Porque você? – Lily Evans e James Potter escrita por Victoire Winter


Capítulo 36
Capítulo XXXV


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o sumiço! Estava colocando umas séries em dia ;)
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472796/chapter/36

Eu não prestei muita atenção no treino dos garotos, nem Aluado, que sentava ao meu lado. O lobisomem já estava lá quando me sentei, lendo uma matéria qualquer do recém-formado Xenófilo Lovegood, o rapaz era corvino, mas de logico não tinha nada. Estava vibrada no livro em minhas mãos, 1984, é uma ficção trouxa, mas se encaixa tão bem no que vai acontecer no mundo bruxo se Você-Sabe-Quem tomar o poder. Ditadura e terror por toda parte, pessoas alienadas e reverenciando um tirano. Quando terminei a história quase sai correndo, pulando nos braços de James e pedindo que, não importa o que, ele continuasse ao meu lado.

O homem tem medo de ratos, e para não ter que viver esse medo, entrega a mulher que ele “amava” para ir em seu lugar. Ela acaba morrendo e ele, alienado. Horrível, mas provável que seja nosso futuro. Será que eu viveria o suficiente para provar que 1984 é apenas ficção?

– Eu não faria isso... –Disse, colocando o livro, já fechado, na mochila que jazia ao meu lado. Fechei meus olhos por um instante. Quem faria essa desumanidade?

Lily, você está bem? –Aluado perguntou ao meu lado.

–Estou só meio confusa... Sabe, eu e James... –Disse, fazendo o barulho de um cavalo para sinalizar o meu “ ’tô nem aí”.

–Você e Pontas? –Exclamou o garoto. –Eu não sabia...

–O QUE? Sério? –Exclamei. –Não acredito que ele não te disse! Nós estamos juntos! Sabe, pra valer?

–Oh, Merlin! –Ele disse. –Minha ruivinha, isso é fantástico!

–Eu sei. –Disse. –Mas se alguém perguntar, até mesmo algum futuro filho nosso, diga que começamos a sair no sétimo ano. Não quero ser mau exemplo. –Completei, sorrindo.

–Filhos? -Disse Pontas, suado se juntando a nós. –Filhos de quem?

–Nossos! –Eu disse, feliz. – Harry, Amy e Genevive. –Me levantei, pronta para sair e deixar um ar de suspense nos meninos boquiabertos, mas não pude, pois uma luz branca tomou conta de mim, invadiu cada centímetro da minha visão, me cegando momentaneamente.

Quando abri os olhos, vi Amolfadinhas me olhando, um objeto na mão.

–É um chaveiro pisca-pisca trouxa. Com algumas mudanças, obvio. –Sorrindo, ele disse. -Gostou?

–Ahm, não! Mas obrigada. Tchau amorzinhos. –Me levantei e sai, minha deixa de sair com um ar de mistério perdida.

***

Não fui jantar naquela noite. Fiquei arrumando minhas malas, que em alguns dias ficariam em um quarto na casa de John e Amelia Potter, os tios paternos de James. Olhei duas vezes, checando tudo, deixando de fora apenas um pijama e uma troca de roupa e uniforme.

Fui até o banheiro, onde recolhi algumas coisas que havia deixado ali. Fui passando a mão, até sentir uma caixinha, que tirei com medo e receio. Era uma caixinha rosa, com os dizeres “Teste de Gravidez” em brando e cinza. Meu coração parou. Tentei abrir a caixa, mas ela já tinha sido aberta. Lá dentro tinha dois dos testes, um não usado e outro... Positivo.

–Ai. Meu. Merlin. –Disse. –Amanda... –Completei em um sussurro. Olhei a data que foi comprada. Seis meses atrás.

–Oh, droga! Não se atreva chorar, Lily. –Disse, já me levantando e ficando de frente para o espelho. Estava com o rosto completamente molhado, as lagrimas destruindo qualquer beleza que eu tivesse.

Sai andando, batendo o pé. Nem me dei conta que ainda segurava o teste positivo. Passei como um jato pelo salão comunal, as pessoas me olhando assustadas e com um ar de “Isso vai virar assunto”. Fui correndo para a torre de Astronomia, que estava vazia. Uma vez lá, me apoiei na borda.

Respire, respire.

Eu não ia me jogar dessa vez, não dessa vez. Olhei o teste mais uma vez. Positivo. Lembrei-me do dia que conversamos sobre os possíveis nomes, Emma foi um deles, assim como Isabelle e Catherine. Chorei mais ainda. Virei de costas e escorreguei pela parede até desabar no chão. Olhei mais uma vez para o teste da minha melhor amiga em minhas mãos e o isolei, gritando audivelmente. Foi um grito agonizante, até eu me assustei.

Respire, respire.

Eu tentava em vão recuperar o ar. Olhei para mim. Os pés descalços, a saia desarrumada e desbotada, a blusa branca entreaberta e sem gravata, e os cabelos, bom, eu não podia vê-los, mas sabia que estavam presos com uma piranha cor-de-rosa de Mari. Uma verdadeira mendiga. Ri um pouco com o pensamento. Mendigo, quem inventou essa palavra e que criatividade, por Deus!

–Você vai ficar bem. –Ouvi uma voz e me virei, esperando ver o espirito de Amanda, mamãe ou papai, o corpo quente de James ou Lupin. Mas não foi isso que vi.

O garoto com a gravata verde e prateada, os cabelos negros como os olhos e o nariz enorme parado na minha frente oferecia uma expressão carinhosa e verdadeira, como se acreditasse mesmo que tudo fosse ficar bem.

–Todos nós ficamos bem eventualmente. –Ele disse.

–Não. –Soltei a palavra antes de pensar duas vezes. Toda essa fúria, esse ódio dentro de mim se acendeu como uma luz ao apertar o interruptor. –NÃO! Você, Severus, não perdeu seus pais, melhor amiga, a outra melhor amiga e... –Virgindade, pensei, acrescentando para mim mesma.

–Eu passei por muitas coisas, você não sabe...

–CALA A BOCA! Isso é sua culpa, sabe? –Eu cuspi as palavras, como se fossem veneno. –Você-Sabe-Quem só está de pé por causa de vocês! SEUS IMUNDOS! Comensais estúpidos e nojentos e...

–Lil, chega. –Disse uma voz conhecida, que não era a de Sev. Remo Lupin, parado na porta olhava de mim para Severus e de Severus para mim. –Vamos embora, tá?

–Tá... –Concordei, e bati no ombro do sonserino de proposito ao sair.

Fomos andando em silêncio até um local próximo a “Sala Precisa, lá o lobisomem segurou me braço e me virou.

–Eu preciso da sua ajuda. –Ele disse.

–Como assim. –Eu disse e então a ficha caiu. –Faltam quantos dias?

–Dois.

DROGA! Droga, Lua cheia. Que dia ruim!

–Ok, vamos pensar em algo. Já tentou chocolate? –Eu falava, andando em círculos.- Afinal, foi você que me disse que ajuda e... Ok, ok. Nós podemos pensar. Onde você fica nas luas cheias.

–Num lugar. –Ele disse, dando de ombros. Fiquei muito interessada, onde seria esse lugar, afinal?

–Ok! Então vai pra lá!

–Eu não posso. Vai ter muitas pessoas lá, indo para casa e essa coisas.

O meu interesse em descobri o lugar só aumentou. Hum...

–Talvez você pudesse pedir ajuda a Dumbledore. –Eu disse. –Ele me ajuda às vezes.

–Claro, claro. –Ele disse. –Eu vejo isso amanhã. Você deve estar exausta, não é? Pelo que Pontas me contou...

Bati na lateral do braço dele, e fomos juntos rindo para o salão comunal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Diga que sim, diga que sim!
Bjos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Porque você? – Lily Evans e James Potter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.