar diversos tipos de olhares, e quando digo diversos são diversos mesmo. Cada um expressava algo diferente no rosto. Não sei se era espanto por ela ter chegado do nada, sem avisar. Ou se foi algo do tipo “Não fui com a cara dela, viu o jeito como entrou aqui?”. Ou até mesmo pude perceber sorrisos ou caras desgostosas. Dei de ombros, afinal, eles não a conhecem e se eu fosse eles, pensaria do mesmo jeito.

– Prazer.

– Igualmente.

Eles se cumprimentaram e o clima ficou um pouco silencioso até o tempo em que Carol foi em direção a varanda para fazer uma ligação urgente, como a mesma falou.

– Não fui com a cara dela. – resmungou Clove – Nem um pouco.

– Digo o mesmo. – dessa vez foi Annie.

– Ah, não vi nada demais. – retrucou Annie e Finn concordou.

– Prefiro nem comentar. – Cato pronunciou e foi a vez de todos rirmos porque a cara dele quando a viu foi a mais hilária. Claro, ele não gostou nem um pouco da atitude de Carol, acabando com que Gale concordasse.

– Então Kat, conte-nos sobre essa tal de Caroline. – Clove fez uma careta e aspas ao falar o nome de nossa amiga. Não consegui segurar a risada junto com as meninas.

Agora, aqui, reunidas só nós meninas no meu quarto enquanto os garotos estão fazendo algo na sala – não me pergunte o quê – resolvemos criar algo como “confissões das quatro”. Palavras de Annie, já que ela ama essas coisas. Bem, continuando, criamos isso – ou melhor a Ann – para contarmos tudo o que acontece sobre nós porque estamos afastadas, em cidades diferentes.

No confissões das quatro, Clove não parava de perguntar sobre Caroline, essa daí invocou com a garota, viu?! Bom, falando de outro assunto agora, fiquei com pena da Madge. Imagina isso, seu namorado se mudar para o outro lado do país sendo que vocês engataram em um namoro há pouco tempo, mas se amam de verdade. O que fazer? Todos sabem que namoro á distância é complicado, são poucos os que dão certo. Consigo ver a tristeza estampada no rosto de Mad, mesmo que ela ria com as piadas que estamos fazendo, ela não consegue esconder a mágoa. Não julgo minha amiga por nada, pelo contrário, eu não veria minha vida longe do Peeta nem um minuto. Já brigamos no passado e concordamos que isso nunca seria bom pra gente de novo, mesmo com um encosto ao nosso lado, mesmo assim tentamos afastar todos os pensamentos em que envolvem Glimmer, por isso vou parar de falar nela. Bom, caso da Madge, okay! Gale também não está nada bem, mas espero que seja apenas uma fase dos dois e que sempre que conseguirem, se encontrem em algum canto. Incrível como os relacionamentos são, Gale ele tentou não ir para o outro lado do país, porém sua mãe quis assim e com Dona Hazelle não se discute. Sempre aprendi que o melhor relacionamento é aquele que além do amor, possuem confiança, amizade e respeito. Nisso, o relacionamento da Mad e do Gale tem de sobra, por isso, duvido muito que eles se separem para sempre.

– Katniss?

– Hãm?

Volto novamente percebendo o grito que Clove deu em meu ouvido, levo a mão até o mesmo mostrando como ela pode ser indelicada as vezes. As meninas não estavam normais, estavam quietas demais, mas quando olhei para meu lado percebi o porquê disso.

Caroline estava lá com uma bandeja nas mãos, sorrindo.

– O que aconteceu, Kat? – Carol já estava comendo seu sanduíche, mas estava com um sorriso diferente, nunca esteve assim antes.

– Cade o Peeta?

– Ele está com os amigos assistindo um jogo de futebol. – deu de ombros, o que me fez relaxar já que ouvi alguns gritos e algo como “gol, chupa”.

Percebendo agora que Caroline quebrou nosso momento confissões das quatro e que agora seria mais confissões das cinco, mas não, ela não se encaixa nele. Não que eu não goste de Carol, ou esteja sendo dura... Ah, você me entendeu!

– Ér... Vamos comer alguma coisa então? – Annie quebrou o silêncio assustador e Carol deu a ela um cookie que estava na bandeja.

Estranhei o modo dela agora. Quando era para comermos algo, ela nos dava em nossas mãos sem termos o direito de simplesmente pegar o alimento. Tentei disfarçar o que eu estava pensando e dei de ombros acabando por aceitar o chá de morango posto à minha frente.

Eu estava malditamente tonta

De uma hora pra outra uma tontura me pegou totalmente desprevenida, mas não fiz com que elas vissem o que acontecia comigo. Apenas disfarcei e continuamos a conversar, agora mais abertamente.

– ... E daí ele atropeçou em uma alça da mochila e caiu de boca no chão. – as meninas deram risada da história de Carol e eu tentei acompanhar, mas minha visão estava um pouco turva.

– ... O macarrão estava preto. Juro que foi hilário esse dia. – Annie estava contando e rindo também com as outras e eu resolvi ir até o banheiro da suíte lavar o meu rosto para ver se conseguia ficar menos tonta.

– Meninas, eu já volto vou ao banheiro.

Foco Katniss. Banheiro é na porta que está na esquerda. Está chegando.

Tento me concentrar, mas não consigo.

Pontos pretos.

Mais pontos pretos, parece uma tela com apenas gotas pretas de tinta na minha visão.

Cada vez mais preto.

Uma pontada no ventre e levo minha mão ao local, mas está tudo ficando preto.

Outra pontada mais forte.

Um grito de dor.

Vermelho agora.

Ué, vermelho da minha imaginação? Não... é...

– AI MEU DEUS, KATNISS NÃO!


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Notas finais do capítulo

COMENTEM COMENTEM COMENTEMM! O QUE VCS ESPERAM DO BONUS EIN!!! Vejo vcs nos comentários beijoooooss