Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 38
Capítulo XXXVII


Notas iniciais do capítulo

Aposto que vocês vão me amar pelo momento Sirius/Lily. Ou odiar.



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Eu chupei a ponta de meu dedo, para evitar que ele sangrasse mais. Malditos sejam cortes de papel, pensei. Revirava os olhos a cada pagina, a cada minuto perdido. Será que não existe feitiço para se tornar invisível? Aparentemente, você precisa de tempo e tempo é uma coisa que me falta. Vai ter que ser desse jeito, pensei, avaliando meu uniforme amarrotado. Suspirei, pensando em como sobreviveria a um ataque de lobisomem. Não sobreviveria.

Coloquei um sapato qualquer, minha varinha em punho, e sai do salão comunal discretamente. Caminhei em direção ao campo de Quadribol, pingos de chuva caindo nos meus cabelos bagunçados.

James já tinha me dito que eles ficavam na casa dos gritos, mas como chegar lá?

Uma lâmpada se ascendeu no topo da minha cabeça. Como magica, fui correndo, escadaria à cima, trombando eventualmente com a sombra de Filch, que não me via, a procura da Sala Precisa. Ao chegar lá, pensei ‘’um lugar onde eu possa aparatar’’.

Girei a maçaneta e me deparei com uma sala vazia, com exceção por uma mesa com um frasco. Por um momento me senti a Alice do conto infantil. Ignorei aquilo, seja o que fosse.

Pensei com todas as minhas forças, Hogsmeade, balançando a varinha e cortando o ar com ela, apontando-a para o chão logo após. Abri os olhos com receio, graças a Merlin eu estava inteira. Respirei fundo e caminhei pelo cascalho da comunidade, que não tinha mais vestígios de neve. Parei na porta do casarão abandonado, aonde gritos ecoavam, preenchendo meu ouvido e causando dor, não física, em cada parte do meu corpo.

Coloquei a mão na cerca de aço e empurrei, com um rangido, ela abriu. Me senti em um filme de terror. Respirei fundo, tentando retirar força e energia do ar.

–Vamos lá.

Fui caminhando até a casa, os gritos mais altos a cada passo. Os uivos começaram, mas soube que eram de um cachorro. Sirius, eupensei, Graças a Merlin. Fui caminhando até a casa, tentando distinguir quais vultos eram reais e quais eram frutos da minha fértil imaginação.

Abri a porta, que rangeu mais do que a cerca, e entrei. A casa era velha e cheirava a mofo, ótimo lugar, ninguém em sã consciência entraria um lugar como este. Onde está sua consciência e senso de auto preservação, Lily?

Já podia ouvir James me dando um sermão, Remo me dando um sermão, Sirius e até mesmo Pedro. Por que, por Merlin, por que você fez isso? Queria morrer? A voz do meu moreno já ecoava pela minha mente. Balancei a cabeça, eu sabia que estava fazendo aquilo só por que James fora grosso comigo, mais de uma vez, mas ficar pensando só queria me fazer voltar atrás e eu não ia voltar, não agora, com meus pés já no primeiro degrau da escadaria que levava ao segundo andar.

Ouvi os uivos mais uma vez, próximo demais. Então um ratinho passou correndo pelos meus pés.

–Rabicho! –Dei um gritinho, me virando para a direção em que ele fora. Quando meus olhos o perderam, vi uma nova criatura perto.

Não pude deixar de gritar, um lobisomem de verdade era... nojento de se ver. Mas essa... criatura... não deixa de ser meu melhor amigo.

Um veado se colocou na minha frente, os chifres com arranhões.

–James... –Suspirei para meu herói, como qualquer princesa de contos de fadas faria.

Ele me olhou e eu soube na hora o que aquele olhar, que só mudava um pouco com sua transformação. “Corre!” e foi isso que fiz. Trombei com Sirius no caminho, ele se virou para mim. Aluado deve ter escapado, e é por isso que todos estão indo para Oeste. Faz sentido. Mas não é bom.

Continuei olhando o garoto e ele voltou a ser humano. “Eu vou te levar lá embaixo” ouvi ele dizer, me virei para trás, a porta fechada e sem gritos. Virei-me para Amofadinhas de novo. Ele estava nu. Completamente nu. Avaliei o garoto de cima a baixo enquanto o olhar dele estava em outro lugar. Ele se virou de costas, e um sorriso malicioso escapou. Ele se virou para mim, uma frase morrendo em sua boca quando percebeu onde meus olhos estavam.

–Eu sou lindo, né? -Ele disse, um sorriso que costuma ser dado para suas “vitimas” aparecendo no rosto.

Hell yeah. –Eu não pude deixar de dizer, ainda sorrindo com a paisagem. Esse era meu melhor amigo. Me lembrando que namorava o melhor amigo do garoto sem roupas na minha frente. –Vamos!

Como seria ter um Sirius seu, só seu? Amanda sabia. Elena sabia. Por que eu não? Por causa de James, Lily!

Descemos as escadas juntos, rapidamente. Ele colocou uma calça jeans e uma blusa preta e eu me chateei um pouco, mas ele pegou minha mão e me conduziu para o andar de cima novamente, e entramos em um buraco na parede. Saímos no Salgueiro Lutador. Como? Realmente não sei, mas eu aprendi a não me surpreender com o mundo da magia. Mas não pude deixar de perguntar.

–Como... –Disse e ele me olhou, avaliando-me de cima a baixo, provavelmente checando para ver se eu tinha algum machucado. Depois seus olhos viraram uma linha fina e ele olhou para a janela do gabinete do diretor.

–Dumbledore. –Falamos juntos.

–Você é louca, Lily? –Ele falou, colocando as mãos na cintura, avaliando a arvore que não mais se mexia.

–Um pouco. Eu não queria que vocês me deixassem... E James tem sido tão cruel... Eu só queria provar que eu sou Lily Evans e não... Lily Evans.

–Eu vou fingir que entendi.

–Você me perdoa? –Eu disse e ele se virou, me apressei em fazer o olhar de cachorrinho pidão o mais rápido possível.

–Sempre. –Disse ele.

Eu sorri, simplesmente sorri.

***

Subi para o salão comunal com Sirius por volta das três da madrugada. Quando eu cheguei lá, Potter batia o pé no chão, ansioso; Lupin bebia uma caneca do que eu acreditava ser chocolate quente e Pettigrew dava tapinhas no ombro de Remo, como se isso fosse ajuda-lo, transferir parte da energia de um para outro.

–Oi. –Eu falei, com um pouco de receio da reação deles.

–LILY! –James se virou e gritou para mim, o rosto explodindo em uma expressão aliviada. Eu me joguei em seus braços e ele me levantou suas mãos passeando pelos meus cabelos e costas. –Eu estive muito preocupado... Você está bem?

–Ótima. –Disse. O moreno foi cumprimentar seu melhor amigo e eu fui até Rabicho e Aluado e me sentei entre eles. Primeiro, abracei Rabicho, ele cheirava ao mofo da casa velha, e depois Aluado. Enterrei meu rosto em seu peito forte, quase chorando de alegria por tê-lo ali comigo. –Eu te amo, ‘tá? –Falei sendo muito sincera. –Você é uma das melhores pessoas que eu conheço isso para não falar a melhor e eu te amo. Você sempre vai ser meu e eu sempre vou ser sua. Não no sentido romântico, mas... –Eu senti ele me apertar mais com o final da ultima frase. Eu também o apertei mais, tendo ser o mais carinhosa possível. Se fosse comigo, eu teria desabado há muito tempo. –Não é surpresa que vocês quatro estão na Grifinória. –Eu disse e eles riram.

–Acho que vou pro quarto. –James disse. –Você vem, Lil?

Aposto que todos pensaram besteira, mas eu não. Era minha última noite de sexto ano e eu não ia fazer nada que não fosse dormir pelo ano todo.


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Notas finais do capítulo

GOOOOOOOOOSTARAM? Quem pensou muita besteira comenta um EU! Yay ao hentai!
Bjos

DEIXEM REVIEWS! ~le olhar maligno~



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